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ONLINE 8 A REPUBLICA OLIGÁRQUICA
Introdução
Nesta aula, analisaremos o processo que deu origem à Proclamação da República e as implicações da mudança do regime na estrutura socioeconômica do Brasil.
O sistema federalista
A Proclamação da República no Brasil foi fruto do desgaste das antigas estruturas imperiais cujos problemas e conflitos se evidenciaram, sobretudo, a partir de 1870.
Mas a mudança de regime não foi o resultado do anseio popular e tampouco contou com a intensa participação do povo(As duas grandes mudanças políticas pelas quais o Brasil passara até então – independência e república – tinham ocorrido longe do alcance e da intervenção do povo brasileiro), como não havia contado a independência. 
 Não é de se admirar que a República implantada mantivesse diversas características herdadas do Império, como a estrutura fundiária e a manutenção das classes sociais.
Os anos iniciais deste período, que se convencionou chamar de República Velha, foram caracterizados pelo domínio político das oligarquias cafeeiras, que fizeram valer seus interesses em detrimento das demandas populares.
Estabeleceu-se uma República Federalista e as antigas províncias foram transformadas em estados(Por isso, a primeira constituição republicana, de 1891, será a Constituição dos Estados Unidos do Brasil.)
O padroado, que havia vigorado no Império foi extinto e os imigrantes, que compunham parte da massa de trabalhadores, foram naturalizados.
Aurélio de Figueiredo: Juramento da Constituição, c. 1891. Promulgada a 1ª Constituição Republicana assumem o poder os marechais Manuel Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.
A economia, por sua vez, encontrava-se em uma situação particularmente delicada. A abolição da escravatura transformou os trabalhadores em assalariados. 
Para pagar os salários, era necessário dispor de moeda que o Estado não produzia em quantidade suficiente. Soma-se a esta situação o estimulo à imigração, já que era necessário encontrar novos braços para a lavoura, também livres e assalariados. 
 O Ministro da Fazenda, Rui Barbosa, autorizou uma enorme emissão de moeda, em uma política conhecida como encilhamento.  
O aumento da circulação monetária tinha como objetivo arcar com os salários dos trabalhadores e expandir o acesso ao crédito, que seria investido nos mais diversos empreendimentos. 
Mas o Estado Republicano, recém-criado, não tinha ainda reservas econômicas suficientes para garantir o valor da moeda, fazendo com que, ao invés de estimular a economia, o encilhamento provocasse uma enorme inflação gerando uma intensa especulação financeira. 
 O fracasso do encilhamento mostrou ser necessário muito mais que apenas medidas econômicas imediatas para sanar os problemas do país. Era necessária uma enorme reforma que a República Velha não realizou.
História - Encilhamento: crise financeira e República
A intenção era promover a industrialização brasileira e estimular a atividade econômica do país. Mas o resultado foi um dos maiores surtos inflacionários do Brasil
Aumento do trabalho assalariado, grandes levas de imigrantes estrangeiros, forte crescimento industrial, e aceleração do dinamismo das atividades econômicas. Este era o cenário exuberante vivenciado no Brasil após a proclamação da República, em 1889. O reverso destas mudanças, entretanto, foi a crise que se abateu sobre o país nos anos 1890 e 1891, particularmente nas praças comerciais do Rio de Janeiro e São Paulo. A turbulência econômica ficou conhecida como Encilhamento, expressão extraída do vocabulário utilizado em hipódromos, e que designava o clima de confusão, desordem e febril jogatina que reinava nos locais das corridas onde os jóqueis encilhavam seus cavalos.
No final do Império a riqueza do Brasil dependia das atividades rurais: 80% da produção agrícola tinha por destino a exportação. A venda de café, açúcar e borracha ao exterior gerava recursos em moedas estrangeiras, necessários para o consumo e formação de capital nacional, além de auxiliar no pagamento da dívida externa e no financiamento do próprio governo. A abolição do trabalho escravo, embora já fosse esperada, provocou, no entanto, novas exigências. Os fazendeiros passaram a precisar de recursos para pagar seus trabalhadores agrícolas e também as hipotecas, antes garantidas por seus escravos.
A palavra Encilhamento passou a designar tanto a política econômica como a crise financeira do período. Embora três ministros tenham sido responsáveis pelo comando da economia no período - visconde de Ouro Preto, Rui Barbosa e barão de Lucena -, o estigma da crise ficou associado à gestão de Rui. Sua política monetária expansionista é comumente apontada como responsável pelos descalabros financeiros do período.
Produção cafeeira  
O café era o grande motor da economia e, portanto, os interesses dos cafeicultores eram claramente favorecidos, em qualquer âmbito. Poucas cidades conheceram um desenvolvimento tão intenso quanto São Paulo, nos anos áureos do café (Nos primeiros anos do período imperial, o café respondia por 19,8% da produção agrícola, sendo o segundo maior produto de exportação, superado ainda pelo açúcar, que correspondia a 36,7%. Na década de 1840, passou a ser o primeiro produto de exportação e, ao final do império, já detinha mais de 50% das exportações nacionais.).
