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1 2 INDÍCE CAPÍTULO 1-----------------------------------------------------------------------------------------03 Cerimonial e Protocolo CAPÍTULO 2-----------------------------------------------------------------------------------------09 Normas de Cerimonial e Ordem Geral da Precedência CAPÍTULO 3-----------------------------------------------------------------------------------------15 Símbolos Nacionais CAPÍTULO 4-----------------------------------------------------------------------------------------24 Eventos Oficiais 1 CAPÍTULO 5-----------------------------------------------------------------------------------------29 Eventos Oficiais 2 CAPÍTULO 6-----------------------------------------------------------------------------------------52 Mestre de Cerimônias CAPÍTULO 7----------------------------------------------------------------------------------------55 Estrutura do Evento CAPÍTULO 8----------------------------------------------------------------------------------------57 Suporte Técnico CAPÍTULO 9----------------------------------------------------------------------------------------60 Convidados Internacionais CAPÍTULO 10--------------------------------------------------------------------------------------57 É preciso saber CAPÍTULO 11--------------------------------------------------------------------------------------59 Comportamento e Postura CAPÍTULO 12-------------------------------------------------------------------------------------72 Conteúdo em Ação 3 CAPÍTULO 1 Cerimonial e Protocolo 4 “Não há sociedade sem hierarquia e civilização sem cerimonial” Daisy Monte 5 1. Cerimonial e Protocolo – C&P • Importância do C&P para o Turismo de Eventos • Definição de Cerimonial • Definição de Protocolo • Hierarquia • Quebra de Protocolo • Etiqueta • Tipos de Cerimonial Cerimonial e Protocolo regem as relações e a civilidade entre as autoridades constituídas nos âmbitos jurídico, militar, eclesiástico, diplomático, universitário, privado e em todas as instâncias do Poder Público. No Brasil são basicamente condutas norteadas por leis municipais, estaduais e federais que resguardam características culturais sob normas internacionais; sem esquecer, contudo, que enquanto linguagem são passíveis de transformação e atualização. O Turismo de Eventos significa geração de emprego e renda. Reconhecido como uma das atividades mais dinâmicas e prósperas do mundo, o turismo no século atual mostra- se como um dos principais setores socioeconômicos de fundamental importância para o desenvolvimento de um lugar, cidade, ou país. Para facilitar o entendimento da importância do Cerimonial e Protocolo, seguem algumas definições consagradas: CERIMONIAL – rigorosa observância de certas formalidades em eventos oficiais entre autoridades nacionais e estrangeiras; conjunto de formalidades de atos solenes e festas públicas. Entende-se como ato solene, uma reunião de caráter social e formal. Base legal: Decreto Federal 70.274 de 09/03/1972 Trata das: “Normas do Cerimonial da República 6 Exemplos: Posse do Presidente da república Recepção autoridades estrangeiras e Cerimônias oficiais em geral PROTOCOLO – é a ordem hierárquica que determina normas de conduta dos governos e seus representantes em ocasiões oficiais ou particulares. É o rigoroso cumprimento de certas formalidades em eventos oficiais ou particulares, entre autoridades nacionais ou estrangeiras. É o conjunto de formalidades que se devem seguir num ato solene ou festa pública. É sinônimo de etiqueta. É também registro de atos públicos oficiais. O Protocolo regula a conduta nas cerimônias públicas ou privadas. São normas a serem cumpridas por um membro de qualquer corporação. O protocolo implanta normas e métodos a serem seguidos para regular a conduta nas cerimônias públicas e privadas, estabelecendo as regras para troca de correspondência oficial e privada, atuando no modo de vestir e de se portar socialmente. O Protocolo é um instrumento de ação que assegura ao ser social o direito de ser reconhecido pelo seu cargo e a posição que ocupa na sociedade frente a autoridades públicas, políticas, administrativas, privadas enfim por todos que compõem a sociedade, em todos os cargos, níveis e poderes. A hierarquia existe em todas as sociedades organizadas. www.cinform.com.br/blog/daisymonte/22 Protocolo postado em 21/5/2007 HIERARQUIA - é a ordem e subordinação dos poderes civis, militares e eclesiásticos; - é a série contínua de graus ou escalões, em ordem crescente ou decrescente; é ainda a ordenação da autoridade, em diferentes níveis, dentro de uma estrutura própria. 7 “Não há sociedade sem hierarquia, civilização sem cerimonial” Daisy Monte A educação tem início na ordem e disciplina, como diz nossa bandeira nacional: “Ordem e Progresso”. A convivência social impõe regras que devem ser seguidas para que as pessoas possam crescer e desenvolver-se. Existe em cada país o seu próprio conjunto de normas que assegura, em posição de prerrogativas oficiais, políticas e administrativas, privilégios e imunidades das quais necessitam, para desempenharem funções inerentes aos cargos. Exemplo: Protocolo da Inglaterra – hierarquia real; Protocolo do Vaticano – hierarquia eclesiástica; Família – célula mãe da sociedade, hierarquia familiar Trabalho – hierarquia funcional e etc.. QUEBRA DE PROTOCOLO – quando as normas, regras e disciplinas são interrompidas, por alguma razão pessoal do sujeito principal da ação. Em alguns casos, o abandono ou relaxamento do cerimonial e protocolo que gera a ‘quebra de protocolo’ é, muitas vezes, um desejo de agradar, de se fazer simpático ou ainda da própria maneira, geralmente humana, de se portar frente a outro ser humano. Sempre consciente por parte de quem faz a ação. Exemplo clássico: o Vaticano, que é provavelmente a mais antiga corte da Europa, é justamente afamado pelo refinamento e observância do seu rígido protocolo. Por tal razão, é o exemplo mais clássico e mais citado como quebra de protocolo. Quando a Sra. John Kennedy estava para visitar o Vaticano, o Papa João XXIII, humanístico e social, foi informado pelo cerimonial da maneira pela qual deveria saudá-la. Foi lhe dada à escolha 8 de Srª. Presidente, Madame, ou Srª. Kennedy. Ao vê-la, o Papa abriu levemente os braços e exclamou com satisfação humana: ‘Oh! Jaqueline!’ Exemplo humanístico: A Princesa Diana, humanismo era a sua característica daí tantas vezes rompeu o protocolo estabelecido e abraçou crianças aidéticas na África, pacientes enfermos nos hospitais e interrompeu cortejo pelas ruas para cumprimentar pessoas. Mais recentemente registrou-se uma quebra de protocolo no encontro da Primeira Dama dos Estados Unidos Michelle Obama com a Rainha Elizabeth II da Inglaterra. A princípio não se toca fisicamente na realeza, mas a Sra. Obama abraçou a rainha inglesa! Análise mais atual da flexibilidade do cerimonial entre os países pode ser lida no endereço: www.cinform.com.br/blog/daisymonte/7 O abraço na rainha Postado em 27/04/2009 ETIQUETA A etiqueta é um fenômeno de cultura popular. Os ingredientesda etiqueta são a cordialidade e a hospitalidade. Aí reside o Turismo de Eventos. Destes dois elementos derivam os padrões e leis de etiqueta como a precedência do hóspede sobre os anfitriões, as formulas de cortesia que exaltam os valores da amizade fraterna, da boa sorte, da generosidade, da felicidade e da prosperidade. A etiqueta é muito mais ampla que o protocolo e o cerimonial motivo por que, embora aceitável, eis a definição: “Etiqueta é a maneira de observar certos usos e costumes quê integram o cerimonial.” R. F. de Mello TIPOS DE CERIMONIAL: Públicos - Oficiais Particulares - Empresariais e Sociais 9 CAPÍTULO 2 Normas de Cerimonial e Ordem Geral de Precedência 10 2. NORMAS DE CERIMONIAL E ORDEM GERAL DE PRECEDÊNCIA Normas de Cerimonial e Protocolo e Ordem Geral de Precedência Decreto Federal 70.274, de 09 de novembro de 1972 • Do que trata as Normas do Cerimonial Público • Do que trata a Ordem Geral de Precedência • Normas do Cerimonial Público Estadual • Decreto 11.074, de 05 de janeiro de 1978 NORMAS DE CERIMONIAL E ORDEM GERAL DE PRECEDÊNCIA Decreto Federal de número 70.274 de 09 de março de 1972 – aprovou as Normas do Cerimonial Público e a Ordem Geral de Precedência. Este decreto atualizou o anterior, que datava de 1948. Hoje, apresentando deficiências e omissões, em face principalmente do surgimento de novos cargos na esfera federal e estadual, mudanças que ainda não conseguiu acompanhar. Cabe nessas normas a disposição correta das bandeiras nacional, estadual e municipal. É lei exigida para todos os eventos oficiais, empresarias e sociais. Ainda assim, estão sendo utilizados e consagrados mecanismos de diferenciação que levam em conta sexo, idade, interesse, ordem alfabética ou cultura. Como mecanismo de ação, utiliza-se como opção em eventos de ordem esportiva, de clubes de serviços e sociais, o critério de ordem alfabética. Para a área de TURISMO, com o crescimento contínuo na área de negócios, tais regras devem ser aplicadas para dar credibilidade aos eventos, oficiais ou não. É o ponto crucial, é à base do cerimonial de eventos. É a palavra chave do assunto Cerimonial em Eventos. Precedência deriva do latim Praecedere, sentar na frente, donde derivam, por contaminação semântica, passar na frente, situar-se antes. 