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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA LILIAN CRISTINA ZAMBILO RELATÓRIO DE ATIVIDADES ESTÁGIO SUPERVISIONADO I Joaçaba 2018 2 LILIAN CRISTINA ZAMBILO RELATÓRIO DE ATIVIDADES ESTÁGIO SUPERVISIONADO I Relatório de Estágio Supervisionado I apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Campus de Joaçaba, como requisito parcial à obtenção de grau de Engenheiro Civil. Orientador: Prof. Esp. Alírio Antonio Caldart Joaçaba 2018 LILIAN CRISTINA ZAMBILO RELATÓRIO DE ATIVIDADES ESTÁGIO SUPERVISIONADO I Relatório de Estágio Supervisionado I apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Campus de Joaçaba, como requisito parcial à obtenção de grau de Engenheiro Civil. Aprovado em ............ de ......................................... de 2018 BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ Prof. Esp. Alírio Antonio Caldart Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC _________________________________________________ Prof. MSc. Jackson Antonio Carelli Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC _________________________________________________ Prof. MSc. Lucas Quiocca Zampieri Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, por todas as coisas boas e más que me aconteceram. Cada uma delas, ao seu modo, fizeram chegar aonde eu cheguei, e me fizeram ser quem eu sou. Aos meus pais e familiares, por sempre acreditarem no meu potencial e na minha força de vontade, e me ajudarem no que era possível ao longo desse semestre. Ao meu orientador, Esp. Alírio Antônio Caldart, pelo seu apoio e orientação nos momentos de dúvida, sempre me auxiliando no desenvolvimento do trabalho com muita sabedoria e paciência. A minha orientadora metodológica MSc. Jhulis Carelli, pelo apoio, paciência, disponibilidade e atenção nos momentos de dúvida. Ao meu gerente Ruy Michel, e todos os meus colegas de trabalho que me apoiaram e sempre me liberavam para acompanhar as obras. A todos os amigos do Grupo Índole pelo companheirismo e ajuda mutua, a todos os meus amigos pela compreensão. A todos que, de uma forma ou de outra, colaboraram para que este trabalho fosse concluído. “Não coloque limites nos seus sonhos, coloque fé!” (Milene da Mata) 6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração 1 – Gabarito para locação ........................................................................................ 33 Ilustração 2- Fundações próximas, mas em profundidades diferentes .................................... 35 Ilustração 3 – Bancada com gabarito para montagem de formas ............................................ 38 Ilustração 4 – Forma para pilares ............................................................................................. 39 Ilustração 5 – Escoramento de laje pré-fabricada .................................................................... 42 Ilustração 6- Execução de alvenaria - castelo .......................................................................... 53 Ilustração 7- Estrutura com tesouras ........................................................................................ 57 Ilustração 8 – Recobrimento Lateral ........................................................................................ 58 Ilustração 9- Recobrimento Longitudinal ................................................................................ 58 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Retirada de fôrmas .................................................................................................... 43 Tabela 2: Número de camadas e golpes para moldagem de corpos de prova .......................... 52 Tabela 3: Seção mínima de condutores .................................................................................... 60 Tabela 4: resultados da resistência do concreto dos pilares. .................................................. 112 Tabela 5: resultado da resistência do concreto das vigas e laje. ............................................. 125 8 LISTA DE FOTOGRAFIAS Fotografia 1: Inicio do acompanhamento ................................................................................ 75 Fotografia 2: Fim do acompanhamento ................................................................................... 76 Fotografia 3:Inicio do acompanhamento ................................................................................. 77 Fotografia 4: Fim do acompanhamento ................................................................................... 77 Fotografia 5: Fim do acompanhamento ................................................................................... 78 Fotografia 6: Placas de obra ..................................................................................................... 79 Fotografia 7: Barraco de obra .................................................................................................. 80 Fotografia 8: Estocagem de areia ............................................................................................. 81 Fotografia 9: Estocagem de tijolos cerâmicos ......................................................................... 82 Fotografia 10: Barras de aço dispostas sobre o terreno vizinho .............................................. 82 Fotografia 11: Ausência de EPI's para concretagem de vigas de platibanda ........................... 83 Fotografia 12: Profissional com vestimentas incorretas .......................................................... 84 Fotografia 13: Profissional sem EPI's para execução do serviço ............................................. 84 Fotografia 14: Ausência de escadas e rampas em valas de fundação ...................................... 85 Fotografia 15: Bancada para corte de madeiras ....................................................................... 86 Fotografia 16: Andaimes utilizados na obra ............................................................................ 87 Fotografia 17: Bitolas sem proteção ........................................................................................ 87 Fotografia 18: Ausência de cabo guia para quedas .................................................................. 88 Fotografia 19: Disposição das estacas ..................................................................................... 89 Fotografia 20: Guias fixadas nas estacas ................................................................................. 89 Fotografia 21: Marcação das sapatas com cal .......................................................................... 90 Fotografia 22: Madeiras cortadas sobre o solo ........................................................................ 91 Fotografia 23: Valas escavadas pela retroescavadeira ............................................................. 91 Fotografia 24: Limpeza no fundo da vala ................................................................................ 92 Fotografia 25: Bancada para dobras de barras de aço.............................................................. 93 Fotografia 26: Amarração das armaduras de sapata com arame recozido nº 18 ...................... 93 Fotografia 27: Montagem das armaduras dos pilaretes ........................................................... 94 Fotografia 28: Disposição das formas das sapatas em suas respectivas valas ......................... 94 Fotografia 29: Disposição das pedras para encaixe da armadura ............................................ 95 Fotografia 30: Armação de sapata e pilarete ............................................................................ 96 Fotografia 31: Concretagem das sapatas .................................................................................. 97 Fotografia 32: Adensamento do concreto das sapatas com vibrador agulha ........................... 97 Fotografia 33: Confecção de formas de pilarete ....................................................................... 98 Fotografia 34: Forma de pilarete .............................................................................................. 98 Fotografia 35: Lançamento do concreto para pilaretes. ........................................................... 99 Fotografia 36: Cravação de gravatas para formas de baldrame ............................................. 100 Fotografia 37: Disposição das armaduras das vigas de baldrame .......................................... 101 Fotografia 38: Confecção de formas sobre blocos de concreto .............................................. 101 Fotografia 39: Lançamento e adensamento do concreto das vigas de baldrame .................... 102 Fotografia 40: Acabamento do concreto ................................................................................ 103 Fotografia 41: Desforma das vigas de baldrame .................................................................... 103 Fotografia 42: Aplicação de Isol nas vigas de baldrame ........................................................ 104 Fotografia 43: Forma de pilar inacabada ................................................................................ 