Buscar

Manutenção do banco institucional de dados meteorlógicos dos três estado de abrangência da UFFS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
JULIO ROBERTO PELLENZ 
 
 
 
 
 
MANUTENÇÃO DO BANCO INSTITUCIONAL DE DADOS 
METEOROLÓGICOS DOS TRÊS ESTADOS DE ABRANGÊNCIA DA 
UFFS 
 
 
 
 
Relatório realizado para apresentação 
na VIII Feira do Conhecimento e Desenvolvimento Agrocientífico 
da Escola Estadual Técnica Fronteira Noroeste 
 
 
Orientador da escola: Rose Beatriz Antes Stein 
Orientador da instituição do estágio: Sidinei Zwick Radons 
 
 
 
Santa Rosa 
2012 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este projeto aos meus pais, 
por tudo que me ensinaram e me incentivaram 
durante todas as fases de minha vida, 
e também por todas angústias e preocupações 
que tiveram por minha causa. 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
Agradeço, primeiramente, a todos os professores que fizeram com que eu pudesse chegar até 
onde cheguei, em especial à professora Rose e a professora Marinês, pelo que batalharam para 
que eu conseguisse realizar meu estágio, e o professor Sidinei, que fez com que obtêssemos 
vários novos aprendizados e habilidades na área de execução do projeto. 
Também agradeço a todos meus amigos e amigas, que sempre me apoiaram e incentivaram 
para que eu conseguisse conquistar o que conquistei até hoje, não desprezando os futuros 
projetos que virão a se concretizar. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Na busca da compreensão das mudanças climáticas que vêm ocorrendo no planeta Terra 
nesses últimos anos, ramos de estudo como a Meteorologia e Climatologia vêm tendo 
bastante destaque. Para que possamos ter resultados fidedignos, é necessário que se tenha uma 
base de dados confiáveis, e é isso que viemos buscando com o desenvolvimento do projeto de 
iniciação acadêmica, a “Manutenção do banco institucional de dados meteorológicos dos três 
estados de abrangência da UFFS”, que servirá como base para futuros projetos e estudos da 
Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Temperatura, umidade do ar, radiação solar, 
precipitações, temperatura do ponto de orvalho e pressão atmosférica são alguns dos 
elementos meteorológicos medidos nas estações meteorológicas do Instituto Nacional de 
Meteorologia (INMET), sendo alguns deles descritos neste relatório, bem como alguns fatores 
meteorológicos que os influenciam, e ainda evapotranspiração e balanço hídrico, tendo em 
vista o uso consciente da água que se encontra escassa em nosso planeta, e indispensável a 
todos os seres vivos. Trabalha-se com 112 estações meteorológicas na região sul, mais o 
estado do MS. Os dados meteorológicos são disponibilizados de forma gratuita no site do 
INMET, podendo ser consultados apenas os dados dos últimos 90 dias, daí a importância de 
se armazenar esses dados em um banco, objetivo do nosso projeto. Esses dados ficam então 
armazenados em planilhas eletrônicas. Com empenho do grupo, alcançamos importantes 
conquistas, como a elaboração e divulgação de 11 boletins meteorológicos mensais, e o 
acesso ao Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa (BDMEP). 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................7 
 
2 OBJETIVOS...........................................................................................................................7 
2.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................................7 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................................................7 
 
3 JUSTIFICATIVA...................................................................................................................8 
 
4 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................................8 
4.1 RELAÇÕES TERRA-SOL...................................................................................................8 
4.1.1 Rotação e Translação.........................................................................................................8 
4.1.2 Sistema de coordenadas geográficas..................................................................................9 
4.1.2.1 Latitude...........................................................................................................................9 
4.1.2.2 Longitude........................................................................................................................9 
4.2 TEMPERATURA.................................................................................................................9 
4.2.1 Temperatura do ar..............................................................................................................9 
4.2.2 Temperatura do solo..........................................................................................................9 
4.2.3 Influência da temperatura do ar nos seres vivos..............................................................10 
4.3 A ATMOSFERA................................................................................................................10 
4.4 UMIDADE DO AR...........................................................................................................10 
4.5 RADIAÇÃO SOLAR........................................................................................................11 
6 
 
