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www.quali�cagoias.go.gov.br CURSO A DISTÂNCIAEIXO INSERÇÃO PROFISSIONAL 1ª Etapa AUXILIAR DE ESCRITÓRIO 2 Sumário Módulo 1: Administração: visão geral .................................................................. 4 1.1 O que é uma organização, seus modelos e significados ................................ 4 1.2 Estrutura organizacional ................................................................................... 5 1.3 Administração: conceitos .................................................................................. 6 1.4 Habilidades de um administrador ..................................................................... 8 1.5 As empresas e seus recursos ......................................................................... 10 Módulo 2: Mercado de trabalho e empregabilidade ............................................ 12 2.1 O profissional dos novos tempos ................................................................... 12 2.2 Práticas de seleção .......................................................................................... 14 2.2.1 Carta de apresentação ................................................................................. 14 2.2.2 Como elaborar um bom currículo ................................................................ 16 2.2.3 Modelos de processo de seleção ................................................................ 19 2.2.4 Qual é o tipo do profissional que o mercado procura? ............................... 20 Módulo 3: Auxiliar de escritório: desempenhando a função ................................ 23 3.1 Departamento Administrativo ......................................................................... 25 3.2 Departamento Financeiro ................................................................................ 25 3.3 Departamento Pessoal .................................................................................... 26 3.4 Departamento de Marketing ........................................................................... 27 3.5 Departamento Comercial ................................................................................ 27 3.6 Departamento de Compras ............................................................................. 28 3 Módulo 4: Comportamento no ambiente organizacional ..................................... 29 4.1 Trabalho em equipe ......................................................................................... 35 4.2 O uso da tecnologia no ambiente organizacional .......................................... 37 4.3. Processamento eletrônico de dados ............................................................. 42 4.4 Administração do tempo e organização ........................................................ 46 4.4.1 Regras para um melhor aproveitamento do tempo .................................... 46 Referências bibliográficas ................................................................................. 54 4 Módulo 1: Administração: visão geral 1.1 O que é uma organização, seus modelos e significados Segundo Maximiano (1992),”uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma grande empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo de bombeiros, um hospital ou uma escola são todos exemplos de organizações.” De forma mais abrangente, podemos definir a organização como uma das funções da administração responsável por agrupar e distribuir tarefas e recursos, estabelecendo um mecanismo de comunicação entre os membros de uma empresa e permitindo que os resultados sejam alcançados de modo eficiente. Por isso, uma organização nunca pode ser vista como uma unidade pronta, acabada; mas sim como um organismo social vivo sujeito a mudanças. 5 As organizações podem ser definidas como: lucrativas ou não lucrativas. a) Organizações lucrativas são criadas para gerar bens ou serviços com o objetivo de perseguir resultados lucrativos, (empresas, indústrias, comércio). b) Organizações não lucrativas são aquelas cujo objetivo é de natureza social, (ONGs, instituições filantrópicas, fundações), sem qualquer retorno monetário. 1.2 Estrutura organizacional Estrutura organizacional é um sistema formal que distribuí as unidades funcionais de uma empresa seguindo uma hierarquia e uma lógica de comunicação departamental. Para qualquer organização, o modelo mais apropriado de estrutura organizacional é aquela que evolui à medida que as pessoas coordenam suas ações e usam os recursos disponíveis para atingir os objetivos estabelecidos. Entre os tipos de organograma encontrados, o mais usual é o organograma clássico ou vertical - conforme figura a seguir - que possui uma estrutura simplificada, deixando claro os cargos e seus níveis de hierarquia. 6 Figura 1: Modelo de Organograma - Unidades de Trabalho – Departamentos ou Cargos O objetivo de um organograma, além de servir como planta da corporação, é ilustrar de forma clara todos os departamentos existentes, para que funcionários, clientes e fornecedores tenham uma percepção das áreas de negócio e das pessoas responsáveis por cada setor. Além disso, é por meio do organograma que um funcionário consegue analisar - a partir da função executada - a trilha de carreira que ele poderá percorrer e se terá ou não oportunidade de crescimento dentro da empresa a qual atua. 1.3 Administração: conceitos De acordo com Chiavenato (1999), “a palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para), e minister (subordinação ou obediência), e significa aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, isto é, aquele que presta serviço a outro”. Atualmente, administrar empresas significa muito mais que tocar um negócio em que todos os profissionais, sejam eles técnicos ou operacionais, precisem estar envolvidos em suas atividades diárias, trabalhando com sincronismo, planejamento e foco. 7 Ao pensarmos no conceito de administração, sabemos que muitas são as definições em diferentes bibliografias, mas todas em sua base conceitual e teórica abordam um conjunto de características interligadas que buscam a obtenção de resultados no que diz respeito a atividades de planejamento, organização, direção e controle de processos - tanto no ambiente interno, como externo - em um sistema que provê recursos, assistência e restrição a um conjunto de objetivos de uma empresa. As funções descritas a seguir representam o ciclo administrativo cuja importância principal está em garantir resultados, alcançando o perfeito funcionamento de uma organização. Figura 2: As funções administrativas e suas características 8 Planejamento – o planejamento pode ser visto como uma ferramenta contínua e dinâmica que consiste em um conjunto de ações integradas que caminham para a realização de um objetivo futuro, sendo vital para um maior controle das interfaces de um projeto. Organização – de modo geral, a organização é o processo onde os recursos de uma estrutura se interrelacionam para a ordenação de um conjunto de elementos, visando facilitar processos com o objetivo de atingir os resultados pretendidos. Direção – é o processo de mobilizar um grupo de pessoas em busca de interesses em comum. Aquele que almeja tornar-se um líder precisa ter em mente que assumir esta função requer responsabilidades. Liderar pelo exemplo é adotar uma postura confiável e inspiradora para que as pessoas realizem tarefas a elas delegadas, de modo a alcançar os objetivos propostos. Controle – estando a organização devidamente planejada, organizada e direcionada é preciso que haja um controle de processos, de modo a assegurar a realizaçãodos objetivos podendo tomar medidas corretivas em tempo e quando necessário. 1.4 Habilidades de um administrador Existem pelo menos três tipos de habilidades básicas que um profissional de administração deve possuir para poder executar suas funções de maneira adequada, são elas: habilidade conceitual, habilidade humana e habilidade técnica. 