105 Fotografia 44: Montagem da forma de pilar........................................................................... 106 Fotografia 45: Contraventamento das formas de pilares ........................................................ 107 Fotografia 46: Disposição das barras na bancada................................................................... 108 Fotografia 47: Amarração de estribos com arame recozido nº 18 .......................................... 108 Fotografia 48: Concretagem de pilares ................................................................................... 109 Fotografia 49: Adensamento do concreto dos pilares ............................................................ 110 Fotografia 50: Desforma dos pilares ...................................................................................... 111 Fotografia 51: Corpos de prova moldados com concreto rodado........................................... 111 Fotografia 52: Confecção das formas sobre o solo ................................................................ 113 Fotografia 53: Escora calçada ................................................................................................ 113 Fotografia 54: Montagem de formas de vigas de cobertura. .................................................. 114 Fotografia 55: Confecção de armaduras para vigas de cobertura ........................................... 115 Fotografia 56: Disposição de armaduras de vigas .................................................................. 116 Fotografia 57: Longarinas e cimbramento para montagem da laje ........................................ 117 Fotografia 58: Posicionamento das escoras para laje ............................................................. 118 Fotografia 59: Vigotas encaixadas nas vigas.......................................................................... 119 Fotografia 60: Disposição das tavelas cerâmicas ................................................................... 119 Fotografia 61: Disposição da malha da laje ........................................................................... 120 Fotografia 62: Disposição de armadura de cisalhamento ....................................................... 120 Fotografia 63: Aplicação de água em toda laje e vigas .......................................................... 121 Fotografia 64: Concretagem das vigas ................................................................................... 121 Fotografia 65: Concretagem da laje com rodos de madeira ................................................... 122 Fotografia 66: Remoção de escoras. ....................................................................................... 123 10 Fotografia 67: Moldagem de corpos de provas ...................................................................... 124 Fotografia 68: Aplicação de argamassa ACIII nos pilares .................................................... 125 Fotografia 69: Execução de alvenaria .................................................................................... 126 Fotografia 70: Disposição de ferro-cabelo ............................................................................. 127 Fotografia 71: Fixação de ferros 5mm na forma ................................................................... 128 Fotografia 72: Disposição da forma sobre alvenaria ............................................................. 128 Fotografia 73: Concretagem e acabamento de contraverga ................................................... 129 Fotografia 74: Montagem de forma com parafusadeira ......................................................... 130 Fotografia 75: Travamento de forma com tijolo .................................................................... 130 Fotografia 76: Concretagem de verga .................................................................................... 131 Fotografia 77: Desforma de verga ......................................................................................... 132 Fotografia 78: Fixação das montantes principais e banzo superior ....................................... 133 Fotografia 79: Montantes intermediárias fixadas .................................................................. 133 Fotografia 80: Execução do ripamento da cobertura ............................................................. 134 Fotografia 81: Corte e encaixe de telhas de fibrocimento ..................................................... 135 Fotografia 82: Pregos telheiros utilizados .............................................................................. 135 Fotografia 83: Passagem de eletrodutos na laje ..................................................................... 136 Fotografia 84: Quebra de parede para passagem de eletrodutos ............................................ 137 Fotografia 85: Fechamento de vão com argamassa ............................................................... 138 Fotografia 86: Passagem de fios ............................................................................................ 139 Fotografia 87: Passagem de fios com auxilio de cabo guia ................................................... 140 Fotografia 88: Aplicação de solda com estanho .................................................................... 140 Fotografia 89: Corte de canos com serra circular .................................................................. 141 Fotografia 90: Instalações de água fria lavanderia ................................................................ 142 Fotografia 91: Taliscamento do piso ......................................................................................143 Fotografia 92: Sarrafeamento do piso .................................................................................... 144 Fotografia 93: Concreto disposto em carrinho de mão .......................................................... 145 Fotografia 94: Aplicação de chapisco .................................................................................... 146 Fotografia 95: Execução de taliscas para emboço ................................................................. 147 Fotografia 96: Sarrafeamento de emboço .............................................................................. 148 Fotografia 97: Acabamento com desempeno de madeira liso ............................................... 148 Fotografia 98: Aplicação do Revest liso ................................................................................ 149 Fotografia 99: Superficie com Revest liso ............................................................................. 150 Fotografia 100: Lixamento de superficie com Revest liso .................................................... 150 Fotografia 101: Preparação da mistura da argamassa ACIII .................................................. 151 Fotografia 102: Corte de cerâmica com cortadeira elétrica .................................................... 152 Fotografia 103: Aplicação de argamassa no tardoz ................................................................ 152 Fotografia 104: Disposição de peça cerâmica na parede ........................................................ 153 Fotografia 105: Aplicação de rejunte ..................................................................................... 154 Fotografia 106: Remoção do rejunte com espuma ................................................................. 154 Fotografia 107: Limpeza do substrato com vassoura ............................................................. 155 Fotografia 108: Aplicação de argamassa diretamente no substrato ....................................... 156 Fotografia 109:Colocação de cerâmica de piso ...................................................................... 156 Fotografia 110: Lixamento de superficie ............................................................................... 157 Fotografia 111: Aplicação de selador ..................................................................................... 158 Fotografia 112: Aplicação da primeira demão da tinta .......................................................... 158 Fotografia 113: Aplicação da segunda demão da tinta ........................................................... 159 Fotografia 114: Ripamento para instalação de PVC .............................................................. 160 Fotografia 115: Instalação de PVC......................................................................................... 160 Fotografia 116: Estrutura metálica para fixação das placas ................................................... 161 Fotografia 117: Fixação das placas de gesso .......................................................................... 162 Fotografia 118: Aplicação de massa corrida sobre o forro drywall. ...................................... 