4.6 VENTO...............................................................................................................................11 
4.7 PRECIPITAÇÕES..............................................................................................................11 
4.7.1 Chuva...............................................................................................................................11 
4.7.2 Geadas..............................................................................................................................12 
4.7.3 Granizo.............................................................................................................................12 
4.7.4 Neve.................................................................................................................................12 
4.7.5 Orvalho.............................................................................................................................13 
4.8 EVAPOTRANPIRAÇÃO..................................................................................................13 
4.9 BALANÇO HÍDRICO........................................................................................................14 
 
5 METODOLOGIA..................................................................................................................14 
5.1 CRONOGRAMA................................................................................................................14 
5.2 CUSTOS.............................................................................................................................16 
 
6 RESULTADOS......................................................................................................................16 
 
7 CONCLUSÕES.....................................................................................................................17 
 
REFERÊNCIAS........................................................................................................................17 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Meteorologia e climatologia são áreas que vêmdespertando bastante interesse da população 
mundial, na busca da compreensão das diversas alterações climáticas que vêm acontecendo 
nos últimos anos. No âmbito agrícola, a agrometeorologia e agroclimatologia buscam 
compreender o tempo e clima, respectivamente, e esclarecer quais das mudanças que vêm 
ocorrendo que podem vir a interferir nas produções agrícolas. 
Para que se possam obter conclusões concretas sobre esses assuntos, é necessário que haja 
uma base de dados confiável, e é isso que buscamos a partir do nosso projeto de iniciação 
acadêmica, a manutenção de um banco de dados meteorológicos atualizado, obtendo dados a 
partir das estações meteorológicas do instituto nacional de meteorologia (INMET), que 
disponibiliza os dados no site, ficando armazenados lá por um período de 90 dias, daí a 
grande importância de se manter um banco desses dados, a partir dos quais podem ser feitos 
diversos cálculos de importância agrícola, como a evapotranspiração potencial de uma cultura 
de referência, como também podem servir de base para diversos outros estudos. 
Ao longo deste relatório, são apresentados os objetivos e justificativa do projeto, bem como 
uma breve descrição de alguns dos elementos meteorológicos dos quais são registrados os 
dados em nosso banco, e alguns dos fatores meteorológicos que os influenciam. Ao final 
ainda encontra-se a metodologia utilizada durante a realização do projeto, juntamente com um 
cronograma de atividades, os resultados obtidos e algumas conclusões. 
 
2 OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL 
A proposta desse projeto é criar um banco de dados meteorológicos da Região Sul do Brasil, 
área de abrangência da UFFS, que servirá como base para projetos da UFFS. Ainda, 
proporcionar aos bolsistas a habilidade no manuseio de conjuntos de dados meteorológicos. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
- realizar o download dos dados meteorológicos a partir do site do INMET; 
- arquivamento dos dados em planilhas eletrônicas (excel); 
8 
 
- elaboração de fórmulas em planilhas para cálculo da evapotranspiração potencial, segundo o 
método de Penman; 
- elaboração de boletins mensais, fazendo uma análise dos dados do mês antecedente, e uma 
projeção para os três próximos meses; 
- reajuste dos dados obtidos das estações desde o inicio de seu funcionamento; 
- realização de reuniões semanais para realização das tarefas. 
 
3 JUSTIFICATIVA 
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) mantém em funcionamento na Região Sul do 
Brasil 112 estações meteorológicas de superfície, mais 24 estações no MS, as quais também 
estão abrangidas dentro do nosso projeto de pesquisa. Os dados dos últimos 90 dias de coleta 
dessas estações são disponibilizados de forma gratuita no site do INMET para download. 
Contudo, caso não seja realizado o download, os dados tem que ser solicitados 
posteriormente, muitas vezes de forma não gratuita, ao INMET e o sucesso na obtenção não é 
garantido. Um banco de dados foi criado no projeto de iniciação acadêmica desenvolvido no 
segundo semestre de 2010, vindo a findar no segundo semestre de 2011, porém estamos 
mantendo o banco voluntariamente. 
 