11 É o conceito ou ordem pela qual se estabelece a estrutura máxima do Estado, na medida em que domina a ordem hierárquica de disposição das autoridades do estado, de um Organismo ou de um Grupo Social. A Precedência sempre foi motivo de controvérsias, somente em 1815 durante a Conferência de Viena é que se alcançou uma solução com o novo regulamento. Em 1961, a Conferência de Viena sobre Relações Diplomáticas determinou a Ordem de Procedência definitiva entre os Chefes de Missões Diplomáticas. No momento atual no Brasil vigora o Decreto nº 70.274 de 09.03.1972, alterado pelo Decreto nº 83.186, de 19.02.1979, sendo necessária uma revisão, pois, suas disposições são adaptadas às vezes oficiosamente, para acomodar situações individuais de pessoas e/ou autoridades. Ainda que a Ordem de Precedência reflita os usos e costumes nacionais, bem como a organização pública interna, existem conceitos que são universais e de aceitação geral e pública quanto ao Corpo Diplomático e ao Clero Católico. Por exemplo: • Núcleo Apostólico será sempre o Decano do Corpo Diplomático • Cardeais terão precedência sobre Chefes de Missões Diplomáticas • Corpo Diplomático é o primeiro e deve permanecer coeso em um mesmo local • Grau, idade, antiguidade ou data histórica, são fatores relevantes e priorizados • Dicas: em toda e qualquer situação são seguintes as adoções de precedência: - o mais velho tem precedência sobre o mais jovem - a senhora tem precedência sobre os homens - as crianças passam antes dos adultos Exerce-se a precedência como uma questão de arte de viver sujeita as circunstâncias específicas no protocolo. 12 Do que trata a Ordem Geral de Precedência • Presidência da República • Ministros de Estado • Governo Estadual • Governo Municipal • Personalidades Estrangeiras • Da Representação • Do Hino Nacional • Da Bandeira Nacional • Das Honras Militares O Cerimonial que se observa em cada Estado para a recepção dos Chefes de missão deverá ser uniforme a respeito de cada classe. Os Governos dos Estados federados têm que seguir as normas do cerimonial Público da República em tudo que nelas é regulamentado. Na Igreja O lugar de honra é o altar. À direita ficará a Bandeira Nacional e, à esquerda a Bandeira da Santa Sé. A ordem de Precedência, de acordo com a ordem hierárquica é a seguinte: 1. Cardeal Primaz 2. Cardeal 3. Núncio Apostólico 4. Patriarcas, Arcebispos e Bispos 5. Pronotórios Apostólicos 6. Prelado Doméstico 7. Camareiro Doméstico 8. Arcediagos 13 9. Arciprestes 10. Vigários Episcopais 11. Vigários e Sacerdotes 12. Diáconos e Religiosos, etc.. Nas Universidades Nas Universidades a precedência é regulada pelo princípio de antiguidade, ou ainda, como alternativa interna, obedece-se ao Organograma ou Estrutura Hierárquica. Como fonte, citamos o Cerimonial da Universidade do Estado de São Paulo- USP, aprovado em 28.02.1940, que o torna defasado, mas ainda é o mais utilizado: • Reitor • Vice-Reitor • Diretor • Professor Honorário – “Honoris Causa” • Professor Titular • Professor Assistente • Professor Adjunto No Âmbito Militar A Lei 6.800 de 09.08.1980, que dispõe sobre o estatuto dos Militares e sobre a Hierarquia Militar e Disciplina é a que, por conseguinte, estabelece a precedência entre militares. A consultar tal referência, diante do evento a ser realizado, com vistas ao Turismo. No Âmbito Privado Nas empresas e entidades privadas, para as quais não existe uma ordem de Precedência estabelecida, dar-se-á sempre por ordem alfabética. Existindo instituições oficiais no mesmo evento, deverão ser colocadas em primeiro lugar seguida das empresas privadas. Existem dois fatores que estabelecem a ordem de precedência nas empresas e instituições privadas: 14 • Data de criação e/ou fundação • Organograma No Poder Judiciário Nas solenidades do Supremo Tribunal de Justiça, o presidente ocupa o lugar central, à sua extrema direita é o lugar cativo do Presidente da República, e a direita o presidente do Tribunal Eleitoral. Nos eventos dos Estados, do poder Judiciário, os Governadores ocupam o lugar de honra, ao lado direito do Presidente do Tribunal. Do Lugar de Honra È o que se situa à direita da pessoa de maior hierarquia no local que se realiza o evento. É frequente o convidado de honra ter hierarquia superior ao seu anfitrião, e dar-se a ele o centro. Isto significa que, cabe ao anfitrião ficar sempre à esquerda do convidado de honra. Em um automóvel, o lugar de honra é à direita, no assento do fundo, o último lugar é o centro. No vagão de trem, metrô, ônibus, a autoridade de maior hierarquia ocupa o primeiro assento da fileira um, do lado direito. 15 CAPÍTULO 3 Símbolos Nacionais 16 3. Símbolos Nacionais Os símbolos nacionais são as mais caras representações da pátria, expressam o espírito cívico da nação brasileira. De acordo com a Lei 5.700 de 1º de setembro de 1971, que dispõe sobre a forma e a apresentação dosSímbolos Nacionais e dá outras providencias, são: • A Bandeira nacional • O Hino Nacional • As Armas Nacionais • O Selo Nacional 17 Bandeira Nacional Em todas as apresentações em território brasileiro, a Bandeira Nacional obedece a ORDEM GERAL DE PRECEDÊNCIA e deve ocupar sempre o lugar de honra. Em qualquer evento empresarial, funcional, corporativo existe sempre a colocação de uma ou mais bandeiras. 18 Como primeira bandeira, a Bandeira Nacional ,é colocada no local de honra, seguida pela segunda no segundo local de honra e escalando as demais, uma de cada lado, como mostrado no esquema a baixo: Número par de bandeiras Número ímpar de bandeiras 5 3 1 2 4 6 4 2 1 3 5 Platéia Platéia A posição da Bandeira deve ser: • Central ou a mais próxima do centro – e à direita deste, quando com outras bandeiras pavilhões ou estandartes, em linha de mastros, panóplias, escudos ou peças semelhantes; • Destacada à frente de outras bandeiras quando conduzida em formaturas ou desfiles; • À direita de tribunas, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho. • As embaixadas de outros países no Brasil, por constituírem território estrangeiro, são os únicos lugares em que a Bandeira Nacional fica à esquerda. A amplitude das regras é tamanha que chega à precedência de colocação de bandeiras dos estados brasileiros numa cerimônia, de acordo com sua constituição histórica (decreto 709234, art. 85): 1. Bahia 2. Rio de Janeiro 3. Maranhão 4. Pará 5. Pernambuco 6. São Paulo 19 7. Minas Gerais 8. Goiás 9. Mato Grosso 10. Rio Grande do Sul 11. Ceará 12. Paraíba 13. Espírito Santo 14. Piauí 15. Rio Grande do Norte 16. Santa Catarina 17. Alagoas 18. Sergipe 19. Amazonas 20. Paraná 21. Acre 22. Distrito Federal 23. Rondônia 24. Mato Grosso do Sul 25. Tocantins 26. Amapá 27. Roraima As bandeiras de outros países são posicionadas em ordem alfabética do nome do país em português. Elas devem ter tamanho igual à Bandeira Nacional. Posições de bandeiras diversas: Bandeira da ONU; Bandeira do Estado anfitrião; Bandeiras dos municípios, em ordem alfabética; Bandeiras de Clubes de Serviços e, 20 Bandeiras de outras Associações. Caso haja um número ímpar de bandeiras, o local de honra é o mastro central e o segundo local de honra é à sua direita, depois à esquerda e assim sucessivamente. Caso haja um número par de bandeiras, o local de honra é o mastro central mais à direita, seguido pelo mastro central à sua esquerda, depois à sua direita, etc.. Hasteamentos de bandeiras O hasteamento das bandeiras deve ser das 8h às 18h, com chuva ou sol e, após as 18h as bandeiras deverão ser sempre iluminadas por questão de respeito. Dentro de um salão: as bandeiras podem ficar a direita ou esquerda. Em recinto fechado: deverá ser usada em mastro à direita da mesa ou desfraldada na posição central em cima da mesa do presidente da sessão. A bandeira deve estar descoberta, sem nenhuma pessoa à frente ou objeto atrapalhando a visualização. 