162 12 LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS 𝜏𝜏 Tensão cisalhante 𝜎𝜎 Tensão normal 𝜑𝜑 Ângulo de atrito m/s Metros por segundo Ea Empuxo ativo Ep Empuxo passivo ko Coeficiente de empuxo no repouso TRI Teorema da Região Inferior TRS Teorema da Região Superior FS Fator de Segurança ABGE Associação Brasileira de Geologia e Engenharia NA Nível de água β Beta – inclinação do talude PMV Prefeitura Municipal de Vitória % Porcentagem cm Centímetros DER Departamento de Estradas de Rodagem 𝛿𝛿 Coeficiente de aderência SCS SoilConservation Service EUA Estados Unidos da América Km² Quilômetros quadrados ° Graus mm Milímetros m Metros MR Módulo de referência t/m³ Tonelada por metro cúbico SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 17 1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 17 1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 18 1.2.1 Objetivo geral .................................................................................................. 18 1.2.2 Objetivos específicos ....................................................................................... 18 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 19 2.1 CANTEIRO DE OBRAS .................................................................................. 19 2.1.1 Placa de Obra .................................................................................................. 20 2.1.2 Barraco de Obra ............................................................................................. 20 2.1.3 Tapume ............................................................................................................ 20 2.1.4 Instalações Sanitárias ..................................................................................... 20 2.1.4.1 Lavatórios ......................................................................................................... 21 2.1.4.2 Vasos Sanitários ................................................................................................ 21 2.1.4.3 Mictórios ........................................................................................................... 22 2.1.4.4 Chuveiros .......................................................................................................... 22 2.1.5 Vestiários ......................................................................................................... 22 2.1.6 Refeitório ......................................................................................................... 23 2.1.7 Armazenamento e estocagem de Material .................................................... 24 2.2 SEGURANÇA E HIGIENE NA OBRA........................................................... 25 2.2.1 Equipamento de Proteção Individual - EPI ................................................. 25 2.2.2 Equipamento de Proteção Coletiva – EPC ................................................... 27 2.2.2.1 Atividades e medidas de Segurança .................................................................. 28 2.2.2.1.1 Fundações ........................................................................................................... 28 2.2.2.1.2 Carpintaria ......................................................................................................... 28 2.2.2.1.3 Armação de aço .................................................................................................. 29 2.2.2.1.4 Estrutura de concreto ......................................................................................... 29 2.2.2.1.5 Andaime .............................................................................................................. 30 2.2.2.1.6 Medidas de proteção contra queda de altura ..................................................... 30 2.2.2.1.7 Alvenaria, Revestimento e Acabamentos ............................................................ 31 2.2.2.1.8 Serviços em telhados .......................................................................................... 31 2.2.2.1.9 Instalações Elétricas .......................................................................................... 31 2.2.2.1.10 Movimentaçãoe Transporte de Materiais.......................................................... 32 14 2.2.2.2 Ordem e limpeza .............................................................................................. 32 2.3 LOCAÇÃO ....................................................................................................... 32 2.3.1 Escavação ........................................................................................................ 34 2.4 FUNDAÇÃO SUPERFICIAL ......................................................................... 34 2.4.1 Sapatas ............................................................................................................. 35 2.5 VIGAS DE BALDRAME ................................................................................ 36 2.5.1 Impermeabilização de Vigas de Baldrame ................................................... 36 2.6 ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO ................................................... 37 2.6.1 Formas ............................................................................................................. 37 2.6.1.1 Montagem de fôrmas ........................................................................................ 38 2.6.1.1.1 Formas para pilares........................................................................................... 39 2.6.1.1.2 Formas para vigas ............................................................................................. 40 2.6.2 Lajes pré - fabricada ...................................................................................... 40 2.6.2.1 Instalações elétricas eletrodutos ....................................................................... 42 2.6.2.2 Remoção das formas e escoramento ................................................................ 42 2.6.3 Armaduras ...................................................................................................... 43 2.6.4 Dobramento e fixação da ferragem .............................................................. 44 2.6.5 Montagem e posicionamento das armaduras .............................................. 44 2.6.6 Concreto .......................................................................................................... 45 2.6.6.1 Fck .................................................................................................................... 45 2.6.6.2 Dosagem do Concreto ...................................................................................... 46 2.6.6.3 Concreto Usinado ............................................................................................. 47 2.6.6.4 Cuidados preliminares ...................................................................................... 47 2.6.6.5 Cobrimento das Armaduras .............................................................................. 48 2.6.6.6 Transporte ......................................................................................................... 48 2.6.6.7 Lançamento ...................................................................................................... 49 2.6.6.8 Adensamento .................................................................................................... 49 2.6.6.9 Cura .................................................................................................................. 51 2.6.7 Controle tecnológico do Concreto ................................................................. 51 2.7 ALVENARIA DE VEDAÇÃO ........................................................................ 53 2.7.1.1 Argamassa de assentamento ............................................................................. 54 2.7.1.2 Execução de alvenaria de vedação com blocos cerâmicos ............................... 54 2.7.1.3 Ferro cabelo ...................................................................................................... 55 2.7.2 Vergas e contravergas .................................................................................... 55 2.8 COBERTURA .................................................................................................. 56 2.8.1 Telhas onduladas de fibrocimento ................................................................. 57 2.9 INSTALAÇÕES ............................................................................................... 59 2.9.1 Elétricas ........................................................................................................... 59 2.9.1.1 Eletrodutos ........................................................................................................ 60 2.9.1.2 Execução ........................................................................................................... 60 2.9.2 Sanitárias ......................................................................................................... 61 2.10 PISO .................................................................................................................. 63 2.11 REVESTIMENTOS .......................................................................................... 63 2.11.1 Chapisco ........................................................................................................... 