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ANATOMIA TOPOGRFICA DO MEMBRO SUPERIOR

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
1 
 
www.medresumos.com.br 
 
 
ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO MEMBRO SUPERIOR 
(Professor Roberto Guimarães Maia
†
) 
 
 Os membros superiores constituem a parte apendicular mais cranial do corpo humano, bem como de outros 
bípedes. Diferentemente dos membros inferiores (MI), destinados majoritariamente à função de estabilidade e 
movimentação do corpo, os membros superiores são especializados na realização de movimentos amplos ou delicados, 
como manipular objetos, escrever, utilizar um instrumento musical, acariciar, golpear, etc. Estas funções são permitidas 
graças as suas propriedades articulares e musculares, associadas ao componente muscular e ósseo, de modo que 
juntos, formem um conjunto instável, capaz de realizar, de forma competente, todas essas funções. 
 Por possuírem um desenvolvimento bastante semelhante, os membros superiores e inferiores apresentam 
inúmeras características em comum, bem como são dotados de funções bastante peculiares no intuito de melhor 
adequar o indivíduo no meio em que este está situado. Ao passo em que perde em estabilidade, o membro superior 
ganha mobilidade e habilidade de realizar movimentos complexos, bem como adaptar o formato ideal da mão para 
certas circunstâncias. Estas características são proporcionadas, entre outros fatores, a partir da ligação entre os 
membros e o esqueleto axial, ou seja, o cíngulo do respectivo membro determina de forma importante na instabilidade 
ou estabilidade da estrutura: o cíngulo do membro inferior é composto por dois ossos do quadril unidos anteriormente 
pela sínfise púbica e posteriormente pelo osso sacro, de forma que este cíngulo seja representado por um anel rígido e 
completo, garantindo as devidas características ao membro inferior; já o cíngulo do membro superior, formado pelas 
escápulas posteriormente e pelas clavículas anteriormente, constitui um anel incompleto (ou em forma de C), uma vez 
que apenas as clavículas estão ligadas diretamente ao esqueleto axial (por meio do manúbrio do esterno), enquanto que 
as escápulas navegam da parte dorsal do tórax, sem manter contato direto com o esqueleto axial, apenas por meio de 
uma articulação fisiológica ou funcional (constituída apenas por músculos). 
 Para seu estudo topográfico, o membro superior 
pode ser dividido nos seguintes segmentos: 
 Ombro: segmento mais proximal do membro 
superior, o ombro é construído sobre a metade do 
cíngulo do membro superior, intercalando a região 
cervical ínfero-lateral e o tronco. Como vimos, o 
cíngulo do membro superior representa um anel 
ósseo incompleto uma vez que é formado 
anteriormente pelas clavículas (unidas por meio do 
manúbrio do esterno) e posteriormente pelas 
escápulas (que não são unidas entre si). 
 Braço: segmento mais longo do membro superior, o 
braço estende-se do ombro ao cotovelo, unindo-os. 
Apresenta como arcabouço ósseo exclusivo o osso 
úmero, mais longo osso do MS. 
 Antebraço: segundo segmento mais longo do 
membro superior, o antebraço, por sua vez, 
estende-se do cotovelo ao punho, unindo-os. 
 Mão: segmento mais curto e distal do membro 
superior, apresenta como arcabouço ósseo as 
estruturas que correspondem ao carpo, metacarpo e 
falanges (ossos dos dedos). Apresenta regiões 
particulares como o punho, palma, dorso e dedos 
(incluindo o polegar). 
 
 Para um melhor entendimento, de modo a 
proporcionar um estudo mais didático do membro superior, 
faremos agora uma visão sistêmica dos componentes 
pertinentes ao referido membro, ou seja: suas estruturas 
ósseas, musculares, nervosas e vasculares, associando-as 
sempre quando necessário e realizando as mais 
importantes ressalvas clínicas sobre o assunto. 
 
 
Arlindo Ugulino Netto. 
ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO MEMBRO SUPERIOR 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
2 
 
www.medresumos.com.br 
OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR 
 O esqueleto apendicular superior constitui o arcabouço ósseo do membro superior, sendo este formado pelos 
ossos do cíngulo e da parte livre do mesmo membro. Antes de iniciarmos o estudo detalhado de cada osso que compõe 
o arcabouço ósseo do membro superior, devemos ressaltar a importância de dois conceitos: 
 Raiz (cíngulo): une a porção livre do membro superior ao esqueleto axial, sendo constituída por dois ossos, a 
escápula posteriormente, e a clavícula anteriormente, compondo a chamada cintura escapular. 
 Porção livre: é considerada em três segmentos: o braço (osso úmero); antebraço (rádio e ulna); e a mão 
(Ossos do carpo, metacarpo, e falanges). 
 
