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Erro de tipo e erro de proibição.

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Erro de tipo e erro de proibição.
Existem três tipos de erro na esfera penal. Erro de tipo, de proibição e de tipo permissivo.
Trataremos apenas dos dois primeiros, haja vista que este ultimo não vem sendo reconhecido de forma autônoma pelo Direito Penal, pois há um debate muito extenso acerca deste tipo de erro. Como o CP adota a Teoria Limitada da Culpabilidade, trataremos o “erro de tipo permissivo” juntamente com “erro de tipo”.
Erro de tipo engloba situações que anteriormente estava sob a luz do “erro de fato”, e o erro de proibição, além de incluir novas situações que antes não eram previstas pelo CP, abrange também, hipóteses classificadas anteriormente como “erro de direito”.
ERRO DE TIPO.
Erro de tipo é o erro que incide sobre os pressupostos do fato de uma causa de justificação da norma incriminadora, em outras palavras, é aquele que incide sobre as circunstancias da figura típica da norma penal incriminadora. Sendo assim, erro de tipo ocorre na ausência de consciência do ato praticado, ou seja, o agente desconhece a ilicitude do fato, porem acaba praticando-o.
O art. 20 CP dita o tema “Art. 20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei”. Em linhas gerais o art. 20 trata que, em se tratando de quando recai em elementos que constituem crime, sempre terá por consequência a exclusão do dolo, mantendo-se a culpa, caso isso esteja previsto na norma penal.
O erro de tipo de divide em duas macro esferas, sendo elas “erro de tipo incriminador” e “erro de tipo permissivo”.
Por sua vez, o erro de tipo INCRIMINADOR, subdivide-se em “essencial” e “acidental”.
O erro de tipo incriminador ESSENCIAL acaba por subdividir-se em “inevitável ou invencível” e “inescusável ou evitável”.
Já o erro de tipo incriminador ACIDENTAL subdivide-se em “erro sobre o objeto”, “erro sobre a pessoa”, “erro sobre a execução”, “resultado diferente do pretendido” e “erro sucessivo ou dolo geral”. Mais adiante serão elencados e explicados em detalhes todas as formas de erro.
ERRO DE TIPO INCRIMINADOR
ERRO DE TIPO INCRIMINADOR ESSENCIAL
Este erro de tipo versa diretamente sobre os fatos elementares e circunstanciais do tipo, por exemplo, quando o erro do agente recai sobre os dados constitutivos do tipo ou sobre circunstâncias agravantes, ou seja, aquelas que sempre agravam a pena quando não constituem ou qualificam o crime (art. 61, CP) e causas de aumento de pena (caracteriza o concurso formal de crime – art. 70, CP).
No erro de tipo incriminador essencial, o agente não compreende a ilicitude do fato, portanto, sempre haverá um benefício ao réu. Este erro pode recair sobre o tipo fundamental, sobre uma causa de aumento de pena, sobre uma circunstância agravante ou sobre uma qualificadora. No tipo fundamental, exclui o dolo e consequentemente a tipicidade, tornando assim, o fato atípico. Na causa de aumento de pena, afasta a causa de aumento, porém, o agente responderá pelo tipo fundamental. Ele exclui a agravante, porém, o agente responderá pelo tipo fundamental.O erro de tipo incriminador essencial exclui a qualificadora, porém, o agente responderá pelo tipo fundamental.
Nestes casos, o que se exclui são as situações que enrijeceriam a pena do autor, porém o mesmo responderá, sempre, pelo tipo fundamental do crime.
Erro de tipo incriminador essencial Inescusável ou Inevitável.
Previsto no CP - art. 20 § 1º, é o erro desculpável ou seja, aquele cujas circunstâncias fazem presumir boa fé do agente, justificando a prática do ato. Presume-se o erro escusável quando qualquer outra pessoa, nas mesmas circunstâncias, faria a mesma ação que o agente. Exclui por completo o dolo e a culpa, afastando, assim, a responsabilidade penal quando era a conduta inevitável.
Erro de tipo incriminador essencial Escusável ou Evitável.
Ocorre quando o agente age de forma descuidada. Exclui o dolo, mas, não afasta a culpa, respondendo o agente por crime culposo, quando previsto em lei (art. 20, caput, CP).
O erro essencial se enquadra basicamente em três situações, sendo elas.
Quando o agente comete um delito a um bem penalmente tutelado com a total consciência real e inequívoca de todos os elementos que constituirá o tipo incriminador, sendo assim, não há nenhum erro, o agente será responsabilizado por toda a infração cometida, sem redução.
 Quando o agente comete uma infração legal sem a consciência dos elementos que constituem o tipo incriminador e em casos de condutas que impossibilitam a conscientização, consiste em erro de tipo essencial inevitável. Neste caso, exclui-se o dolo e a culpa, consequentemente inexiste o fato típico, excluindo, assim, a responsabilidade do agente.
Quando o agente não tem consciência dos elementos constitutivos do tipo penal incriminador, mas, é possível chegar a esta consciência em decorrência das circunstâncias nas quais se praticou a conduta. Neste caso surge o erro de tipo essencial evitável. Assim, exclui-se o dolo, porém, permite a continuação existencial da culpa, permitindo a imputação do agente a um crime culposo, deste que esteja previsto em lei.

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