64 2.11.2 Emboço............................................................................................................. 65 2.11.3 Reboco .............................................................................................................. 66 2.11.4 Revestimento cerâmico em parede ................................................................ 66 2.11.5 Revestimento cerâmico em pisos ................................................................... 69 2.11.5.1 Argamassa Colante ........................................................................................... 70 2.12 PINTURA ......................................................................................................... 71 2.12.1 Pintura acrilica sobre Massa Corrida ........................................................... 72 2.13 FORRO ............................................................................................................. 72 2.13.1 Forro de PVC .................................................................................................. 72 2.13.2 Gesso Acartonado (Drywall) .......................................................................... 73 3 METODOLOGIA ........................................................................................... 74 3.1 DESCRIÇÃO DAS OBRAS............................................................................. 75 3.1.1 Obra 01 ............................................................................................................ 75 3.1.2 Obra 02 ............................................................................................................ 76 3.1.3 Obra 03 ............................................................................................................ 77 4 relatório de atividades acompanhadas .......................................................... 79 4.1 CANTEIRO DE OBRAS .................................................................................. 79 4.1.1 Placa de obra ................................................................................................... 79 4.1.2 Barraco de obra............................................................................................... 80 4.1.3 Tapume ............................................................................................................ 80 4.1.4 Instalações sanitárias ...................................................................................... 80 4.1.5 Vestiários .........................................................................................................81 4.1.6 Refeitórios ........................................................................................................ 81 4.1.7 Armazenamento e estocagem de Material .................................................... 81 16 4.2 SEGURANÇA E HIGIENE NA OBRA .......................................................... 83 4.2.1 Equipamento de Proteção Individual – EPI ................................................ 83 4.2.2 Equipamento de Proteção Coletiva – EPC................................................... 85 4.2.2.1 Fundações ......................................................................................................... 85 4.2.2.2 Carpintaria ........................................................................................................ 85 4.2.2.3 Andaimes .......................................................................................................... 86 4.2.2.4 Armações de aço .............................................................................................. 87 4.2.2.5 Proteção contra quebra em altura ..................................................................... 88 4.3 LOCAÇÃO ....................................................................................................... 88 4.3.1 Escavação ........................................................................................................ 91 4.4 FUNDAÇÃO SUPERFICIAL ......................................................................... 92 4.4.1 Sapatas ............................................................................................................. 92 4.5 VIGAS DE BALDRAME ................................................................................ 99 4.5.1 Impermeabilização de vigas de baldrame .................................................. 104 4.6 ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO ................................................. 105 4.6.1 Pilares ............................................................................................................ 105 4.6.1.1 Formas ............................................................................................................ 105 4.6.1.2 Armaduras ...................................................................................................... 107 4.6.1.3 Concretagem ................................................................................................... 108 4.6.1.4 Desforma ........................................................................................................ 110 4.6.2 Controle tecnológico do Concreto ............................................................... 111 4.6.3 Vigas .............................................................................................................. 112 4.6.3.1 Formas ............................................................................................................ 112 4.6.3.2 Armaduras ...................................................................................................... 114 4.6.4 Laje pré-fabricada ........................................................................................ 116 4.6.4.1 Montagem ....................................................................................................... 116 4.6.4.2 Armaduras ...................................................................................................... 119 4.6.4.3 Concretagem das vigas e laje ......................................................................... 120 4.6.4.4 Desforma das vigas e retirada das escoras ..................................................... 123 4.6.5 Controle tecnológico do concreto ................................................................ 124 4.7 ALVENARIA DE VEDAÇÃO ...................................................................... 125 4.7.1 Vergas e contravergas .................................................................................. 127 4.7.1.1 Contravergas ................................................................................................... 127 4.7.1.2 Vergas ............................................................................................................. 129 4.7.1.2.1 Desforma .......................................................................................................... 131 4.8 COBERTURA ................................................................................................ 132 4.8.1 Telhas onduladas de fibrocimento ............................................................... 134 4.9 INSTALAÇÕES ............................................................................................. 136 4.9.1 Elétrica ........................................................................................................... 136 4.9.1.1 Eletrodutos na laje........................................................................................... 136 4.9.1.2 Eletrodutos de parede ...................................................................................... 137 4.9.1.3 Passagem dos condutores nos eletrodutos ...................................................... 138 4.9.2 Sanitárias ....................................................................................................... 141 4.10 PISO ................................................................................................................ 143 4.11 REVESTIMENTOS ........................................................................................ 145 4.11.1 Chapisco ......................................................................................................... 145 4.11.2 Emboço........................................................................................................... 146 4.11.3 Reboco ............................................................................................................ 149 4.11.4 Revestimento cerâmico em parede .............................................................. 151 4.11.4.1 Rejunte ............................................................................................................ 153 4.11.5 Revestimento cerâmica de piso .................................................................... 155 4.12 PINTURA ....................................................................................................... 157 4.13 FORRO ........................................................................................................... 159 4.13.1 Forro PVC ..................................................................................................... 