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Avaliação Cinético Funcional - Exame do Movimento

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Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. 
 
 
 
Princípios do Exame do Movimento 
 Antes de iniciar o exame físico, o examinador deverá ter elaborado uma hipótese de 
trabalho para servir de base para a avaliação. Se você não puder elaborar um diagnóstico 
preliminar a partir da história clínica, complementada pela observação, antes de começar o 
exame, ou você não fez as perguntas suficientes ou não fez as perguntas corretas. 
 A comunicação e a harmonia são essenciais para ganhar a confiança de um paciente. Ele 
tem o direito de ser informado sobre todos os aspectos do processo de exame. Certifique-se 
de dizer ao paciente o que você está fazendo e de explicar claramente o que você quer que 
ele faça e porque isso é necessário. 
 A menos que seja necessário um movimento bilateral, você deverá testar primeiramente o 
lado normal (não envolvido). A verificação primeiramente do lado normal permite ao 
examinador estabelecer uma linha de base para o movimento 
normal da articulação em teste. Ela também demonstra ao paciente o que ele deve esperar 
o que aumenta a confiança dele e alivia a apreensão para quando o lado envolvido for 
testado. 
 Ao comparar os membros normal e lesionado, você deverá usar os mesmos métodos de 
verificação para os dois membros, ou seja, usar a mesma posição inicial do começo do 
exame e aplicar a mesma quantidade de força suave no 
mesmo ponto ou através de uma amplitude de movimento. Você deverá observar a posição 
a quaisquer alterações que ocorrem. 
 O paciente desempenha movimentos ativos antes que você execute movimentos passivos. 
Esses movimentos passivos são seguidos de movimentos isométricos com resistência. Essa 
abordagem oferece ao examinador uma ideia melhor do que o paciente pensa que pode 
fazer antes que as estruturas sejam testadas por completo. 
 Quaisquer movimentos dolorosos deverão ser executados por último, se possível, para 
prevenir um excesso de sintomas dolorosos para o movimento seguinte, o qual na verdade 
pode ser livre de sintomas. Durante os movimentos ativos, se a amplitude de movimento 
(AM) for completa, você poderá aplicar mais pressão com cuidado para determinar a 
sensação final da articulação. Com frequência, isso elimina a necessidade de movimentos 
passivos. 
 Se a amplitude de movimento ativa não for completa, você poderá aplicar mais pressão, 
mas somente com cuidado extremo, para evitar a exacerbação dos sintomas. 
 
 
Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. 
 
 
 Você poderá repetir várias vezes cada movimento, passivo ou de resistência, ou manter 
(sustentar) a contração por certo período de tempo, para verificar se: 
 Os sintomas aumentam ou diminuem 
 Essa ação resulta em um padrão de movimento diferente 
 Há aumento da fraqueza ou indicações de possível insuficiência vascular 
 Essa atividade repetitiva ou sustentada é especialmente importante se o paciente se 
queixou de que o movimento repetitivo ou o posicionamento sustentado alterava os 
sintomas. 
 Você deverá executar movimentos isométricos com resistência com a articulação em 
posição neutra ou de repouso para que o estresse sobre os tecidos inertes seja mínimo. 
Quaisquer sintomas produzidos pelo movimento terão então mais 
probabilidade de serem causados por problemas com o tecido contrátil. 
 Para AM passiva ou verificação de ligamentos, é importante determinar não só o grau (a 
quantidade) do movimento, mas também a qualidade (a sensação final) do movimento. 
 Quando estiver verificando os ligamentos, aplique pressão apropriada suavemente e repita 
esse procedimento várias vezes. O estresse vai aumentar, mas não além do ponto da dor, 
demonstrando assim a instabilidade máxima sem causar 
espasmo muscular. 
 Ao testar miótomos (grupos de músculos supridos por uma única raiz nervosa), você 
deverá manter cada contração por pelo menos 5 segundos para verificar se o 
enfraquecimento fica evidente. A fraqueza de um miótomo demora a se desenvolver, pois 
os músculos são supridos por mais de uma raiz nervosa. 
 Geralmente, um exame completo envolve forçar e agravar tecidos diferentes. Ao completar 
uma avaliação, você deverá alertar o paciente de que os sintomas podem ser exacerbados 
como resultado dessa avaliação. Isso evita que o paciente 
pense que qualquer tratamento inicial possa ter piorado o quadro, o que por sua vez pode 
deixar o paciente quanto a voltar para tratamento posterior. 
 A tomada de decisão clínica é um processo contínuo de comunicação, de geração de 
hipótese, de avaliação e de revisão da hipótese. Durante o exame, você deverá buscar por 
sinais e sintomas subjetivos (o que o paciente sente) e objetivos (o que você deduz a partir 
dos vários testes que o paciente executa) e então usar essas informações para moldar sua 
hipótese e decisões subsequentes. 
 
 
Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. 
 
