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Praetorium OAB Segunda Fase Casos Práticos-1

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CASOS PRÁTICOS OAB 2ª FASE
1º Caso: Na data de ontem, por volta das 22 horas, Romualdo encontrava-se no interior de sua residência, quando ouviu um barulho no quintal. Munido de um revólver, abriu a janela de sua casa e percebeu que duas pessoas, também portando armas, caminhavam furtivamente dentro dos limites de sua propriedade. Com o intuito de proteger a si e a sua família do ataque iminente, desferiu três tiros, que acabaram atingindo a um dos assaltantes em região legal, causando sua morte, tendo o outro fugido. Imediatamente, Romualdo dirigiu-se à Delegacia de Polícia mais próxima, onde comunicou o ocorrido. O Delegado Plantonista, após ouvir os fatos, prendeu-o em flagrante pelo crime de homicídio. 
Questão: Elaborar a medida cabível, visando à liberdade de Romualdo. (OAB/SP – exame 105 – MODIFICADO).
2º Caso: Pedro Paulo e Marconi estavam sendo investigados pela autoridade policial de distrito policial da comarca de São Paulo em razão da prática do delito de tentativa de furto qualificado pelo concurso de pessoas, ocorrido no dia 09.06.2010, por volta das 22 horas. O inquérito policial foi autuado e tramitava perante a 2a Vara Criminal da Capital. Ao registrar ocorrência policial, a vítima, Maria Helena, narrou ter visto dois indivíduos de estatura mediana, com cabelos escuros e utilizando bonés, no estacionamento do Shopping Iguatemi, tentando subtrair o veículo Corsa/GM, de cor verde, placa IFU 6643/SP, que lhe pertencia. Disse, ainda, que eles só não alcançaram êxito na empreitada criminosa por motivos alheios às suas vontades, visto que foram impedidos de concluí-la pelos policiais militares que estavam em patrulhamento na região. No dia 30.06.2010, Pedro Paulo foi convidado a se fazer presente naquela delegacia de polícia, e assim o fez, imediata e espontaneamente, a fim de se submeter a reconhecimento formal. Na ocasião, negou a autoria do delito, relatando que, no horário do crime, estava em casa, dormindo. A vítima Maria Helena e a testemunha Agnes, que, no dia do crime, iria pegar uma carona com a vítima, não reconheceram, inicialmente, Pedro Paulo como autor do delito. Em seguida, Pedro Paulo foi posto em uma sala junto com Marconi, para reconhecimento, havendo insistência, por parte dos policiais, para que a vítima confirmasse que os indiciados eram os autores do crime. A vítima, então, assinou o auto de reconhecimento, declarando que Pedro Paulo era a pessoa que, no dia 09.06.2010, havia tentado furtar o seu veículo, conforme orientação dos agentes de polícia. Diante disso, o delegado autuou Pedro Paulo em flagrante delito e recolheu-o à prisão. Foi entregue a Pedro Paulo a nota de culpa, e, em seguida, foram feitas as comunicações de praxe. Pedro Paulo não é primário, porém, possui residência e emprego fixos.
Questão: Considerando a situação hipotética apresentada, redija, em favor de Pedro Paulo, a peça jurídica, diversa de habeas corpus, cabível à espécie. (OAB CESPE/SP 2008 – exame 136 – MODIFICADO).
3º Caso: Maria José, indiciada por tráfico de drogas, apontou, em seu interrogatório extrajudicial, realizado em 03.11.2007, Thiago, seu ex-namorado, brasileiro, solteiro, bancário, residente na Rua Machado de Assis, n. 167, no Rio de Janeiro – RJ, como a pessoa que lhe fornecia entorpecente.
No dia 04.07.2010, cientes da assertiva de Maria José, policiais foram ao local em que Thiago trabalhava e o prenderam, por suposta prática de crime de tráfico de drogas. Nessa oportunidade não foi encontrado com Thiago qualquer objeto ou substância que o ligasse ao tráfico de entorpecentes, mas a autoridade policial entendeu que, na hipótese, haveria flagrante impróprio, ou quase flagrante, porquanto se tratava de crime permanente.
