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relaxamento de prisao lucio

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Problema 5 – Enunciado
Lúcio, policial federal acusado de extorquir, no exercício de suas funções, determinada quantia em dinheiro de servidor público federal, encontra-se temporariamente preso há 15 dias, por decisão do juízo da 41ª Vara Criminal  da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, lavrada nos seguintes termos: "Os autos do inquérito policial autorizam a suspeita de participação do indiciado Lúcio na prática do crime de extorsão (art. 158, caput, do CPB). Dessa forma, tendo em vista a grande comoção causada pelo crime na sociedade, assim como a necessidade de salvaguarda da imagem do Poder Judiciário ante a opinião pública, como órgão responsável pela política de segurança pública, decreto a prisão temporária do indiciado, pelo prazo de trinta dias. Expeça-se mandado de prisão em seu desfavor.".
Questão: Como advogado de Lúcio, redija a peça processual adequada ao caso, invocando todos os fundamentos jurídicos relevantes à situação apresentada.
Problema aplicado na prova CESPE OAB/RJ 2007 32º exame.
Problema 5 - Rev. Prisão
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 41ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO
Lúcio, nacionalidade, Policial Federal, inscrito no CPF nº ..., RG nº ..., residente na Rua ..., atualmente preso em ..., vem, respeitosamente, ante V.Exa., por seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), requerer a 
REVOGAÇÃO DA SUA PRISÃO TEMPORÁRIA,
pelos motivos de fatos e de direito a seguir expostos:
I - DOS FATOS
O requerente é acusado de extorquir, no exercício de suas funções, a quantia de R$ ... De servidor público federal.
Teve sua prisão temporária decretada em ... Por trinta dias, foi preso em ..., supostamente pelo  cometimento do delito previsto no art. 158, caput, do CPB.
II - DO DIREITO
Lúcio teve sua prisão temporária decretada por V.Exa. De ofício, fundamentada na "grande comoção causada pelo crime na sociedade, assim como a necessidade de salvaguarda da imagem do Poder Judiciário ante a opinião pública, como órgão responsável pela política de segurança pública".
Sendo assim, é de incontestável saber jurídico de V. Exa., que a prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo Magistrado, e pelos motivos expostos, conforme previsão legal no art. 2º da Lei 7960/89: "A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de cinco dias, prorrogável por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade.".
Ademais, não pode-se falar em extorsão, fundando-se no art. 158,caput do CPB, no caso em tela, o requerente é funcionário público federal, e foi acusado de extorquir dinheiro, no exercício de suas funções, caso que remete ao art. 312 do CPB, caso de Corrupção Passiva. Não cabendo, então, nas hipóteses previstas  no inciso III, do art. 1º da Lei 7960/89.
Mesmo que assim o fosse, não cabe sua prisão temporária nas previsões dos incisos I e II do mesmo artigo, pois sua prisão não é imprescindível para as investigações e o acusado possui residência fixa, sendo, inclusive, funcionário público federal.
Por fim, não pode-se falar em prisão temporária de trinta dias, conforme foi decretado, sendo totalmente contrária à disposição do art. 2º da Lei 7960/89, tendo em vista que não se trata de crime hediondo.
III - DO PEDIDO
Por todo o exposto, requer que seja revogada sua prisão temporária, com fundamento na Lei 7960/89, com respectivo alvará de soltura, para que responda o processo em liberdade, como forma de inteira justiça.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, data.
Advogado
OAB
EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 41ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Inquérito Policial nº 
LUCIO, brasileiro, casado, policial federal, portador da carteira de identidade nº ___, inscrito no cadastro de pessoas físicas nº ___, residente e domiciliado na Rua (endereço completo), código de endereçamento postal: ___, vem por meio de seu advogado, com procuração anexa, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com amparo no art. 5º, LXV, da Constituição Federal de 1988, requerer
RELAXAMENTO DA PRISÃO
pelos fatos e fundamentos que serão expostos a seguir:
DOS FATOS
O requerente foi preso sem flagrante por suposta prática de crime de extorsão do art. 158, caput do Código Penal. O mesmo foi acusado de extorquir, no exercício de suas funções determinada quantia em dinheiro de um servidor público federal.
O acusado encontra-se detido há 15 dias, aguardando a conclusão do inquérito, na Delegacia de Polícia.
É importante mencionar que por decisão do juízo da 41ª VaraCriminal da Comarca do Capital do RJ, decretou a prisão temporária do indiciado pelo prazo de 30 dias.
Portanto o acusado procura uma medida cabível para solucionar a presente situação, ou seja, conseguir através do diploma legal um meio para a sua liberdade.
DOS FUNDAMENTOS
Diante dos fatos narrados acima, ficou evidente que a prisão foi ilegal, pois foi decretada a prisão por uma autoridade judiciária incompetente. O acusado por ser funcionário público federal deveria ser julgado pela Justiça federal e não pela Justiça Estadual como aconteceu. A súmula 147 do STJ, dispõe que compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função.
Convém ressaltar que o juízo incompetente equiparou o crime de extorsão simples a crime hediondo, ou seja, foi decretada a prisão do requerente por um prazo superior ao previsto em lei. O juiz decretou a prisão do acusado pelo prazo de 30 dias como se fosse crime hediondo, o que não é o caso em questão. O correto seria no prazo de 5 dias, prorrogável por mais 5 dias, conforme o art. 2º da Lei 7960/89 (prisão temporária).
Mesmo que o juízofosse competente e o prazo estivesse correto não caberia a decretação da temporária por ausência dos requisitos alternativos previstos nos incisos I e II do art. 1 º da Lei 7960/89, ou seja, o servidor encontra-se identificado e domiciliado no distrito da culpa em tese, e nenhum momento da investigação criminal demonstrou ter interesse em atrapalhar ou manipular a mesma. Dessa forma, requer ao respeitável juízo (federal) o relaxamento da prisão do paciente Lucio, com a revogação da prisão temporária decretada ao arrepio da lei, uma vez que a decisão do juízo incompetente não demonstrou a presença dos requisitos para a custódia do paciente, vale dizer só existe os autos na investigação o crime em tese de extorsão, previsto no inciso III, letra d do art. 1º da Lei 7960/89, que não é suficiente para o cerceamento da liberdade do paciente. Espera o paciente que o respeitável juízo expeça alvará de soltura em favor do nacional Lúcio por ser medida de justiça e de observância dos ditames constitucionais, termos em que espera deferimento.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$
Neste termos,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 18 de abril de 2012.
Advogado
OAB nº

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