21 Obs.: Considera-se à direita de um dispositivo de bandeiras a direita de uma pessoa colocada junto a ele e voltada para a rua, para a platéia ou, de modo geral, para o público que observa o dispositivo. Cerimonial e Protocolo em Turismo de Eventos Cívico A troca da Bandeira Nacional na Praça dos Três Poderes é feita no Pavilhão Nacional, Monumento de autoria de Sérgio Bernardes, inaugurado em 1972, em Brasília, capital do Distrito Federal. Trata-se de uma bandeira medindo 286 metros quadrados que está a 100m de altura. Seu mastro é formado por 24 hastes metálicas, que representam os estados da Federação, foi construído como símbolo de diálogo e de convergência de todas as unidades federativas do país e dos Três Poderes da República. O número de tubos é representativo da quantidade de unidades da federação- estados- na época da construção do mastro, no início da década de 1970. Além da necessidade de imposição da Bandeira Nacional, a altura do mastro se deve também em razão da necessidade que a bandeira ficasse acima das representações de 22 cada poder, sendo o prédio central do congresso nacional o mais alto da praça, fez-se necessário que o mastro ficasse em altura superior. A Solenidade da Troca da Bandeira é realizada a cada 1º domingo do mês, sob a coordenação das Três Armas, (Marinha, Exército, Aeronáutica) e do Governo do Distrito Federal (GDF), de forma alternada. A cada hasteamento, revezam-se na guarda de honra, soldados de uma das três armas militares (Marinha, Exército, Aeronáutica). A substituição desta bandeira é feita porque frequentemente rasga-se pela ação do vento. O novo exemplar deve atingir o topo do mastro antes que o exemplar substituído comece a ser arriado. As mais diversas entidades costumam doar bandeiras para a ocasião. Geralmente, os Estados da Federação, presenteiam a Nação com a bandeira da vez. Solenidade a céu aberto é assistida por caravanas, escolas, habitantes da capital federal e entorno, turistas e visitantes. É um dos eventos turísticso dos mais procurados nacional e internacionalmente, na capital federal, pela forma protocolar de sua realização. A beleza do ritual enriquece a cerimônia. Troca do Pavilhão N acional em Brasília - Distrito Federal 23 http://www.youtube.com/watch?v=3xm9xqV7dRY Hinos O Hino Nacional é composto da música de Francisco Manoel da Silva e do poema de Joaquim Osório Duque Estrada. Poema ou canto de veneração, louvor ou invocação à divindade. Música marcial ou solene, acompanhada de texto. Geralmente executa-se o Hino Nacional, nas cerimônias de abertura ou encerramento de eventos. Em eventos cívicos a participação do Hino nacional e a Bandeira são obrigatórias; em evento social, é opcional. Nas cerimônias em que se tenha que executar o Hino Nacional Estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro. Nas solenidades oficiais do Estado, executa-se o Hino Nacional na abertura do evento e, o Hino do Estado, no encerramento. Independentemente do teor do evento social, científico, cívico, empresarial, esportivo, etc., o Hino Nacional está presente e, na maioria das vezes, seguido pelo hino estadual. Para todo e qualquer evento, a postura durante a sua audição é igual. O público deve estar de pé, em silêncio, mantendo postura formal em sinal de respeito. O hábito de colocar a mão direita sobre o peito (coração) durante a execução do Hino Nacional segue o modelo dos Estados Unidos e da França. Pode ser utilizado. Oficialmente seguindo a regra, não se aplaude o Hino Nacional, mas nos tempos atuais esse gesto é visto como euforia e amor à Pátria. É a manifestação espontânea e calorosa da vibração nacional. Os Hinos podem ser executados por bandas de música, orquestras sinfônicas, CDs, fitas, conforme a ocasião e o bom senso. No segmento do turismo usa- se o hino tocado por sanfonas (Orquestra Sinfônica de Sergipe), Banda de Pífaros e instrumentos isolados como o cavaquinho e o violão. www.cinform.com.br/blog/daisymonte/5 Hino Nacional Brasileiro 1 e 2 Postado em 29/09/2009 e 05/10/2009 24 Armas Nacionais As Armas Nacionais foram instituídas pelo Decreto nº 4 de 19 de novembro de 1889 e alterada pela Lei 5.443. São utilizadas, principalmente, no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional, no Supremo Tribunal Federal, etc.. Selo Nacional25 É constituído por um círculo, representando uma esfera celeste, igual ao que se acha no centro da Bandeira Nacional, tendo em volta as palavras República Federativa do Brasil. É usado para autenticar os atos do Governo, diplomas nacionais, certificados, etc.. 26 CAPÍTULO 4 Eventos Oficiais 1 27 4. Eventos Oficiais 1 • Equipe precursora • Local • Lista • Convites • Pronomes de Tratamento Uma equipe precursora deverá chegar ao local, município, estado, etc., pelo menos 24h antes da data marcada para o acontecimento. Finalizará os últimos detalhes com a equipe de organização, verificando locais, itinerários e o cumprimento da listagem contida no contrato. No cerimonial oficial compõem a equipe precursora funcionários do Gabinete Militar, do Cerimonial e da Assessoria de Imprensa, quer seja nacional, estadual ou municipal. No cerimonial de eventos turísticos não é diferente. Só difere a qualificação civil dos cidadãos. A equipe precursora promoverá uma reunião de preferência no local do evento com todos os responsáveis pela organização do evento e discutirá: Cerimonial: Recepção da autoridade e comitiva Detalhes da área de A&B - Alimentos e Bebidas Discursos Audiências, encontros Texto de placas a serem descerradas Localização de fitas simbólicas Sonorização Palanque, palco, mesa central, etc.. Recepcionistas e locutores ou Mestre de Cerimônias Roteiro e script para o Mestre de Cerimônias Condecorações, Faixas e Presentes 28 Listagem das autoridades/personalidades: política, social e econômica Plano ‘B’ para caso de chuva Alternativas para imprevistos variados Sistema de Fichas (cargo e nome) para as citações Designar alguém para fazer registros de presença Gabinete Militar: Itinerários Composição do Cortejo Veículos para deslocamento comitiva Hospedagem Trânsito Segurança Comunicações Assessoria Imprensa: Textos de faixas Releases Coletiva Entrevistas Divulgação Fotos e filmagens Local - É de suma importância o local onde será realizado o evento. O trabalho da equipe precursora para visitar e fazer o levantamento das instalações, possibilidades de utilizar recursos e ferramentas para atender as exigências do projeto. Além do local, o entorno deve ser levado em conta, para estabelecer fluxo de entrada/saída/estacionamento e circulação de veículos, bem como a segurança. Itens indispensáveis para o sucesso do evento: • Instalações em ótimo estado 29 • Salões compatíveis com o número de participantes • Cozinha, bar, recepção e banheiros • Iluminação, pontos de luz, microfones • Sistema completo para comunicação • Segurança Lista – Em qualquer tipo de evento não é justificado o esquecimento de nenhum convidado. Para evitar: Manter listagem atualizada do público alvo Dividir a listagem por segmento – oficial nacional, estadual, municipal Acionar a listagem desejada, de acordo com o evento programado. Convites- pelo Protocolo do evento o convite é o primeiro item a ser analisado. Em solenidades formais, com antecedência de, no mínimo 10 dias, deverão ser feitos os convites por telefone, e-mail com a solicitação de confirmação pela mesma via. Aceito o convite, deverá ser enviado um ‘pour mémorie’ ou seja, o próprio convite. Este tipo de convite é comumente utilizado pelo Itamaraty e pelas Missões Diplomáticas Estrangeiras. Imprescindível de acontecer na área de turismo, pois é preciso planejamento não só para os participantes oficiais, como para seus acompanhantes. O turismo de eventos é o que mais apresenta acompanhantes. O convite deve ser: Claro, objetivo e informativo Elegante e limpo Deve causar expectativa O texto deve conter: A entidade ou pessoa que convida; Tipo de evento; 30 Local; Data; Horário; Traje deve ser descrito sempre no padrão masculino; RSVP – confirmação de presença. Principal característica: O convite chega primeiro e reflete a imagem do evento. Formal: impressos e distribuídos pessoalmente ou por e-mail, nominativo e personalizado. Informal: feitos por telefones, não estando incluso em C&P oficial Tamanho: padronizado: 15 X 10,5 cm Especial: 21 X 15 cm Cores: seguir as cores da instituição, com logomarca em fundo branco Papel: em convites padrão ou não, o papel deve ter uma gramatura e textura superior aos do uso diário. Atenção: Nas cerimônias a que comparece o Governador do Estado não pode haver representação, sendo o convite pessoal e intransferível. Para as ocasiões festivas ou de cerimônia, o convite deve ser feito por escrito, em forma de carta ou de cartão impresso. Os convites são sempre em papel tipo cartolina, brancos. Os convites formais oficiais para recepções, almoços e jantares oficiais são redigidos com o título de cargo ou função da pessoa que convida. Para eventos não oficiais, o convite leva os nomes dos que convidam, sem mencionar cargo ou função. Em ocasiões de notável relevância de uma visita oficial de alto nível como Chefe de Estado ou Chanceler, ou de recepção para grande número de pessoas, faz-se imprimir um convite especial em que todos os dizeres estão impressos. Nos demais casos se utilizam os convites impressos com linhas em branco para se preencher o nome do destinatário, o tipo de recepção, ou almoço ou jantar, o dia e a hora. Nesses casos escreve-se no alto, à mão, o motivo da recepção e, embaixo, à mão, o traje. 