 A relação do cíngulo superior com a parte livre do membro superior se fará, portanto, por meio de três 
articulações anatômicas e uma funcional. As três articulações anatômicas identificadas são: a articulação entre a cabeça 
do O. úmero e a cavidade glenoidal da escápula (articulação glenoumeral), a articulação entre a extremidade acromial 
da clavícula e o acrômio da escápula (articulação acrômio-clavicular) e a articulação entre a extremidade esternal da 
clavícula e a incisura clavicular do manúbrio do esterno (articulação esternoclavicular). Estas articulações conferem ao 
esqueleto do MS duas importantes propriedades: (1) a transferência de forças que incidem sobre a porção livre para o 
esqueleto axial, propiciando uma maior disseminação desses impactos, o que reduz a probabilidade de fraturas 
localizadas e graves; (2) sustentação do peso do membro superior como um todo. A articulação funcional estabelecida 
entre o corpo da escápula e os músculos que a revestem garante uma ampla mobilidade ao membro. 
 
 
ESCÁPULA 
 A escápula é classificada como um osso plano, cujo corpo apresenta um formato triangular, repousada na face 
póstero-lateral do tórax, mais especificamente entre as segunda e sétima costelas. 
 
 
Posição Anatômica. 
Para obter a posição anatômica deste referido osso, posiciona-se para adiante a face que apresenta uma ampla 
fossa (fossa subescapular); para o plano lateral, o ângulo que apresenta uma depressão articular (cavidade glenoidal da 
escápula); de forma que duas fossas de aspecto convexo, divididas entre si por uma crista óssea de aspecto rugoso (a 
crista ou espinha da escápula), fiquem voltadas posteriormente. 
 
Divisão anatômica. 
Para estudo anatômico, a escápula está dividida em duas faces (costal e dorsal), três margens (superior, medial 
e lateral) e três ângulos (superior, inferior e lateral). 
 A face costal (ou anterior) apresenta uma ampla depressão, a fossa subescapular, a qual presta inserção ao M. 
Subescapular e por onde percorre o N. tóraco-dorsal (originário do fascículo posterior do plexo braquial, destinado a 
inervação do M. latíssimo do dorso), de forma tal que, em momento oportuno, pode-se fazer correlações clínicas 
baseadas no comprometimento desta estrutura nervosa em casos de fratura desta região. Por estar em íntimo contato 
com as costelas torácicas, a face costal torna-se de fácil percepção por apresentar sulcos e impressões costais. 
 Na face dorsal (ou posterior) encontramos duas fossas separadas entre si por uma saliência óssea em forma de 
espinha (a espinha da escápula). As fossas são denominadas de acordo com sua situação anatômica em relação à 
referida espinha: a fossa supra-espinhal está localizada acima da espinha da escápula; a fossa infra-espinhal, abaixo da 
mesma espinha. Estas duas fossas prestam inserção a músculos homônimos (Mm. supra-espinhal e infra-espinhal, 
respectivamente), sendo que, na fossa infra-espinhal encontramos ainda a inserção de outros dois músculos, os Mm. 
redondo maior e redondo menor. A espinha da escápula, na medida em que se aproxima do ângulo lateral do osso, vai 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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aumentando seu volume e adquirindo um aspecto achatado, originando uma saliência articular, o acrômio da escápula, 
responsável por articular a escápula à clavícula através da articulaçãoacrômio-clavicular. O acrômio é um importante 
ponto de referência óssea, principalmente utilizada como limite para traços de incisões para dissecação do membro 
assim como na aplicação de injeções deltoideas (no intuito de desviar estruturas que provavelmente possam ser lesadas 
se não obedecidas os critérios de segurança a partir da referência óssea estabelecida pelo acrômio). A espinha e o 
acrômio prestam inserção ao M. Deltoide. O tubérculo deltoide da espinha da escápula marca o ponto medial da fixação 
do M. Deltoide na espinha deste osso. A espinha e o acrômio da escápula servem ainda como alavancas para músculos 
neles fixados, particularmente o M. trapézio. 
 Na margem superior do osso encontram-se dois acidentes anatômicos: uma incisura, a incisura da escápula, e 
uma saliência em forma de bico de corvo, o processo coracoide. Pela incisura, percorre o N. supraescapular, oriundo do 
tronco superior do plexo braquial e destinado a inervação dos Mm. supra-espinhal e infra-espinhal. O processo coracoide 
presta inserção ao M. Peitoral Menor, ao tendão comum para o M. coracobraquial e para a porção curta do M. Bíceps 
Braquial, além de prestar fixação para o ligamento córaco-clavicular (constituído pelos ligamentos trapezoide e conoide, 
responsáveis por fixar a clavícula ao acrômio da escápula). 
Em uma visão lateral da escápula, observa-se a presença de uma fossa particular, localizada entre a espinha e a 
cabeça da escápula, constituindo a fossa espino-glenoidal, por onde percorre o componente infra-espinhal do nervo 
supra-escapular, ou seja, o componente nervoso responsável por inervar apenas o M. infra-espinhal. 
 O ângulo superior corresponde ao ponto de encontro das margens superior e medial da escápula. O ângulo 
lateral representa o mais importante dos ângulos encontrados no osso, parte mais espessa do osso que possui a cabeça 
da escápula, onde se encontra uma depressão articular, a cavidade glenoidal da escápula, que se articula com a cabeça 
do Úmero. A rasa constrição entre a cabeça e o corpo define o colo da escápula. Acima dessa cavidade, encontramos 
uma saliência, o tubérculo supraglenoidal, que presta inserção à porção longa do M. Bíceps Braquial. Abaixo da 
cavidade glenoidal encontraremos o tubérculo infraglenoidal, onde se insere a porção longa do M. Tríceps Braquial. O 
ângulo inferior da escápula, local de encontro das margens lateral e medial do referido osso, serve como um dos pontos 
de inserção dos Mm. Redondos Maior e Menor, assim como ao M. Subescapular. 
 