Apresentado à autoridade competente, Thiago afirmou que nunca teve qualquer envolvimento com drogas e muito menos passagem pela polícia. Disse, ainda, que sempre trabalhou, em toda a sua vida, apresentou a sua carteira de trabalho e declarou possuir residência fixa. Mesmo assim, lavrou-se o auto de prisão em flagrante, sendo dada a Thiago a nota de culpa, e, em seguida, fizeram-se as comunicações de praxe.
Com base na situação hipotética descrita acima, e considerando que Thiago está sob a custodia decorrente de prisão em flagrante, redija a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa de Thiago (OAB CESPE/NACIONAL 2006.3 – MODIFICADO).
4º Caso: O Delegado de Polícia representou ao Juiz de Direito a fim de que fosse decretada a prisão temporária de João, alegando que ele estava sendo investigado por crimes de estelionato e furto e se tratava de pessoa sem residência fixa, sendo a sua prisão imprescindível para as investigações. O juiz, após ouvir o Ministério Público, decretou a prisão temporária por 5 (cinco) dias, autorizando, desde logo, a prorrogação da prisão por mais 5 (cinco) dias, se persistissem os motivos que levaram à sua decretação. Foi expedido mandado de prisão. Sem ser preso, João soube da decisão e procurou um advogado para defendê-lo.
Questão: Como advogado de João, redija a peça processual mais adequada à sua defesa. (OAB VUNESP/SP 2006 - 127º exame).
5º Caso: Lúcio, policial federal acusado de extorquir, no exercício de suas funções, determinada quantia em dinheiro de servidor público federal, encontra-se temporariamente preso há 15 dias, por decisão do juízo da 41a Vara Criminal da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, lavrada nos seguintes termos: “Os autos do inquérito policial autorizam a suspeita de participação do indiciado Lúcio na prática do crime de extorsão (art. 158, caput, do CP). Dessa forma, tendo em vista a grande comoção causada pelo crime na sociedade, assim como a necessidade de salvaguarda da imagem do Poder Judiciário ante a opinião pública, como órgão responsável pela política de segurança pública, decreto a prisão temporária do indiciado, pelo prazo de 30 dias. Expeça-se mandado de prisão em seu desfavor”.
Questão: Como advogado de Lúcio, redija a peça processual adequada ao caso, invocando todos os fundamentos jurídicos relevantes à situação apresentada. (OAB CESPE/RJ 2007 - 32º exame).
6º Caso: Paulo, depois de regularmente processado, foi condenado pela prática de aborto em Maria e, por isso, acha-se preso com sentença já confirmada em segunda instância e transitada em julgado. Examinados os autos, verifica-se que inexiste exame de corpo de delito direto ou indireto, tendo as decisões judiciais se valido da confissão de Maria para justificar a sanção penal.
Questão: Elaborar peça profissional apta a resolver a situação de Paulo. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 323). 
7º Caso: A foi processado e condenado a 4 (quatro) anos de reclusão por ter exposto a venda produto alimentício adulterado, crime previsto no art. 272 do CP. A sentença baseou-se em auto de infração, elaborado pela autoridade sanitária. Não há nos autos qualquer laudo. A encontra-se preso, tendo a sentença transitado em julgado.
Questão: Elaborar peça processual visando resolver a situação de A, justificando a medida proposta. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 323-324). 