9 Tabela 1: Habilidades fundamentais de um bom administrador. a) Habilidade conceitual – essa capacidade está ligada ao pensar, a ver a organização por meio de uma visão global, fazendo com que as pessoas entendam a importância do seu trabalho, buscando atingir os objetivos do todo e não apenas de um departamento ou setor. b) Habilidade humana – é a capacidade de desenvolver a liderança, de modo a manter o grupo de trabalho unido e motivado, estimulando e desenvolvendo as pessoas através de atitudes éticas e proativas. c) Habilidade técnica – esta habilidade está diretamente ligada ao uso dos conhecimentos técnicos para a execução de tarefas operacionais. Atualmente, uma empresa só consegue manter-se viva se for bem administrada. As habilidades anteriormente descritas são a chave principal de todo este processo, pois de nada adianta o administrador pensar como um executor de tarefas, se ele não tiver as competências necessárias a fim de deslocar os trabalhos operacionais para o campo da ação. 10 1.5 As empresas e seus recursos Diversas companhias compõem a sociedade e todas são constituídas por recursos humanos, materiais, financeiros, mercadológicos e administrativos objetivando o aumento da produtividade de uma maneira eficiente, eficaz e efetiva por meio da liderança e do controle de processos. Ao falarmos em recursos não estamos nos referindo apenas a valores monetários, mas sim a matérias-primas, equipamentos e colaboradores, portanto, quanto maiores forem os recursos de uma organização, melhores serão os seus resultados. Vamos a cada um deles: Tabela 2: Os recursos de uma organização Recursos Conteúdo Principal Área da Administração Materiais ou físicos Edifícios, terrenos, máquinas, equipa- mentos, instalações, matérias-primas, tecnologia de produção. Produção Financeiros Capital, fluxo de dinheiro, receita, fi- nanciamento, investimentos. Financeira Humanos Diretores, gerentes, chefes, superviso- res, funcionários, operários, técnicos. Recursos Humanos Mercadológicos Mercado de clientes, consumidores ou usuários. Marketing Administrativos Planejamento, organização, direção e controle. Geral 11 a) Recursos materiais: compreendem todos os recursos físicos disponíveis em uma organização para a produção de bens e serviços como: terrenos, instalações, maquinário, matéria-prima, insumos, entre outros. b) Recursos financeiros: compreendem todos os recursos monetários como: fluxo de caixa, fundos de investimento, financiamentos, contratos de câmbio e diversos tipos de bens. c) Recursos humanos: compreendem todas as formas de atividade humana envolvidas em uma organização, independente do nível hierárquico. d) Recursos mercadológicos: compreendem todos os recursos comerciais, desde análise de mercado, custos e formação de preço, planejamento tributário, canais de distribuição; utilizados pelas companhias para a inserção de seus produtos e serviços no mercado. e) Recursos administrativos: compreendem todas as atividades de planejamento, direção e controle, envolvendo desde a mão de obra operacional até a diretoria. 12 Módulo 2: Mercado de trabalho e empregabilidade 2.1 O profissional dos novos tempos Vivemos em um tempo de transformação em que as organizações buscam um novo tipo de profissional, com traços de personalidade que vão além de suas competências técnicas. Muitas empresas, com o aumento da complexidade global, focam seu processo de seleção na busca por candidatos com traços de personalidade que determinam se o indivíduo possui habilidades, conhecimentos e capacidades para desempenhar a função a qual está pleiteando, uma vez que entendem ser este um elemento estratégico vital para tornar a empresa lucrativa. Saber trabalhar efetivamente, executando diversas tarefas em um curto espaço de tempo, faz deste colaborador um indivíduo de alta produtividade, um fator valioso e raro. O novo profissional, conhecedor de suas próprias vontades, abandona os medos e arrisca algo além do modelo tradicional de trabalho que está ficando para trás. 13 Os funcionários do século XXI têm buscado empreender, saindo de um padrão de trabalho previsível para um modelo dinâmico que inclui mudanças de função e carreira em um universo sem fronteiras. Nesse universo, o seu “eu verdadeiro” passa a imperar nas decisões diárias, estabelecendo relações nas quais exista uma atualização constante em um intercâmbio de experiências. Com isso, as empresas precisam estar preparadas para as mudanças, adotando uma postura a quem do convencional, onde o colaborador passa a ter maior autonomia para criar, produzir e dar resultados. O profissional do século 21 Com as crescentes mudanças da tecnologia de informação nas organizações, surgiu um novo perfil de profissional no mercado de trabalho. Há não muito tempo se cobrava do funcionário apenas a realização de seu trabalho, sua tarefa específica, cabendo à empresa determinar sua atualização curricular ou não, dependendo da finalidade de tal pedido. Atualmente, o quadro é muito diferente. Cada dia mais as empresas buscam por profissionais polivalentes, especiali- zados em suas áreas de atuação. É aí que aparece o verdadeiro diferencial do novo perfil. Não adianta saber um pouco mais de cada função que sua área pode desempenhar, mas sim, ser especialista em pelo menos 2 ou 3 vertentes da mesma profissão. Os tempos são outros, o modelo de sistema de trabalho criado por Ford já não se adapta a qualquer atividade produtiva. O profissional do século 21 precisa ter uma lista infindável de qualidades, como: ser proativo, responsável, polivalente, ético, empreendedor, multitarefas, internauta assíduo, antenado com as questões que envolvem o mundo, desde a notícia mais banal até a mais importante, atualizado e constantemente intelectual etc. Além disso, saber cuidar de seu marketing pessoal, ou seja, de seu visual, linguagem de trabalho e rede de contatos (networking). 14 Neste quesito, entra a necessidade de estar ‘ligado’ às redes sociais, porque o número de marcas conectadas não para de crescer e ser um fã significa acompanhar as mudanças que acontecem dentro das organizações. Para os integrantes da Geração Y, ser ‘multitarefas’ é uma característica intrínseca. E para quem nasceu antes, permanecer nesta selva não é tarefa fácil. As empresas querem isto, profissionais que assumam desafios e queiram vencer obstáculos trabalhando em equipe em consonância com sua ideologia. Sobreviver nela só depende de você. E que tipo de profissional você é? Aonde quer chegar? Bem, se você ainda não definiu seu caminho, chegou a hora de pôr na ponta do lápis suas metas! Retirado de: <http://www.innovia.com.br/blog/2012/01/25/o-profissional-do-seculo-21/> acesso em maio/2013 2.2 Práticas de seleção 2.2.1 Carta de apresentação Você pode preencher todos os requisitos da vaga, mas se não souber se apresentar de forma adequada possivelmente não terá a chance de um encontro pessoal, ocasião em que poderá falar um pouco mais sobre a sua experiência profissional. Então como se apresentar a uma empresa? A carta de apresentação é um documento simples, que deve ser utilizado no momento do envio do seu currículo. Nela você poderá expressar quem você é e o que tem a oferecer à empresa a qual está se candidatando. Sem delongas, uma carta de apresentação deve conter informações como: quem sou, quais são as minhas experiências e o que esperodo meu futuro profissional. Redigir uma carta de apresentação não é segredo, basta seguir algumas regras básicas para a sua elaboração: 1. A carta de apresentação deve conter no máximo 20 linhas; 2. Procure sempre mencionar o nome e o cargo da pessoa responsável pelo processo de seleção - este pode ser um elemento diferenciador no momento 15 da triagem dos currículos demonstrando que você sabe com quem está falando. 