31 Nos convites para recepções oficiais se emprega a expressão “tem a honra de convidar” e nos convites não oficiais se emprega a expressão “tem o prazer de convidar”. Para os almoços ou jantares de cerimônia em que há lugares marcados, deve-se consultar previamente os convidados antes de lhes enviar o convite formal, pois com tal providência já fica assegurada a formação da mesa antes do envio dos convites definitivos por escrito a cada convidado, sabendo-se de antemão que os convidados aceitam. Pronomes de Tratamento Emprego dos Pronomes de Tratamento Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece à secular tradição. São de uso consagrado. Abaixo transcrevemos os mais usados de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/ManualRedPR2aEd.PDF Vossa Excelência, em comunicações dirigidas às seguintes autoridades; a) do Poder Executivo; Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; 32 2 SAID ALI, Manoel. Gramática secundária histórica da língua portuguesa. 3. ed. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1964. p. 93-94. 3 Id. Ibid. 4 Nos termos do Decreto n o 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União. b) do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da União; DeputadosEstaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. c) do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. 33 As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador, No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma: A Sua Excelência, o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça 70064-900 – Brasília. DF A Sua Excelência, o Senhor Senador Fulano de Tal Senado Federal 70165-900 – Brasília. DF A Sua Excelência, o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10ª Vara Cível Rua ABC, nº 123 01010-000 – São Paulo. SP Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação. 34 Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é: Senhor Fulano de Tal, (...) No envelope, deve constar do endereçamento: Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, nº 123 12345-000 – Curitiba. PR Como se depreende do exemplo acima fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações. Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde- lhe o vocativo: Magnífico Reitor, (...) Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são: Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é: Santíssimo Padre, 35 (...) Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, (...) Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos. Outros exemplos: VOSSA EXCELÊNCIA (V. EXª) • Governadores e Vice-Governadores • Prefeitos Municipais • Secretários de Estado • Senadores • Deputados • Juízes do Trabalho, Juízes de Direito e Juízes Eleitorais • Procurador Geral da República • Embaixadores e Cônsules • Generais e Marechais • Vocativo: excelentíssimo Senhor (Exmº.Sr) e Meritíssimo (MM) para juízes VOSSA SENHORIA (V.S.ª) • Funcionários graduados • Organizações comerciais e industriais • Particulares em geral 36 • Vocativo: Ilustríssimo Senhor (Ilmº. Sr.) VOSSA EMINÊNCIA (V. Emª) • Cardeais • Vocativo: Eminentíssimo Senhor (Emmº. Sr.) VOSSA EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA (V.Exª.Revmª) • Arcebispo e Bispos • Vocativo: Excelentíssimo Sr. (Exmº. Sr.) VOSSA SANTIDADE (V.S.) • Papa • Vocativo: Santíssimo Padre ou Beatíssimo Padre REVERENDO (Revdº) • Sacerdote • Clérigos • Religiosos • Vocativo: Reverendo VOSSA MAGNIFICÊNCIA • Reitores de Universidades • VOCATIVO: Magnífico Reitor VOSSA MAJESTADE (V.M.) • Imperadores • Reis • Rainhas 37 VOSSA ALTEZA (V.A.) • Príncipes e Princesas Trajes- O ato de vestir-se por si só, já é uma ação de comunicação, de cumprir regras, de ser formal, ou não. Roupa certa para a ocasião certa- essa deveria ser a regra, com base legal. Observar, conhecer e obedecer a certas regras leva a acertos. Usar do bom senso e procurar informação via telefone ou e-mail, sempre que não vier explícito no texto do convite. Quem é bem informado não comete gafes. Tipo de evento ou compromisso oficial são normas a serem cumpridas de acordo com o horário, local, tons, cores, padrões, texturas, clima, idade, tipo físico, cargo,... Tudo deve ser observado, analisado e cumprido. Segue uma tabela convencional de trajes para homens e mulheres, que pode servir de guia em ocasiões oficiais em qualquer dos campos: nacional, estadual, municipal. Homens: 38 Esporte- calça, camiseta, camisa pólo ou com botões, cinto e sapatos combinados. O tênis e o mocassim foram substituídos pelo sapatênis em couro ou camurça. Esporte completo- calça, camisa e blazer sem gravata. Passeio- o anterior com gravata. Cabem calça e paletó de cores diferentes. Sapato preto ou marrom, combinado com cinto. Passeio completo- terno de única cor, com gravata. Até as 18h, pode ser de cor clara; após as 18h cores escuras e com brilho. Smoking ou black-tie: traje em cetim preto, camisa branca pregueada, gravata-borboleta, faixa preta e sapato de couro ou verniz, preto, cadarço. Summer: versão branca do smoking. Sapato preto. Comum no verão europeu e raro no Brasil. Fraque- calça listrada, paletó curto na frente e longo atrás. Colete e gravata. Sapato preto, cadarço. Casaca- casaco curto na frente (cintura) e comprido atrás, preto, gravata- borboleta. 39 Dicas masculinas: meias combinam com sapatos; • os tênis ficam reservados para ocasiões desportivas; • os cabelos sempre aparados, limpos e penteados; • as unhas higienizadas dispensam o esmalte incolor. Para os profissionais de eventos, o traje recomendado é o clássico, na cor preta ou azul marinho após as 18h; Blazer e cores claras, durante o dia; Dispensados os acessórios- brincos, anéis, pulseiras, etc.. Mulheres: 40 O traje feminino adapta-se a cada estação e a cada região. Esporte- varia com o tipo físico. Cabelos podem ser soltos ou presos em bonés; bolsas grandes, vão da mochila a sacolas, passando pelas pochetes; calçados vão dos tênis às sandálias altas; evitar durante o dia a cor preta; jóias e bijuterias sem brilhos; maquiagem leve. Esporte completo- vestidos curtos e discretos. Em cerimônias diurnas, calças compridas são liberadas. Antes das 18h, opte por pantalonas com túnicas, saias com blazers ou o tradicional tailleur. O terninho tem ponto certo. A bolsa ainda pode ser esportiva, porém em tamanho médio. 