8º Caso: Petrônio cumpria pena na Penitenciária do Forte quando conseguiu evadir-se do presídio. Já na rua, roubou um veículo Opala, ameaçando de morte o seu proprietário, fazendo gesto de que estava armado, para tanto colocando a mão sob a camisa, e utilizou-se do veículo na fuga. Como o pneu do veículo estourou, Petrônio o abandonou e, novamente colocando as mãos sob a camisa, ameaçou Maria de morte, roubando seu veículo Monza. Vinte minutos depois, quando trafegava pela rodovia, prosseguindo em sua fuga, foi preso por policiais militares. Petrônio, então transferido para a Penitenciária de Jacaré, foi denunciado como incurso nas penas do art. 157, parágrafo 2º, I, do Código Penal, por duas vezes, c/c art. 69, caput, também doCódigo Penal. Na audiência para a oitiva das vítimas e testemunhas de acusação, Petrônio não foi apresentado, em virtude de falta de viaturas para conduzi-lo à cidade do Forte, tendo o seu defensor dativo dispensado a sua presença. Ao final do processo, foi condenado à pena de treze anos e quatro meses de reclusão, além da pena de multa, sendo aquela assim fixada: quatro anos, acrescidos de 1/4 pela reincidência, mais 1/3 pela qualificadora para cada um dos crimes, tendo o juiz considerado, para fins de reincidência, um crime de homicídio noticiado apenas em sua folha de antecedentes, desacompanhado da certidão cartorária. A sentença transitou em julgado, em face da ausência de recurso da defesa. Anos após, e ainda estando Petrônio preso, você é nomeado pelo juiz da Comarca do Forte para arrazoar pedido feito pelo réu para que fosse revista sua condenação.
Questão: Como advogado de Petrônio, apresente a peça processual cabível. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 324). 
9º Caso: Mário, após violenta discussão com Antônio, agride-o com um cano, causando-lhe ferimentos, ato presenciado por duas testemunhas. Durante o inquérito policial, depois do primeiro exame em Antônio, realizado 15 (quinze) dias após o fato, foi ele intimado para comparecer após 90 (noventa) dias, tendo os peritos, com base em informes do ofendido e de registros hospitalares, pois desaparecidos os vestígios, afirmado a incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 (trinta) dias. Concluído o inquérito, Mário foi denunciado e condenado nas penas do art. 129, parágrafo 1º, I, do Código Penal. O acusado Mário e seu advogado deixaram escoar o prazo para impugnação da sentença.
Questão: Como novo advogado, o que faria em favor de Mário? Redija a peça. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 324-325). 
10º Caso: Manoel está condenado por homicídio qualificado a 12 (doze) anos de reclusão, estando recolhido na Penitenciária do Estado de São Paulo. Não é reincidente. Em ação própria, na esfera cível, reparou o dano. Ontem cumpriu 2/3 (dois terços) da pena imposta, sempre com excelente comportamento carcerário, sendo exato que aprendeu ofício e já tem emprego certo para quando estiver em liberdade.
Questão: Como advogado de Manoel, lançar mão da medida cabível visando sua libertação. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 332). 
11º Caso: Carlos foi processado e condenado com trânsito em julgado pela prática de homicídio simples (artigo 121, caput) praticado na cidade de Avaré, no ano de 2001, tendo sido condenado pelo Juiz de Avaré à pena de 6 anos de reclusão a ser cumprida em regime fechado, em face de sua condição de reincidente, pela prática anterior de furto. Iniciada a execução de sua pena na Penitenciária de Avaré, passaram-se exatos 2 anos desde o início do cumprimento da sua pena no regime fechado, ainda não pleiteando Carlos qualquer benefício no âmbito da execução penal, não obstante o seu bom comportamento na prisão e a existência da Vara de Execução na cidade de Avaré.
Questão: Como advogado de Carlos, faça a peça adequada. (OAB VUNESPE/SP 2007 – MODIFICADO).
12º Caso: A está sendo processado por violação ao art. 138 c/c art. 141, III do Código Penal. Ocorre que B, a ofendida, deixou passar o prazo de seis meses do art. 38 do CPP para oferecer ação penal. Dessa forma, não podendo a ação penal prosperar, em face da decadência já operada, A requereu fosse reconhecida a extinção da punibilidade. Seu pedido foi indeferido pelo juiz. Desse modo, A interpôs, dentro do prazo legal, recurso em sentido estrito, com fundamento no art. 581, IX, do CPP. Entretanto, o juiz a quo deixou de processar tal recurso, sob a alegação de ter sido interposto intempestivamente.
Questão: Elaborar medida judicial em favor de A. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 335). 