3. Por ser a primeira impressão a que fica, tome muito cuidado com erros gramaticais; 4. Fique atento ao tom que será adotado em sua apresentação, demonstre entusiasmo, enalteça as suas qualidades e porque você deve fazer parte desta equipe; 5. Não informe sua pretensão salarial logo no primeiro contato, a não ser que esta seja uma exigência feita pelo recrutador. Uma boa carta de apresentação pode ser uma grande aliada no momento de fazer o seu marketing pessoal, inspire-se! São Paulo, 21 de março de 2013. À XPTO Ltda. A/C.: Elisa Fortuna Prezada Elisa, Em busca de novos desafios profissionais como auxiliar de escritório, envio currículo para análise. Entre minhas características básicas encontram-se: adaptabilidade, bom humor, di- namismo, responsabilidade, determinação, dedicação ao trabalho e bom relaciona- mento em geral. Informo ainda que estou disponível para viagens, de acordo com a necessidade da organização. No aguardo de um retorno, coloco-me desde já à disposição para prestar-lhe maiores esclarecimentos. Cordialmente, Vanessa Almeida 16 2.2.2 Como elaborar um bom currículo Vocês já devem ter lido centenas de textos sobre como elaborar um bom currículo. Este é o primeiro contato do candidato com a empresa a qual anseia trabalhar. Mas como criar um modelo de currículo atrativo? Quais informações este documento deve conter? Imaginem quantos currículos o profissional de RH recebe por dia no período em que a vaga está sendo anunciada. Incontáveis! E o que fará com que o selecionador escolha exatamente o seu entre tantos outros? Antes de começar a elaborar o currículo, você deve estar atento às informações que irá colocar nele, principalmente pela facilidade que as empresas encontram em detectar pequenas mentiras, como graduação inexistente, fluência em um idioma sem ao menos ter tido contato com a língua, entre tantas outras. 17 Lembre-se, transparência é umas das qualidades que as empresas buscam e valorizam, portanto não minta. Em relação à quantidade de informações que deverá ser detalhada, o que realmente interessa ao contratante são: ü Informações pessoais; nome, idade, estado civil, nacionalidade e, por fim, informações como telefone para contato, e-mail e endereço. Não há a necessidade de incluir o número de documentos pessoais como CPF, RG e Título de Eleitor. ü Objetivo profissional: seu objetivo profissional deverá ser descrito em apenas uma linha apresentando o cargo ou a área pretendida, por exemplo auxiliar de escritório. ü Formação acadêmica: ao apresentar a sua formação procure colocar o nome da instituição, o curso e o ano de conclusão. ü Experiências profissionais: relacione apenas as suas três últimas experiências profissionais, com um breve perfil da empresa, como: ramo de atuação e os principais resultados alcançados. Além disso, é importante citar o período de atuação envolvido, cargo ocupado e as atribuições executadas. ü Cursos extra-currículares: não esqueça de descrever os cursos aos quais participou, como: idiomas, informática, cursos livres etc. ü Trabalho voluntário: caso tenha realizado algum trabalho voluntário, cite qual foi, quando e de que maneira você atuou. ü Informações adicionais: neste espaço você poderá destacar experiências vividas no exterior ou até mesmo algum trabalho voluntário que tenha executado. 18 Pronto, use a ordem cronológica para o registro das informações. Dê preferência aos padrões básicos de fonte como Times New Roman e Arial, e se possível, evite criar um documento com mais de duas páginas. Como vimos anteriormente, recrutadores não têm tempo hábil para ler currículos tão extensos, portanto, não peque pelo excesso de informações. Modelo de Currículo Profissional Nome do Profissional Endereço Nacionalidade Cep Idade E-mail Estado civil Telefone Objetivo Profissional: Principais qualificações: Liste de 3 a 5 itens que você considera seus principais pontos fortes. Formação Acadêmica: Mencione a sua formação, o nome da instituição de ensino e o ano de conclusão do curso. Experiência profissional: Liste suas três últimas experiências profissionais, citando o nome da empresa, data de contratação e de desligamento, cargo ocupado e as principais tarefas realizadas em cada uma delas. Cursos extra-curriculares: Liste os cursos que você fez e que sejam relevantes para o seu objetivo profissional, mencionando o nome da instituição, carga horária e a data de conclusão. Trabalhos voluntários: Caso tenha realizado algum tipo de trabalho voluntário, cite qual foi, quando e de que maneira você atuou. Indormações adicionais: Aqui você pode colocar alguma outra informação que considera releante e que não foi citada ante- riormente como experiências vividas no exterior, tais como intercâmbio cultural, cursos, prêmios etc. 19 2.2.3 Modelos de processo de seleção No que diz respeito ao processo de seleção, atualmente as empresas utilizam diversas técnicas para realizar o recrutamento de seus profissionais. Entrevistas pessoais, dinâmicas de grupo, testes de personalidade são apenas alguns dos métodos aplicados para reconhecer aptidões notáveis. Vamos a alguns exemplos dessas técnicas: ü Entrevista pessoal: geralmente a entrevista é realizada pelo gestor da vaga. Este encontro entre o recrutador e o candidato é o momento mais importante do processo seletivo. O profissional terá condições de mostrar as suas habilidades e convencer o recrutador de que possui os requisitos necessários para o preenchimento da vaga. Lembre-se, ao conseguir a oportunidade de uma conversa pessoal, procure vestir-se de maneira adequada, evitando decotes, saias curtas, bermudas, cabelos e unhas descuidadas. Procure ser o mais natural possível, mas sem exageros. ü Dinâmica de grupo: a proposta das dinâmicas de grupo é criar um bate-papo entre os candidatos e selecionadores. Os assuntos são os mais variados possíveis, com o objetivo de medir os conhecimentos gerais de cada um. Muitas vezes, atividades lúdicas são propostas com o intuito de avaliar o comportamento do candidato diante do público e em situações inusitadas. Por meio da dinâmica é possível perceber como o indivíduo se comporta sob pressão, suas habilidades e conduta ética. ü Testes de personalidade: os testes de personalidade estão entre os testes mais usados no processo de recrutamento do mercado. A finalidade deste teste não é eliminar o candidato, e sim avaliar a compatibilidade entre o perfil de sua personalidade e o perfil exigido para a vaga. ü Teste de conhecimento: estes testes avaliam os conhecimentos gerais do individuo, podendo ser aplicados de forma oral, escrita ou prática. 20 2.2.4 Qual é o tipo do profissional que o mercado procura? A seleção de competências vem ganhando espaço nas organizações. Muitas empresas que desejam funcionários versáteis, conectados e donos de um espírito empreendedor focam seus processos de seleção na busca por candidatos que possuam os traços de personalidade desejados e que vão de encontro com os valores da organização. O comportamento humano é visto como uma imensa caixa de surpresas, por isso é tão comum nos depararmos com situações inusitadas dentro do ambiente organizacional. Somos passíveis de erros e, na maioria das vezes, não estamos preparados para lidar comos conflitos e pressões, tão comuns no diaadia de trabalho. Por isso, quando um processo de seleção fracassa, tanto o desempenho do funcionário como a satisfação da empresa em relação aos seus serviços são prejudicados. Mas como saber se o indivíduo está apto a ocupar determinada posição dentro de uma empresa? As competências técnicas e comportamentais só poderão ser colocadas à prova na rotina de trabalho, no entanto, segundo alguns recrutadores, é possível identificar os traços de personalidade do candidato logo no momento da entrevista. Respostas criativas frente a uma situação inesperada demonstram iniciativa e capacidade de trabalhar sob pressão, características tão valorizadas nos dias de hoje. O quadro abaixo exemplifica as habilidades que são mais valorizadas pelo mercado e que devem ser encaradas como competências a serem adquiridas ao longo de nossa vida profissional. Vamos a elas? 21 Tabela 3: As habilidades que os empregadores buscam. Superformação – A formação no en- sino superior será o básico. Pós-gra- duação, cursos técnicos, especializa- ções, participações sem seminários e workshops serão vitais para acompa- nhar as constantes mudanças. Multicultural – Mais que falar outras línguas, o profissional que tiver viaja- do e interagido com pessoas de ou- tras culturas será mais apreciado pelo mercado. Assim como ler, ouvir músi- cas novas, se informar e estar aberto ao novo e ao diferente. Útil e inovador – Inovações que vi- sam contribuir com o próximo, como um produto que auxilie comunidades carentes ou um serviço que diminua a burocracia de uma empresa, serão mais valorizadas. Pensar digitalmente– A vida acontece na frente do computador. Quem não souber usar ferramentas básicas de informática e de internet tende a ficar excluído. Transdisciplinar – A capacidade de unir diferentes competências de áreas que aparentemente não se asseme- lham e dar um novo significado a elas ajudará a arejar a criatividadedas em- presas. Autoadministração – Saber lidar com a burocracia do país e gerir as próprias contas vai ser uma questão de sobre- vivência. Muitos brasileiros terão que aprender a se organizar com a apo- sentadoria, o plano de saúde, o trans- porte e os custos com alimentação. Empreendedorismo – O Brasil é um dos campeões em empreendedoris- mo. O conceito, entretanto, deverá fa- zer parte da vida de todos, e não só dos que abrem uma empresa. Hoje, o líder empreendedor já é admirado e dispu- tado no mercado. Competências emocionais – Num mundo cada vez mais informatizado, o capital humano fará toda a diferença. E isso significa saber lidar com o outro, ter uma boa comunicação, saber se colocar e ter um espírito cooperativo. Mas e você, que tipo de profissional você é? Além dos conhecimentos técnicos, quais habilidades você possuí? 