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Educação na Colônia: Período Jesuítico

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A Educação no Brasil Colônia (1500 -1821)
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HISTÓRIA 
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CRONOLOGIA
1549 – 1759  Período Jesuítico – Regimento de Dom João III: 
“conversão dos indígenas pela catequese e pela instrução”
Comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão Vicente Rodrigues, contando apenas 21 anos. 
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CRONOLOGIA
	No Brasil os jesuítas se dedicaram à pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. 
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CRONOLOGIA
	A obra jesuítica estendeu-se para o sul e, em 1570, vinte e um anos após a chegada, já era composta por cinco escolas de instrução elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia).
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CRONOLOGIA
	Não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia; trouxeram também os métodos pedagógicos. 	Todas as escolas jesuítas eram regulamentadas por um documento, escrito por Inácio de Loiola, o Ratio Studiorum. 
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CRONOLOGIA
Ratio Studiorum. 
	Documento publicado em 1599 pelo Padre Aquaviva.
	Cuidadoso documento com regras práticas sobre a ação pedagógica, a organização administrativa e outros assuntos dirigidos a toda hierarquia da igreja desde o mais graduado ao mais simples professor.
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A história do Brasil nessa fase não pode se separar da história da Europa, pois a colonização deveu-se à necessidade de expansão comercial da burguesia enriquecida com a Revolução Industrial.
Colônias: possibilidade de consumo e fornecedoras de matéria prima.
Início da colonização no Brasil: 1530 - capitanias hereditárias.
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Economia colonial: engenhos de açúcar e grande proprietário de terras, mão-de-obra escrava (índios e negros).
Lucro: para metrópole - Portugal.
Educação - não é prioridade ao colonizador, pois não há necessidade de formação especializada. 
Metrópole envia religiosos - trabalho missionário e pedagógico - converter o gentio e impedir o desvio á fé cristã.
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Os jesuítas obtêm um resultado significativo na atividade pedagógica - cativo dos índios.
Garantia da unidade política através da aculturação - dominação metropolitana.
Educação = agente colonizador!
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A Obra Jesuítica
Surgimento da Companhia de Jesus: após o movimento da Reforma¹, o Concílio de Trento² faz sua Contra-reforma, destinada a impedir a propagação das idéias reformistas.
Os jesuítas, de todas as ordens religiosas, foram os que mais rapidamente conquistaram os índios e os catequizaram, de norte a sul do Brasil Colônia.
Por isso, ganharam a confiança da Coroa.
¹ Movimento que rompeu a unidade do Cristianismo centrado pela Igreja de Roma nos séculos XV e XVI, que enfraqueceram a Igreja permitindo o surgimento de novas doutrinas religiosas.
² Resposta dos católicos aos protestantes da Reforma influenciados por Martinho Lutero (protestante);
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Em apenas 20 anos, chefiados pelo padre Manoel da Nóbrega, promovem uma ação maciça na catequese dos índios, educação dos filhos dos colonos, formação de novos sacerdotes e da elite intelectual, além do controle da fé e da moral dos habitantes da nova terra.
A rigorosa formação dos jesuítas e orientação segura - Ratio Studiorum - permitiu a rápida expansão de seus ‘serviços’.
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Jesuítas aprendem a língua tupi-guarani.
Anchieta organiza gramática tupi.
O bilingüismo perdura algum tempo, até que as autoridades portuguesas exigem o uso exclusivo do português. 
Não conseguindo agir diretamente sobre os adultos, os padres conquistam as crianças, que aprendem a ler e a escrever.
Se usa tudo para chamar a atenção da criança - teatro, música...
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Aos poucos, vão aprendendo os ‘bons costumes’ e religião cristã.
Logo começa um CHOQUE CULTURAL. Se impõe a cultura do dominador...
Inicia a DESINTEGRAÇÃO da cultura indígena.
Imposição de outra língua, outro Deus, outra moral e outra estética.
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A Educação do Filho do Colono
	Embora as primeiras escolas reunissem índios e colonos, houve a separação entre ‘catequizados’ e ‘instruídos’.
Ação sobre os índios: cristianização + pacificação;
Ação sobre colonos: mais efetiva, via escola elementar de ler e escrever.
Dois cursos são montados:
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Curso de humanidades: letras humanas, filosofia e ciência;
Curso de teologia e ciências sagradas: formação do humanista e do teólogo.
	Assim, os jesuítas exercem monopólio do ensino no Brasil, apoiados pela Coroa.
O governo de Portugal sabe o quanto a educação é meio de submissão e de domínio político e não intervém nos planos dos jesuítas.
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Para enfrentar o poder do senhor da casa grande, conquistam seus elementos ‘passivos’: mulher, criança e escravo.
Iniciam pela religiosidade da família e educação do ‘menino’.
Como a tradição mandava que o 3º filho deveria ser padre, era no confessionário que os jesuítas conquistavam a casa grande.
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1759 – Expulsão dos jesuítas
A influência jesuítica na cultura brasileira tornou-se tão forte, que o governo passou a temer seu poder político. A Companhia de Jesus tornou-se muito rica, ameaçando economicamente a metrópole.
Foi então que, em Portugal, tomou-se a decisão pela expulsão dos jesuítas da Colônia.
Tal expulsão, no entanto, foi desastrosa à educação brasileira.
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(210 anos de reinado jesuítico absoluto)
	No momento da expulsão os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus.
	Com a expulsão dos jesuítas a educação brasileira vivenciou uma grande ruptura histórica num processo já implantado e consolidado como modelo educacional de sucesso.
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Numa sociedade agrária, onde a elite tinha prioridade intelectual , não se encontrou outra forma para garantir a educação dos menos favorecidos.
Aumenta ainda mais o fosso existente entre os ‘letrados’ e a maioria da população analfabeta.
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Concluindo...
Pode-se dizer de forma contundente que a educação no Brasil Colônia resumiu-se à leitura dos livros sagrados sobre o vigilante olhar dos jesuítas. 
Numa demonstração de força, a Companhia de Jesus instalou frentes de batalha contra a Reforma, visando também à restauração feudal, reafirmando a doutrina da autoridade externa ao indivíduo e o conceito de disciplina pela obediência. 
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Durante mais de 3 séculos a educação foi teocrática destinada a formar sacerdotes e leigos obedientes e fiéis à Igreja. 
Para os padrões escolares romano-jesuíticos, a inteligência era uma falha no método de ensino e os poucos que conseguiam romper essa barreira tinham formação portuguesa. 
A orientação católica era a de que UM ANALFABETO ERA UM CIDADÃO MAIS SEGURO do que um alfabetizado.
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FIM

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