4 REFERENCIAL TEÓRICO 
4.1 RELAÇÕES TERRA-SOL 
4.1.1 Rotação e translação 
Conforme Varejão-Silva, o Sol se movimenta em direção a uma estrela chamada Veja, sendo 
que a Terra realiza um movimento de espiral no espaço. Porém, como aqui somente nos 
interessam os movimento relativos da Terra com o Sol, esse movimento pode ser desprezado. 
Os dois principais movimentos que a Terra realiza em relação ao Sol, afirma Oliveira, são 
rotação e translação. 
9 
 
O movimento de rotação é o que a Terra realiza em torno de um eixo imaginário, que 
atravessa o interior da mesma, saindo pelos pólos, definindo o dia e a noite. 
O movimento de translação ocorre quando a Terra realiza seu giro em torno do Sol, definindo 
as estações do ano, que ocorrem devido à uma inclinação do eixo da Terra. 
4.1.2 Sistema de coordenadas geográficas 
4.1.2.1 Latitude 
A latitude geocêntrica é o ângulo correspondente entre uma linha que parte do centro da 
Terra, cortando um ponto x na superfície da Terra, com o plano do Equador. A latitude possui 
grande importância na definição do clima global, pois a radiação irá incidir em diferentes 
ângulos nos diferentes paralelos, em diferentes épocas do ano. 
4.1.2.2 Longitude 
A partir de um meridiano de referência, que foi definido como sendo o meridiano de 
Greenwich, Varejão-Silva define longitude como sendo o ângulo formado pela posição do 
ponto x na superfície terrestre e o meridiano de Greenwich. Os meridianos possuem pouca 
influência no clima global, porém definem os fusos horários de cada região do planeta. 
4.2 TEMPERATURA 
4.2.1 Temperatura do ar 
A temperatura utilizada geralmente em Climatologia é a temperatura do ar à superfície ou à 
sombra, referindo-se a temperatura do ar que ocorrendo rente a superfície do solo, ou de 
referência. A medição da temperatura nas estações meteorológicas geralmente é realizada a 
1,5 metros de altura a partir da superfície do solo, que é relacionada com a temperatura da 
superfície, que é de aproximadamente 4°C a menos que a registrada a 1,5 metros de altura. 
4.2.2 Temperatura do solo 
Scöffel afirma que a temperatura do solo influi em diversos processos que ocorrem no solo, 
como a germinação de sementes, desenvolvimento do sistema radicular, absorção de água e 
nutrientes e decomposição de matéria orgânica. 
10 
 
O processo de transferência de calor no solo, segundo Schöffel, é realizado através de 
condução, entre uma partícula de solo e outra, sendo que no ar esse processo se dá por 
convecção, sendo o ar um mal condutor de calor, sendo esse processo mais lento. 
4.2.3 Influência da Temperatura do ar nos seres vivos 
“A temperatura do ar desempenha um papel muito importante dentre os fatores que 
condicionam o ambiente propício aos animais, às plantas e ao próprio Homem.” (Varejão-
Silva, 2005) 
Ainda segundo Varejão-Silva, cada raça ou cultivar possui seu ótimo de temperatura para que 
haja um desenvolvimento favorável. Determinadas espécies de animais, que não possuem 
regulação térmica, e quase a totalidade de plantas, dependem da temperatura externa para que 
haja um bom desenvolvimento. O ciclo de certas culturas é determinado pelo número de 
graus-dia, e não o número de dias, o que torna indispensável o estudo da temperatura. Outra 
influência em determinadas culturas é o número de horas-frio que certas plantas necessitam 
para quebra de dormência e uma produção favorável. 
 
4.3 A ATMOSFERA 
A atmosfera, conforme Varejão-Silva, é um sistema aberto, sob um ponto de vista 
termodinâmico, havendo troca de massa com a superfície terrestre, constituindo-se por um 
conjunto de gases, vapor de água e partículas, que envolve a superfície da Terra. 
4.4 UMIDADE DO AR 
A umidade do ar consiste na água que se encontra no estado de vapor na atmosfera, 
correspondendo à parte do ciclo hidrológico que cabe o estudo a meteorologia. A 
transferência de vapor d'água para a atmosfera é causada pela evaporação da água do solo 
e das superfícies líquidas (oceanos, lagos, cursos d'água, rios e reservatórios), bem como 
pela sublimação do gelo (existente nos campos de neve e nas geleiras). (Varejão-Silva, 2005) 
Essa umidade volta para a superfície quando ocorrem precipitações, sejam elas no estado 
líquido (chuva) ou estado sólido (neve, granizo, etc.). 
Ao entrar na atmosfera, o vapor d’água leva consigo o calor latente utilizado na evaporação 
da água, resfriando-se ao entrar nas camadas mais altas da atmosfera, voltando a precipitar, 
gerando assim, uma parte do ciclo hidrológico. 
11 
 
Varejão-Silva ainda afirmaque a umidade do ar possui grande influência de microrganismos 
que atuam como patógenos, e define também o grau de conforto ambiental de muitos animais. 
 