22 Se você almeja conquistar o mercado profissional, prepare-se, procure desenvolver as suas habilidades profissionais, trabalhe eventuais dificuldades de relacionamento interpessoal, questione-se, seja crítico consigo mesmo. As empresas valorizam o profissional que esteja disposto a se aperfeiçoar de modo a contribuir para a melhoria de seu trabalho. Por isso, não fique limitado a cumprir apenas as exigências da vaga. Assim como o seu perfil está sendo avaliado, avalie a empresa e havendo interesse em levar esta parceria adiante, invista principalmente na ferramenta mais valiosa que existe, você! 23 Módulo 3: Auxiliar de escritório: desempenhando a função Podemos dizer que em uma empresa existe a divisão de departamentos e que, apesar das atribuições distintas, há a combinação de esforços uma vez que os resultados, sejam eles positivos ou negativos, refletem automaticamente no todo, tendo por finalidade alcançar um objetivo coletivo, que é o sucesso de uma organização. O profissional da área administrativa, por estar na linha de frente, acaba por realizar diversas tarefas ao mesmo tempo, o que lhe confere uma característica multifuncional. Assim, neste capítulo, iremos apresentar alguns dos conceitos e habilidades, desenvolvidos em diversas áreas de uma mesma empresa, analisando a rotina de cada departamento, bem como a importância do trabalho por eles executado. Lembrando que cada empresa possui uma estrutura departamental de modo a atender as suas necessidades. 24 Para que vocês possam entender o funcionamento de uma empresa e a forma como se comunicam os departamentos, vamos usar como exemplo a loja “Vitrine das Noivas”. A Vitrine das Noivas, como em muitos fins de semana, acaba de receber a visita de uma cliente interessada em ver alguns modelos de vestido. Quem realiza o atendimento inicial é a recepcionista que,por meio de uma abordagem discreta, busca informações sobre a sua necessidade, assim como expectativas e o tipo de vestido que procura. Caso a recepcionista perceba que a cliente está realmente interessada, ela encaminhará este atendimento a equipe comercial que dará continuidade ao processo de venda. A vendedora então passa a ser a responsável por aquele processo, as dúvidas sobre o melhor vestido a ser usado em uma cerimônia que será realizada durante o dia e em local aberto foram sanadas, os custos para a locação do vestido ou até mesmo a compra foram apresentados e por fim, houve interesse em agendar a primeira prova do vestido. A vendedora então checa a melhor data com as costureiras que poderão tirar todas as medidas da noiva, realizando pequenos reparos até que o vestido dos sonhos esteja pronto para o do seu casamento. Apresentamos um exemplo de uma loja de noivas para que vocês pudessem acompanhar todos os processos realizados, a quantidade de pessoas e departamentos envolvidos para que um único objetivo seja realizado. E é desta forma que pequenas, médias e grandes empresas trabalham, cada qual em sua estrutura, de forma a suprir as suas necessidades, mas todas mantendo um processo de comunicação interligado, que seja eficaz e que gere resultados. 25 Vamos conhecer um pouco mais do ambiente organizacional e alguns dos seus departamentos com base em um modelo simples para melhor entendimento das várias funções bem como suas inter-relações. 3.1 Departamento Administrativo O Departamento Administrativo é o setor responsável pela organização dos recursos humanos, financeiros e materiais de uma empresa. Cabe a este departamento buscar os melhores resultados com o mínimo de recursos possíveis. 3.2 Departamento Financeiro A este departamento compete toda a administração e controle dos recursos financeiros de uma instituição. Além disso, é função da área financeira analisar estudos de investimento e financiamentos, elaborar orçamentos, controlar recursos de modo a prevenir os riscos. Tudo isso para que as metas estabelecidas pela alta direção sejam alcançadas e a empresa continue a se desenvolver e crescer. 26 3.3 Departamento Pessoal O Departamento Pessoal é a área responsável pela equipe de funcionários de uma empresa. Este departamento possui basicamente três atribuições distintas: recrutar, manter e desligar colaboradores de acordo com a necessidade da organização. a) Recrutamento de pessoal: cuida de todo processo de contratação de um indivíduo, desde a etapa de seleção, onde é feita a triagem de currículos, entrevista pessoal, aplicação de testes, até o processo administrativo e jurídico de integração do candidato junto à empresa. b) Compensação de pessoal: após ser feita a integração do colaborador, é dado início ao controle de processos administrativos, como: pagamento de salário e demais benefícios - vale alimentação ou refeição, vale transporte, convênio médico, bem como o recolhimento de tributos decorrentes do registro CLT – Consolidação das Leis do Trabalho. c) Desligamento depessoal: está ligado a todo o processo de rescisão e quitação de débitos trabalhistas. 27 3.4 Departamento de Marketing Além de facilitar o trabalho executado pela equipe de vendas, o Departamento de Marketing busca satisfazer as necessidades do consumidor por meio de um produto ou serviço e do conjunto de valores a eles associados. As funções executadas pelo marketing variam de organização para organização. Geralmente, a função deste departamento consiste em: mapeamento de mercado, análise da concorrência, desenvolvimento de planos estratégicos e de comunicação, desenvolvimento de produto, além da elaboração de portfólio etc. Dependendo do porte da organização, esta tarefa pode ser executada por uma ou mais pessoas, sendo de extrema importância a sua comunicação direta com a área de vendas, responsável por coletar todas as informações de mercado em beneficio da empresa. 3.5 Departamento Comercial O Departamento Comercial, também conhecido como Departamento de Vendas, é a área responsável por colocar em ação todo o planejamento estratégico desenvolvido pelo Departamento de Marketing. 28 As funções da área comercial estão relacionadas à comercialização e à venda de produtos e serviços, definindo a área de abrangência da empresa, realizando o agendamento de visitas técnicas, controlando os serviços administrativos e de distribuição, negociando prazos, acompanhando o nível de satisfação dos clientes, além de acompanhamento de budget junto à diretoria da empresa. 3.6 Departamento de Compras O Departamento de Compras ocupa uma posição estratégica dentro de uma organização. Épor meiodeste departamento que são determinadas as compras de materiais com a melhor relação custo x benefício. Além disso, é papel da área receber e analisar as requisições de compra, selecionar as melhores fontes de fornecimento, negociar termos e condições de pagamento, adquirir mercadorias de qualidade e com as quantidades necessárias bem como negociar prazos de entrega. Prazos de entrega não cumpridos podem gerar sérios problemas para os departamentos de produção e vendas, mas é papel do Departamento de Compras reduzir o número de problemas assim como gerar lucros e diminuir prejuízos. 