 A partir do momento em que a escápula é amplamente revestida por músculos, faz com que fraturas desse osso 
raramente ocorram. Esse tipo de lesão, contudo, geralmente é causada por traumatismos graves, como 
atropelamentos. A parte do osso mais sujeita a fraturas é o acrômio, por se tratar de uma região subcutânea protrusa. 
Quando o corpo da escápula é comprometido (como por golpes diretos nessa região), o nervo toracodorsal geralmente 
é acometido, sendo ele o responsável por inervar o M. latíssimo do dorso. Quando apresenta inervação insuficiente, o 
músculo deixa de funcionar adequadamente. Uma vez que este músculo está envolvido com a adução, rotação medial 
e extensão do braço, todos estes movimentos estariam comprometidos. Além disso, fraturas da escápula geralmente 
são acompanhadas de fraturas nas costelas. 
 
 Fraturas na margem superior da escápula, a partir do momento em que há lesão do nervo supra-escapular (que 
cruza esta margem por meio da incisura da escápula), podem trazer um comprometimento nos movimentos de 
abdução e rotação lateral do mesmo, uma vez que estes movimentos são responsabilidades dos Mm. supra-espinhal e 
infra-espinhal, respectivamente, os quais estariam comprometidos por esta lesão. 
 
 Compressão da fossa espino-glenoidal (como por um cisto sinovial), gera o comprometimento de apenas o 
componente infra-espinhal do N. supraescapular, fazendo com que haja limitação da rotação lateral do MS acometido 
(por paralisia do M. infra-espinhal), mas preservando a abdução realizada pelo M. supraespinhal (inervado pelo N. 
supraescapular antes que este se divida e passe pela fossa espino-glenoidal). A correção cirúrgica para este quadro se 
dar por acesso à região através do sulco deltopeitoral (local de encontro das fibras do M. deltoide e peitoral maior). 
 
 A escápula normalmente é mantida projetada contra as costelas na face posterior do tórax devido à ação do 
músculo serrátil anterior. Este músculo é o principal responsável por protrair a escápula contra a parede do tórax bem 
como rotacionar este osso, de forma que a cavidade glenoidal seja voltada para 
cima, permitindo assim, uma maior capacidade de abdução do membro. Sua 
inervação é estabelecida pelo N. torácico longo. Este, após um percurso na região 
lateral do tórax (onde pode ser lesionado), parte para inervar o músculo serrátil 
anterior. Uma vez paralisado (por lesões do nervo pertinente), o paciente pode 
apresentar um quadro conhecido por escápula alada. Para o diagnóstico, pede-se 
ao paciente para que o mesmo faça força, utilizado os dois MS, contra uma 
parede. No lado comprometido, nota-se que a escápula faz projeção para fora, de 
forma que o ângulo inferior e a sua margem medial fiquem notadamente retraídas 
(o que lembra um aspecto de asa, dando a designação clássica ao quadro clínico). 
Além disso, o paciente apresentará dificuldades de elevar o membro além dos 90º, 
relatando uma incapacidade de pentear o cabelo, por exemplo. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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CLAVÍCULA 
 A clavícula, por apresentar comprimento predominante com relação as suas demais dimensões, é classificada 
como um osso longo, muito embora não apresente canal medular, consistindo, portanto, em um osso esponjoso 
(trabecular) com revestimento de osso compacto. Este osso é o real responsável por ligar o membro superior ao tronco, 
por meio de duas articulações do tipo plana: a articulação acrômio-clavicular e a articulação esterno-clavicular. Este 
osso, entre outras funções, serve como um verdadeiro guindaste, no qual está suspensa a escápula e o membro livre, 
de modo que quase todo o peso do membro é sustentado por este único osso. Os impactos traumáticos recebidos nas 
regiões mais distais do MS são, de forma gradativa, transmitidas para este osso. 
 
 O formato da clavícula lembra a forma de uma letra S, sendo dividida em três terços: um terço lateral 
(extremidade acromial), um terço medial (extremidade esternal) e um terço médio. 
 
Posição anatômica. 
Para por o osso em posição anatômica de estudo, observa-se, primeiramente, a face mais rugosa do mesmo, a 
qual deverá se voltar para baixo, compondo a face inferior do osso. Esta região é mais rugosa por prestar inserção a 
ligamentos densos, sendo ela a região onde principalmente se localizam os seus elementos descritivos. Deve-se voltar a 
extremidade mais volumosa do osso para o plano mediano; para diante, a margem do osso que apresenta a maior 
convexidade do osso (sendo esta convexidade encontrada no terço medial do osso). 
 