4.5 RADIAÇÃO SOLAR 
“Denomina-se radiação, ou energia radiante, à energia que se propaga sem necessidade da 
presença de um meio material. O termo radiação é igualmente aplicado para designar o 
próprio processo de transferência desse tipo de energia.” (Varejão-Silva, 2005) 
“O sol emite para o espaço uma grande quantidade de energia radiante, proveniente das 
reações que ocorrem na própria superfície do astro. Esta é a fonte primária de energia para 
os processos termodinâmicos que ocorrem na superfície da terra.” (Vieira; Piculi, 2009) 
A radiação solar que atinge a superfície terrestre é conhecida como radiação solar global 
incidente, e pode ser dividida em duas componentes: 
- a radiação solar direta, que incide diretamente sobre um ponto na superfície; 
- e a radiação solar difusa, que resulta da difusão da radiação na atmosfera, atingindo pontos 
na superfície onde não há incidência de radiação solar direta, afirma Varejão-Silva. 
Os gases presentes na atmosfera interagem com a radiação solar, sendo que cada gás absorve 
em uma região específica do espectro solar, gerando o chamado efeito estufa. 
Conforme Varejão-Silva, durante o dia a radiação solar na superfície terrestre é positiva, 
devido à incidência de radiação solar, caracterizada por ondas curtas, e a noite ela se torna 
negativa, pois a superfície perde energia na forma de radiação de ondas longas para 
atmosfera, que pode ser minimizada devido à ação do efeito estufa, daí a grande importância 
desse efeito na vida do planeta. 
 
4.6 VENTO 
O vento se caracteriza por massas de ar em movimento na atmosfera, devido às diferenças 
entre a incidência de radiação em diferentes pontos da superfície. Segundo Varejão-Silva, o 
vento interfere nas mais variadas atividades humanas, desde a evapotranspiração de culturas 
agrícolas, até a ocorrência de grandes catástrofes nas diferentes regiões do globo terrestre. 
 
4.7 PRECIPITAÇÕES 
4.7.1 Chuva 
12 
 
Segundo Varejão-Silva, é a precipitação de gotas de água com diâmetro maior que 0,5 cm. 
Conforme Freitas, elas podem ser de três tipos diferentes: 
- orográficas: ocorrem quando massas de ar são barradas por obstáculos mecânicos, como 
elevações no relevo, forçando essa massa de ar a subir, fazendo com que o vapor d’água que 
nela se encontra se condense, vindo a precipitar; 
- convectiva: ocorre quando há um aquecimento da superfície, fazendo com que a água que 
nela se encontra evapore, subindo para as camadas mais altas da atmosfera, pelo processo de 
convecção, se condensando ao se resfriar nessas camadas, sendo precipitado. Essas chuvas 
são também conhecidas como pancadas, podendo ser de intensidade alta, porém bastante 
isoladas; 
- frontais: se origina a partir do encontro de uma massa de ar frio com uma massa de ar 
quente, fazendo com que a massa de ar quente suba, condensando o vapor que nela se 
encontra. 
4.7.2 Geadas 
Sob um ponto de vista meteorológico, geada é toda vez que há deposição de gelo sobre a 
superfície, ou quando é atingido a temperatura de 0°C no abrigo meteorológico. 
Já para o ponto de vista agronômico, geada é um fenômeno atmosférico que provoca dano aos 
tecidos vegetais devido à baixa temperatura. 
Segundo Abreu, conforme o tipo de formação da geada, ela pode ser classificada como 
radiativa ou convectiva. A geada advectiva, ou de vento frio, ocorre devido a ocorrência de 
ventos fortes com temperatura baixa, acarretando danos na parte do vegetal atingida pelo 
vento. Já a geada radiativa, é a que ocorre mais comumente no estado do RS, é provocado 
pela perda intensa de radiação durante noites de céu límpido, sem vento e com baixa umidade, 
sob o domínio de um anticiclone, gerando o processo chamado de inversão térmica. 
4.7.3 Granizo 
Segundo Freitas, é a precipitação de pedras de gelo, que se formam em camadas da atmosfera 
onde a temperatura é muito reduzida, podendo causar grandes prejuízos em diversas culturas 
agrícolas. 
4.7.4 Neve 
13 
 
