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1 Catabolismo dos Aminoácidos – Ciclo da Uréia Bioquimica II Profa Dra Jane Marlei Boeira o Grupos gerais das proteínas o Classificação dos aminoácidos o glicogênicos e cetogênicos o essenciais e não-essenciais o Fontes de Aminoácidos o Destinos dos aminoácidos o Meia vida das proteínas o Reações gerais dos aminoácidos o Degradação dos aminoácidos o Ciclo da Uréia o Introdução ao Metabolismo dos Aminoácidos Grupos Gerais das Proteínas PROTEÍNAS Estruturais Motoras Hormonais Enzimas Transporte Anticorpos Nucleoproteínas Reserva de Membrana Glicogênicos Alanina Asparagina Aspartato Cisteína Glutamato Glutamina Glicina Prolina Serina Arginina Histidina Metionina Treonina Valina Glico e cetogênicos Tirosina Cetogênicos Leucina Lisina N Ã O - E S S E N C I A I S Classificação dos aminoácidos (estudos com animais indicam que é glico e cetogênico) Isoleucina Fenilalanina Triptofano Lisin a Aa ESSENCIAIS Fenilalanina Valina Treonina Triptofano Isoleucina Metionina Histidina# Lisina Arginina* Leucina Alanina Asparagina Aspartato Cisteína Glutamato Glutamina Glicina Prolina Serina Tirosina Aa NÃO ESSENCIAIS PROTEÍNAS #Essencial para crianças, mas não para o adulto * Mamíferos sintetizam Arginina, mas hidrolisam a maior parte para formar uréia (Campbell, 2000) Proteínas endógenas AMINOÁCIDOS Grupo Amino Cadeia Carbonada Uréia Compostos nitrogenados não-protéicos Proteínas da dieta 2 Aminoácidos Síntese de proteínas hepáticas e plasmáticas Síntese de porfirinas Piruvato Intermediários do ciclo de Krebs Transporte a tecidos periféricos Acetil-CoA CO2 + O2 Síntese de ácidos graxos Ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa Glicose ADP ATP Meia-vida de proteínas Proteína Meia-vida RNA polimerase 78 minutos Ornitina descarboxilase 12 minutos HMG-CoA redutase 3 horas PEP carboxiquinase 5 horas Glicoquinase 1,25 dias Acetil-CoA carboxilase 2 dias Alanina transaminase 2,5 dias Arginase 4 dias Aldolase 5 dias Citocromo b 5,4 dias Lactato desidrogenase 6 dias Citocromo c 6,3 dias Meia-vida de uma proteína é o tempo após o qual metade das moléculas é degradada. Proteínas defectivas e enzimas reguladoras, tem em geral, meia-vida muito curta. Meia vida de uma proteína é o tempo após o qual metade das moléculas é degradada. Proteínas defectivas e enzimas reguladoras de vias metabólicas têm, em geral, meia-vida muito curta. Degradação das proteínas intracelulares o Ocorre em: – Lisossomos – Proteassomos - Ubiquitina Degradação das proteínas intracelulares Degradação lisossomal oDegrada substâncias absorvidas pela célula por endocitose; recicla constituintes intracelulares contidos dentro dos vacúolos que se fundem com os lisossomos o Possui uma via seletiva ativada após jejum prolongado, que importa e degrada proteínas citosólicas contendo o pentapeptídeo Lys-Phe-Glu-Arg- Gln 9 (FKERQ) ou sequência semelhante o Essas proteínas são perdidas pelos tecidos (ex., fígado e rins) que atrofiam em resposta ao jejum o Processos patológicos (lesão traumática, atrofia muscular, etc.) estão associados à degradação lisossomal Degradação das proteínas intracelulares Ubiquitina o Proteína monomérica com 76 aa presente no citosol de todas as células eucarióticas o Processo dependente de ATP o Proteínas são marcadas para degradação pela ubiquitina o Processo ocorre em 3 etapas Processo de marcação de proteínas pela ubiquitina 1. Ligação tio-éster entre a ubiquitina e a enzima ativadora de ubiquitina (E1) 2. Transferência da ubiquitina para a enzima conjugadora de ubiquitina (E2) 3. Ubiquitina-proteína-ligase (E3) transfere a ubiquitina ativada da E2 para um grupo amino de um resíduo de lisina na proteína a ser degradada. Proteína condenada Ligação isopeptídica E1 E2 E1 E1 E2 E2 E3 Proteína condenada 3 