Se o Vale do Paraíba havia se constituído, inicialmente, como o principal polo de produção cafeeira, foi, progressivamente, perdendo o posto para o Oeste paulista (A geografia e o solo desta região eram propícios ao cultivo o que, aliado à facilidade de crédito e ao uso da mão de obra baseada no colonato, fez com que, mesmo antes da República, o Oeste paulista já houvesse superado o Vale no cultivo cafeeiro)
Avenida Paulista  
Em 1891, mesmo ano da constituição, foi aberta a Avenida Paulista, cujo objetivo era abrigar residências e desafogar as ruas mais ao centro financeiro. 
Embora a riqueza estivesse nas fazendas e nos cafezais, a Avenida Paulista logo se tornou o lugar dos grandes palacetes, pertencentes a cafeicultores e a grandes empreendedores, que construíam sua casa com enorme luxo e ostentação.
A maior parte dos antigos casarões, na Avenida Paulista que já abrigou nomes como o Conde Matarazzo, foi demolida na década de 80 do século XX. Poucos exemplares restaram, mas os processos de tombamento são dificultados por disputas entre os herdeiros e o estado.  
Diversos prédios de valor histórico incalculável se perderam conforme a cidade crescia, durante o século XX. Como exemplo, podemos citar o Palacete Santa Helena, construído na década de 1920, na Praça da Sé.  
Edifício Martinelli
Mais sorte teve o edifício Martinelli, que resistiu à especulação imobiliária. Construído em 1929, foi um dos primeiros arranha-céus do país e acabou por se tornar um símbolo do progresso paulista, sendo hoje um bem tombado pelo patrimônio histórico.
A Semana de Arte Moderna
Não era só a arquitetura que traduzia a riqueza gerada pelo café do Oeste paulista. Em 1922, tem início a Semana de Arte Moderna, traduzindo o espírito de uma cidade que convivia entre a modernização urbana e o antigo poder oligárquico e rural.
Os modernistas, como Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Oswald Andrade preconizavam uma arte moderna brasileira, buscando inspiração nos mais diversos tipos, urbanos e rurais, que ocupariam espaço privilegiado em sua literatura e em sua arte.
A estudante (1915-1916), de Anita Malfatti. Acervo do Museu de Arte de São Paulo.
Anita revela o seu interesse em retratar o estado psicológico dos seus modelos. O uso de certa deformação moderada, fugindo dos modelos clássicos, causou grande alvoroço em Monteiro Lobato e na elite provinciana de São Paulo.
Paisagem com touro, de Tarsila do Amaral.
Técnicas de pintura de Tarsila do Amaral
- Pintura em Óleo Sobre Tela e Cores Vivas;
- Sua técnica de pintura mais usada é a Pintura Lisa com influências do modelado legeriano;
- Técnica de Estética fora do Padrão;
- Teve também influênciasdo cubismo.FORMAS GEOMÉTRICAS NA PINTURA
Rio de Janeiro no início do século XX
O início do século XX trouxe também grandes transformações para o Rio de Janeiro. (Neste caso, muito mais por conta de seu papel como capital da República do que pelo desenvolvimento de algum setor econômico em particular.)
O Prefeito Pereira Passos( 1902-1906) modificou completamente a paisagem urbana carioca. O Rio de Janeiro, na virada do século, crescia desordenadamente.
A abolição fez com que parte dos escravos, que viviam nas fazendas, migrasse para a cidade em busca de ocupação. Aliado à presença do porto e à chegada de imigrantes, o centro do Rio de Janeiro passou, rapidamente, a ser povoado de cortiços e habitações insalubres. (A falta de saneamento básico e de uma estrutura que desse conta do contingente populacional provocavam grandes epidemias como cólera, tifo e febre amarela. Durante a gestão, Pereira Passos buscou sanear o centro da cidade em uma reforma que ficou conhecida como Bota-abaixo.)
O prefeito tinha o apoio do então Presidente da República Rodrigues Alves. Os projetos de urbanização tinham como referência o modelo francês. (Havia sido aplicado em Paris, no século XIX por Georges-Eugène Haussmann, o Barão de Haussmann.Por esta razão, alguns estudos, como o de Jaime Larry Benchimol, referem-se a Pereira Passos como um Haussman tropical.)
A proposta francesa tinham como alicerce a abertura de grandes avenidas e consequentemente, a expulsão da população pobre dos centros da cidade.
Sob a justificativa da necessária higienização e saneamento do centro da cidade, Passos empreendeu suas modificações. Centenas de imóveis foram derrubados, dentre casarões e cortiços.( A demolição de cortiços não era exatamente uma novidade. Antes de Pereira passos, outros governantes já haviam ordenado a derrubada destas construções, sendo que a maior delas era o cortiço chamado cabeça de porco, que ficava também no centro da cidade e cujo nome passou a designar qualquer habitação precária e com poucas condições de higiene, termo que persiste até os dias atuais.)