41 Passeio- traje mais formal que o anterior. As calças compridas aceitas socialmente são rejeitadas em cerimônias oficiais. Nessas ocasiões, é gafe. Os tailleurs são apropriados. As bolsas devem ser esportivas, porém menores, acompanhadas de calçados de salto. Em eventosoficiais, os cabelos longos podem estar soltos, mas sem cair no rosto. Black-tie- longos ou longuetes coloridos, claros ou escuros. Os tecidos são nobres, os bordados e os brilhos marcam o estilo, aliados aos adereços. Cabelos presos. Acompanham os homens no passeio completo, smoking, summer, fraque e casaca. Dicas: Roupas claras, meias claras; roupas escuras, meias escuras. Durante o dia, os cabelos são soltos e à noite semi ou totalmente presos. As bolsas esportivas são ou não, iguais aos sapatos. Para os profissionais de eventos, o traje recomendado é o clássico, na cor preta ou azul marinho e são dispensados os acessórios. Smoking feminino é um curinga. Sapatos salto três cm, silenciosos. Cabelo presos ou semi-presos. http://www.cinform.com.br/blog/daisymonte/21 Acertando no traje Postado em 19/06/2007 42 CAPÍTULO 5 Eventos Oficiais 2 43 5. Eventos Oficiais 2 • Condecorações • Menus • Bebidas • Decoração e Ornamentação • Tipos de mesa • Discursos Condecorações – Decreto nº 70.274 – art. 94 e Parágrafo Único “Em solenidades promovidas pelo Governo da União só poderão ser usadas condecorações e medalhas conferidas pelo Governo Federal, ou condecorações e medalhas conferidas por Governos estrangeiros”. Parágrafo Único- “os militares usarão as condecorações estabelecidas pelos regulamentos de cada Força Armada.” • As condecorações nacionais devem ser colocadas adiante das estrangeiras. • Em recepção, na Embaixada de um país estrangeiro, a ordem para a colocação é: 1º A condecoração nacional 2º A da representação estrangeira que nos envia o convite 3º A do país onde a pessoa se encontra residindo. • Somente os graus Colar, Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador e as insígnias completas são usados sobre fraque ou uniforme. • As Placas da Grã-Cruz ou Grande-Oficial (ou Comendador de Número) de uma Ordem, são colocadas sempre no lado esquerdo do 44 peito, de maior a menor em importância, isto é, do centro para o lado de fora respectivamente, e em seu tamanho original. • Faixa - Usa-se sobre uniforme ou com fraque. Com o fraque, a faixa é usada debaixo do colete, exceto quando está presente um Chefe de Estado, quando se coloca embaixo da casaca, sobre o colete, da axila direita ao quadril esquerdo, e não passada por cima do ombro, não devendo ser usada mais de uma faixa de cada vez. • Quando uma pessoa é condecorada várias vezes, geralmente utiliza as miniaturas colocadas sobre uma barra de metal ou costuradas entre si. • As insígnias e as cruzes de Oficial e Cavaleiro não são usadas com fraque, mas sim as suas miniaturas ou seu distintivo. As condecorações devem ser usadas no lado esquerdo. • Com o traje passeio completo pode-se utilizar um distintivo, na casa da lapela esquerda, ou uma miniatura • Com smoking e jaqueta (fraque em Brasil) pode-se utilizar uma ou duas miniaturas ou boutonnière, na lapela esquerda. As mulheres também têm suas normas que são: • O traje curto deve ser usado somente quando se determina no convite. • Placa é usada no lado inferior esquerdo do busto. • Os laços das cruzes de Comenda, Oficial e Dama, são usados no lado superior esquerdo do busto, em cima das Placas. • Usa-se a versão original, e não mais de duas condecorações, na parte superior, do lado esquerdo do busto. Também se podem utilizar miniaturas em atos de gala. Menus 45 Os almoços e jantares sentados com lugares marcados impõem certas regras e cuidados especiais. Em ocasiões formais, é obrigatório o serviço francês. Não se admitem falhas grosseiras nem erros de previsão. Os lugares são rigorosamente estabelecidos pela precedência protocolar. O serviço tem de ser meticulosamente perfeito. O menu (cardápio), dever estar em perfeita consonância com as bebidas. Todos esses cuidados devem criar uma atmosfera de bem estar e prazer que propiciem criar uma conversação agradável, espirituosa e culta. Lugares à Mesa É elementar a obrigação de cortesia de qualquer pessoa que recebe um convite para almoço ou jantar sentado, telefonar imediatamente para confirmar ou não (R.S.V.P..). A recusa deve ser acompanhada de desculpas claras e de razão plausível para não comparecer. Não comparecer a um evento dessa natureza depois de aceitá-lo constitui um ato grosseiro. Só se admite uma desculpa de última hora por motivo gravíssimo e imprevisível na época em que o convite fora aceito. Para a criação de um cardápio Observar: • O clima • O custo • O número de pessoas • As possibilidades do serviço • O gênero, idade, meio social e nacionalidade do convidado Regras fundamentais: • Pratos dos mais leves aos mais nutritivos • Alternativa de carnes brancas e vermelhas; • Evitar repetições de guarnições, cores e preparações similares e, respeitar as regras essenciais de fisiologia alimentar 46 A estrutura básica de um cardápio deve ser a seguinte: • Entrada – peixe, camarão, consome, saladas • Entre a salada principal e o prato principal o consome • Prato principal • Sobremesa • Café • Licores • 1 garçom para cada convidado e mais 1 maitre para supervisão • Antes do almoço ou jantar poderão se oferecer uísque, cherry e sucos • Gin Tônica somente em almoços • Vinho branco e tinto de acordo com o cardápio • Bebidas alcoólicas para todos; caso o convidado não beba álcool por motivo próprio, religioso ou outros, o convidado não aceitará e serão oferecidos sucos, águas, refrigerantes ou outros • Na escolha do cardápio deverão ser levados em consideração princípios religiosos e restrições alimentares dos convidados estrangeiros, bem como evitar pratos comuns nos países de origens. Por exemplo: evitar servir frango ou peru para americanos, tais produtos são populares o que é oposto aos argentinos. Bebidas Vinhos Começar com os brancos para finalizar com os tintos Degustar os novos antes dos envelhecidos Os secos antes dos suaves Os leves antes dos encorpados Temperatura Vinhos brancos suaves 6 – 8 graus Vinhos brancos 8 - 12 graus Vinhos tintos novos 12 – 15 graus 47 Vinhos tintos envelhecidos 15 a 18 graus Champanhes e vinhos espumantes 5 - 7 graus Degustações Três fatores contribuem: Visão 20% Limpidez, fluidez, etc.. Olfato 30% Aroma, perfume, etc.. Paladar 50% Sabor A apreciação em percentagem ‘e aproximativa e não é aplicada para todos os vinhos. Recepções à mesa Um dos pontos mais observado nos profissionais e nos participantes de eventos de qualquer natureza é o comportamento e a postura pessoal à mesa. É dever conhecer copos, taças, talheres, pratos, guardanapos e guarnições e utilizá-los obrigatoriamente dentro das regras de conduta estabelecidas pela ocasião. O profissional tem o direito de não saber, mas o dever de aprender. Da entrada a saída, todo o comportamento pesa na figura do participante, convidado ou anfitrião. Ao entrar em um restaurante, fazê-lo com discrição conduzindo à frente a pessoa mais importante, caso cheguem juntos. Quando sozinho, escolher a mesa e informar ao maitre por quem espera. O maître informa ao convidado, á entrada, onde está sendo esperado e o conduz. Levantar-se para a chegada de outros e esperar que o mais importante se assente, primeiro. Levantar-se sempre que uma mulher ou superior peça licença para ir ao toalete. Fazer ospedidos dentro da ordem hierárquica, dentro dos valores sociais. Primeiro as mulheres, seguindo os mais importantes hierarquicamente. 48 Controlar a bebida. Evitar cumprimentos calorosos com passantes, após o início dos serviços. Obedecer às regras do servir e do serviço. Comer com parcimônia. Evitar o uso do celular. Levantar e sair junto ao grupo e deixar as despedidas para a área externa ao local da refeição. Decoração e Ornamentação Com a idéia do número de pessoas define-se o feitio da mesa e os arranjos florais naturais. Os centros da mesa não podem ser altos para não tirar a visão das pessoas 49 Mesa para 10 pessoas, os arranjos devem ser oval. Para 24 pessoas um arranjo oval no centro e dois pequenos nas extremidades. A decoração de um evento mostra o gosto e o status de quem o organizou. Junto com o convite, e o cartão de visita. A ornamentação deve seguir normas de clima, época, ocasiões e, em alguns casos particularidades dos homenageados. Flores: As flores, alma da decoração. Elas devem estar presentes nos eventos, pois representa o meio infalível de ser gentil, numa linguagem muda, mas eloquente. Decoração com flores ou derivados representa a arte sem palavras, a arte singular. Os eventos que tanto atraem TURISMO e representam alta fonte de geração de renda, se enriquecem com flores regionais, produtos locais e propostas produzidas na região onde são realizados. 50 Convém estar atento a: • Nunca usar flores perfumadas – incomodam e podem existir pessoas alérgicas; • Rosas devem ser evitadas pelo breve tempo de vitalidade; • Mesa diretora em eventos, os arranjos devem ser baixos para liberar a visão das personalidades • Arranjo no chão, em frente à mesa, ou em colunas laterais são os ideais • Arranjos sobre a mesa, caindo em cascata ou chuva • Em mesas de bufê, os arranjos devem ser altos para não ocupar espaço e atrapalhar o serviço • Em mesas de almoço/jantares, os arranjos devem ser baixos para permitir conversações e olhares Tipos de Mesa Em toda cerimônia oficial um dos aspectos mais importantes é o referente à hierarquia. 