Degradação de proteínas marcadas pela ubiquitina em proteossomos Proteossomos são complexos formados por várias subunidades, onde ocorre a degradação das proteínas marcadas por Ubiquitina nos eucariotos oComplexo multiprotéico - 2000 kDa o Proteólise dependente de ATP o Subunidades têm atividade proteolítica Aa livres Degradados por outras proteases celulares Reações Gerais dos Aminoácidos Profª Drª Ângela de Mattos Dutra AnabolismoCatabolismo Aminoácidos Livres Proteínas endógenas Proteínas da dieta Metabolismo SÍNTESE PROTÉICA Aminoácidos Livres Transaminação Desaminação Descarboxilação Transmetilação Transamidação Transulfuração Reação de desidrase Reações envolvidas no metabolismo dos aminoácidos Transaminação e Desaminação Reações de remoção do grupamento amino dos aminoácidos Transaminação o A maioria dos aa são desaminados por transaminação: transferência do grupo amino de um aminoácido a um -cetoácido para produzir um novo aminoácido e um novo -cetoácido o O grupo aceptor (-cetoácido) predominante é o - cetoglutarato, produzindo glutamato e um novo - cetoácido: Aminoácido -cetoglutarato -cetoácido Glutamato 4 Transaminação o O grupo amino do glutamato, por sua vez, pode ser transferido ao oxaloacetato em uma 2ª reação de transaminação, produzindo aspartato e formando novamente o -cetoglutarato -cetoglutarato Aspartato Glutamato Oxaloacetato Aminoácido -cetoácido Aspartato Oxalacetato Alanina Piruvato Glutamato -cetoglutarato Transaminação o Reações catalisadas por Transaminases (aminotransferases) o Enzimas necessitam de piridoxal-fosfato (PLP), coenzima derivada da vitamina B6 (piridoxina) -cetoácido aminoácido -cetoácido aminoácido Aminotransferase Cofator PLP Piridoxal Fosfato (B6) • Vitamina amplamente distribuída • Fontes: – Trigo, aveia, milho – Amendoim, nozes – Gema de ovo – Carnes em geral • Peixe, galinha, porco, fígado Enzima PLP Resíduo de lisina PIRIDOXAL FOSFATO - ENZIMA Transaminase Glutâmico-Oxalacético (TGO) ou Aspartato Aminotransferase (AST) 5 Transaminação H H Alanina aminotransferase (ALT) Transaminase glutâmico pirúvica (TGP) Transaminação Anabolismo X Catabolismo Substratos Produtos PLP Produtos Substratos Transaminação Características - Reversível - Transferência de grupamento amino de um aminoácido para um -cetoácido -Substratos: aa + -cetoácido -Produtos: aa + -cetoácido - Coenzima: Piridoxal Fosfato - Aceptor de grupo amino é o -cetoglutarato que se converte a GLUTAMATO Desaminação oxidativa o É a retirada do grupo amino do GLUTAMATO (aceptor final do NH3 +) o A reação é catalisada por glutamato desidrogenase (GDH) – enzima mitocondrial que usa NAD+ ou NADP+ como cofator o Produção de AMÔNIA (que entra no Ciclo da Uréia) o Regenera -cetoglutarato para uso em reações de transaminação o Desaminação oxidativa L-aminoácido oxidase D-aminoácido oxidase irreversível coenzima FMN baixa atividade irreversível coenzima FAD alta atividade Provavelmente degrada D-aa derivados de bactérias intestinais reversível coenzima NAD+/NADP+ alta atividade Glutamato desidrogenase GDH Características Desaminação oxidativa -cetoglutarato-iminoglutaratoGlutamato Enzima: glutamato desidrogenase o Inibida alostericamente por GTP e NADH oAtivada por ADP eNAD+ 6 Todos os tecidos - Mitocondrial Reversível Específica para glutamato Coenzima NAD+/NADP+ Alta atividade Enzima Alostérica - regulada pelo nível energético da célula Desaminação Oxidativa Glutamato desidrogenase GDH Glutamato NAD+ NADH energia ADP Efetor Positivo NH4 + + CKrebs EXCREÇÃO -cetoglutarato GTP Efetor negativo da desaminação oxidativa Mitocôndria Papel do glutamato no metabolismo energético GDH Glutamato desidrogenase (GDH) Enzima mitocondrial Libera amônia livre (NH4 +) nos tecidos Amônia é altamente tóxica e não deve ser liberada na circulação Toxicidade