29 Módulo 4: Comportamento no ambiente organizacional Ao utilizarmos a expressão comportamento organizacional estamos nos referindo ao estudo do comportamento de indivíduos díspares dentro de um ambiente empresarial, ou seja, pessoas com características, costumes e personalidades diferentes lidando umas com as outras em prol de um objetivo em comum, o sucesso de uma organização. Em uma empresa existe um universo complexo de comportamentos humanos que podem ou não afetar a conduta de um profissional. Lidar com pessoas é uma tarefa que exige bom senso e maturidade pessoal, mas nem sempre é isso o que vemos. 30 Pare para pensar, reflita sobre o seu ambiente de trabalho e as diferenças nele encontradas, aquele colega que tem dificuldade em somar experiências, o chefe que espera atingir resultados pressionando sua equipe, a recepcionista que atende ao telefone com voz de tristeza ou mesmo desânimo. Este cenário lhe soa bem familiar não é mesmo? Pois é justamente isso o que encontramos em muitas empresas. Os principais inimigos presentes em um ambiente organizacional são os problemas de relacionamento interpessoal, a falta de uma comunicação eficiente, a instabilidade emocional e as atitudes negativistas que muitas vezes contaminam o todo. Ao falarmos em conduta pessoal, é praticamente impossível estereotiparmos um modelo de comportamento ideal, principalmente pela diversidade social, cultural, etária etc., que encontramos no ambiente de trabalho. Talvez o modelo de funcionário perfeito seja aquele que além de ser pontual, responsável e criativo, enfrente os problemas do dia a dia sem deixar a “batata quente” para terceiros. Como pensar que figuras humanas tão díspares podem ser submetidas às mesmas práticas de liderança? Muito se fala em comportamento organizacional, porém, em termos concretos, quando se utiliza essa expressão, estamos nos referindo ao comportamento da própria organização ou das pessoas que a compõem? 31 Segundo Marco Antonio Oliveira, mestre em antropologia social, as duas interpretações são perfeitamente válidas. O comportamento organizacional está relacionado às ações que são exercidas pela empresa e sua gestão que, por sua vez, é constituída de indivíduos e marcada por regras internas com relação ao mercado, à concorrência e aos seus stakeholders. “Existe um universo de complexos comportamentos humanos dentro das organizações. Por dentro, elas pulsam intensa e continuamente por conta das ações e reações das pessoas, pelos relacionamentos que se dão entre elas e pelas interpretações que são atribuídas a essas condutas”, explica Marco Antonio, que também é autor do livro Comportamento organizacional para a gestão de pessoas (Editora Saraiva). É possível separar o comportamento individual do comportamento organizacional quando se ocupa um cargo de gestão? É possível e necessário. O gestor administrará muito melhor uma situação quando for capaz de distinguir quando a pessoa que se comporta em função de suas próprias inclinações ou age dentro de um padrão comportamental aceito e reforçado pela própria coletividade. Por exemplo, imaginemos um caso de assédio moral no ambiente de trabalho: um supervisor trata grosseiramente uma colaboradora, humilhando-a na frente dos colegas. Em qualquer caso, esse é um comportamento reprovável, é óbvio. Mas a maneira de encará-lo e tratá-lo será claramente diferente se essa conduta for um episódio isolado no comportamento de um supervisor da empresa ou uma conduta que é comum entre os supervisores em geral. No primeiro caso, o que temos é um supervisor precisando de counseling(ou até de psicoterapia); no segundo, vemos a repetição de um padrão cultural interno. É um caso de antropologia organizacional, situações distintas pedem abordagens distintas. 32 Quais são as maiores dificuldades enfrentadas por executivos na gestão de pessoas em termos de comportamento? Liderar e gerir pessoas sempre foi uma missão complexa, exigindo muito bom senso, competência, maturidade pessoal. Mas é verdade que, hoje, os gestores enfrentam diversos tipos de situação que simplesmente não existiam em nível relevante na gestão de pessoas há 40, 30 ou mesmo 20 anos. Por exemplo, atualmente é crucial a questão da diversidade social interna de uma empresa. Como se pode pensar que duas figuras humanas tão díspares podem ser submetidas às mesmas práticas de liderança, motivação, remuneração, educação corporativa etc.? Outra questão importante refere-se às relações políticas internas. Da empresa participam gestores que têm interesses, ideários pessoais e níveis de poder bastante distintos, que muitas vezes entram em choque e, outras vezes, aliam-se. Como mediar essas relações políticas? Em muitas empresas trata-se de um papel importantíssimo do diretor de RH. Qual a diferença entre o comportamento do gestor e o comportamento da companhia? Quanto mais alto seu nível na hierarquia, maior é a responsabilidade do gestor como um representante da companhia. Para o bem e para o mal, o presidente de uma empresa continua sendo presidente em todos os locais e em todas as horas, independentemente de estar ou não “a serviço”. Recentemente, vimos no jornal pesadas críticas ao presidente da BP, que estava em férias, em seu iate, enquanto o poço de petróleo de sua companhia vazava, poluindo o Golfo do México. Mesmo que naquele fim de semana houvesse profissionais altamente especializados no local do acidente, o que as pessoas queriam era que ele estivesse fisicamente presente no Golfo do México, em cima de uma plataforma de petróleo,por mais irracional que a imagem possa ser. Se um supervisor de uma área de produção fica bêbado e briga no bar da esquina num sábado à tarde, quando está de folga, provavelmente a repercussão disso para a companhia em que trabalha é nula. Quando, porém, se trata do comportamento do gestor no ambiente de trabalho, junto a sua equipe, todo comportamento - louvável ou reprovável - é relevante, em maior ou menor grau, dependendo do número de pessoas que esse gestor comanda, da gravidade de seu ato, da durabilidade de seus efeitos sobre as pessoas e da imagem e do nível de poder que esse gestor tem na empresa 33 Como deve ser definido o comportamento organizacional ideal? Quando se trata da conduta das pessoas, é praticamente impossível precisar um comportamento “ideal”. Ideal é o comportamento que cumpre ao mesmo tempo múltiplos e importantes fins ou propósitos - é aquele comportamento que resolve o problema que a empresa está enfrentando no momento; previne seu reaparecimento no futuro; leva as pessoas envolvidas a se sentirem bem agora e a não se arrependerem, no futuro, daquilo que estão fazendo; estabelece um princípio aplicável, isto é, aponta um caminho para a solução de problemas semelhantes que possam aparecer mais tarde; não deixa uma “batata quente” para terceiros, que mais tarde tenham de pagar a conta. O gestor deve ser capaz de perceber essas nuanças todas numa situação que quase sempre é complexa. Quais os prós e os contras de ter diferentes personalidades no ambiente corporativo? Definitivamente, a diversidade social, cultural, etária, étnica, de gênero etc. no ambiente de trabalho é um trunfo, não uma dificuldade. As empresas precisam mais do que nunca de novas ideias, soluções originais, formas inovadoras de atuar para competir. Como podem conseguir isso promovendo a padronização e a mesmice nos comportamentos de seus quadros? É claro que é mais complexa a administração dessa diversidade interna: para cumpri-la bem, os gestores precisam ser mediadores éticos, ouvintes sensíveis e tomadores de decisões inteligentes, além de outras qualidades. E as empresas geralmente não têm uma quantidade apreciável de gestores tão bons assim. Mas, também isso é um problema para o gestor de RH resolver, não? Como alinhar todos os indivíduos ao mesmo comportamento organizacional e quais os benefícios para a empresa e o negócio? Alinhar os indivíduos com o ideário (missão, valores, princípios, políticas) da organização é fundamental. Os esforços de todos devem, idealmente, ser dirigidos num sentido único - a própria sobrevivência da empresa depende disso. Todavia, alinhar todos com um mesmo ideário não significa padronizar comportamentos. Pensemos numa organização que valorize, digamos, a inovação (diversas delas têm isso em sua coleção de valores ou princípios). 