Rio, 29 (AE) - Em meados do século 19, um tipo de moradia começava a se alastrar pelo Rio: os cortiços. Erguidas principalmente por imigrantes portugueses, as construções precárias eram formadas por dezenas de quartos pequenos, sem cozinha, com banheiros e tanques coletivos.
"Além das estalagens, houve também a saída da população rica para os arrabaldes de então, como Botafogo, Tijuca. E os casarões deixados por eles no centro foram subdivididos", explica o professor Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro, coordenador do Observatório das Metrópoles, grupo que reúne especialistas em temas urbanos. "Essa moradia perdura até o início do século 20, quando tem início o ‘bota abaixo’ do prefeito Pereira Passos." As demolições comandadas pelo prefeito tinham a intenção de abrir largas avenidas na cidade.
Antes mesmo da administração Pereira Passos, o primeiro grande cortiço a ser demolido foi o Cabeça de Porco, em 1893, que acabou por virar sinônimo desse tipo de moradia e inspirou o escritor Aluízio de Azevedo em "O Cortiço" - no livro, de 1890, havia o "Cabeça de Gato".
Quatro mil pessoas chegaram a viver no Cabeça de Porco. Um ano antes de ser destruído, uma ala inteira estava interditada por conta das condições insalubres, segundo relato da arquiteta Jane Santucci em seu livro "Cidade Rebelde - As Revoltas Populares do Rio de Janeiro no Início do Século XX".
Ela conta que o desmonte do grande cortiço é apontado como semente das favelas. Sem ter para onde ir, os inquilinos foram autorizados a retirar a madeira dos cômodos para construir outra moradia. E uma das proprietárias do Cabeça de Porco era dona de lotes no Morro da Favella, hoje Morro da Providência. Ela negociou os terrenos com os antigos moradores. A ocupação se expandiu em 1897, com o retorno dos combatentes da Guerra de Canudos, que ali se instalaram.
Modernizando o centro do Rio de Janeiro
Uma das principais obras no Rio de Janeiro foi a abertura da Avenida Central, atual Avenida Rio Branco.
As ruelas e os becos, tão característicos daquela região desapareceram para dar lugar às grandes avenidas das quais a Central é um dos melhores exemplares.
Para compor a paisagem urbana, grandes prédios, hoje importantes monumentos de nossa história, foram erguidos, como o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ao final da avenida foi construído o Palácio Monroe.( DEMOLIDO EM 1976).
Embora tenha de fato modernizado o centro da cidade, nem todos os aspectos da reforma foram positivos. A expulsão da população pobre estimulou a formação das favelas, como a do Morro da Favela, atual Morro da Providência, na zona portuária.
Cabe lembrar que esta população não tinha para onde ir e o Estado não se ocupou de sua realocação. Restou ocupar as encostas de morros próximos já que tampouco podiam se afastar do centro onde trabalhavam. A insuficiência dos transportes públicos também contribuiu para a opção de ocupar estas encostas e multiplicaram o número de favelas na cidade.
O desmonte do Morro do Castelo
A Reforma de Pereira Passos não foi a única pela qual o Rio de Janeiro passou na República Velha. 
Em 1922, tem lugar o desmonte do Morro do Castelo, durante a gestão do Prefeito Carlos Sampaio. Este morro, localizado no centro da cidade, foi um dos primeiros lugares de ocupação, sendo considerado um dos marcos de fundação do Rio de Janeiro no século XVI.
A fundação da cidade, a partir deste morro, tinha objetivo estratégico, já que na época a região havia sido invadida pelos franceses. No Castelo foram construídas a primeira casa de câmara e cadeia, bem como o centro da administração e duas igrejas: dos jesuítas e de São Sebastião.
O desmonte do Morro Castelo
U ma das obras mais polêmicas da cidade do Rio de Janeiro, a demolição do Morro do Castelo no início do século passado, só foi possível graças ao uso da ferrovia para a retirada dos entulhos.  Para realizar o que na época se chamava de o "arrasamento" do morro, o prefeito Carlos Sampaio( 1922) contratou a empreiteira norte-americana.
	Leonard Kennedy & Co. de Nova York. As obras começaram em 1922.A tarefa consistia em derrubar o morro, que ocupava uma área de 184 mil metros quadrados em pleno Centro da cidade do Rio de Janeiro. Foram retirados 4,6 milhões de metros cúbicos de terra.E o uso da ferrovia neste trabalho foi intenso. A empreiteira usava pequenas locomotivas de manobra para retirar o aterro, que mais tarde foi usado para aterrar a área  de charco que cercava o morro e nos bairros da Urca, Copacabana e Gávea.
Uma das locomotivas usadas na época foi conservada pela Associação Brasileira de Preservação da Memória Ferroviária (ABPF) e hoje é usada no trem do Museu do Imigrante, em São Paulo. A máquina foi fabricada pela Baldwin Locomotive Works, em 1922 e tem rodagem 0-6-0 ST. Na década de 30, esta locomotiva foi comprada pela E.F.Central do Brasil e passou a ser conhecida como a Número 5. Ganhou nova pintura e limpa trilhos de madeira. Foi usada em pátios de manobras em São Paulo e no Vale do Paraíba e só encerrou suas atividades em 1962, em Cachoeira Paulista (SP). Ficou anos abandonada até ser cedida, no final dos anos 90, pela Rede Ferroviária à ABPF, que a recuperou e reabilitou.
O fim de um marco da cidade do Rio de Janeiro
 