da amônia o NH4 + livre é tóxica o Prefencialmente transportada no sangue na forma de grupos amino ou amida incorporados em aminoácidos: oGlutamina o Alanina Principais formas de transporte para amônia Glutamina Alanina H-C- COO- NH3 + CH3 H-C- COO- NH3+ (CH2)2 - C - O NH2 GLUTAMINA Síntese de glutamina em vários tecidos, incluindo o cérebro No fígado a glutaminase converte glutamina em glutamato + NH4 + Forma de transporte não tóxica de amônia na corrente sanguínea 7 2. ALANINA Ciclo glicose-alanina Na contração muscular vigorosa é ativada a liberação de piruvato e lactato (glicólise) e amônia dos aminoácidos A amônia e o piruvato formam alanina que no fígado é reconvertido em glicose -cetoglutarato + alanina ↔ glutamato + piruvato (ALT) Forma de transporte não tóxica de amônia na corrente sanguínea Visão geral da degradação dos aminoácidos Aminoácidos Esqueleto carbonado Fluxo do nitrogênio dos aminoácidos para a uréia Alanina Fenilalanina Leucina Triptofano Arginina Glicina Metionina Valina Asparagina Glutamina Prolina Aspartato Histidina Serina Cisteína Isoleucina Tirosina Transaminação GLUTAMATO Transaminação GLUTAMATO Lisina* Prolina Histidina Glicina Metionina Serina Treonina* Lisina* Prolina Histidina Glicina Metionina Serina Treonina* NH4 + Aspartato GDHGDH Transaminação URÉIAURÉIA * Não transaminam Amônia Uréia Ácido úrico Formas de excreção de N Animais aquáticos Animais terrestres Aves terrestres Fontes de Amônia Glutamato Glutamina Purinas e Pirimidinas Compostos Nitrogenados transaminação desaminação GDH Aminoácidos URÉIA Urease bacteriana intestinal Ciclo da Uréia URINA NH3 glutaminase Ciclo da Uréia Degradação dos 20 aminoácidos NH4 + e Aspartato grupo amino é convertido finalmente URÉIA H2N- C- NH2 O precursores BicarbonatoSíntetizada no fígado Secretada p/ corrente sanguínea e retirada pelos rins p/ excreção 8 Visão geral do Ciclo da Uréia O ciclo da uréia inicia pela síntese de carbamoilfosfato Carbamoil fosfato sintetase I Carboxifosfato Carbamato Carbamoil- fosfato Formação do Carbamoil-fosfato oGasto de 2 ATP o Incorporação da amônia e do Carbono para formar o produto final da via (uréia) Mecanismo de ação da Carbamoil fosfato sintetase I Carbamoilfosfato sintetase I • Essencial para a síntese de uréia • Enzima mitocondrial • Reação limitante da velocidade do ciclo - alostérica • 1a enzima da via • Usa amônia como doador de nitrogênio • Ativada por N-acetilglutamato Carbamoil fosfato sintetase I N- acetilglutamato sintase N-acetilglutamato Arginina + Síntese de N- acetilglutamato Ciclo da Uréia Citosol Mitocôndria 1. Carbamoil- fosfato-sintetase I 2. Ornitina- transcarbamoilase 3. arginino- succinato- sintetase 4. arginino- succinase 5. Arginase Excreção renal Consumo = 2 ATP 9 Estequiometra do Ciclo da Uréia NH3 + CO2 + 3 ATP + Aspartato Uréia + Fumarato + 2 ADP + 2 Pi+ AMP +PPi + 3H2O Consumo = 4 ligações ricas em energia GlGl NAD+ NADH NAD+ NADH 3 ATP “Bicicleta de Krebs” Ciclo da Uréia X Ciclo de Krebs Regulação do Ciclo da Uréia • Disponibilidade de substrato • a longo prazo: Indução das enzimas do Ciclo • dieta altamente protéica • jejum prolongado • a curto prazo: Regulação alostérica da Carbamoil fosfato sintetase I (CPS I) por N-acetilglutamato Regulação do Ciclo da Uréia Reação da Carbamoil fosfato sintetase I Deficiência das enzimas do Ciclo da Uréia (Extraído de DEVLIN, 2008, pg 738) 10 o DEVLIN, T. M. Manual de bioquímica com correlações clínicas.São Paulo: Edgar Blücher Ltda, 2008. o LEHNINGER, L. A.; COX, N. Princípios de Bioquímica, São Paulo: Editora Savier, 2002 o STRYER, L. Bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 o VOET, D.; VOET, J. G; PRATT, C. W. Fundamentos de bioquímica. Porto Alegre: Artmed, 2008 Referências
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