51 Regra geral as mesas são montadas em numeração ímpar. Por base, dois diagramas, para montagem de mesa: MESA ÍMPAR – rigorosa observância de precedência PLATÉIA 1. Presidente do ato 2. 2ª Maior autoridade 3. Anfitrião (quando não for o presidente) 4. 3ª Autoridade, na precedência 5. 4ª Autoridade 6 e 7. Continuação da montagem em precedência MESA PAR – rigorosa observância de precedência PLATÉIA 52 1. Presidente 2. Anfitrião - quando não for o presidente 3. Maior Autoridade 4. 3ª Autoridade, na precedência 5 e 6. Continuação da montagem em precedência Diversos Mesas de Honra 1. Homenageado e o chefe do executivo se fazem representar 0= Anfitrião 4 2 1 0 00 3 5 00= Homenageado 1= Representante do chefe do executivo 2. Anfitrião preside: O= Anfitrião 1-2-3-4-5-6= presentes pela precedência 5 3 1 0 2 4 6 3. Presente o chefe do executivo 0= Anfitrião 4 2 1 00 0 3 5 00= Chefe do executivo 4. Representante do chefe do executivo tem “status” superior ao do homenageado 0= Anfitrião 5 3 1 00 0 2 4 6 00= Homenageado 1= Representante do chefe do poder executivo 5. Homenageado e o chefe do poder executivo não está presente, nem se faz representar 53 0= Anfitrião 4 2 00 0 1 3 5 00= Homenageado 6. Co-anfitrião 0= Anfitrião 5 3 1 0 00 2 4 6 00= Co-anfitrião 7. Chefe do poder executivo se faz representar 0= Anfitrião 5 3 1 0 2 4 6 1= Representante do chefe do poder executivo 8. Convidado de honra e o chefe do executivo comparece 0= Anfitrião 3 1 002 001 0 2 4 001= Chefe do executivo 002= Homenageado 9. Anfitrião, um co-anfitrião e comparece o chefe do poder executivo 01= Anfitrião 3 002 001 01 02 2 4 02= Co-anfitrião 001= Chefe do poder executivo 002= Homenageado 10. Anfitrião, um co-anfitrião, um homenageado e o chefe do poder executivo manda representante 3 2 1 01 00 02 4 54 Ou 01= Anfitrião 2 1 01 02 00 3 02= Co-anfitrião 00= Homenageado 1= Representante do chefe do poder executivo 11. Anfitrião, co-anfitrião e o chefe executivo manda representante Ou 3 1 01 02 2 4 01= Anfitrião 4 2 00 01 02 3 5 02= Co-anfitrião 00= Representante 12. Anfitrião e um homenageado 0= Anfitrião 4 2 0 00 1 3 5 00= Homenageado 55 56 Discursos Em cerimônias oficiais, em que as autoridades estaduais fizerem uso da palavra, a ordem dos discursos seguirá a ordem inversa da precedência dos respectivos oradores, usando a palavra em primeiro lugar a autoridade de menor hierarquia e, subsequentemente, os demais oradores, até o de precedência mais alta, cabendo ao governador encerrar a solenidade, se for, no Estado. Na Nação, o presidente da república. Nas cerimônias não oficiais ou particulares a precedência será a seguinte: fará uso da palavra em primeiro lugar o anfitrião ou o presidente da empresa. A seguir fará uso da palavra o de precedência menor em ordem crescente e, em último lugar o de maior precedência. 57 Todos os que irão compor a mesa e usar da palavra devem ser contatados previamente. Estipula-se ainda, o tempo de fala de cada orador. Os pronunciamentos para sessão de abertura de eventos devem ser feitos na própria mesa, com a pessoa de pé. O púlpito é usado pelo Mestre de Cerimônias, oradores e conferencistas. 58 CAPÍTULO 6 Mestre de Cerimônias 59 6. Mestre de Cerimônias • MC • Posição • Roteiro e Script • Fichas • Postura Mestre de Cerimônias é o responsável pela apresentação do evento, procedendo à leitura do roteiro e conduzindo o andamento da solenidade. Tem origem, esse cargo, na religião, por ser o sacerdote que dirige o cerimonial litúrgico em quaisquer das linhas religiosas. É uma função geralmente exercida por comunicadores- jornalista, repórteres, artistas, por necessitar de boa dicção, ser discreto e ter apresentação. Deve manter postura imparcial, não interferir com improvisos e conhecer o meio em que está atuando. A atuação do MC segue um roteiro escrito por profissionais da empresa ou da área específica. Por vezes ele próprio escreve em comum acordo com os organizadores do evento. Todo o roteiro e o script devem ser entregue à mesa de trabalho para que possa situar os componentes da mesa com o fluxo das atividades. O MC deve exercer sua atividade sob o comando de um dos organizadores do evento. O seu trabalho de apresentação é que dará sequência aos acontecimentos. O MC usa comumente o sistema de fichas de presenças para formação da mesa, informar aos oradores as autoridades com cargo e nome a serem citados e fazer os registros de presenças de destaque durante o evento. O MC deve ter postura rígida de comportamento enquanto estiver em ação. Saber entrar e sair do púlpito nas horas precisas. Na coxia, sem ser visto pelo público, acompanha pelo roteiro o que está acontecendo para manter o ritmo do evento e estabelecer critérios pré-evento, para duração das falas. 60 Súmula das funções do MC: A condução da cerimônia A ligaçãoentre as fases da solenidade e os participantes e convidados Incumbência de anunciar as fases da cerimônia, identificando os envolvidos em cada uma e acrescentando informações complementares quando necessário Seguir o roteiro-script- em comum acordo dom o organizador do evento Características pessoais: • Boa aparência • Traje discreto • Boa impostação de voz (linear) • Desenvoltura para falar em público • Facilidade para improvisar A abertura de uma cerimônia é sempre muito delicada e tem que ser planejada anteriormente, principalmente se houver composição de mesa diretora. As duas primeiras filas devem ser reservadas para os que farão parte da mesa. A melhor e mais discreta forma de isolar essa área é com fita ou corda de seda. O MC inicia a sessão solene compondo a mesa diretora. A maior autoridade é a 1ª a ser chamada. Também é correto chamar o anfitrião em 1º lugar. “O texto é sempre em torno de” Para compor a mesa diretora convidamos o CARGO e o NOME. O anfitrião permanece de pé atrás da cadeira do meio Subindo o convidado especial, o anfitrião indica a cadeira do centro e dirige-se à cadeira a direita do convidado. Também é correto o anfitrião sentar-se ao meio, para presidir a sessão. Mesa composta, todos ainda de pé, o MC anuncia o Hino Nacional. 61 Ao término do hino, dispensam-se os aplausos Segue o roteiro pré-escrito pela organização As recepcionistas trabalham na coxia atentas as laterais da mesa e outra na lateral, abaixo do MC para apoiá-lo, se preciso. Cabe ao MC encerrar a solenidade, desfazendo a mesa diretora e dar as últimas informações. 62 CAPÍTULO 7 Estrutura do Evento 63 7. Estrutura do Evento • Recepção • Segurança • Transporte • Imprensa Recepção – Função exercida por equipe de número de pessoas proporcionais ao evento. Treinados para funções, por vezes, específicas, como: aeroportos, traslados, secretarias de eventos científicos ou somente sociais. Recebem, desejam boas-vindas, encaminham aos postos e locais, prestam informações variadas e estão sempre a postos para servir. Segurança – Eventos oficiais, seguranças oficiais (policiais fardados e treinados para a função). Eventos privados e particulares, seguranças particulares do cliente ou contratado para a ocasião. Transporte – Envolvem traslados, apoio operacional, recepção e deslocamentos variados, serviços de manobristas, controle dos carros/motoristas/ combustível e quilometragem. Utiliza-se sistema de rádio/comunicadores e é interligado ao item Segurança. Profissionais com postura e comportamento adequados aos convidados e participantes. Imprensa – Um dos itens mais importantes em todas as fases do evento. Da captação de recursos para realização de um evento no âmbito social, empresarial, particular, científico ou oficial público como a posse de um presidente, governador, etc.. A presença desse público é primordial. Regra geral contrata-se um profissional da área para fazer os contatos e a operacionalidade do evento. A Sala de Imprensa deve ser instalada devidamente equipada com acesso livre a internet e espaço para entrevistas. Atender 64 necessidades na parte elétrica com tomadas de 110 e 220 kWs sinalizadas. Disponibilizar profissional de TI para assegurar eficiência aos serviços e recepcionista treinada e informada sobre o acontecimento. 