Esse tipo de precipitação, conforme Freitas, ocorre devido à sublimação do vapor de água nas 
nuvens, quando a temperatura nas mesmas for igual ou inferior a 0°C, formando pequenos 
cristais de gelo. Esse tipo de precipitação ocorre mais frequentemente em climas temperados e 
polares. 
4.7.5 Orvalho 
Segundo Varejão-Silva, é o depósito de gotas de água em superfícies expostas ao ar livre, 
gerado pela condensação do vapor de água no ar adjacente. O orvalho possui grande 
importância agrícola, pois pode atuar diminuindo a evapotranspiração, sendo que Baladón 
também o conceitua como precipitação oculta, sendo a principal fonte hídrica para plantas de 
clima muito seco, como em muitos desertos. 
 
4.8 EVAPOTRANSPIRAÇÃO 
Vieira e Piculi definem evapotranspiração como sendo a junção dos processos de evaporação 
e transpiração, sendo que os dois ocorrem simultaneamente. Esse termo foi introduzido em 
1944 por Thornthwaite, e é controlado pela disponibilidade de energia, pela demanda 
atmosférica, e pela disponibilidade de água disponível no solo para as plantas. 
Varejão-Silva (2005, p. 459) destaca a grande importância do estudo da evapotranspiração. 
Em um planeta em que a água potável está se tornando cada vez mais escassa e (conseqüentemente) 
cara, o estudo das perdas hídricas assume importância crescente. Para o solo vegetado e para os 
reservatórios de água doce, a evapotranspiração e a evaporação representam, respectivamente, uma 
demanda considerável de água, justificando-se todos os esforços para quantificá-la e tentar minimizá-la. 
As perdas por evaporação ou evapotranspiração, exatamente por subtraírem uma substancial fração dos 
recursos hídricos disponíveis, não podem ser negligenciadas a nível de planejamento e tampouco de 
execução, em inúmeras atividades humanas. Neste contexto enquadra-se o abastecimento de água para 
as populações, a agricultura e a indústria. 
 
Segundo Vieira e Piculi, vários são os fatores que determinam a evapotranspiração, como 
quantidade líquida de radiação, a temperatura, a umidade relativa do ar, o vento, e fatores 
característicos das plantas também, como a espécie, o albedo ou refletividade do vegetal, o 
índice de área foliar (IAF), a altura das plantas, e também a profundidade das raízes. 
Vários são os métodos que podem ser utilizados para o cálculo da evapotranspiração, como o 
método de Penman e de Thornthwaite, pelos quais se pode calcular a evapotranspiração 
potencial, que é a evaporação máxima que pode ser obtida para uma cultura de referência 
quando existe disponibilidade suficiente de água no solo, afirmam Vieira e Piculi. 
14 
 
Os mesmos autores ainda descrevem alguns métodos pelos quais se pode medir a 
evapotranspiração, como lisímetros de drenagem e de balança, e também o método do tanque 
classe A. 
Para que se possa obter o valor para cada cultura em determinado estádio de 
desenvolvimento, deve se aplicar um fator de conversão chamado kc da cultura em questão. 
 
4.9 BALANÇO HÍDRICO 
“No contexto agronômico, entende-se por balanço hídrico a determinação de todos os 
ganhos e perdas hídricas que se verificam em um terreno com vegetação, de modo a 
estabelecer a quantidade de água disponível às plantas em um dado momento.” (Varejão-
Silva, 2005) 
Para se calcular o balanço hídrico de uma determinada cultura, leva-se em consideração a 
água que circula na parte do solo onde se encontram as raízes da cultura, fazendo uma soma 
do acumulado mensal hídrico, levando-se em consideração principalmente as precipitações 
pluviométricas e a irrigação, se houver, comoentradas, e a evapotranspiração real como saída, 
sendo esta última diferenciada da evapotranspiração potencial quando existe um déficit 
hídrico no solo, de acordo com o que explicam Vieira e Piculli. 
 
