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Fichamento A consolição da República rebeliões de ordem e progresso Histoória do Brasil 3

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Fichamento – História do Brasil 3
FLORES, Elio Chaves. “A consolidação da República: rebeliões de ordem e progresso”. In: Ferreira, Jorge; Delgado, Lucília de Almeida Neves. O Brasil republicano, livro 1: o tempo do liberalismo excludente: da proclamação da república à revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Pp. 47-88.
a. Biografia do autor e obras:
b. Resumo:
c. Identificar os objetivos principais: listá-los em forma de citação.
1)- Procurarei analisar neste capítulo não somente o processo histórico que se desenrolou na difícil conjuntura política entre 1889 e 1895, mas também a crítica dos republicanos às tradições monárquicas e à forma como foi se sedimentando a invenção de uma tradição republicana – Pg. 49.
d. Identificação do tema: o tema não é o problema ou o objetivo do texto, mas o assunto que está sendo tratado. Por isso é só listar os temas principais abordados pelo (s) autor/es.
e. Tese (s) do autor (es): nem sempre a tese está explicita, nem mesmo no início do texto; ela pode estar nas entrelinhas ou no final do texto.
1)- Deve-se ressaltar, tanto para os que leram a boa prosa machadiana quanto para os que ainda não tiveram esse prazer, que o romance citado pode ser visto pelo historiador como um “testemunho histórico”. Desta forma, sejam quais forem os sujeitos, reais ou representados, o certo é que eles vivem a história em que nada está pronto, têm pouca certeza, muita indeterminação e sentem a necessidade, como simples indivíduos com sentimentos intimistas ou como cidadãos preocupados com a comunidade, de intervir no cotidiano “para tornar o real devir que lhes interessa” – Pg. 48.
2)- A cultura política diz respeito às tendências mais ou menos difusas dos indivíduos para com a coisa pública, tais como a indiferença, o cinismo, a descrença, ou as sensibilidades mais propositivas como a adesão, a tolerância e a confiança nas forças políticas – Pg. 49.
O princípio da espada
1)- Nas semanas seguintes aos fatos da proclamação do novo regime, surgiriam muitas manifestações que procuravam entender as questões políticas e econômicas que o Brasil atravessara – Pg. 52.
A Legalidade do Florianismo
1)- A substituição de Deodoro por Floriano Peixoto apenas aumentaria a crise institucional e o radicalismo dos grupos envolvidos que se tornaria intenso até os contornos da guerra civil. Uma das principais medidas foi nomear presidentes dos estados, diminuindo a influência deodorista nos meios políticos e nas máquinas estaduais – Pg. 60.
2)- A transcrição do documento torna-se importante para demonstrar que não existe ditadura de um homem só, ela tem cúmplices, adeptos e indiferentes – Pg. 60.
3)- Parece claro que os parlamentares acabam de conceder plenos poderes aos Executivo para combater as revoltas e “consolidar” o regime republicano. Floriano Peixoto não hesitaria em usar esses poderes excepcionais para enfrentar as oposições armadas que se alastravam no Distrito Federal e em várias unidades federativas – Pg. 61.
4)- Floriano Peixoto decreta o estado de sítio no Distrito Federal por 72 horas, tempo suficiente para a detenção dos envolvidos e suspeitos, definindo-se suas penas nos presídios militares ou desterro no interior amazônico – Pg. 61
5)- Machado de Assis, no romance já citado, faria coincidir a morte de Flora com esses acontecimentos republicanos, a moça a quem os dois gêmeos, Pedro e Paulo, devotaram paixões tão profundas. Não sabendo a quem melhor amar e amando os dois, Flora foi abatida por uma moléstia e ardeu em febre dias e noites. A musa definhava na mesma medida em que se ascendia o florianismo; “não bastam esperanças, a realidade é sempre urgente”, pensava Flora no leito de morte – Pg. 61
6)- Mesmo no sono perpétuo, a moça não era como a República, que um podia defender e outro atacar, e, em meio aos boatos de manifestações ao marechal Deodoro e outros tanto contra o marechal Floriano, os dois irmãos presenciaram o óbito da duplamente amada Flora. O enterro se daria no dia da suspensão das liberdades individuais e republicanas. Assim, as doenças da coisa pública, a República, e as dores privadas dos familiares de Floria são narradas pelo romancista no minúsculo capítulo 107 – Pg. 62.
7)- Com efeito, a ficção seria tão realista quanto a história, porque, mais do que a República da espada, melhor seria dizer mesmo que se tratava da República do imprevisto – Pg. 62.