 
 Um rápido exame exploratório não visa considerar ou descartar um quadro patológico em 
especial. Pelo contrário, ele é realizado para determinar se há necessidade de um exame 
mais completo de uma região. O exame exploratório é usado nas seguintes circunstâncias: 
 Para descartar sinais e sintomas informados em sentido distal a partir da coluna 
vertebral, medula espinal ou raízes nervosas para outras partes do corpo (p. ex., 
ciática). 
 Para ajudar a descartar problemas na coluna vertebral que possam causar sintomas 
e sinais em qualquer parte do corpo. 
 Para determinar o nível da coluna vertebral que está afetado. 
 Quando os sinais e sintomas são sentidos em uma articulação periférica ou em um 
dos membros, mas o paciente não apresenta história de lesão nessa área. 
 Quando existem sinais radiculares. 
 Quando o paciente não tem história de lesão ou uso excessivo da articulação. 
 Na presença de trauma com sinais radiculares. 
 Na presença de sensação alterada em um membro. 
 Na presença de sinais da medula espinal. 
 Na presença de sinais e sintomas anormais. 
 Quando houver suspeita de aposição psicológica. 
 Ao testar um movimento, você deverá determinar se o problema predominante é dor 
ou restrição. 
Movimentos Ativos 
Os movimentos ativos são aqueles que combinam amplitude de movimento articular, controle 
motor, potência muscular e a disposição do paciente em executar o movimento. Durante os 
movimentos ativos, o examinador deverá comparar os dois lados e estar atento a (ao): 
 Quando e onde a dor ocorre durante cada movimento 
 Se o movimento altera a intensidade e a qualidade da dor 
 Reação do paciente à dor 
 Padrão do movimento: 
 Parece haver controle neural? 
 Os músculos recrutados são os adequados e estão na sequência correta? 
 O movimento ocorre com a velocidade correta? 
 A sincronização das sequências de movimento é apropriada? 
 As combinações de força muscular funcionam corretamente? 
 
 
Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. 
 
 
 Ritmo e a qualidade do movimento 
 Quantidade de restrição observável (a liberdade do movimento) 
 Movimento de articulações associadas 
 Disposição do paciente em se movimentar 
Movimentos Passivos 
Os movimentos passivos são usados para determinar a quantidade de AM realmente 
existente em uma articulação, assim como a "sensação" ao final da AM articular (sensação 
final). Durante os movimentos passivos, você deverá comparar 
os dois lados e estar atento a (ao): 
 Quando e onde a dor ocorre durante cada movimento 
 Se o movimento altera a intensidade e a qualidade da dor 
 Padrão de limitação do movimento 
 Sensação final do movimento 
 Movimentode articulações associadas 
 AM disponível: 
 Qual é a AM normal para aquela articulação e para aquele indivíduo? 
 A articulação se mostra normal, com pouco movimento ou muito movimento? 
 As articulações adjacentes estão compensando? 
 Qual articulação (ou articulações) é dolorida? 
Contração Isométrica com Resistência 
As contrações isométricas com resistência são elaboradas principalmente para testar tecidos 
contráteis (músculos, tendões e seus anexos). Durante essas contrações, você deverá 
comparar os dois lados para determinar: 
 Se a contração é dolorosa 
 A força da contração 
 A habilidade do paciente para controlar o movimento (a habilidade de executar o movimento 
corretamente) 
 O funcionamento do músculo (p. ex., como agonista ou sinérgico) 
 Se o músculo é fraco e longo (fásico) ou firme e forte (músculos fracos e longos são 
frequentemente considerados fásicos e fortes, e músculos encurtados são considerados 
posturais/tônicos) 
 
 
Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. 
 
 
 Se existe qualquer desequilíbrio muscular 
 Se o músculo está atuando como estabilizador ou mobilizador 
Testes Diagnósticos Especiais 
Os testes diagnósticos especiais são designados para “confirmar” um diagnóstico. Como tais, 
eles podem: 
 Testar estruturas específicas (p. ex., testes de estabilidade) 
 Forçar tecidos específicos 
 Diferenciar entre tecidos (p. ex., para a síndrome do desfiladeiro torácico) 
 Provocar sintomas (p. ex., testes provocativos ou neurodinârnicos) 
 Aliviar sintomas (p. ex., testes de distração) 
Os pontos a serem lembrados sobre os testes diagnósticos 
especiais incluem: 
 A dependência (1) da capacidade do examinador em executar o teste, (2) da habilidade do 
examinador em aplicar o teste e (3) da capacidade do paciente em relaxar. 
 Esses testes nunca deverão ser usados sozinhos ou isoladamente. Como examinador você 
deverá usar esses testes em conjunto com outras verificações para confirmar um 
diagnóstico. 
 Eles são mais precisos (1) imediatamente após a ocorrência da lesão (por causa do 
choque aos tecidos); (2) quando o paciente está sob anestesia e (3) em um quadro 
crônico. 
Os testes especiais deverão ser usados com cautela na presença de: 
 Dor intensa 
 Quadros articulares agudos e irritáveis 
 Instabilidade 
 Osteoporose 
 Doenças patológicas dos ossos 
 Doença ativa aguda 
 Sinais e sintomas incomuns 
 Sinais neurológicos significativos 
 Apreensão do paciente 
 Incapacidade do paciente para compreender dicas verbais, como explicações e/ou 
instruções. 
 
 
Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. 
 
 
Movimentos do Jogo Articular 
Os movimentos do jogo articular são movimentos acessórios que não ficam sob o controle do 
paciente. Os movimentos articulares normais são necessários para o funcionamento 
completo e indolor e para a amplitude de movimento completa de uma articulação. A 
disfunção articular significa perda dos movimentos do jogo articular. Ao executar esses 
movimentos, você deverá comparar os dois lados para, se assegurar de que: 
 O paciente esteja relaxado e com suporte total 
 Você esteja relaxado e usando contato manual firme, porém confortável 
 Você examine uma articulação de cada vez 
 Você examine um movimento de cada vez

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