Divisão anatômica. 
Para estudo anatômico, a clavícula apresenta uma divisão em duas faces (superior e inferior), duas margens 
(anterior e posterior) e duas extremidades (esternal e acromial). 
 Em seu terço medial a clavícula presta inserção ao M. Esternocleidomastoideo, enquanto que em seu terço distal 
se insere o M. Deltoide. Encontramos ainda o M. subclávio inserido na face inferior do osso. 
Na face inferior do osso encontramos a maioria de seus elementos descritivos: na extremidade acromial, 
encontramos dois elementos anatômicos que servem de fixação dos componentes do ligamento coracoclavicular: linha 
trapezoide (onde se insere o ligamento trapezoide, parte lateral do ligamento córaco-clavicular) e o tubérculo conoide 
(onde se insere o ligamento conoide, parte medial do ligamento córaco-clavicular); no terço médio, encontramos apenas 
uma depressão longitudinal,o sulco para o M. Subclávio, que presta inserção a um músculo homônimo; na extremidade 
esternal, encontramos a impressão do ligamento costoclavicular, uma área áspera e de aspecto oval que marca o local 
de fixação do ligamento que une a 1ª costela á clavícula, limitando a elevação do membro superior. 
 
 A clavícula é um dos ossos mais frequentemente fraturados. Esta fratura 
ocorre, de uma forma geral, ou por um impacto direto sobre o osso ou por 
resultado de uma queda apoiada pela mão em que haja transmissão do 
impacto até este osso. A parte mais delicada e mais facilmente rompida deste 
osso é o ponto da junção de seus terços lateral e médio entre si. Após uma 
fratura nessa região, o M. esternocleidomastoideo eleva o fragmento medial do 
osso, passando a ser facilmente palpável na região da raiz do pescoço. O 
músculo trapézio, por sua vez, é incapaz de elevar o outro fragmento do osso, 
fazendo com que, devido ao seu próprio peso, o ombro e o membro 
acometidos caiam. A presença do ligamento coracoclavicular geralmente 
impede a luxação da articulação acromioclavicular. Devido à queda do 
membro, de modo instintivo, o indivíduo tende a segurar o membro acometido 
com o membro oposto, provocando a avulsão do fragmento medial do osso 
para cima, em direção à raiz do pescoço. 
 
 
 
 
 
 
 
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ÚMERO 
 O úmero forma o único arcabouço do 
segmento braço do membro superior. É o 
maior osso do membro superior. Como tal, é 
classificado como um osso longo, uma vez 
que o seu comprimento prevalece com 
relação as suas demais dimensões. 
 
Posição anatômica. 
A posição anatômica do osso é obtida 
ao se observar as suas extremidades. Para 
cima e voltado para o plano mediano, volta-se 
a extremidade do osso que apresenta uma 
saliência articular em forma de esfera (a 
cabeça do úmero); para trás, a face da 
extremidade inferior que apresenta uma ampla 
depressão articular (a fossa do olécrano). 
 
Divisão anatômica. 
 Como quase todo osso longo, o úmero 
é dividido para estudo anatômico em três 
regiões: uma epífise proximal (mais superior e 
em relação direta com a cintura escapular), 
uma epífise distal (articulada aos ossos do 
antebraço) e um corpo, unindo as duas 
extremidades do osso. A diáfise apresenta 
uma forma triangular, com três faces, sendo 
elas: ântero-lateral; ântero-medial; e posterior. 
Suas faces estão separadas através de três 
margens: anterior, medial e lateral. 
 A epífise proximal apresenta, de forma proeminente, uma saliência articular de forma esférica, a cabeça do 
Úmero, limitada por um estrangulamento pouco profundo, o colo anatômico do úmero. Este colo separa a cabeça do 
úmero de duas outras saliências ósseas, os tubérculos maior e menor. Estes tubérculos prestam inserção aos quatro 
músculos do chamado manguito rotador (Mm. supra-espinhal, infra-espinhal, redondo menor e subescapular), 
responsáveis por estabilizar a articulação do ombro, uma vez que há uma grande desproporção entre a cabeça do 
úmero e a cavidade glenoidal da escápula. Os tubérculos estão separados entre si por um sulco, o sulco inter-tubercular, 
por onde corre o tendão da porção longa do M. Bíceps Braquial. A epífise proximal do úmero está ligada ao corpo por 
uma linha imaginária que passa abaixo das referidas saliências, denominada colo cirúrgico. 
 
 O colo cirúrgico do úmero é assim denominado por ser um dos principais alvos de fraturas do osso, 
principalmente se tratando de indivíduos idosos com osteoporose. A principal complicação dessa fratura envolve 
estruturas vásculo-nervosas que nesta região se relacionam: o N. axilar, oriundo do fascículo posterior do plexo 
braquail logo ao se formar, se relaciona diretamente com o referido colo. Lesões deste nervo, resultam em 
paralisia dos Mm. Deltoide e Redondo menor, responsáveis, respectivamente, pela abdução e rotação lateral do 
braço. Além disso, o N. axilar é responsável pela inervação cutânea da pele sobre a região do ombro (por meio 
do N. cutâneo lateral superior do braço) e, uma vez comprometido, o paciente relataria parestesia na região 
pertinente ao ombro. Além desses comprometimentos nervosos, é possível observar, em alguns casos, necrose 
da cabeça do úmero, uma vez que, no colo cirúrgico do úmero, estão presentes as artérias circunflexas do 
úmero, ramos da terceira porção da artéria axilar, responsáveis por irrigar a epífise proximal do referido osso. 
 