159 4.13.2 Gesso Acartonada (DRY WALL) ................................................................ 161 5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 163 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 164 17 1 INTRODUÇÃO A construção civil no Brasil está sempre em busca de inovações, visando o crescimento, exigindo cada vez mais profissionais qualificados e responsáveis, deixando no passado os métodos construtivos obsoletos, dando prioridade aos métodos construtivos mais eficientes, além de um intenso acompanhamento na execução de obras e materiais utilizados, para que o desenvolvimento das obras atinja alta qualidade correlacionada com baixo custo e grande produtividade. No entanto, mesmo com o avanço das tecnologias na construção civil, um dos grandes problemas do ramo ainda é a falta de controle tecnológico e a evidente má qualificação da mão-de-obra, atingindo diretamente a qualidade dos serviços prestados. A vivência na obra é de fundamental importância para contribuir com o conhecimentoteórico já adquirido, pois apenas este não tem a capacidade de formar um bom engenheiro. Diante disso o Estágio Supervisionado I possibilita ao acadêmico de engenharia civil vivenciar o dia a dia da sua profissão no canteiro de obras, agregando o conhecimento básico para atuar no mercado por meio da convivência com os profissionais da área, observando as dificuldades enfrentadas, soluções adotadas e métodos executivos utilizados. Diante do exposto, foram escolhidas duas obras de características e em estágios diferentes para o acompanhamento in loco dos serviços realizados, o que permitiu criar uma convivência com os funcionários envolvidos e sanar possíveis dúvidas de execução. Sendo assim, o presente relatório apresenta em primeira instância a fundamentação teórica, seguido pela descrição dos processos construtivos acompanhados em prática e as suas comparações com as metodologias e embasamento teórico. Para complementar há registros fotográficos, elaboração dos diários de obra e finalizado com a apresentação mediante a banca examinadora. 1.1 JUSTIFICATIVA O Estágio Supervisionado I tem como objetivo inserir o acadêmico na rotina profissional no setor da construção civil, permitindo que o conhecimento adquirido na teoria, seja aprofundado e alienado com os conhecimentos na prática, proporcionando também a oportunidade de verificar os métodos construtivos propostos nas bibliografias, tendo desta forma, uma perspectiva mais realista do dia-a-dia da profissão, desde aspectos como organização, cronogramas, problemas e soluções para cada caso, itens que mostram a necessidade de adquirir uma visão racional e econômica sobre uma obra. 18 Além disso, o Estagio Supervisionado I também facilita a percepção dos detalhes construtivos e a observação de erros que ocorrem na execução de obras visando assim sanar dúvidas e através da formação de uma percepção detalhista procurar soluções para minorar as deficiências e falhas nos serviços durante sua vida profissional A capacidade de relações interpessoais com as equipes responsáveis por executar a obra durante o estágio é uma oportunidade de conhecer melhor o cotidiano da obra e o trabalho em equipe, contribuindo para o amadurecimento do engenheiro em formação. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo geral Acompanhar, analisar e comparar os procedimentos e etapas construtivas de obras de Construção Civil em uma carga horária mínima de 8 horas semanais. 1.2.2 Objetivos específicos • Elaborar diários de obra dos procedimentos de execução observados; • verificar as condições de segurança no trabalho. • observar os métodos construtivos empregados pelos funcionários, e compará-los as técnicas descritas pela literatura; • aferir a resistência do concreto empregado em elementos estruturais da edificação; 19 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Nesse capítulo, serão discorridas as maneiras corretas de execução dos serviços que compõe uma obra de construção civil. 2.1 CANTEIRO DE OBRAS Segundo a Norma Brasileira Regulamentadora 12284(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1991), o canteiro de obras é um espaço destinado a execução e apoio aos trabalhos de construção, sendo dividido em áreas de vivência, e áreas operacionais. As áreas de vivência são destinadas a suprir as necessidades básicas do trabalhador. Enquanto as áreas operacionais são as que se desenvolvem os trabalhos relacionados a produção, devendo ficar fisicamente separado das áreas de vivência (NBR 12284; ABNT, 1991). Enfatizando o assunto, a Norma Regulamentadora 18 (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2015), aponta que os canteiros de obras devem possuir a) Instalações sanitárias; b) vestiário; c) alojamento; d) local de refeições; e) cozinha, quando houver preparo de refeições; f) lavanderia; g) área de lazer; h) ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores. Ainda de acordo com a Norma Regulamentadora 18 (MTE, 2015), os itens alojamento, cozinha, lavanderia, área de lazer, são obrigatórios apenas quando houver trabalhador alojado na obra. 20 2.1.1 Placa de Obra De acordo com Borges (2009), é imprescindível a colocação de uma placa na obra, com o nome do engenheiro responsável, número da sua carteira do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), endereço comercial, e telefone para contato. A placa com o número do alvará da construção e o número do processo na prefeitura é a mais importante e deve ser colocada em local visível. A não colocação desta placa implicará em multa aplicada pela prefeitura. 2.1.2 Barraco de Obra Segundo Yazigi (2014) este local deve estocar: material de segurança do trabalho, o material de uso geral (como cimento e cal), as ferramentas de uso geral e o material administrativo, além de materiais elétricos, hidráulico. Sendo que deve estar em local de fácil acesso para o descarregamento de material. 2.1.3 Tapume “É obrigatória a colocação de tapumes e barreiras sempre que se executarem atividades de construção, de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas aos serviços. O tapume deve ser construído e fixado de forma resistente e ter altura mínima de 2,2 metros” (NR 18; MTE, 2015). 2.1.4 Instalações Sanitárias Segundo a NR 18 (MTE, 2015, p.03), “entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção.” Também conforme a NR 18 (MTE, 2015) as instalações sanitárias devem: a) Ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene; b) ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a manter o resguardo conveniente; c) ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira; d) ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante; 21 e) não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições; f) ser independente para homens e mulheres, quando necessário; g) ter ventilação e iluminação adequadas; h) ter instalações elétricas adequadamente protegidas; i) ter pé-direito mínimo de 2,50m, ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município da obra; j) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios. 2.1.4.1 Lavatórios Para os lavatórios a NR 18 (MTE, 2015) orienta: a) Ser individual ou coletivo tipo calha; b) possuir torneira de metal ou de plástico; c) ficar a uma altura de 0,90 m; d) ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver; e) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável; f) ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60 m, quando coletivos; g) dispor de recipiente para coleta de papéis usados. 2.1.4.2 Vasos Sanitários No que dispõe a NR 18 (MTE, 2015), o local destinado ao vaso sanitário deve: a) Ter área mínima de 1 m²; b) ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15 m de altura; c) ter divisórias com altura mínima de 1,80 m; d) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o fornecimento de papel higiênico. 22 2.1.4.3 Mictórios Segundo a NR 18 (MTE, 2015, p.04), os mictórios precisam: a) Ser individual ou coletivo tipo calha; b) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável; c) ser providos de descarga provocadaou automática; d) ficar a uma altura máxima de 0,50 m do piso; e) ser ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos. 2.1.4.4 Chuveiros Segundo a NR 18 (MTE, 2015), o chuveiro deverá apresentar: a) A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80 m², com altura de 2,10 m do piso; b) os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto, quando houver, e ser de material antiderrapante; c) os chuveiros devem ser de metal ou plástico, individual ou coletivo, dispondo de água quente; d) deve haver um suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro; e) os chuveiros elétricos devem ser aterrados adequadamente. 2.1.5 Vestiários De acordo com a NR 18 (MTE, 2015), todo canteiro de obra deve possuir um espaço destinado para que os funcionários que não residam no local troquem de roupa, sendo que a sua localização deve ser próxima dos alojamentos (quando houver) ou à entrada da obra, sem ligação direta com o local reservado para as refeições. Os vestiários devem ter piso, paredes e cobertura, sua área de ventilação deve corresponder a 1/10 (um décimo) de área do piso, possuindo também armários individuais 23 dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado. Seu pé-direito mínimo deve ser de 2,50 m, ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município. São necessários bancos suficientes para atender a todos os funcionários, a largura mínima é de 0,30 m. O perfeito estado de conservação, higiene e limpeza deve ser mantido (NR 18; MTE, 2015). 