8)- Entretanto a alta abstenção, no pleito eleitoral do Distrito Federal, pode explicar um elemento que pouco aparece na historiografia sobre o período florianista: o apoio recebido por Floriano das camadas populares, em função da alta acelerada do custo de vida. De fato, o florianismo passou a simbolizar, para os extratos médios e baixos, a luta contra os monopólios, a especulação e os altos lucros. Os latifundiários e os grandes comerciantes atacadistas, que controlavam a economia do país desde o Império, desconfiavam do jacobinismo florianista, que, de certa forma, não hesitava em levar adiante a República à revelia dos grupos parlamentares tradicionais conservadores e liberais – Pg. 65.
9)- Os parlamentares discutiam se Deodoro tinha sido fundador da República, a imprensa também divergia, e a batalha simbólica pela fundação do regime acirraria ainda mais os ânimos, já alterados por espaços políticos e repartições públicas – Pg. 64.
10)- Entre junho e setembro, as sedições explodem no Brasil meridional, onde federalistas, adeptos do senador imperial Silveira Martins, e republicanos radicais, sob a liderança de Júlio de Castilhos, assassinam-se mutuamente num prelúdio de guerra civil. O governo estadual, momentaneamente nas mãos dos federalistas, seria transferido para o interior, enquanto que, na capital, Porto Alegre, os republicanos castilhistas ensejam uma reação violenta, acusando os restauradores. Daí por diante, o castilhismo sulista se tornaria um dos grandes aliados políticos dos atos e da governabilidade do florianismo – Pg. 65.
A revolta da armada
1)- No início de 1893, a situação no Brasil meridional evolui para a guerra civil, com a invasão do Rio Grande do Sul pelas tropas federalistas que se haviam exilado no Uruguai. A situação de crise política se acentua com a demissão do almirante Custódio José de Melo do cargo de ministro da Marinha – Pg. 66.
2)- O almirante responde com um manifesto publicano na imprensa no qual acusa o governo de apoiar com armas federais a administração castilhista e seus atos de violência contra os opositores – Pg. 66.
3)- Os oficiais antiflorianistas ficam ainda mais incitados pela derrubada do governo; conspirações e boatos se misturam às águas da baía da Guanabara, palco do conflito entre tropas governistas e sediciosos, envolvendo inclusive potências estrangeiras, nos meses seguintes – Pg. 67.
4)- Eram duas teses defendidas pelas forças florianistas e duramente atacadas pelos opositores. Distante do governo a que servia, Rui Barbosa publicaria, no dia 24 de maio, artigo com título de “Jacobisno e Republicanos”, em que define ironicamente a política florianistas de “cogumelo jacobino” – Pg. 67.
5)- Os clubes jacobinos, que se espalhavam pelo país a partir da capital da República, passaram a pressionar o Executivo por medidas mais radicais contra o que acusavam de ser sentimentos restauradores e sebastianistas – Pg. 68.
6)- Os últimos três meses de 1893 oscilaram entre a revolta, a legalidade e o direito constitucional – Pg. 69.
7)- [...] Saldanha da Gama [...] Para o almirante monarquista, tornava-se evidente que a Revolta da Armada tinha “o apoio de todas as classes conservadoras da sociedade brasileira, daqueles que trabalham e produzem e que, aliás, relutam às sedições, motins, desordens – Pg. 70.
8)- [...] Oliveira Lima publicaria na França em 1896 [...] Na Europa e no próprio Brasil, acreditou-se de maneira geral que a Marinha pensava em restabelecer a Monarquia, e a participação do almirante Saldanha da Gama não contribuiu para modificar essa suspeita,o que contribuiu muito para a derrota da revolução. [...] O que havia de real, na revolta da esquadra, é que ela denunciava um conflito de classes, uma luta pela supremacia entre o Exército, mais democrático, mais radical, e a Marinha, mais selecionada, mais conservadora, mas mesmo assim dividida em facções inimigas, em grupos pessoais [...] A tese Oliveira Lima adentraria o século XX – Pg. 71.
A revolução federalista
1)- O federalismo implantado com a Constituição de 1891 deliberou aos estados as questões de segurança pública, e cada qual organizou o seu aparelho repressivo. Não seria errôneo afirmar que a prática política, nas distantes regiões do país, como o Império, continuou a ser uma questão de Estado, cujo guardião era agora o Exército, secundado pelos aparatos estaduais. O resultado foi a subsistência da “política partidária”, que já vinha do período imperial, utilizada como instrumento habitual de ação política e mesmo como instituição definidora do resultado eleitoral – Pg. 72.
2)- Com efeito, se o primeiro semestre do ano de 1892 foi marcado pela instabilidade governamental, o segundo semestre do mesmo ano seria radicalizado por perseguições políticas – Pg. 73.
3)- Não se deve descartar a hipótese de que, quando a violência chega aos chefes e lideranças proeminentes, ela já se tem tornado comum para os pobres e desafortunados submetidos à capangagem e à lei da espada – Pg. 74.