 Os tubérculos maior e menor se continuam em direção ao corpo do osso através de duas cristas, a crista do 
tubérculo maior (presta inserção ao M. Peitoral Maior) e a crista do tubérculo menor (presta inserção aos Mm. Latíssimo 
do Dorso e Redondo Maior). 
 Como já foi visto, o corpo do úmero apresenta um caráter prismático, ou seja, três faces. A face ântero-lateral 
apresenta uma rugosidade em forma de V, a tuberosidade deltoidea, que presta inserção ao M. Deltoide. No terço médio 
da face ântero-medial, encontra-se inserido o M. coracobraquial. Já na face posterior do úmero, encontramos uma rasa 
depressão oblíqua de trajeto lateral e inferior, em forma de sulco para alojar o N. radial (oriundo do fascículo posterior do 
plexo braquial) e a artéria braquial profunda, sendo denominado de sulco do N. Radial. Este sulco, por apresenta um 
caráter oblíquo, propicia à face posterior do úmero um aspecto de torção, ou seja, como se o osso tivesse sido torcido, 
justificando a sua antiga denominação de sulco espiral. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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 Fraturas do corpo do úmero, frequentemente derivadas de um golpe direto no braço, podem levar ao 
comprometimento de estruturas que se relacionam intimamente com o úmero nesta região, como é caso do N. 
radial e da artéria braquial profunda. A lesão do N. radial neste nível poderá trazer prejuízos aos movimentos de 
extensão do antebraço e da mão (como veremos em capítulos posteriores), o que gera um quadro de “mão 
caída”. 
 
 A epífise distal é ligeiramente achatada no sentido ântero-posterior. Nela encontraremos duas superfícies 
articulares, a tróclea (se articula com a incisura troclear da ulna), medialmente, e lateralmente, o capítulo (se articula com 
a fóvea articular da cabeça do rádio). Também encontramos duas saliências ósseas: os epicôndilos lateral e medial (este 
marca a passagem de um importante nervo para o antebraço e para a mão: o N. ulnar). Além dos acidentes anatômicos 
supracitados, vamos encontrar três depressões articulares: duas anteriores, as fossas coronoidea (que se articula com o 
processo coronoide da ulna) e radial (se articula com a circunferência articular do rádio) e uma posterior, a fossa do 
olécrano (aloja o bico do olécrano do O. ulna). Os epicôndilos se projetam para o corpo do úmero na forma de cristas: a 
crista supra-epicondilar lateral e a crista supra-epicondilar medial, a partir de seus respectivos epicôndilos. 
 
 Fraturas na extremidade distal do úmero podem estar associadas a lesões do nervo mediano, importante nervo 
para o antebraço e mão, oriundo dos fascículos medial e lateral do plexo braquial. Fraturas específicas no 
epicôndilo medial do úmero podem estar associadas a lesões do N. ulnar, também responsável por inervar 
estruturas no antebraço e na mão. Todas essas lesões serão melhor discutidas mais adiante neste capítulo. 
 
 
ULNA 
 Juntamente ao osso rádio, a ulna estabelece o suporte ósseo móvel e articulado do antebraço. A ulna, 
principalmente, é o osso que estabiliza este segmento do MS. Ela é o osso mais longo e medial do antebraço, se unindo 
com o úmero por meio da articulação do cotovelo e com o rádio e os ossos do carpo por meio da articulação do punho. 
 
Posição anatômica. 
A posição anatômica da ulna é obtida quando se posiciona a extremidade mais volumosa do osso para cima, de 
forma que uma grande incisura encontrada nesta extremidade (incisura troclear) fique voltada para diante, e umaincisura de menor dimensão (incisura radial da ulna) voltada para o plano lateral. Como um legítimo osso longo, a ulna é 
dividida para o estudo anatômico em duas epífises, proximal e distal, unidas pela diáfise. 
 
Divisão anatômica. 
 Na epífise proximal do osso, encontram-se duas incisuras: a incisura troclear e a incisura radial. A mais ampla e 
voltada para diante, a incisura troclear, é delimitada por dois processos, o olécrano (acima, presta inserção aos Mm. 
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Tríceps Braquial e Ancôneo) e o processo coronoide da Ulna (abaixo, presta inserção ao M. Braquial). A incisura troclear 
articula-se com a tróclea umeral. A segunda incisura apresenta menor dimensão e está voltada para o plano lateral, 
sendo denominada de incisura radial (articula-se com a circunferência articular do rádio). 
 O corpo do osso apresenta para estudo anatômico três faces: anterior, posterior, e medial; separadas através de 
três margens, anterior, posterior e lateral. A margem lateral também conhecida com a denominação de margem 
interóssea, por prestar inserção à membrana de mesmo nome, responsável por ligar esta margem à margem medial do 
O. Rádio. Na face anterior do osso, é possível encontrar ainda uma região rugosa, a tuberosidade da ulna, local de 
inserção do M. braquial. 
 A epífise distal é representada pela cabeça da ulna (mais lateral, se articula com a incisura ulnar do Rádio) e 
pelo processo estiloide (mais medial, presta inserção ao ligamento lateral interno da articulação do pulso). 
 