2.1.6 Refeitório Segundo a NR 18 (MTE, 2015), o local para refeições deve: a) Ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições; b) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável; c) ter cobertura que proteja das intempéries; d) ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições; e) ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial; f) ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior; g) ter mesas com tampos lisos e laváveis; h) ter assentos em número suficiente para atender aos usuários; i) ter depósito, com tampa, para detritos; j) não estar situado em subsolos ou porões das edificações; k) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias; l) ter pé-direito mínimo de 2,80m. Todo canteiro de obra deve dispor de local exclusivo para o aquecimento de refeições com equipamentos adequados e seguros, independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não da cozinha. É proibido preparar, aquecer e tomar refeições fora destes locais (NR 18; MTE, 2015). “É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo equivalente, sendo proibido o uso de copos coletivos” (NR 18; MTE, 2015, p.07). 24 2.1.7 Armazenamento e estocagem de Material Devidamente estocados e armazenados, os materiais devem estar dispostos de forma que não impeça o transito de pessoas e trabalhadores, a circulação de materiais, o acesso aos equipamentos de combate a incêndio, não obstruindo portas ou saídas de emergência, nem provocando empuxos ou sobrecargas nas paredes, lajes ou estruturas de sustentação, além do previsto em seu dimensionamento (NR 18; MTE, 2015). Conforme a NR 18 (MTE, 2015), os materiais devem ser dispostos na obra, embalados ou a granel, de forma que as pilhas de materiais tenham forma e altura que facilitem o manuseio do operador e garantam sua estabilidade. O armazenamento dos materiais deve ser organizado de maneira que obedeça a uma sequência de utilização preestabelecida e planejada, não prejudicando a estabilidade das pilhas. Não deve empilhar os materiais diretamente no piso instável, úmido e desnivelado, sendo que a cal deve ser armazenado em local seco e arejado. As madeiras retiradas de andaimes e fôrmas devem ser empilhadas, depois de retirados os pregos. As barras, vergalhões, tubos, pranchas, perfis, e outros materiais de grande dimensão ou comprimento, devem ser organizados em camadas, com peças de retenção e espaçadores, separando de acordo com o tipo de material e a bitola das peças (NR 18; MTE, 2015). Segundo a Norma Brasileira Regulamentadora 12655 (ABNT, 2015), os agregados devem ser armazenados separadamente de acordo com a sua graduação granulométrica, não podendo haver contato físico direto entre as diferentes graduações, sendo que, cada fração granulométrica deve ficar sobre uma base que permita escoar a água livre para eliminá-la.O cimento fornecido em sacos deve estar guardado em pilhas sobre paletes de madeira para evitar o contato direto com o piso, devendo ficar em locais cobertos e fechados, por exemplo, o almoxarifado. De acordo com a NBR 14931 (ABNT, 2004) As barras de aço devem ser separadas por bitolas e sua estocagem deve ser feita de modo a impedir o contato com o solo ou qualquer outro tipo de contaminante. Segundo a NBR 12655 (ABNT, 2015, p.12) “O depósito destinado ao armazenamento dos agregados deve ser construído de maneira tal que evite o contato com o solo e impeça a contaminação com outros sólidos ou líquidos prejudiciais ao concreto.” 25 2.2 SEGURANÇA E HIGIENE NA OBRA 2.2.1 Equipamento de Proteção Individual - EPI Conforme a NR 6 (MTE, 2015), considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. O empregado deve utilizar os equipamentos apenas para a finalidade a que se destina, sendo que o mesmo tem a responsabilidade pela guarda e conservação dos seus equipamentos, e no caso que se torne impróprio para o uso deve comunicar o empregador (NR 6, MTE, 2015). De acordo com a NR 06 (MTE, 2015), a empresa é obrigada a fornecer o EPI, gratuitamente e em perfeito estado de conservação, aos seus trabalhadores nas seguintes situações: a) Quando medidas de ordem geral não oferecerem proteção completa contra riscos de acidentes de trabalho ou doenças profissionais e do trabalho; b) durante a implantação das medidas de proteção coletiva; c) em situações de emergência. Conforme NR 6 (MTE, 2015), os principais EPI’s estão enunciados a seguir: 1) Proteção para cabeça: a) capacete de segurança: capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio; proteção contra choques elétricos e capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos; b) capuz ou bala clava :capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica; capuz parar proteção do crânio, face e pescoço contra respingos de produtos químicos e capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes. 26 2) Proteção para olhos e face: a) óculos: para proteção dos olhos contra impactos de partículas; contra luminosidade intensa; contra radiação ultravioleta e infravermelha; b) protetor facial: protetor facial contra impactos de partículas na face; luminosidade intensa; radiação ultravioleta; radiação infravermelha e riscos de origem térmica. 3) Proteção auditiva: a) Protetor auditivo: protetores auriculares para trabalhos desempenhados em locais em que o grau de ruído seja alto. 4) Proteção respiratória: a) máscaras para trabalhos de limpezapor abrasão por meio de jateamento de areia; b) respiradores de máscaras de filtro químico, para exposição a agentes químicos prejudiciais à saúde. 5) Proteção para o tronco: a) vestimentas: vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica; contra riscos de origem mecânica; contra riscos de origem química; contra riscos de origem radioativa; contra riscos de origem meteorológica e contra umidade proveniente de operações com uso de água. 6) Proteção para os membros superiores: a) luvas: luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes; contra cortantes e perfurantes; contra choques elétricos; contra agentes térmicos; contra agentes biológicos; contra agentes químicos; contra vibrações e contra umidade proveniente de operações com uso de água. 27 7) Proteção para os membros inferiores: a) calçados: calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos; contra agentes provenientes de energia elétrica; contra agentes térmicos; contra agentes abrasivos e escoriantes; contra agentes cortantes e perfurantes; b) calça: calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes; contra respingos de produtos químicos; contra agentes térmicos e contra umidade proveniente de operações com uso de água. 8) Proteção contra quedas com diferença de nível: a) cinturão de segurança com trava-queda: cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal; b) cinturão de segurança com talabarte: cinturão de segurança com talabarte para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura. 2.2.2 Equipamento de Proteção Coletiva – EPC Segundo Yazigi (2014),Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são equipamentos utilizados para proteção de segurança enquanto um grupo de pessoas realiza determinada tarefa ou atividade. O EPC deve ser usado prioritariamente ao uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI). A seguir são listados os principais sistemas de proteção coletiva contra queda de altura: a) Sistema guarda-corpo/rodapé: protege contra riscos de queda de materiais e ferramentas e pessoas; b) sistema de barreira com rede: constitui-se por dois elementos horizontais, fixados rigidamente em suas extremidades à estrutura da construção, sendo fechado por rede o vão entre os elementos superiores e inferiores; c) proteção de aberturas no piso por cercados, barreiros com cancelas ou similares: para aberturas no piso utilizadas para transporte de equipamentos e materiais; 28 d) dispositivos protetores de plano horizontal: para aberturas nas lajes ou pisos, não utilizadas para transporte vertical, devem possuir proteção sólida, na forma de fechamento provisório fixo; e) dispositivos de proteção para limitação de quedas: em construções com mais de quatro pavimentos ou altura equivalente, é obrigatória a instalação, em todo o perímetro, de plataforma(s) de proteção. 2.2.2.1 Atividades e medidas de Segurança 2.2.2.1.1 Fundações Conforme NR 18 (MTE, 2015), a área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza, quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a execução de serviços. Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação devem ser escorados. Escavações com mais de 1,25m de profundidade devem dispor de escadas ou rampas, permitindo acesso ou saída rápida em casos de emergência. Materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade da profundidade, medida a partir da borda do talude. Taludes com altura superior a 1,75m devem ter estabilidade garantida (NR 18; MTE, 2015). 