34 Não existe um único modo aceitável de atender a esse item do ideário, muito ao contrário. De fato, inovar também significa, entre outras coisas, descobrir, inventar ou criar novas maneira de inovar! É necessário que a empresa tenha condições de desenvolver um amplo repertório de diferentes interpretações comportamentais de um mesmo enunciado de valor, seja ele inovação, foco no cliente, ética no trabalho ou qualquer outro: de quantas maneiras diferentes é possível pôr em prática esse valor? O entendimento do comportamento organizacional também possibilita identificar os profissionais que precisam de aprimoramento bem como mapear talentos para um melhor aproveitamento das competências do grupo. Retirado de:<http://www.revistamelhor.com.br/textos/0/bem-comportado-225207-1.asp> acesso em maio/13. Ao lermos este texto, entendemos que para entender o comportamento organizacional é de suma importância na manutenção e prevenção de pessoas, uma vez que confere aos líderes o poder de prever e evitar problemas de relacionamento individual ou coletivo. Entre os níveis de estudo do comportamento organizacional estão o nível individual e o nível grupal. Mas o que significa cada um deles? Nível individual – É aquele que estuda o comportamento do colaborador individualmente, ou seja, suas expectativas, habilidades e competências. Nível grupal – No estudo grupal analisa-se a formação dos grupos de trabalho, o papel desempenhado por eles e a interação uns com os outros. 35 4.1 Trabalho em equipe O trabalho em equipe surgiu a partir do momento em que foi identificado que ao trabalharem juntas, as pessoas somam ideias, trocam experiências e, na maioria das vezes, concentram as suas energias em busca de um mesmo objetivo, o sucesso da organização. Nem todas as empresas conseguem formar grupos cooperativos. Na maioria das vezes, o que vemos são as diferenças de personalidade sobressaindo, onde cada um está preocupado com as suas próprias metas individuais. A verdade é que ninguém consegue aprender e crescer sozinho, a todo momento estamos rodeados por pessoas que nos fazem crescer por meio da troca de experiências, por isso é tão importante aprendermos a lidar com as diferenças. Trabalhar em equipe não é apenas agrupar pessoas buscando somar ideias, trabalhar em equipe é respeitar o limite do outro, é estar pronto para dar e receber críticas, é chegar aonde sozinhos não chegaríamos. Dicas para um bom trabalho em equipe: 1. Não fazer fofocas: evite fazer críticas ou comentários a respeito de um colega de equipe, isto pode criar conflitos além de um clima desagradável e completamente desnecessário. 2. Trabalhe em equipe: o trabalho deve ser planejado e executado em equipe sem que um ou outro participante abra mão das suas responsabilidades, o que certamente iria comprometer o cronograma definido pelo grupo. 36 3. Seja tolerante: levando em conta que o grupo está no mesmo barco, não há porque ocupar uma posição imparcial ou até mesmo rude. Se os resultados não caminham da forma planejada, isto é um reflexo da má administração do grupo e não de um indivíduo isolado. Portanto, seja cortês, humilde, proativo, ajude no que puder para que os resultados sejam alcançados e o mérito deste sucesso seja comemorado pela equipe. 4. Solucione conflitos: divergências de ideias são muito comuns, principalmente em um ambiente onde não há laços afetivos ou até mesmo afinidades. Dificuldades irão ocorrer, procure resolvê-las de imediato, sem abrir espaço para ressentimentos, evitando aquela famosa bola de neve que tanto nos prejudica no dia a dia. 5. Cultive relacionamentos: uma boa rede de relacionamentos torna o trabalho prazeroso e produtivo, o que lhe renderá bons resultados e muito provavelmente lhe proporcionará cargos mais importantes e de maior responsabilidade. 6. Respeite a diversidade: todas as diferenças devem ser respeitadas, sejam elas de ordem social, cultural ou profissional. No âmbito empresarial, assim como no pessoal, as barreiras do preconceito não devem existir, isto torna os relacionamentos ruins e afeta diretamente o convívio entre as pessoas. 7. Não aponte o erro alheio: críticas são sempre bem-vindas desde que sejam construtivas e tenham um fundamento. É muito feio e antiético desvalorizar o trabalho de alguém, se porventura o erro do colega comprometer o rendimento do grupo, converse, oriente e busque resultados em parceria. Acredite, o trabalho em equipe dá certo! Se você teve experiências conflitantes em seu ambiente organizacional, procure fazer uma análise do seu comportamento e dos colegas da equipe. Identifique possíveis erros de comportamento, deslizes, frases soltas que poderiam ser poupadas e não foram. Muitas vezes, ceder é a melhor saída, e nessa escola acabamos aprendendo mesmo sem querer. Então, faça uma leitura dessas valiosas dicas. 37 4.2 O uso da tecnologia no ambiente organizacional a. O que é informação? Utilizada em grande escala narotina administrativa das organizações, a tecnologia passou a ser vista como uma ferramenta estratégica capaz de oferecer inúmeros benefícios à equipe que trabalha em função de um único objetivo: a busca por resultados. Atualmente, a tecnologia passou a ser parte integrante e indispensável do ambiente organizacional, sendo utilizada de forma inteligente pelos diferentes níveis hierárquicos, oferecendo diversas vantagens aos usuários conectados a uma rede, disponibilizando maiores recursos, interligando pessoas e possibilitando uma comunicação mais abrangente e eficaz. Os computadores e dispositivos móveis tornaram-se peças-chave no mundo moderno. Sem eles, as empresas não conseguiriam sobreviver ao mercado competitivo, tornando-se decadentes e retrogradas. 38 A figura representa o reflexo de uma transição entre a Era Industrial e a Era da Informação e do Conhecimento. A agilidade para as mudanças e o aumento contínuo da produtividade são características importantes para o êxito de uma organização, hoje e nos próximos anos, por isso é tão importante inovar. Comprovadamente, empresas que investem na modernização têm desempenho de negócios duas vezes maior que as empresas que não se arriscam ao novo. A importância da Tecnologia de Informação nas organizações A sociedade atual caracteriza-se por alto grau de competitividade. As organizações contemporâneas estão inseridas nesse meio; entretanto, a diferenciação torna-se um fator fundamental ao desenvolvimento de suas atividades. O objetivo dessa variação está presente na atividade de elaboração de estratégias. A diferenciação consiste em distinguir o produto perante os clientes, criando algo que seja considerado exclusivo do mesmo. O ambiente de negócios requer esforços na busca pela qualidade, o que constitui fator importante para uma organização que objetiva a caracterização de seus produtos ou serviços como únicos. Sendo a Tecnologia da Informação (TI) definida como um conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação, é necessário fazer uso dos recursos de TI de maneira apropriada, ou seja, é preciso utilizar ferramentas, sistemas ou outros meios que façam das informações um diferencial competitivo. 39 A nova economia mundial, baseada na Tecnologia de Informação, requer das organizações um conhecimento para coletar, trabalhar, interpretar e gerenciar este recurso. O desenvolvimento e o domínio destas habilidades serão fundamentais para as organizações buscarem uma posição melhor no mercado em relação aos seus concorrentes, sendo necessário um engajamento na constante busca por inovação. Em contrapartida, as organizações que resistirem à economia da informação serão facilmente vencidas pela concorrência. É importante ressaltar que altos investimentos em tecnologia da informação não são suficientes para gerar vantagem competitiva. Uma maior capacidade de uma empresa diante de seus concorrentes só será obtida por meio do uso inteligente da TI, ação que se concretizará com o real uso deste recurso estratégico, sob a ótica da lucratividade e competitividade empresarial. Fonte: disponível em<http://geoeasy.com.br/blog/?p=567> acesso em maio/13. Como vimos, a Tecnologia de Informação está entre os componentes mais importantes na rotina de uma empresa, sendo usada de forma intensa, tanto em nível estratégico como operacional. Para os leigos, a tecnologia se resume a troca de e-mails, planilhas eletrônicas e sistemas operacionais, quando na verdade é um grande conjunto de operações que servem como ferramentas auxiliares na administração de uma empresa. A TI, termo usualmente conhecido, é responsável pela gestão e pelo armazenamento de dados de modo a gerar informações que servirão como auxílio na tomada de decisão bem como outras funcionalidades. 