4)- No mês de maio, ocorreria uma das maiores batalhas da guerra civil, às margens do arroio Inhanduí, nas proximidades da cidade de Alegrete, na região da Campanha, onde cerca de 6 mil federalistas se bateriam contra mais de 4.500 legalistas. A batalha durou mais de sete horas, e a Divisão do Norte conseguiu que as forças federalistas se retirassem a área, numa derrota moral – Pg. 75.
5)- Nos últimos meses de 1893 e os três primeiros de 1894, o florianismo esteve na iminência de sucumbir, e o castilhismo enfrentou sérios riscos de derrocada militar no conflito regional. Entretanto o enlace dos dois movimentos, a Revolta da Armada e a Revolução Federalista, tinha apenas um fator comum, a hostilidade ao legalismo florianista – Pg. 77.
6)- Os eventos da Lapa fizeram recrudescer o jacobinismo florianista e o radicalismo legalista dos castilhistas no Rio Grande do Sul – Pg. 78.
7)- Os triunfos governistas no decorrer de 1894 estimulavam a aniquilação completa dos adversários e avaliavam a revolução como extinta. Em mensagem à Assembleia do estado, o presidente Júlio de Castilhos afirmava que a memória do líder maragato deveria ser abominada, pois sintetizava “tudo quanto houve repulsivo e oprobrioso na extinta revolução” – Pg. 80.
8)- Persistiam o jacobinismo florianista e os adeptos de uma república radical, com cidadãos em armas e soldados como cidadãos em defesa da República. No Sul, o castilhismo venceu os maragatos, e a constituição estadual, ponto de controvérsia ideológica e política, permaneceu irretocavelmente positivista. Estudo recentes falam que o castilhismo foi a “modelagem mental do positivismo no Brasil” e que a ortodoxia positivista seria “um bolchevismo de classe média”. Um historiador gaúcho, com excessivo olhar liberal, chegou a afirmar que Júlio de Castilhos teria sido “o homem que inventou a ditadura no Brasil”. As hostilidades cessaram em 1895, mas a luta pela memória e a história da guerra e da violência se intensificaram nas gerações seguintes – Pg. 81.
9)- Consolidava-se, assim, uma república oligárquica com cidadania exclusiva para os grandes proprietários, os barões do café e os coronéis, com seus vastos domínios privados. De modo que, antes de findar a segunda década republicana, um escritor conhecido escreveria crônica contendo uma notável ironia sobre a regime da coisa pública: “Os republicanos de hoje aliaram o lema do povo, para o povo ao dístico Mateus, primeiros os teus! E afinal que grande pecado há nisso? A família é o núcleo da pátria, a cousa doméstica é a base da cousa pública – e boa justiça começa por casa” – Pg. 82.
f. Ideias:
A cultura da coisa pública
1)- No romance Esaú e Jacó, publicado em 1904, Machado de Assis contra a história dos gêmeos Pedro e Paulo apaixonados pela mesma mulher, a bela Flora, que a ambos corresponde e não teve tempo de realizar a sua escolha. Talvez jamais quisesse se definir, mais isso seria uma questão privada que nem mesmo o seu criador ousou tornar pública. Pedro e Paulo eram iguais em tudo, e apenas uma coisa os fazia brigar, a política. Pedro tornou-se monarquista e chegou a comprar um retrato de Luís XIV, o símbolo da realeza perfeita. Paulo, ao contrário, fez-se apologista da República e tinha profunda admiração por Robespierre, o inventor da liberdade jacobina. Na primeira noite depois dos eventos de 15 de novembro de 1889 ocorridos no Rio de Janeiro, Paulo entrou no quarto e, encontrando Pedro debaixo dos lençóis, também se preparou para o sono. Mas ninguém dormiu e ambos vagavam a mente no que havia ocorrido – Pg. 47-48.
2)- Assim, as contundentes críticas dos monarquistas e as lutas por repartições e poder por parte dos segmentos republicanos parecem ter incidido nas determinações governamentais – Pg. 49.
3)- É isso que deve chamar a atenção ao se lerem os documentos e opiniões da época, as limitações contingente da visão de cidadania – Pg. 50.
4)- Tratava-se, portanto, de uma conjuntura história em que o grau de tolerância política se esgotava na medida em que propaganda, opiniões e atos atingiam princípios e pessoas – Pg. 50
5)- Acusavam os monarquistas de sebastianistas, isto é, restauradores; louvavam o Exército como o bastião da ordem e da honestidade públicas; defendia-se a que a elegibilidade seria o boletim do povo, regulando e resolvendo a conduta governamental – Pg. 50.