2.2.2.1.2 Carpintaria Conforme a NR18 (MTE, 2015), a carpintaria deve ter piso nivelado, resistente e antiderrapante, com cobertura capaz de proteger os trabalhadores contra intempéries e quedas de materiais.Ao se manusear uma serra circular deve-se atender algumas disposições abaixo: a) Possuir mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores, anterior e posterior, construída em madeira resistente, material metálico ou similar, sem irregularidades, com dimensionamento suficiente para a execução das tarefas; b) possuir a carcaça do motor aterrada eletricamente; c) o disco deve ser mantido afiado e travado, carecendo ser substituído quando apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos; 29 d) as transmissões de força mecânica devem estar protegidas obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes, não podendo ser retiradosdurante a execução dos trabalhos; e) possuir coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação do fabricante e ainda coletor de serragem. Nas operações de corte de madeira, deve ser utilizado dispositivo empurrador e guia de alinhamento (NR 18;MTE, 2015). 2.2.2.1.3 Armação de aço Segundo a NR 18 (MTE, 2015), a dobragem e corte de vergalhões de aço em obra devem ser feitos sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis, apoiadas sobre superfícies resistentes, niveladas e não escorregadias afastadas da área de circulação de trabalhadores. As armações de pilares, vigas e outras estruturas verticais devem ser apoiadas e escoradas para evitar tombamento e desmoronamento. A área de trabalho onde está situada a bancada da armação deve ter cobertura resistente para proteção dos trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries. É obrigatória a colocação de pranchas de madeira firmemente apoiadas sobre as armações nas fôrmas, para a circulação de operários. É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas. Durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada (NR 18;MTE, 2015). 2.2.2.1.4 Estrutura de concreto Conforme NR18 (MTE, 2015), para estruturas de concreto, as fôrmas devem ser projetadas e construídas de modo que resistam às cargas máximas de serviço. Os suportes e escoras de fôrmas devem ser inspecionados antes e durante a concretagem por trabalhador qualificado. Durante a desforma devem ser viabilizados meios que previnam a queda livre de seções de fôrmas e escoramentos, sendo obrigatória a amarração das peças, além do isolamento e sinalização ao nível do terreno(NR 18; MTE, 2015). 30 As peças e máquinas devem ser inspecionadas por trabalhador qualificado antes do início das atividades. Deve permanecer no local onde se executa a concretagem somente a equipe imprescindível para a execução dessa tarefa (NR 18; MTE, 2015). Quando o sistema estiver sob pressão, as conexões dos dutos transportadores de concreto devem possuir dispositivos de segurança para impedir a separação das partes. Os vibradores de imersão e de placas devem ter dupla isolação, e os cabos de ligação ser protegidos contra choques mecânicos e cortes pela ferragem, sendo inspecionados antes e durante a utilização (NR 18; MTE, 2015). 2.2.2.1.5 Andaime Os andaimes devem ser devem ser dimensionados e construídos de modo a suportar, com segurança, as cargas de trabalho a que estarão sujeitos. O piso de trabalho dos andaimes deve ter forração completa, antiderrapante, ser nivelado e fixado de modo seguro e resistente. Os andaimes devem ainda, dispor de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em todo o perímetro (NR 18; MTE, 2015). 2.2.2.1.6 Medidas de proteção contra queda de altura Segundo NR 18 (MTE, 2015),é obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção de materiais. As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente. As aberturas, quando forem utilizadas para o transporte vertical de materiais e equipamentos, devem ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de entrada e saída de material, e por sistema de fechamento do tipo cancela ou similar. De acordo com a NR 18 (MTE, 2015 p. 14), “É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje”. A proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e rodapé deverá ser construída com altura de 1,20 m para o travessão superior, e 0,70 m para o travessão intermediário; ter rodapé com altura de 0,20 m e vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da abertura (NR 18; MTE, 2015). 31 2.2.2.1.7 Alvenaria, Revestimento e Acabamentos Segundo NR 18 (MTE, 2015), os quadros fixos de tomadas energizadas devem ser protegidos sempre que no local forem executados serviços de revestimento e acabamento. Os locais abaixo das áreas de colocação de vidro devem ser interditados ou protegidos contra a queda de objetos e materiais. Após a colocação, os vidros devem ser marcados de maneira visível. 2.2.2.1.8 Serviços em telhados Segundo a NR 18 (MTE, 2015), é obrigatória a existência de sinalização de advertência e de isolamento da área, promovendo a capacidade de evitar o surgimento de acidentes por eventuais quedas de materiais, ferramentas ou equipamentos em geral. Em locais de altura acentuada, se faz obrigatório à instalação de um cabo guia ou cabo de segurança para fixação da corda trava-quedas acoplada ao cinto de segurança tipo paraquedista, sendo que o cabo de segurança deve ter sua extremidade fixada à estrutura definitiva da edificação, por meio de espera de ancoragem, suporte ou grampo de fixação de aço inoxidável ou outro material de resistência, qualidade e durabilidade compatível. Além disso, não se deve proceder a esse tipo de trabalho em dias de ventos fortes, superfície lisa ou com presença de chuva, pois o mesmo pode acarretar em graves acidentes. 2.2.2.1.9 Instalações Elétricas Segundo a NR 18 (MTE, 2015) a execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas por trabalhador qualificado, e sua supervisão por profissional legalmente habilitado. É proibida a existência de partes vivas expostas de circuitos e equipamentos elétricos. Os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos mecânicos, umidade e agentes corrosivos. As estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos devem ser estar eletricamente aterradas e os condutores devem ter isolamento adequado, não sendo permitido obstruir a circulação de materiais e pessoas (NR 18; MTE, 2015). 32 2.2.2.1.10 Movimentação e Transporte de Materiais Quando não houver visibilidade no local de lançamento de concreto pelo operador do equipamento de transporte ou bomba de concreto, um sistema de sinalização e comunicação, sonora ou visual, deve ser utilizado para determinar o início e o fim do transporte (NR 18; MTE, 2015). Segundo a NR 18 (MTE, 2015), os acessos da obra devem estar desobstruídos, possibilitando a movimentação dos equipamentos. Precauções especiais devem ser tomadas quando houver circulação de máquinas e equipamentos próximos às redes elétricas. Quando utilizados guinchos de coluna ou similar, estes devem ser providos de dispositivo próprios para sua fixação. O tambor do guincho de coluna deve estar nivelado para garantir o enrolamento adequado do cabo e a distância entre a roldana livre e o tambor do guincho do elevador tracionado a cabo deve estar compreendida entre 2,5 m e 3,0 m de eixo a eixo. Devendo ser instalada uma proteção resistente desde a roldana livre até o tambor do guincho de forma a evitar o contato acidental com suas partes, sendo a área isolada por anteparos rígidos de modo a impedir a circulação de trabalhadores (NR 18; MTE, 2015). 2.2.2.2 Ordem e limpeza Segundo NR 18 (MTE, 2015), o canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo e desimpedido, notadamente nas vias de circulação, passagens e escadarias. O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regularmente coletados e removidossob cuidados especiais, de forma a evitar eventuais riscos e poeira excessiva. Quando houver diferença de nível, a remoção de entulhos ou sobras de materiais deve ser realizada por meio de equipamentos mecânicos ou calhas fechadas. Além disso, é proibida a queima de lixo ou qualquer material no interior do canteiro de obras, bem como manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais impróprios do canteiro de obras (NR 18; MTE, 2015). 2.3 LOCAÇÃO De acordo com Salgado (2009, p. 32) “Entende-se por locação de uma obra a transferência de dados e medidas do projeto para o local (terreno) onde a edificação será consolidada.” 