5 METODOLOGIA 
Uma equipe ficará responsável pelo download dos dados, cálculo de médias e/ou somatórios 
(diários, mensais e anuais) e arquivamento destes em planilhas eletrônicas. Também será 
criado um endereço eletrônico para o projeto, o qual se pretende divulgar na página da 
instituição. Caso algum participante de projeto na UFFS necessite ter acesso aos dados 
meteorológicos da estação mais próxima ao local de seu interesse, bastará especificar: o título 
do projeto, o período de dados, o tipo (ex: médias diárias de temperatura do ar), o local e 
solicitá-los por meio de correio eletrônico, fazendo uma breve justificativa da necessidade da 
utilização dos dados. Então, os dados serão remetidos em formato digital ao solicitante. Os 
bolsistas participarão de reuniões semanais com o orientador, onde será discutido o 
andamento do projeto. 
 
5.1 CRONOGRAMA 
15 
 
Atividades 
desempenhadas 
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 
semanas 
01 a 07/05 X X 
08 a 14/05 X X 
15 a 21/05 X 
22 a 28/05 X X X X X 
29/05 a 04/06 X X X 
05 a 11/06 X X X 
12 a 18/06 X X 
19 a 25/06 X X X X 
26/06 a 02/07 X X X 
03 a 09/07 X X 
10 a 16/07 X 
17 a 23/07 X 
24 a 30/07 X X 
31/07 a 06/08 X X X 
07 a 13/08 X X 
14 a 20/08 X X 
21 a 27/08 X 
28/08 a 03/09 X X X X 
04 a 10/09 X X X 
11 a 17/09 X 
18 a 24/09 X 
25/09 a 01/10 X X X 
02 a 08/10 X X X X 
09 a 15/10 X X 
16 a 22/10 X X X 
23 a 29/10 X X X 
30/10 a 05/11 X X X X 
06 a 12/11 X X X 
13 a 19/11 X X X 
20 a 26/11 X X 
16 
 
27/11 a 03/12 X X X X 
04 a 10/12 X X X X 
11 a 17/12 X X X X X 
18 a 24/12 X X X 
25 a 31/12 X X X 
 
A1 _ Reunião do grupo de pesquisa; 
A2 _ Divisão das tarefas; 
A3 _ Download e atualização dos dados meteorológicos; 
A4 _ Reunião com o orientador; 
A5 _ Digitalização das fórmulas ETP (Evapotranspiração Penman) em planilhas Microsoft 
Excel; 
A6 _ Elaboração do boletim informativo mensal; 
A7 _ Elaboração do resumo para o I SEPE ( Seminário de ensino, pesquisa e extensão); 
A8 _ Elaboração da apresentação para o I SEPE; 
A9 _ Apresentação do projeto no I SEPE; 
A10 _ Ajuste dos dados obtidos do BDMEP; 
A11 _ Elaboração do relatório final do projeto. 
 
5.2 CUSTOS 
Os custos da realização do projeto são desconsideráveis, tendo em vista que os dados são 
obtidos gratuitamente no site do INMET, e todas as demais conquistas do projeto foram 
obtidas com muito empenho e dedicação. 
 
6 RESULTADOS 
17 
 
Os resultados obtidos durante o projeto foram bastante positivos, conseguindo manter e 
aprimorar o banco de dados, com o acesso ao Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e 
Pesquisa (BDMEP), onde conseguimos dados das estações a partir do ano de 1961, a partir 
dos quais já conseguimos realizar diversos estudos, como algumas projeções para os 
próximos anos, se os dados seguirem a mesma tendência que vêm ocorrendo. 
Outro resultado conquistado foi a elaboração e divulgação, por correio eletrônico, de 11 
boletins mensais, onde fizemos uma análise dos dados obtidos do mês anterior, e uma 
projeção para os próximos três meses, baseado no boletim divulgado pelo INMET, e nos 
dados da estação meteorológica convencional de São Luiz Gonzaga – RS. 
Ainda tivemos a oportunidade de apresentar nosso projeto no I Seminário de Ensino, Pesquisa 
e Extensão (SEPE) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), onde divulgamos 
nossos objetivos e conquistas para os demais discentes e docentes da UFFS. 
 