6)- Tais discursos questionáveis perante o processo histórico, não deixavam de interpretá-lo como ironias da história em que os próprios protagonistas sentiam-se pesadamente justiçados pelos acontecimentos. De modo que a República redimiria o passado, e caberia a ela também julgar a Monarquia numa clara demonstração de apropriação discursiva da história – Pg. 50.
7)- A importância dada a esses modelos explicativos indica que a cultura política vai brotando dos próprios fatos e se enraizando neles, uma vez que não há história e política separadas das palavras, sejam elas ditas ou escritas – Pg. 51.
8)- Assim como novos símbolos e heróis, e certas mudanças nos organismos institucionais e administrativos, como as províncias que passam a ser chamadas estados federados, consubstancia-se uma nova denominação oficial para o país: República Federativa dos Estados Unidos do Brasil – Pg. 51.
9)- Daí se esforçarem para demonstrar que a República seria o exercício do poder em torno do bem comum, do respeito à coisa pública, vista como de todos, de uma coletividade nacional – Pg. 52.
10)- De fato, muitas tradições e costumes dos 67 anos de regime monárquico (1822-1889) não seriam tão facilmente removidos com a proclamação da República, daí as violentas discussões e as disputas políticas entre os anos de 1889 e 1895 – Pg. 52.
O princípio da espada
1)- De certa forma, esse testemunho se contrapõe à clássica observação de Aristides Lobo, de que “o povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava” e que muitos “acreditavam sinceramente estar vendo uma parada”. Aristides Lobo era republicano e encontrava-se no Rio de Janeiro quando enviou a pequena carta sobre os acontecimentos para o Jornal paulista Diário Popular - Pg. 53
2)- Não resta dúvida de que havia muito mais coisa no alvorecer da República do que simplesmente um povo bestializado; ao contrário, estudos inovadores sobre o período sugerem atitudes políticas que, longe de serem passivas e indiferentes, estariam mais para estratégias bilontras, isto é, esperteza, velhacaria e gozação, como armas de resistência ante o poder instituído – Pg. 53.
3)- Com efeito, o governo provisório durou 15 meses, e suas preocupaçõesimediatas se deram em torno das questões federativas, especialmente com a manutenção da ordem pública – Pg. 54.
4)- Alguns números são significativos dos seguimentos sociais mais atuantes: 128 eram bacharéis, muitos dos quais filhos e representantes da classe senhorial e proprietários de terras; 55 eram militares, oriundos de centro urbanos e dos setores médios da população; 38 eram monarquistas convictos que haviam exercido cargos na Monarquia decaída – Pg. 55.
5)- Dois militares de chapas opositoras iriam marcar o que convencionou chamada de a “República da espada”. Evidentemente, a versão dos vencidos, os monarquistas e os civilistas liberais, daria uma conotação nada positiva acerca da participação dos militares nos primeiros anos da República – Pg. 55.
6)- Esse aspecto fica claro: o militarismo na política advém não precisamente dos quartéis, mas sobretudo das raízes autoritárias da estrutura social, do isolamento dos agentes produtivos e da atomização das classes sociais – Pg. 56.
7)- O deodorismo constitucional duraria pouco, de fevereiro a novembro de 1891. As constantes desavenças entre a autoridade militar do Executivo e as posturas civilistas da maioria dos congressistas evoluíram para o impasse político da legitimidade da governança – Pg. 56.
8)- A República estava mesmo sendo conduzida como prognosticara Machado de Assis: a liberdade existentes era ainda a do trono, e o presidencialismo estava se tornando imperial – Pg. 56.
9)- Veja-se a natureza autoritária do texto oficial: seriam severamente reprimidos quaisquer atos e manifestações contrárias à ordem e à segurança pública; o governo se arrogava o direito de nomear uma comissão incumbida de processar e julgar sumariamente “os inimigos da República”. Vale a pena citar o artigo 4º, que diz que o governo pretendia sem demora nem processo, deportados, para lugar que no ato se designará os cidadãos que o devem ser, a bem da segurança pública e da estabilidade da forma republicana, e em geral perturbarem gravemente a ordem ou se tornarem perigosos” – Pg. 57.
10)- O Poder Executivo Federal só poderia fazer isso em caso de o Congresso não se encontrar reunido. Por isso que a dissolução do Poder Legislativo veio correlata ao golpe de Estado, dado que, numa república, a violação de um dos poderes implica necessariamente numa ditadura. O ato de Deodoro violou, portanto, os dispositivos da Constituição, especialmente o capítulo IV, que trata das atribuições do Congresso, artigo 34 e artigo 80, das Disposições Gerais. Os setores organizados da população resistiram aos atos de força, e não restou alternativa senão a renúncia do presidente, que descumpria as leis constitucionais – Pg. 57.
A Legalidade do Florianismo
1)-
h. Listar as fontes e os principais autores (historiografia) mencionados no texto
i. síntese crítica do texto:

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