13º Caso: O juiz, ao proferir sentença condenando João por furto qualificado, admitiu, expressamente, na fundamentação, que se tratava de caso de aplicação do privilégio previsto no parágrafo 2º do art. 155 do Código Penal, porque o prejuízo da vítima era de R$ 100,00 (cem reais), devendo, em face de sua primariedade e bons antecedentes, ser condenado à pena mínima. Na parte dispositiva, fixou como pena a de reclusão de 2 (dois) anos, substituindo-a por uma pena restritiva de direitos e multa, fixando regime inicial aberto.
Questão: Diante do inconformismo de João com essa condenação, como seu advogado, tome as providências cabíveis para a sua defesa e redija a peça processual adequada. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 336). 
14º Caso: Mévio foi processado e, ao final, condenado como incurso nas penas do art. 158, caput, combinado com o art. 14, II, ambos do Código Penal, a 1 (um) ano e 4 (quatro) meses de reclusão. O juiz competente negou o pedido de suspensão condicional da pena formulado pelo advogado de Mévio, pedido este elaborado por tratar-se de réu primário e de bons antecedentes. O advogado, então, impetrou habeas corpus, o qual foi denegado pela 2a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em votação não unânime.
Questão: Como advogado de Mévio, adotar as providências judiciais cabíveis. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 336-337). 
15º Caso: Ésquines foi denunciado e está sendo processado por infração ao art. 159 do CP porque, mediante grave ameaça exercida com arma de fogo, sequestrou Demóstenes, empresário, exigindo de sua família, como condição para sua libertação, a importância de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Foi autuado em flagrante delito no momento em que pegava o dinheiro, deixando em local previamente combinado, e a vítima foi encontrada ilesa.
O acusado encontra-se preso, por força da flagrância delitiva, e tendo requerido a concessão da liberdade provisória foi a mesma negada, sob o argumento de tratar-se de crime hediondo, ensejando interposição de ordem de habeas corpus ao Tribunal competente. O Tribunal denegou a ordem requerida, sob o mesmo fundamento.
Questão: Como advogado de Ésquines, tome a providência judicial cabível. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 337). 
16º Caso: Rodrigo Malta, brasileiro, solteiro, nascido em 04.05.1976, em São Paulo-SP, residente na rua Pedro Afonso, n. 12, Moema, São Paulo-SP, foi preso em flagrante delito, em 02.08.2008. Em 09.09.2008, foi denunciado como incurso nas sanções previstas no art. 14, caput, e no art. 16, parágrafo único, IV, ambos da Lei 10.826/2003 (porte de arma de fogo de uso permitido e posse de arma de fogo de uso restrito, com a numeração raspada), de acordo com o que dispõe o art. 69 do Código Penal brasileiro. O advogado de Rodrigo pleiteou a liberdade provisória de seu cliente. Entretanto, o pleito foi indeferido pelo juiz a quo, que assim se manifestou: “Após analisar os autos, entendo que o pedido de liberdade provisória formulado não merece acolhida. Com efeito, os crimes imputados ao acusado são sobremaneira graves, indicando a prova indiciária, até o momento, que o acusado é provavelmente soldado do tráfico, o que só será dirimido, com exatidão, durante a instrução. De outro lado, a primariedade e os bons antecedentes não são pressupostos a impor a liberdade de forma incontinenti, destacando-se que, em casos como presente, melhor razão está com a bem pautada promoção do Ministério Público, que oficiou contrariamente à liberdade provisória. Isto posto, indefiro o pedido de liberdade”. A defesa, então, impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiçado Estado de São Paulo, objetivando a concessão de liberdade provisória, sob o argumento de que o decreto de prisão cautelar não explicitara a necessidade da medida nem indicara os motivos que a tornariam indispensável, entre os elencados no art. 312 do Código de Processo Penal. A ordem, contudo, restou denegada, confirmando-se a decisão do juiz a quo, em razão do disposto no art. 21 da Lei 10.826/2003, que proíbe a liberdade provisória no caso dos crimes de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Registre-se que Rodrigo Malta é primário, possui bons antecedentes e compareceu à delegacia e ao juízo todas as vezes em que foi intimado. Outrossim, não demonstrou qualquer intenção de fuga.