 
RÁDIO 
 Dentro os dois ossos que constituem o arcabouço ósseo do antebraço, o rádio é o mais lateral e mais curto. Seu 
nome deriva do latim, sendo uma referência ao seu aspecto de um “raio de uma roda” (do latim, radius). 
 
Posição anatômica. 
A posição anatômica do osso é obtida voltando-se a extremidade achatada e em forma de disco do mesmo para 
cima (circunferência articular da cabeça do rádio); a extremidade côncava para baixo, com saliência em forma de 
processo encontrada nessa extremidade voltada para o plano lateral (processo estiloide do rádio). 
 
Divisão anatômica. 
O osso está dividido em duas epífises, proximal e distal, unidas pela diáfise. 
 A epífise proximal é representada pela cabeça do rádio, constituída por uma circunferência articular (articula-se 
com a incisura radial da ulna, estabelecendo a articulação radioulnar proximal); e por uma depressão articular, a fóvea 
articular do rádio (ou cavidade glenoidal da cabeça do rádio, articula-se com o capítulo do O. úmero). A cabeça do rádio 
é separada do corpo por meio do colo do rádio, região relacionada com o N. radial (ramo profundo) no antebraço. 
 O corpo apresenta para estudo anatômico três faces: anterior, posterior e lateral; separadas por três margens: 
anterior, posterior e medial. A face anterior apresenta uma saliência, a tuberosidade do rádio que presta inserção ao M. 
Bíceps Braquial. Na face lateral, verificamos a inserção do M. pronador redondo no local designado como impressão do 
M. pronador redondo. A margem medial do rádio (margem interóssea) é unida através da membrana interóssea à 
margem lateral da ulna. 
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 A epífise distal do rádio apresenta duas faces articulares, a incisura ulnar (mais medial, pois une-se à cabeça da 
ulna na articulação radioulnar distal), e a face articular carpal (inferior, articula-se com os Oo. Escafoide e Semi-lunar). 
Lateralmente identificamos uma saliência óssea, o processo estiloide do rádio (presta inserção ao ligamento lateral 
externo da articulação do pulso). 
 
 
OSSOS DA MÃO 
 O carpo é formado por oito ossos curtos distribuídos igualmente em uma fileira proximal e outra distal, de forma 
que esses ossos representam o assoalho de um importante canal de passagem de estruturas para a mão, o túnel do 
carpo. Este é limitado superiormente pelo retináculo dos flexores, que está fixado ao escafoide e ao trapézio, 
lateralmente, e ao pisiforme e hâmulo do osso hamato, medialmente. A importância do túnel do carpo advém da 
passagem do nervo mediano em seu interior. Da região lateral para a medial da fileira proximal dos ossos do carpo, 
encontramos, nesta ordem, os seguintes ossos: 
 Escafoide (do grego, skaphé = barco): pequeno 
osso em forma de barco que se articula com o 
rádio na sua parte proximal. Apresenta como 
principal elemento descritivo o tubérculo do 
escafoide. Este osso, com relação aos demais 
da região, é mais comumente fraturado. 
 Semilunar (do latim, luna = lua): apresenta 
forma de meia lua e, assim como o escafoide, 
também estabelece articulação com o rádio. 
 Piramidal (do latim, triquetrus = três ângulos): 
apresenta formato piramidal e se articula na 
região proximal com o disco articular da 
articulação radioulnar distal. 
 Pisiforme (do latim, pisum = ervilha): pequeno 
osso em forma de ervilha localizado na face 
palmar do piramidal. 
 
 Da região lateral para a medial, os quatro ossos 
da fileira distal são: 
 Trapézio (do grego, trapeze = mesa): osso com 
quatro faces que se articula com o 1º e 2º 
metacarpais, escafoide e trapezoide. 
 Trapezoide: osso de formato cuneiforme que se 
articula com o 2º metacarpal, capitato e 
escafoide. 
 Capitato (do latim, caput = cabeça): osso em 
forma de cabeça, de extremidade arredondada. 
Se articula com o 3º metacarpal. 
 Hamato (do latim, hamulus = pequeno gancho): 
osso de formato cuneiforme que se articula com 
o 4º e 5º metacarpal. Apresenta um processo em 
forma de gancho, o hámulo do hamato. 
 
 O metacarpo constitui o arcabouço ósseo da 
palma da mão entre o carpo e as falanges. É formado 
por ossos longos – os cinco metacarpais – de modo que 
cada um deles apresenta base, corpo e cabeça. São 
designados, de lateral para medial, os I, II, III, IV e V 
metacarpais. 
 O arcabouço ósseo dos dedos da mão 
(quirodáctilos) é constituído por três falanges 
(proximal, média e distal); exceto o polegar (primeiro), 
que apresenta apenas duas (proximal e distal). As 
falanges terminais são achatadas e expandidas em suas 
extremidades distais na região dos leitos ungueais. 
 
