Buscar

Aula 13 - COLAPSOS C+üRSTICOS

Prévia do material em texto

COLAPSO EM ÁREAS 
CÁRSTICAS 
Disciplina: Geotecnia Ambiental 
INTRODUÇÃO 
 
 
 No Brasil com o aumento da população humana e a 
crescente ocupação de terrenos cársticos, os 
afundamentos tendem a agravar e a ser acelerados 
pela própria ocupação e pelo uso de recursos 
naturais. 
O QUE SÃO TERRENOS CÁRSTICOS? 
 
 Carste é um terreno com hidrologia e formas de relevo 
distintas que surge da combinação da alta solubilidade de 
certas rochas e o grande desenvolvimento de porosidade na 
forma de condutos (Ford, 2004). 
 
 
 O carste distingue-se por algumas feições características, 
dentre elas as dolinas (depressões) que ocorrem na superfície 
e os condutos e cavernas, em subsuperfície. 
O QUE SÃO TERRENOS CÁRSTICOS? 
 
 O processo de dissolução da rocha ocorre, principalmente, 
devido à presença de ácido carbônico na água das chuvas e na 
água que atravessa os solos. 
 
 As rochas mais comuns formadoras de carste são as rochas 
carbonáticas (calcários, dolomitos e mármores), em especial os 
calcários. 
 
 Durante o desenvolvimento do carste a água irá infiltrar-se 
por descontinuidades naturais da rocha, causando a 
dissolução. 
SUBSIDÊNCIAS E COLAPSOS 
 
 Deformação ou deslocamento de direção essencialmente 
vertical descendente, causando afundamentos nos terrenos. 
 
 
 A subsidência ocorre em geral de forma gradual, mas pode 
também ocorrer de forma brusca e repentina. 
 Colapso do solo: Quando a subsidência do solo ocorre de 
forma aguda. 
 
 
 Estes afundamentos podem afetar a vida das pessoas e 
ocasionar situações de risco nestas áreas. 
SUBSIDÊNCIAS E COLAPSOS 
 
 Condicionantes Naturais 
 Dissolução de rochas (carstificação) 
 Acomodação de camadas do substrato pelo peso 
 Pequenas movimentações em falhas 
 
 Condicionantes Antrópicos 
 Bombeamentos excessivos 
 Peso de estruturas 
 Colapso de antigas minas subterrâneas 
 
SUBSIDÊNCIAS E COLAPSOS 
 
 Subsidência e colapso são processos comuns e 
naturais em áreas cársticas. São originados pelo 
desenvolvimento dos condutos em profundidade e 
pela própria evolução do sistema. 
Evolução de dolinas de 
colapso (Karmann, 
2000). 
EVOLUÇÃO DE COLAPSOS CÁRSTICOS 
SUBSIDÊNCIAS E COLAPSOS 
 
 Com a subsidência e colapso ocorrem as “dolinas”, 
que são depressões fechadas em superfície, uma das 
feições mais típicas do carste. 
 
 Dolinas podem se formar de maneira bastante lenta 
ou surgir em poucos dias. 
 
 As dolinas de colapso são mais abruptas, enquanto as de 
subsidência tendem a ser mais suaves. 
SUBSIDÊNCIAS E COLAPSOS 
 
 
 Toda intervenção e ocupação humana em áreas cársticas é 
sujeita ao risco de subsidência e colapso, se não forem 
tomadas as medidas necessárias de contenção destes 
processos. 
 
 
 Dificuldade de reconhecimento imediato de feições 
características em subsuperfície, sendo o risco maior. 
CAJAMAR/SP 
 
 
 Faixa de calcário aflorante estreita e parte da 
cidade desenvolveu-se sobre estas rochas; 
 
 
 A subsidência e o colapso acelerados pelo 
rebaixamento do nível d’água do aquífero cárstico 
pela exploração de água subterrânea ou pela 
atividade de mineração no entorno. 
Colapso em 
Cajamar (SP) 
(Nakazawa et 
al., 1987). 
Colapso em Áreas Cársticas 
FATORES ACELERADORES DA SUBSIDÊNCIA 
CÁRSTICA 
 
 Alteração no nível d’água subterrânea – Rebaixamento e 
Elevação 
 
 O rebaixamento do nível d’água ocasiona a diminuição da sustentação dos condutos ou a 
alteração do regime de fluxo da água subterrânea, que pode provocar erosão de condutos 
preenchidos por sedimentos, gerando subsidência. 
 
 A elevação do nível d’água também pode ocasionar subsidência, como no caso de 
reservatórios e barragens, pela alteração dos regimes de fluxo da água subterrânea. 
 
 Atividade minerária: 
 
 Rebaixamento do nível d’água e devido ao desmonte de rochas com a utilização de 
explosivos. 
RECOMENDAÇÕES E AÇÕES PREVENTIVAS 
 
 
 O carste é naturalmente mais vulnerável; 
 
 Estudado ou até mesmo evitado, quando da escolha 
para instalação de empreendimentos 
potencialmente geradores de riscos a contaminação 
(água, solo) ou a aceleração do risco a 
afundamentos. 
RECOMENDAÇÕES E AÇÕES PREVENTIVAS 
 
 
 Conhecimento geológico e geomorfológico básico; 
 
 Estudos para verificar a presença ou não de carste; 
 
 Nem sempre é possível observar feições típicas em superfície, 
o que não significa a inexistência de carste em profundidade. 
 
 Proceder com investigações detalhadas para elaborar um 
cenário mais preciso. 
RECOMENDAÇÕES E AÇÕES PREVENTIVAS 
 
 Em situações da ocorrência de afundamentos: 
 
 Estudos específicos e medidas necessárias para sanar ou minimizar o problema. 
 
 Se a área já estiver ocupada: monitorar as possíveis alterações no 
terreno; 
 
 Delimitação de “zonas de risco” em estudos posteriores ao colapso, que devem ser 
respeitadas; 
 
 Medidas extremas: remoção da população ou de empreendimentos 
em casos de risco irreparável ou da mitigação ser economicamente 
inviável. 
RECOMENDAÇÕES E AÇÕES PREVENTIVAS 
 
 Utilização da água subterrânea dos aquíferos cársticos: 
 
 Realização de estudos hidrogeológicos prévios para se 
calcular a taxa de bombeamento máxima de exploração 
sem risco de subsidência; 
 Monitoramento contínuo do nível d’água para não 
ocasionar risco por rebaixamento excessivo; 
 
 Atividade de mineração: possuir monitoramento contínuo dos 
níveis de tremores por explosão e do rebaixamento do nível 
d’água.

Outros materiais