65 CAPÍTULO 8 Suporte Técnico 66 8. Suporte Técnico • Sonorização • Iluminação • Imagem • TV e vídeo • Recursos Visuais • Operação • Dicas Os recursos técnicos são instalados de acordo com as solicitações dos organizadores e serão testados pelo menos 1h antes do evento para que haja tempo suficiente de equações. Sonorização – projeto adequado ao tamanho do evento quanto ao número de convidados, porte do evento, número de falas, área aberta ou fechada, operação via mesa central computadorizada. Microfones, mesa de controle de som, caixas de amplificação, entrada/saída de energia, fiação invisível e presa por fita isolante, e, o mais importante: equipe técnica para operacionalizar o sistema e o plantonista técnico especialista na área, para eventualidades. Trabalha nos bastidores. Iluminação – adequado e casado ao sistema de sonorização. O uso de iluminação cênica deve ser planejado e testado. Colocação de gerador de energia como suporte e de stand by para eventualidades. Observar a ventilação para a difusão do som. Checar antecipadamente nas contratações a potencia e as correntes ofertadas pelo local. Equipe técnica para operacionalizar o sistema e o plantonista técnico especialista na área, para eventualidades. Gerador a postos. 67 Comunicação- Todo o sistema de comunicação sempre será um item planejado e checado a cada hora no período que durar o evento. Telefones, fax, computadores, Xerox, data show, telão, transmissão via web, tradução simultânea, etc.. A equipe trabalhando continuamente garante sucesso e qualidade ao evento. Dicas - A Bandeira do Brasil não pode ser usada como cobertura de placas inaugurais. Usa-se uma cobertura de cetim verde e amarela em toda a placa Imprescindível reservar área para concentração de fotógrafos, repórteres e jornalistas Fazer simulação com a equipe de operação de tudo que vai acontecer, cronometrando tempo e fazendo ajustes ao projeto, antes de acontecer Fazer imediatamente ao fim do evento, reunião com toda a equipe para avaliação dos trabalhos, o que vai garantir uma melhoria a trabalhos futuros. Realizar o pós-evento no máximo em três dias da sua realização, junto ao cliente principal, quer público ou privado. 68 CAPÍTULO 9 Convidados Internacionais 69 9. Convidados Internacionais Convidados Internacionais Cabe ao ministério das Relações Exteriores e ao Cerimonial da Presidência da República a organização e realização dos eventos oficiais do país. A título de ilustração algumas informações sobre alguns países, suas culturas, hábitos e costumes. Alemanha Você pode usar, mas sem abusar do termo “Herr Doktor”- corre o risco de passar por incorreto, para todos os homens. É um título fortemente divulgado. Para todos os casos, dirija-se sempre com Senhor, Senhora ou Senhorita, seguido do sobrenome da pessoa a quem se dirige. Na rua evite demonstrações afetivas. Nunca se abraça em público. Frente a um convite, seja pontual, pois para eles a exatidão é um imperativo. Cuidado com o traje nas recepções e eventos, pois eles são rigorosos. Se levar flores para alguém, retire o papel antes de ofertá-las. Nunca beba primeiro, aguarde o anfitrião e 70 responda ao seu ‘prósit’. Aliás, toda vez que levantar seu copo, antes de beber, dizer sempre o ‘prósit’. Espanha É preciso tomar cuidado com horários. Não almoçar antes das duas da tarde, nem jantar antes das dez da noite. Respeitar à hora da sesta até as quatro horas da tarde. Em caso de convite, não aceitar de imediato. Seja comedido. Deixe que lhe façam o convite várias vezes. E, sobretudo, não chegue na hora exata. É mais polido atrasar. Estados Unidos 71São pouco formais em eventos. Usam com freqüência smoking, naturalmente. Inglaterra Formal por natureza é preciso estar atento as solenidades. O trajar é sempre mais formal e clássico. Ser pontualíssimo. À mesa, uma atenção especial. Pouse as mãos nos seus joelhos caso não esteja utilizando o talher. Itália 72 Estar sempre bem vestido é regra. Qualidade acima de tudo. Atenção especial aos acessórios- calçados, cintos e bolsas. Atenção com os célebres espaguetes enrole-os com uma volta de mão em volta do seu garfo – nunca use a colher. Não utilize a faca. Usá-la é desonrar o prato nacional. Rússia A máxima é não se enervar. Para os russos o tempo conta menos que para nós. Se for convidado à casa de alguém leve flores, é tradição. Uma garrafa de vodka aberta tem que ser bebida até o fim, em certos países do leste, para não ofender os anfitriões. Nos 73 lugares públicos ao abrir bombons, biscoitos, chocolates, enfim se abrir um pacote, ofereça, pois a tradição é partilhar tudo. Japão Os japoneses são o povo mais cortês do mundo. Para nos cumprimentar, as mulheres levam as mãos aos joelhos e se inclinam para baixo. Os homens também se inclinam, mas não dobram os joelhos. Tenha o hábito de rir ao lhe contarem uma notícia desagradável, mas impassível diante de uma anedota. Para conservar uma amizade duradoura mande um cartão postal no ano novo, deles. O “Guia visual Folha Japão da Publifolha é útil e de leitura interessante sobre o exótico e misterioso país. Países Árabes 74 Não choque inutilmente vestindo um traje inadequado. Evitar decotes, roupas justas, pele à mostra. Nunca se desculpar diante do atraso de um compromisso. Cumprimentos e rituais são bastante numerosos; escutar com paciência. Os árabes não bebem vinho, mas lhe será ofertado como cortesia. Nunca peça notícias da esposa com quem conversar. Formalidade mesmo diante de crianças. Não se recusa o copo de chá de menta que encerra a refeição- são três copos, muito doces e muito quentes. África do Sul 75 É um país que tem três capitais: a Executiva (Pretória), a Legislativa (Cidade do Cabo) e a Judiciária (Bloemfontein). As tradições ancestrais do povo Zulu representam o espírito do continente. As cores e formas da arte nativa Ndebele lembram os modernistas, já as vestimentas e aromas de Durban trazem o tempero da cultura indiana e as comunidades rurais conservadoras ‘‘africaaners’’ remetem aos desbravadores holandeses. A influência britânica é observada em Cidade do Cabo (Cape Town), na educação do seu povo. Onze idiomas oficiais mostram a diversidade étnica de um povo que só pode ser descrito com a composição de todas essas diferentes faces. 76 CAPÍTULO 10 É preciso saber 77 10. É preciso saber: O turismo de eventos conceitua-se em um segmento do turismo, pois se mostra intimamente ligado ao aproveitamento dos equipamentos turísticos da localidade por ocasião de um evento. Isso significa que a motivação para a viagem denota-se no evento, todavia o participante utilizar-se-á de uma gama de serviços turísticos. Portanto, o profissional de eventos "deve saber, antes de tudo, construir relacionamentos, entender que pessoas de culturas diferentes vêem as coisas de formas diferentes.” Portanto, deve aprender a própria cultura, aprender a do interlocutor, e procurar adaptar-se, ser paciente e ter postura profissional. A motivação para a viagem caracteriza-se no evento, mas como participante ele agrega o fator lazer e vai usufruir de toda uma gama de serviços turísticos. Sob esta visão os eventos poderão estar inseridos, pois cria novas relações com os fatos e quebra a lógica da previsibilidade, ao propor soluções inusitadas para uma determinada situação. Abre a possibilidade de perceber os acontecimentos por novos ângulos. Isso contribui para a ampliação do seu desenvolvimento e do seu mundo. O evento, sem dúvida alguma, cobra comportamentos éticos, corretos, e gera novos comportamentos. Por ter a finalidade de gerar comportamento nas pessoas, alguns autores conceituam os eventos como algo que será promovido com alguma finalidade, porém nem sempre isso ocorre. Muitas vezes ele pode acontecer por força da circunstância sendo evidenciado em diversas partes da vida de uma pessoa, que vão do nascimento até sua morte. Deste modo, os eventos irão utilizar-se da infra- estrutura turística de uma localidade, porém o que varia está relacionado à motivação do turista frente e a uma boa organização, precisão e qualidade nos serviços apresentados. Embora o convite tenha sido feito com o prazo ideal e a presença confirmada, uma autoridade pode se atrasar para uma cerimônia, ou até não comparecer, por um imprevisto. 78 Se o atraso for da autoridade máxima, convém fazer o público esperar, informando ao público e convidados o tempo previsto para o atraso. 