	Foi a partir do Morro do Castelo que a cidade do Rio de Janeiro cresceu e se urbanizou. A fundação da cidade ocorreu no que hoje é o bairro da Urca, mas em 1567 - depois da expulsão dos franceses pelas tropas de Estácio de Sá - a ocupação da cidade foi transferida para o Morro do Castelo, de onde se tinha uma vista privilegiada para a entrada da Baía de Guanabara.
Os jesuítas, que na época tinham grande prestígio, 
	
	
	A locomotivas tiveram uso intenso na demolição do Morro do Castelo
	
	
	
	
	
	construíram um colégio, o convento e uma igreja no alto do morro. Mas a expulsão dos jesuítas da cidade pelo Marquês de Pombal, em 1759, acabou dando origem a uma lenda que iaacompanhar o Morro do Castelo até a sua completa destruição.  Como saíram apressados, fugindo, os Jesuítas teriam deixado para trás um tesouro enterrado no morro.
À lenda do tesouro juntou-se uma discussão em torno do morro que durou mais de um século: a necessidade da sua demolição. Do alto do Castelo, a cidade se espalhou pelas planícies que o rodeavam. E já a partir do século XVII,  a posição privilegiada da colina perdeu importância para o comércio marítimo que se desenvolveu em torno da praça XV.
	A locomotivas tiveram uso intenso na demolição do Morro do Castelo.
	
	
	O casario colonial e as estreitas e tortuosas ruelas do morro passaram a ser ocupadas por uma população pobre e marginalizada. 
Quando a demolição do morro começou em 1922, ninguém mais acreditava que ela iria acontecer. Cinco mil pessoas ainda ocupavam a área. Uma teoria muito em voga na época, dizia que o morro impedia a circulação do vento que vinha da Baía de Guanabara, contribuindo para as moléstias e epidemias que atacavam a população no Centro da cidade. Os defensores de sua destruição, entre eles alguns médicos e sanitaristas, ressaltavam como benefício adicional, o uso do entulho da demolição para aterrar a área de charco e mangues que cercavam o morro, eliminando os "miasmas febris", que - dizia-se - subiam do pântano.

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