7 CONCLUSÕES 
Após a conclusão do projeto de pesquisa, assim como deste relatório, pude compreender a 
necessidade que se tem em ter dados concretos para poder realizar estudos fidedignos, que 
possam apresentar resultados o mais próximo possível da realidade, podendo tirar conclusões 
de nossos próprios estudos, sendo que muitas vezes não se pode confiar em estudos 
divulgados apresentando tendências que não se enquadram com a realidade. 
Ainda é cedo para conseguirmos tirar conclusões concretas sobre as mudanças climáticas que 
vêm ocorrendo, e fazer projeções para o futuro, tendo em vista que não possuímos dados 
longínquos confiáveis, sendo várias as versões que nos são apresentadas sobre o futuro do 
clima global. 
Cabe a nós sermos críticos em relação a todas as informações que nos são apresentadas, mas é 
importante que mudemos nossos padrões de vida na Terra, antes que as consequências sejam 
irreversíveis. 
 
REFERÊNCIAS 
 
18 
 
BALADÓN, A. N. A. Precipitações ocultas e sua utilização na agricultura. Ornex, França: 
Agrometeorological Applications Associates, 1994. Disponível em: 
<http://www.anancy.net/documents/file_pt/738_Precipitacoes_ocultas_e_sua_utilizacao_na_agricu
ltura.pdf> Acesso em: 29 mai. 2012. 
 
FREITAS, E. Chuvas e precipitações. Disponível em: 
<http://www.brasilescola.com/geografia/chuvas-precipitacoes.htm> Acesso em: 28 mai. 2012. 
 
INMET. Rede de estações automáticas. 
http://www.inmet.gov.br/sonabra/maps/automaticas.php. 
 
 
INMET. Rede de estações convencionais. 
http://www.inmet.gov.br/sim/sonabra/convencionais.php. 
 
 
MELO E ABREU, J. P. As geadas. Lisboa, Portugal: Instituto Superior de Agronomia, 2005. 
Disponível em: <http://home.isa.utl.pt/~jpabreu/DownloadAgromet/AulaGeadas.pdf> Acesso em: 
27 mai. 2012. 
 
OLIVEIRA, A. S. Fundamentos de Meteorologia e Climatologia. Disponível em: 
<http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&ved=0CFkQFj
AD&url=http%3A%2F%2Fwww.ufrb.edu.br%2Fneas%2Findex.php%2Fdocumentos%2Fdoc
_download%2F20-cap-02-orientacao-espacial-terra-
sol&ei=eC3ET9u_NojJ6gH_jcC6Cg&usg=AFQjCNEKaTeA26mAJZrTqUtHyRekh8tR6g&s
ig2=EKWRZ854a3u-hZHhMOaBhA> Acesso em: 27 mai. 2012. 
 
PELLEGRINO, G. Q. et al. Aquecimento global e a nova geografia de produção agrícola 
no Brasil. Cuiabá: Embrapa, 2008. Disponível em: 
19 
 
<http://www.socioambiental.org/banco_imagens/pdfs/giampaolo_pellegrino.pdf>. Acesso 
em: 28 mai. 2012. 
 
SCHÖFFEL, E. R. Temperatura do solo. Disponível em: 
<http://www.ufpel.edu.br/faem/agrometeorologia/Tsolo.pdf> Acesso em: 28 mai. 2012. 
 
VAREJÃO-SILVA, M. A. Meteorologia e Climatologia. Versão digital. Recife, 2005. 
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAASL4AF/meteorologia-
climatologia> Acesso em: 26 mai. 2012. 
 
VIEIRA, L.; PICULLI, F. J. Meteorologia e Climatologia Agrícola. Cidade Gaúcha – PR: 
Universidade Estadual de Maringá, 2009. Disponível em: 
<http://www.dea.uem.br/disciplinas/meteorologia/meteorologia8.pdf> Acesso em: 27 mai. 2012.

Outros materiais