 
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MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR 
 Os músculos do membro superior são estruturas extremamente funcionais, de inervação precisa e delicada, 
representando bem mais que meras estruturas destinadas à confecção de movimentos, mas são importantes também 
por estabilizar as articulações diretamente envolvidas no processo motor deste segmento do corpo. 
 O estudo dos músculos que agem sobre o membro superior será feito por divisão de grupos: músculos 
toracoapendiculares (aqueles que têm origem no esqueleto axial, mas de uma forma direta ou indireta, apresenta 
funções sobre o membro), músculos escapuloumerais (são músculos que se originam da escápula e se inserem no 
úmero, constituindo músculos intrínsecos do ombro, assim como o próprio grupo do manguito rotador), músculos do 
braço (são músculos que, localizados nos compartimentos do braço, agem diretamente sobre este segmento), 
músculos do antebraço (são músculos que não só agem no antebraço, mas que também exercem funções na mão, 
funcionando como músculos extrínsecos da mão) e músculos da mão (músculos que se originam e se inserem na mão, 
agindo, portanto, apenas neste segmento). 
 
 
MÚSCULOS TORACOAPENDICULARES ANTERIORES 
 São quatro os músculos toracoapendiculares anteriores, sendo eles responsáveis por mover o cíngulo do MS e, 
consequentemente, a própria parte livre do membro. 
 
1. Músculo Peitoral Maior 
 É um músculo cujas fibras apresentam trajetória oblíqua, sendo ele largo e em forma de leque, que recobre 
quase toda a parede anterior do tórax. Possui uma porção clavicular e outra esternocostal. Sua margem inferior forma a 
prega axilar anterior. Os Mm. peitoral maior e deltoidedelimitam o estreito sulco deltopeitoral onde irá passar a veia 
cefálica. Juntamente com a clavícula, forma o trígono clavipeitoral. É responsável por realizar forte adução e rotação 
medial do braço as duas partes agem juntas. Atuando isoladamente, a cabeça clavicular flete o úmero e a esternocostal 
estende-o. 
 
 
2. Músculo Peitoral Menor 
 É um músculo situado na parte anterior da axila, quase todo recoberto pelo M. peitoral maior. Tem formato 
triangular, com espessura bastante delgada. É responsável principalmente por estabilizar a escápula e ajudar na 
inspiração profunda no processo de elevação das costelas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculo Peitoral Maior 
 
 
 
Ponto Fixo: 
(1) Cabeça clavicular: Face anterior da clavícula (metade medial). 
(2) Cabeça esternocostal: Face anterior do esterno, seis cartilagens costais superiores, 
aponeurose do músculo obliquo externo. 
Ponto móvel: Crista do tubérculo maior do Úmero. 
Ação: As duas cabeças atuando em conjunto aduzem e rodam medialmente o úmero, e 
movem a escápula ântero-inferiormente. Agindo sozinha, a cabeça clavicular flete o úmero, 
enquanto que a cabeça esternocostal estende, a partir da posição fletida. 
 
Inervação: 
(1) N. peitoral lateral C5, C6 (cabeça clavicular) 
(2) N. peitoral medial C7, C8 e T1 (cabeça esternocostal) 
 
Músculo Peitoral Menor 
 
Ponto fixo: 3ª a 5ª costelas, próximo a região de 
suas cartilagens costais 
 
Ponto móvel: Processo coracoide da escápula 
Ação: Estabiliza a escápula, deslocando-a ínfero-
lateralmente sobre a parede torácica 
Inervação: N. peitoral medial (C8 e T1) 
 
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3. Músculo Serrátil Anterior 
 O músculo serrátil anterior (do latim, serratus = serra) situa-se sobre a parede lateral do tórax, entrando na 
composição da parede medial da axila. É comumente chamado de músculo do boxeador, por ser um forte extensor da 
escápula, usado ao socar ou estender o braço anteriormente. Também fixa a escapula, mantendo-a bem junto à parede 
torácica, permitindo que outros músculos a utilizem como um osso fixo para movimentos do úmero. 
 O músculo serrátil anterior, juntamente com o músculo trapézio, ajuda o músculo deltoide a realizar a abdução 
do braço além de 90°, já que as suas três últimas digitações se inserem no ângulo inferior da escápula e a puxam 
lateralmente, fazendo com que a cavidade glenoidal se volte para cima. 
 
 
 A lesão do nervo torácico longo paralisa o músculo serrátil anterior do mesmo lado, provocando a chamada 
“escápula alada”, uma vez que este músculo é responsável por manter a escápula justaposta às costelas e, 
sendo assim, a sua paralisação provoca a retração da escápula, principalmente quando o indivíduo faz força 
para empurrar algo (colando as mãos contra a parede, por exemplo). Além disso não é possível abduzir o 
membro superior além da posição horizontal, porquê o serrátil anterior é incapaz de girar a cavidade glenoidal da 
escápula. 
 