Questão: Considerando a situação hipotética apresentada, na condição de advogado(a) contratado(a) por Rodrigo Malta, interponha a peça jurídica cabível, diversa de habeas corpus, em favor de seu cliente, diante da denegação da ordem. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 337-338). 
 
17º Caso: José foi processado e condenado pelo crime de furto qualificado. A pena base foi fixada acima do mínimo em razão de estar o réu sendo processado, em outra vara criminal, por crime de estelionato. José recorreu da decisão, que foi confirmada pelo Tribunal competente. Interpôs embargos de declaração com objetivo de prequestionamento, reiterando o Tribunal o entendimento de que a existência do segundo processo revela personalidade antissocial e voltada para o crime, pelo que se justifica, nos termos do artigo 59 do CP, o aumento da pena base.
Questão: Proponha o recurso cabível. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 338). 
18º Caso: Antenor teve seu veículo subtraído e posteriormente localizado e apreendido em auto próprio, instaurando a autoridade policial regular inquérito, já que estabelecida a autoria. Requereu a liberação do veículo, indiscutivelmente de sua propriedade, o que foi indeferido pelo delegado de polícia civil local, afirmando que só será possível a restituição depois de a sentença penal transitar em julgado, conforme despacho cuja cópia está em seu poder.
Questão: Como advogado de Antenor, agir no seu interesse. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 338).
19º Caso: No dia 10.10.2007, por volta das 12 horas, na confluência das ruas Maria Paula e Genebra, Maria da Luz teve seu relógio subtraído por João da Paz, que se utilizou de violência e grave ameaça, exercida com uma faca. Descoberta a autoria e formalizado o inquérito policial com prova robusta de materialidade e autoria, os autos permanecem com o Ministério Público há mais de 30 dias, sem qualquer manifestação.
Questão: Como advogado de Maria da Luz, atue em prol da constituinte. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 339).
20º Caso: A, condenado por crime de lesões corporais, já cumpriu pena por cerca de 7 (sete) anos. As lesões foram graves, mas A, na ocasião, pagou todas as despesas de internação e tratamento da vítima. Hoje, A assume uma vida social normal, sendo até presidente de uma entidade que cuida de menores abandonados.
Questão: Como advogado de A, requerer o que é de direito. (retirado de ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio; BARROSO, Darlan. Prática Penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: RT, 2010, p. 339).
21º Caso: “Z”, político conceituado na região ____, tomou conhecimento que seu desafeto “O” estava espalhando nos mais diversos grupos sociais de seu relacionamento, que “Z” era um “político comercial”, capaz de estabelecer “conchavos” e “negociatas”, “ninguém sabendo de onde teria se originado sua fortuna”. A notícia sobre o fato chegou aos seus ouvidos por pessoas que alegam não querer se comprometer, negando servir de testemunhas acerca da conduta de “O”. Sem efetivas provas do comportamento de seu adversário político, “Z”, ofendido em sua honra, quer ter explicações sobre os fatos. (retirado de NUCCI, Guilherme de Souza. Prática Forense Penal. 4. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: RT, 2009, p. 102).
22º Caso: “U” foi citado pela prática do crime de estelionato pela emissão de cheque sem suficiente provisão de fundos. Constatou seu defensor dativo, no momento do interrogatório, que o cheque foi devolvido pela Agência da Comarca “B”, embora tenha sido emitido o título na Comarca “A”, onde a ação penal foi ajuizada. Interpôs, após o interrogatório, a medida cabível. (retirado de NUCCI, Guilherme de Souza. Prática Forense Penal. 4. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: RT, 2009, p. 140).
23º Caso: O juiz, em nome da celeridade processual, na audiência de instrução e julgamento, passou a inquirir as testemunhas de defesa, que estavam presentes, antes de findar a colheita dos depoimentos das testemunhas de acusação, pois algumas delas deixaram de comparecer. Findo o ato, designou audiência para colher os depoimentos das testemunhas de acusação faltantes, já tendo esgotado o rol da defesa, contra a vontade do advogado. Houve inversão tumultuária do andamento processual. (retirado de NUCCI, Guilherme de Souza. Prática Forense Penal. 4. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: RT, 2009, p. 276).

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