33 Para iniciar este serviço deve ser definido o nível da obra e também a referência pela qual será feita a locação da edificação, além de conferir os eixos e divisas da obra verificando as distâncias entre si. A partir da referência definida no terreno deve-se marcar uma das faces do gabarito com uma trena metálica e uma linha de náilon, com afastamento de no mínimo 1m da face da edificação, sendo que o restante das faces do gabarito pode ser demarcado a partir desta face (YAZIGI, 2014). O gabarito (Ilustração 1) deve ser construído através da cravação de pontaletes no terreno a uma distância aproximada de 2 m entre eles, os pontaletes precisam estar prumados e alinhados faceando sempre o mesmo lado da linha de náilon. Na face interna dos pontaletes pregam-se tábuas niveladas formando a tabeira (YAZIGI, 2014). O esquadro do gabarito deve ser aferido através de linhas de náilon fixadas de modo a formar a hipotenusa de triângulos retângulos, assim suas diagonais devem ser medidas e possuir dimensões idênticas (YAZIGI, 2014). Ilustração 1 – Gabarito para locação Fonte: Milito [(2009)]. Para a locação dos elementos estruturais inicialmente deve-se marcar a lápis os eixos de locação no gabarito a partir do ponto de referência fixo no terreno e através destes eixos demarcarem todos os pilares de acordo com o projeto de locação da obra. As linhas de marcação dos eixos são estendidas entre pregos cravados em lados opostos do gabarito, sendo que o cruzamento dessas linhas identifica o centro de cada pilar e neste ponto devem ser fixadas estacas no terreno utilizando um prumo de centro para posicioná-las (YAZIGI, 2014). 34 2.3.1 Escavação De acordo com Yazigi (2014) como a escavação para fundação é temporária, seus taludes são, em geral, o mais próximo possível da vertical e seu escoramento é feito unicamente com o objetivo de evitar riscos de ruptura. Até aproximadamente 5m de profundidade, a escavação pode ser considerada rasa e os procedimentos envolvidos não são sérios. Ainda de acordo Yazigi (2014), os materiais são classificados em três categorias para efeitos de escavação, são elas: a) Material de primeira categoria: compreende a terra em geral, argilas ou rochas em adiantado estado de decomposição, seixos com diâmetro máximo de 15cm; b) material de segunda categoria: compreende a rocha com resistência à penetração inferior à do granito; c) material de terceira categoria: compreende a rochacom resistência à penetração igual ou superior à do granito. A NBR 6122 (ABNT, 2010) dispõe de algumas diretrizes construtivas impondo que, quando utilizado equipamentos mecânicos na escavação de cava para fundações superficiais, este deve interromper seu trabalho a no mínimo 30 cm da cota de apoio, sendo esta parcela removida manualmente. Conforme Yazigi (2014), escavações efetuadas em proximidades de prédios ou vias públicas, precisam de um planejamento diferenciado com aplicação de métodos de trabalho que evitem ocorrências de qualquer perturbação provenientes dos fenômenos de deslocamento, tais como: o escoamento ou ruptura do terreno das fundações; a descompressão do terreno da fundação; ou ainda a descompressão do terreno pela ação da água. 2.4 FUNDAÇÃO SUPERFICIAL A NBR 6122 (ABNT, 2010, p. 02) define fundação superficial como “Elementos de fundação em que a carga é transmitida ao terreno, pelas pressões distribuídas sob a base da fundação, respeitando que a profundidade de assentamento seja inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. Estão inclusos neste tipo de fundação as sapatas, os blocos, osradier, as sapatas associadas, as vigas de fundação e as sapatas corridas” 35 2.4.1 Sapatas De acordo com NBR 6122 (ABNT, 2010), sapata é um elemento de fundação superficial de concreto armado dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultadas sejam resistidas pelo emprego da armadura. Conforme NBR 6122 (ABNT, 2010), os seguintes parâmetros devem ser respeitados na execução das sapatas: a) Em planta, as sapatas não devem ter dimensões inferiores a 60 cm; b) em divisas com vizinhos, exceto se assentado sobre rocha, a profundidade mínima não deve ser inferior a 1,50 m; c) a cota de apoio de uma fundação assegurar que a capacidade de suporte do solo de apoio não seja influenciada pelas variações sazonais de clima ou umidade; d) em fundações que não se apoiam sobre rocha, em toda a área da cava deve ser executadauma camada de concreto simples de regularização de no mínimo 5 cm de espessura; e) em casos de fundações próximas, porém situadas em cotas diferentes, a reta de maior declive que passa pelos seus bordos deve fazer, com a vertical, um ângulo α,conformeIlustração 2, com os seguintes valores: a) solos pouco resistentes: α ≥ 60°; b) solos resistentes: α = 45°; c) rochas: α = 30°. Ilustração 2- Fundações próximas, mas em profundidades diferentes Fonte: NBR 6122 (ABNT, 2010). 36 De acordo com Yazigi (2014, p.224) “Inicialmente, deve-se providenciar a abertura da cava com largura, aproximadamente, 20 cm maior do que a dimensão da sapata. É necessário escavar até a cota de apoio da fundação, que se recomenda não serem inferior a 70 cm, medidos a partir do nível do terreno”. Conforme Yazigi (2014), deve-se iniciar a execução da sapata situada em cota mais profunda. Além disso, deve-se garantir o correto nivelamento do fundo da cava, que pode ser aferido por meio de nível a laser ou mangueira. Depois de concluída a etapa da escavação, é necessária regularizar e compactar o fundo da cava com soquete de 5 kg ou compactador mecânico tipo sapo. Ainda a NBR 6122 (ABNT, 2010) ressalta que quando se trata de fundações assentadas sobre rochas inclinadas, deve-se preparar a superfície por meio de chumbamento ou escalonamento, evitando o deslizamento da fundação. É necessário dispor as formas de borda da base da sapata e cuidar para o correto nivelamento do topo das formas laterais, sendo que estas devem estar escoradas em estacas cravas externamente no fundo e nas laterais da cava. Após montadas as formas de borda, deve-se determinar a altura do toco do pilar. Para concluir, tem de se proceder à armação e à concretagem da peça (YAZIGI, 2014). 2.5 VIGAS DE BALDRAME Segundo Yazigi (2009), as valas devem ser abertas com 20 cm de largura a mais que a dimensão da viga. Acabada a escavação, deve-se regularizar e compactar o solo em até 5 cm abaixo da cota de apoio com auxílio de um soquete. As formas são montadas e escoradas com estacas de madeira cravadas externamente, no fundo e nas laterais da vala, sempre obedecendo a locação, nível, alinhamento e esquadro das peças de madeira. O nivelamento é feito por meio de nível a laser ou de mangueira, a partir da referência marcada no gabarito pelo topógrafo. 2.5.1 Impermeabilização de Vigas de Baldrame Segundo a Norma Brasileira Regulamentadora 9575 (ABNT, 2010), dependendo das áreas que requeiram estanqueidade, tem-se o tipo adequado de impermeabilização conforme a solicitação imposta pelo fluido. 37 De acordo com a NBR 9575 (ABNT, 2010), as impermeabilizações devem ser executadas a fim de evitar a passagem de fluidos e vapores nas construções, pelas partes que requeiram estanqueidade, proteger os elementos e componentes construtivos que estejam expostos ao intemperismo, contra a ação de agentes agressivos presentes na atmosfera, proteger o meio ambiente de agentes contaminantes por meio da utilização de sistemas de impermeabilização e possibilitar sempre que possível acesso à impermeabilização, com o mínimo de intervenção nos revestimentos sobrepostos a ela, de modo a ser evitada, tão logo seja percebido falhas do sistema impermeável, da degradação das estruturas e componentes construtivos. A NBR 9575 (ABNT, 2010) indica que a impermeabilização é realizada para evitar a passagem indesejável de fluidos nas construções, pelas partes que requeiram estanqueidade, protegendo as estruturas, bem como seus componentes construtivos. 2.6 ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 4) elementos de concreto armado são “Aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura, e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência”. Conforme a NBR 6118 (ABNT, 2014), a respeito da qualidade das estruturas de concreto, elas devem seguir aos requisitos mínimos de qualidade durante sua construção e serviço, sendo esses divididos em três grupos distintos: a) Capacidade resistente: consiste essencialmente na segurança à ruptura; b) desempenho em serviço: consiste na capacidade de a estrutura manter-se em condições plenas de utilização, não apresentando danos que comprometam o uso para o qual foi projetada; c) durabilidade: consiste na capacidade de a estrutura resistir às influências ambientais previstas e determinadas no início da elaboração do projeto, pelo autor do projeto estrutural junto ao contratante. 2.6.1 Formas A NBR 14931 (ABNT, 2004) preconiza que, as formas são utilizadas para moldar e conter o concreto, sendo retiradas somente quando o mesmo obtenha resistência suficiente 38 para sustentar a si próprio e proporcionar a aparência desejada. Seu uso adequado possibilita o reaproveitamento, tanto das formas como dos materiais utilizados para sua confecção. A confecção das formas e do escoramento deve ser feita facilitando a retirada dos seus elementos, inclusive aqueles colocados entre lajes. Nas juntas maiores da fôrma ou em peças de cantos irregulares, a vedação poderá ser melhorada fazendo a utilização de tiras de espuma plástica. Para o lançamento do concreto, as formas precisam ser molhadas até a sua saturação (YAZIGI, 2014). De acordo com a NBR 14931 (ABNT, 2004), quando a utilização de desmoldante for necessária, deve ser aplicado na fôrma antes que a armadura seja posta, evitando prejudicar asuperfície do concreto. Sendo que deve ser aplicado de acordo com o fabricante, para que se
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