79 CAPÍTULO 11 Comportamento e Postura 80 11. Comportamento e Postura Social - a conduta social (comportamento pessoal ou no grupo pessoal), quando regida pelas regras das Boas Maneiras, produz bem estar ao indivíduo e se estende ao meio a que ele está integrado. Causa um bem estar coletivo e social. É uma cadeia de elos fortalecidos que produzem uma boa sintonia no ambiente quer familiar, social ou profissional. A Etiqueta surge nesse momento da educação continuada, para normatizar a conduta dos indivíduos integrantes de qualquer sociedade, isso ocorre também no ambiente corporativo. A Etiqueta normatiza o Comportamento Social. Postura – posição do corpo; atitude; aspecto físico. A forma de se posicionar com o corpo, com gestos, olhares e comportamento, frente a qualquer situação em um evento. Até mesmo a postura de quem é apenas participante na platéia de uma palestra, diz ao mundo o seu modo de ser, pensar e agir. É a linguagem não verbalizada. Senão, vejamos: - a postura do médico frente ao paciente no consultório - a postura do general frente a sua tropa - a postura do vendedor frente a um cliente A postura deve obedecer às regras de acordo com o convívio. O profissional da área de Eventos em Turismo obrigatoriamente deve estar sedimentado nos três pilares citados. Do organizador ao Mestre de Cerimônias, passando pelos seguranças, recepcionistas, manobristas, técnicos gerais, enfim, todos que estejam envolvidos com o evento devem estar preparados para agir dentro do Comportamento e Postura no padrão comportamental. Exige-se comportamento e postura no Social, por ser um acontecimento onde predomina o efeito da comemoração de algo, por alguém, grupo ou instituição. O agir e o portar-se nessa tipologia de evento é o item mais exigido, mais observado e, portanto, o profissional envolvido em qualquer das atividades do contexto citado, tem que obedecer às convenções do local, região, país, religião, cultura,... 81 Corporativo – é um desafio diário em todas as profissões, manter um comportamento e uma postura linear, dentro das convenções e saber tirar proveito disso. Nas empresas as regras são normativas para atender aos seus próprios objetivos dentro de sua missão. Nos eventos Corporativos o Comportamento e a Postura dão as mãos e não se solta em momento algum. Usam do recurso da representatividade frente ao acontecimento e como tal, a imagem da empresa está impregnada na atitude do que ela representa frente ao mercado, ao cliente, à sociedade e a sua finalidade. Cada evento tem um objetivointrínseco e próprio para aquela ocasião. Sempre alerta. As regras normativas regem comportamento rígido no desempenho, e ao mesmo tempo flexível na operacionalização, para a busca do padrão de qualidade do trabalho a ser realizado. O profissional corporativo de qualquer área, principalmente de eventos, deve ter por norma: Estar presente, agir e ser discreto, com objetivos pessoais definidos. Deve ter consciência de ser o instrumento para a realização do projeto. Em eventos no Brasil, as formas como nos saudamos com beijos, abraços, sorrisos, enfim calorosamente, não são válidas para eventos onde o público alvo é composto de estrangeiros, principalmente americanos e ingleses. Regra que deve ser seguida para todos, profissionais do evento e participantes. Oficial – o comportamento e a postura do profissional de eventos no âmbito oficial são estabelecidos pelo Decreto Federal 70.274 de 09/03/1972, que trata das: “Normas do Cerimonial da República 82 Capítulo 12 Conteúdo em Ação 83 12. Conteúdo em Ação Fazer cerimonial e estar atento durante todo o evento Qualidades do Profissional de Eventos para realizar Cerimonial • Consciência que Eventos representam o maior atrativo para o crescimento do turismo brasileiro e contribui para o PIB nacional • Turismo de Eventos gera emprego e renda • Bom senso • Sensibilidade • Formação eclética • Relacionamento pessoal fluido • Raciocínio rápido • Presença de espírito • Exagerada capacidade de observação • Concentração inabalada • Discrição • Desprendimento pessoal de vaidade e exibicionismo Extra Hino Nacional Brasileiro 1 Postado em 29/09/1009 Foco desta coluna em 14 de julho de 2008 (ver abaixo) quando comentávamos a sua execução apenas frente aos eventos esportivos, desconhecimento da letra, comportamento e dúvida quanto aos aplausos, agora é lei. De volta a grade curricular será de conhecimento público. Hora e vez do Hino Nacional Brasileiro, viva! A lei que obriga a sua execução uma vez por semana nas escolas públicas e particulares de ensino fundamental está publicada no Diário Oficial da União (22 /09/2009) é de autoria do deputado federal Lincoln Portela (PR/MG) e foi sancionada dia 21, pelo vice-presidente José Alencar. Portanto já está em vigência. 84 As mudanças começam na educação e formação dos estudantes e chegam às autoridades, passando pela sociedade civil, nivelando-os em conhecimento como cidadãos, em regras cívicas e deveres pátrios. Na passarela das mudanças, o conhecimento fará despertar o espírito de amor e respeito ao hino e aos símbolos nacionais. A letra é um poema de Joaquim Osório Duque Estrada (1870-1927) e a música é de Francisco Manuel da Silva (1795-1865). O Hino Nacional foi atualizado ortograficamente em conformidade com a lei 5.700 de 1971 e com art.3º da Convenção Ortográfica celebrada entre Brasil e Portugal, em 29.12.1943, daí a dificuldade de compreender, mas que não diminui a beleza da execução, do canto e da emoção. Aos interessados, eis a letra. Hino Nacional Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó Liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. 85 Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; "Nossos bosques têm mais vida", "Nossa vida" no teu seio "mais amores". Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro desta flâmula - Paz no futuro e glória no passado. Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte. 86 Terra adorada Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! http://www.cinform.com.br/blog/daisymonte/21 INDÍCE CAPÍTULO 1-----------------------------------------------------------------------------------------03 Cerimonial e Protocolo CAPÍTULO 2-----------------------------------------------------------------------------------------09 Normas de Cerimonial e Ordem Geral da Precedência CAPÍTULO 3-----------------------------------------------------------------------------------------15 Símbolos Nacionais CAPÍTULO 4-----------------------------------------------------------------------------------------24 Eventos Oficiais 1 CAPÍTULO 5-----------------------------------------------------------------------------------------29 Eventos Oficiais 2 CAPÍTULO 6-----------------------------------------------------------------------------------------52 Mestre de Cerimônias CAPÍTULO 7----------------------------------------------------------------------------------------55 Estrutura do Evento CAPÍTULO 8----------------------------------------------------------------------------------------57 Suporte Técnico CAPÍTULO 9----------------------------------------------------------------------------------------60 Convidados Internacionais CAPÍTULO 10--------------------------------------------------------------------------------------57 É preciso saber CAPÍTULO 11--------------------------------------------------------------------------------------59 Comportamento e Postura CAPÍTULO 12-------------------------------------------------------------------------------------72 Conteúdo em Ação CAPÍTULO 1 Cerimonial e Protocolo “Não há sociedade sem hierarquia e civilização sem cerimonial” Cerimonial e Protocolo – C&P “Não há sociedade sem hierarquia, civilização sem cerimonial” Daisy Monte ETIQUETA TIPOS DE CERIMONIAL: Públicos - Oficiais CAPÍTULO 2 Normas de Cerimonial e Ordem Geral de Precedência 2. NORMAS DE CERIMONIAL E ORDEM GERAL DE PRECEDÊNCIA Normas de Cerimonial e Protocolo e Ordem Geral de Precedência Decreto Federal 70.274, de 09 de novembro de 1972 NORMAS DE CERIMONIAL E ORDEM GERAL DE PRECEDÊNCIA Do que trata a Ordem Geral de Precedência Na Igreja Nas Universidades No Âmbito Militar No Âmbito Privado No Poder Judiciário Do Lugar de Honra Símbolos Nacionais Hasteamentos de bandeiras Cerimonial e Protocolo em Turismo de Eventos Cívico Troca do Pavilhão N acional em Brasília - Distrito Federal Hinos Armas Nacionais Selo Nacional Eventos Oficiais 1 Gabinete Militar: Itinerários Pronomes de Tratamento Emprego dos Pronomes de Tratamento Vossa Excelência, em comunicações dirigidas às seguintes autoridades; A Sua Excelência, o Senhor A Sua Excelência, o Senhor A Sua Excelência, o Senhor VOSSA SANTIDADE (V.S.) VOSSA MAGNIFICÊNCIA VOSSA MAJESTADE (V.M.) VOSSA ALTEZA (V.A.) Homens: Mulheres: Eventos Oficiais 2 Condecorações – Decreto nº 70.274 – art. 94 e Parágrafo Único Menus Lugares à Mesa Bebidas Vinhos Recepções
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