40 Suponha que não estivéssemos vivendo em plena era digital, que as empresas não possuíssem um sistema integrado para seu devido gerenciamento e troca de informações. Que tudo fosse distribuído em papéis, anotações e envio de mensagens por cartas. Pois é, impossível imaginarmos a nossa vida sem essa facilidade, muito provavelmente nos perderíamos entre processos o que colocaria em risco o funcionamento e a manutenção das empresas. Com a competitividade do mercado contemporâneo, é preciso agilidade na informação, consistência de dados e a separação do que é informação real e abstrata. A partir dessa seleção, os gestores terão condições de tomar decisões sem que para isso haja um alto risco. A informação sempre foi vista como uma peça importante para o bom funcionamento de uma organização, sendo assim, as empresas – independente do tamanho e setor de atuação - devem avaliar com mais seriedade o potencial da tecnologia em suas operações, uma vez que a concorrência nos obriga a estar um passo à frente, respondendo de forma positiva a todos os desafios impostos pelo mercado. Por ser a informação peça-chave, ela deve ser rápida, precisa e estar disponível a todos os setores de uma empresa, desde o chão de fábrica - no controle da produção - à alta cúpula -no contato com parceiros, clientes e investidores. 41 A tecnologia com o uso do telefone e e-mail, por exemplo, tem demandado novas práticas, oferecendo comodidade, como vocês poderão ver na figura. É sentido que o uso da tecnologia agrega agilidade aos processos, facilitando enormemente as comunicações. Vale ressaltar a importância do contato humano principalmente quando o assunto é relacionamento, seja ele com o cliente, potencial cliente, fornecedor, prestador de serviço ou até mesmo o contato direto entre líderes e seus subordinados. Esta troca de “energia” jamais será substituída pela tecnologia. Sabemos que o mercado está cada vez mais dinâmico, mas será que estamos preparados para tanta mudança? Você sabe como funciona um computador? Consegue manuseá-lo sem dificuldade? Vamos nos aprofundar um pouco mais. 42 4.3. Processamento eletrônico de dados Podemos definir a informática como a ciência que trata e estuda informações. O computador é uma máquina capaz de receber, armazenar e processar informações de forma ágil e automática. Os dados transmitidos por um computador estão em formato de pulsos elétricos, os quais representam um bit. O bit é a menor unidade de medida de transmissão de dados usada pela informática. A seguir, uma tabela com a representatividade das unidades de medidas usadas na área de Tecnologia da Informação. Unidade Representa 1 bit 1 pulso elétrico 1 byte 8 bits 1kilobyte 1024 bytes 1 megabyte 1024 kylobites 1gibabyte 1024 megabytes Já a parte física de um computador é dividida da seguinte forma: ü Dispositivos de entrada: são os equipamentos que permitem a inserção de dados no computador, como o mouse, teclado, scanner, câmera digital. 43 ü Dispositivos de saída: são os dispositivos que devolvem ao usuário as informações processadas como o monitor, caixa de som, impressora. ü Dispositivos de armazenamento; disco rígido (HD), pen drive, Cd-rom. ü Processamento: processador, memória RAM. 44 Os dispositivos de armazenamento e processamento são representados pelo hardware, que nada mais é que a parte física de um computador com seus componentes eletrônicos, como fios, placas, correntes ou qualquer outro material físico que seja necessário para que um computador funcione, permitindo a entrada, o processamento e a saída de informações. O software é classificado como a parte lógica do sistema operacional cuja função é fornecer instruções para o hardware. Podemos classificar os softwares de três formas: 1. Sistema operacional: conjunto de informações processadas pelo sistema interno de um computador que permite a interação da parte operacional de um computador com os demais dispositivos comoteclado, mouse e impressora. 45 2. Aplicativos de escritório: conjunto de ferramentas que permitem a criação de documentos, planilhas, apresentações entre outros. Os aplicativos mais comuns disponíveis atualmente são os que fazem parte do Pacote Office: Word, Excel, Power Point etc. São usados com muita frequência na rotina administrativa de uma empresa. Microsoft Word – O Microsoft Word é um editor de textos que permite a elaboração de relatórios, atas de reuniões, cartas comerciais, propostas, entre outros. Excel– O Excel é um programa de planilha eletrônica que permite o controle de dados financeiros através de suas fórmulas como também a criação de gráficos. Power Point – O Power Point é um programa muito utilizado pelas empresas para a criação e edição de apresentações gráficas. 46 3. Software de aplicação: são programas/sistemas específicos, desenvolvidos especialmente para uma determinada área de atuação como arquitetura, contabilidade, design, entre outros. O uso de soluções tecnológicas varia de acordo com o perfil da empresa que trabalha voltada para o mercado. Muitas empresas estão fazendo investimentos significativos em tecnologia, portanto, em breve será quase inevitável ficar fora dela. Diante deste novo modelo de negócio, os funcionários que não conseguirem se adaptar às condições favoráveis e desfavoráveis deste ambiente devem buscar o seu aperfeiçoamento profissional ou reconsiderar a hipótese de em breve estarem fora do mercado de trabalho. 4.4 Administração do tempo e organização 4.4.1 Regras para um melhor aproveitamento do tempo Nos queixamos da falta de tempo, mas a verdade é que sempre há tempo para as coisas que julgamos importantes em nossas vidas. A dificuldade está em priorizar tarefas de modo que todas sejam executadas por ordem de importância, logo, o problema não é a falta de tempo, e sim a maneira como utilizamos o tempo a nosso favor. 47 O conceito do tempo é algo que tem desafiado povos como os maias e egípcios em seus calendários baseados nos astros e na matemática. Mas o que significa gestão do tempo? Podemos dizer que a gestão do tempo é como adotar um sistema que nos ajude a ter um controle sobre as horas do dia de modo a equilibrar as tarefas que desempenhamos, suprindo as nossas necessidades, seja em âmbito profissional ou pessoal. Para que tenhamos controle do nosso tempo, é preciso primeiramente realizar uma análise de como nos sentimos a respeito das horas desperdiçadas, buscando criar um mapeamento dos pontos críticos, o que nos levará a refletir e buscar soluções. Quantos de nós já sofremos de insônia, pressão alta, dores musculares, pro- blemas decorrentes do estresse e de um sistema imunológico enfraquecido? Na atual era digital as pessoas passam cada vez mais tempo conectadas. O fácil acesso à internet, redes sociais, jogos e aplicativos nos tornam reféns da tecnologia e nos consomem um tempo precioso. Passamos ao menos 50% do nosso tempo trabalhando, isto sem considerar o tempo que gastamos no deslocamento entre a nossa casa e o trabalho. Em contrapartida, usamos boa parte do nosso tempo em atividades online, seja nos smartphones ou nos computadores, criando uma dependência que nos faz perder a visão para tudo aquilo que acontece a nossa volta. 48 As pessoas mais bem-sucedidas reconhecem que o gerenciamento do tempo é um apoio fundamental para o cumprimento de metas. Inclusive, em muitas organizações o número de horas trabalhadas está associado ao desempenho do funcionário, assim como o não cumprimento de prazos está associado a perdas financeiras. Mas como podemos planejar e gerenciar as nossas atividades diárias? No passado, o empregado executava atividades específicas, de forma quase manual, onde o único meio de comunicação era o telefone fixo e fax. Hoje em dia ele tem múltiplas atividades, utiliza ferramentas automatizadas que estão sujeitas a panes eventuais e tem uma exposição pessoal cada vez maior, devido à diversidade dos meios de comunicação disponíveis (celular, e-mail etc.). Essa nova realidade desvia o empregado daquilo que realmente importa, fazendo com que fique boa parte de seu tempo envolvido em questões que muitas vezes são consequência de problemas que não dizem respeito ao seu trabalho. Mas, você pode começar a mudar isso a partir de três ações: ü Fazendo um planejamento das suas atividades; ü Utilizando um tempo mínimo na execução de tarefas que não são importantes; ü Assumindo uma postura objetiva em tudo que faz. 49 Levantamento das atividades: Antes de qualquer coisa, você deve fazer uma lista com todas as suas atividades, não importando a frequência com que elas aconteçam (diária, mensal, anual etc.), acrescentando o tempo necessário para execução de cada uma delas, não importando o quanto (15 minutos, 2 meses etc.). O importante é não se esquecer de nenhuma. Alguns exemplos: ü Leitura de e-mails; ü Resposta para os e-mails lidos; ü Atendimento telefônico; ü Atendimento das solicitações feitas por e-mail, telefone, etc.; ü Atendimento das solicitações urgentes; ü Preenchimento de formulários; ü Confecção de relatórios de acompanhamento para seu chefe; ü Atividades ou projetos com prazo de entrega; ü Planejamento das atividades; ü Reuniões. Classificação das atividades Depois, você deve classificar essas atividades em duas categorias: ü Importantes: são aquelas que você tem obrigação de fazer. É aquilo que seu chefe ou cliente espera que você faça. Existe uma tendência a se achar que as atividades de controle (preenchimento de formulários ou planilhas de acompanhamento, por exemplo) não são importantes. Por isso, normalmente, não são planejadas e acabam sendo consideradas como atividades improdutivas ou indesejadas. No entanto elas são atividades importantes. 50 ü Paralelas: são aquelas que, embora façam parte do seu dia-a-dia, não são o foco do seu trabalho. Ou porque elas são consequência de outros problemas que devem ser resolvidos, ou porque existe outra pessoa para executá-las. Após o levantamento e classificação das suas atividades, verá que: ü Você faz muita coisa; ü Existem várias atividades que você considerava como indesejadas, mas na verdade elas são parte importante do seu trabalho. ü Existem muitas atividades paralelas que você gasta um tempo enorme para executar, muitas vezes, em detrimento daquelas importantes. Organização das atividades Agora, aplique as três ações citadas anteriormente: ü Planeje as atividades importantes: tenha o prazo de entrega (data ou hora) e o tempo necessário para a execução de cada uma; ü Não gaste tempo em atividades paralelas: crie estratégias para executá- las no menor tempo possível. Seja objetivo: ü Organize seu ambiente de trabalho, não somente a sua mesa e livros, mas o seu computador. Perde-se muito tempo procurando informações; ü Não deixe a caixa de e-mails aberta. Estabeleça horários para ler e responder as mensagens; 51 ü Responda os e-mails de forma objetiva e detenha-se apenas ao assunto principal (não acrescente outros assuntos); ü Ao telefone, seja breve. Indique outras pessoas que possam ajudar ou marque uma reunião se o assunto é mais complexo; ü Não faça o trabalho que não é de sua responsabilidade. Apenas oriente; ü Delegue o que for possível; ü Cuidado com a mania de perfeição. Fazer algo bem feito, mas fora do prazo, pode ser pior do que fazer algo que precise de algum ajuste, mas dentro do prazo. Fazendo isso, você direcionará seu tempo, de forma organizada, para o que realmente importa, aumentando as chances de cumprir seus prazos e diminuindo aquela sensação de improdutividade. Disponível em: <http://empregoenegocio.com.br/administracao-do-tempo-no-trabalho/>acesso em maio/13. Viram? A flexibilidade determinará o nível de auto-organização de um indivíduo. Assim como gerenciamos nosso tempo nos momentos de lazer para ir ao cinema, viajar, ir a um teatro, é preciso que usemos esta mesma organização em nossa vida profissional, e isto também diz respeito à equipe de trabalho, pois de nada adianta organizarmos as nossas atividades se o colega de profissão não colabora para que o expediente seja tão produtivo quanto propomos ser. Não deixe o que pode fazer hoje para amanhã, não perca tempo com atividades necessárias e sem objetivos. Lembre-se, gerencie seu tempo para que ele trabalhe a seu favor! 52 Considerações Por meio deste estudo foi possível aprender que as organizações tem se tornado cada vez mais empreendedoras, adaptáveis e modernas. Pois é com essa crescente mudança no mundo dos negócios que surge um novo perfil de profissional cada dia mais polivalente e especializado em sua área de atuação, com traços de personalidade que vão além de suas competências técnicas. O profissional do século 21 precisa ter uma lista infindável de qualidades como: ser proativo, responsável, polivalente, ético, empreendedor, multitarefas e antenado com as questões que envolvem o mundo. Mas o que é organização e qual a importância deste profissional nesta estrutura? Vimos que a organização é como uma das funções da administração responsável por agrupar e distribuir tarefas e recursos, estabelecendo um mecanismo de comunicação entre os membros de uma mesma empresa, permitindo que os resultados sejam alcançados de modo eficiente. Ao pensarmos no conceito de administração, verificamos que muitas são as definições sobre o assunto e que todas abordam um conjunto de características interligadas. Elas buscam a obtenção de resultados no que diz respeito a atividades de planejamento, organização, direção e controle de processos em um sistema que provê recursos, assistência e restrição a um conjunto de objetivos de uma empresa. Entendemos que para tudo funcionar direito é preciso manter uma ordem coerente de processos que são desenhados dentro de uma estrutura organizacional, sendo representados por um organograma que distribuí as unidades funcionais, seguindo uma hierarquia e uma lógica de comunicação entre lideres e colaboradores. 53 Diversas companhias compõem a sociedade e todas são constituídas por recursos humanos, materiais, financeiros, mercadológicos e administrativos objetivando o aumento da produtividade de uma maneira eficiente, eficaz e efetiva por meio da liderança e do controle de processos. Apesar da divisão de departamentos e das atribuições distintas, é muito comum encontrarmos na rotina de trabalho uma combinação de esforços entre seus membros. Vimos que para ser um bom profissional de administração, é preciso possuir ao menos três tipos de habilidades básicas, são elas: habilidade conceitual, habilidade humana e habilidade técnica. Uma empresa só consegue se manter viva se for bem administrada e as habilidades descritas são a chave principal de todo este processo, pois de nada adianta o administrador pensar como um executor de tarefas, se ele não tiver as competências necessárias para deslocar os trabalhos operacionais para o campo da ação com o propósito de atingir metas e trazer resultados ao grupo. Em se tratando de comportamento organizacional, sabemos que este é um estudo relacionado às ações que são exercidas pela empresa e sua gestão. 54 Referências bibliográficas ALBERTIN, A. L. Administração de informática: funções e fatores críticos de sucesso. Atlas, São Paulo. 2004. CHIAVENATO, I. Administração nos Novos Tempos, 2º ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. DRUCKER, Peter F. Introdução à administração. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002. KOTLER, Philip; HAYES, Thomas; BLOOM, Paul N; Marketing de Serviços Profissionais – Estratégias Inovadoras para Impulsionar sua Atividade, sua Imagem e seus Lucros. São Paulo: Manole, 2002. MAXIMIANO, ANTONIO CESAR A. Introdução à administração. 3ª ed., São Paulo, Editora Atlas, 1992. ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
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