4. Músculo subclávio 
 O músculo subclávio é um pequeno e delgado músculo situado entre a clavícula e a primeira costela que 
apresenta, como uma de suas principais funções, a capacidade de amortecer os movimentos da clavícula para que esta 
não lesione estruturas que transitam do pescoço a axila. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÚSCULOS TORACOAPENDICULARES POSTERIORES 
 
Toracoapendiculares posteriores superficiais (extrínsecos do ombro). 
 Os músculos toracoapendiculares posteriores representam músculos do próprio dorso, sendo eles divididos em 
três grandes grupos: os músculos toracoapendiculares posteriores superficiais (trapézio e latíssimo do dorso); os 
músculos toracoapendiculares posteriores profundos (levantador da escápula e romboides); e os músculos 
escapuloumerais (deltoide, redondo maior e os quatro músculos do manguito rotador: supra-espinhal, infra-espinhal, 
redondo menor e subescapular). 
 
5. Músculo Trapézio 
 Este músculo representa um elo direto entre o esqueleto axial e o cíngulo do MS, cobrindo o pescoço 
posteriormente e a metade superior do tronco. Sua designação é relativa a sua forma (do grego, trapezium = figura 
geométrica irregular com quatro lados). Sua inervação é derivada do XI par de nervos cranianos (N. acessório). 
Músculo Serrátil Anterior 
 
Ponto fixo: Oito primeiras costelas 
 
 
Ponto móvel: Face anterior da margem medial da escápula 
 
 
Ação: Protrai a escápula e a mantém contra a parede torácica; roda a escápula. 
 
 
Inervação: N. Torácico Longo (C5, C6 e C7) 
 
Músculo subclávio 
 
Ponto fixo: Porção medial da primeira costela. 
 
Ponto móvel: Sulco do M. subclávio (terço médio da clavícula) 
 
Ação: Ancora e abaixa a clavícula 
Inervação: N. para o músculo subclávio (tronco superior do plexo braquial) 
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6. Músculo Latíssimo do dorso 
 O músculo latíssimo do dorso (antigamente chamado de M. grande dorsal) recobre uma grande área na região 
posterior e inferior do dorso. Por ser responsável por aduzir, estender e rotacionar medialmente o úmero, sendo 
conhecido como o músculo da escalada. Este músculo é, portanto, muito importante para os esportistas, em especial 
para os nadadores (por realizar a extensão do braço antes de dar a braçada) e remadores (por realizar a extensão do 
braço antes da remada), tanto é que, nestes tipos de esporte, o músculo se hipertrofia. 
 
7. Músculo Levantador da Escápula 
 Profundamente ao músculo esternocleidomastoideo e ao trapézio, encontramos um músculo em forma de fita 
cuja função é a de elevar a escápula, voltando à cavidade glenoidal para baixo. Esta função lhe rendeu a denominação 
de M. levantador da escápula. Agindo bilateralmente, os levantadores estendem o pescoço; agindo unilateralmente, o 
músculo pode contribuir para a flexão lateral do pescoço (em direção ao músculo contraído). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculo Trapézio 
 
Ponto fixo: Terço medial da linha nucal superior, ligamento nucal, protuberância 
occipital externa, processos espinhosos das vértebras C7-T12 
 
Ponto móvel: Terço lateral da clavícula, espinha e acrômio da escápula. 
 
 
Ação: Traciona a escápula em direção à coluna vertebral, ou seja, faz a adução da 
escápula em direção à coluna vertebral e este movimento é realizado, por exemplo, 
no ato de espreguiçar-se para trás. As fibras superiores elevam a escápula; as fibras 
inferiores e superiores, quando atuam em conjunto, agem na rotação da escápula. 
 
Inervação: N. Acessório (XI par de nervos cranianos) 
 
Músculo Latíssimo do dorso 
 
Ponto fixo: Processos espinhosos das 6 vértebras torácicas inferiores; fáscia 
tóraco-lombar; crista ilíaca e 3-4 costelas inferiores. 
 
 
Ponto móvel: Algumas fibras se inserem na crista do tubérculo menor do úmero, 
mas outras se inserem também no assoalho do sulco intertubercular do úmero. 
 
 
Ação: Extensão (para trás), rotação medial e adução do braço; 
 
Inervação: N.Tóraco-dorsal (Fascículo posterior do plexo braquial) 
 
Músculo Levantador da Escápula 
 
Ponto fixo: Processos transversos das vértebras C1 a C4. 
 
Ponto móvel: Margem medial da escápula 
 
 
Ação: Levanta a escápula e inclina a cavidade glenoidal inferiormente 
 
 
Inervação: N. Dorsal da Escápula (Raiz C5) 
 
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8. Mm. Romboides (Maior e Menor) 
 São dois músculos, dificilmente individualizados um do outro, em forma de fita, que estão fixados entre a 
margem medial da escápula e os processos espinhosos de algumas vértebras. Anatomicamente, o romboide menor está 
em situação mais superior ao maior. Os romboides retraem e giram a escápula, deprimindo sua cavidade glenoidal. 
 
 
 
Músculos intrínsecos do ombro (escapuloumerais). 
 São seis os músculos considerados intrínsecos do ombro: deltoide, redondo maior, supra-espinhal, infra-
espinhal, redondomenor e subescapular, sendo estes quatro últimos também enquadrados no grupo dos músculos do 
manguito rotador. 
 
9. Músculo Deltoide 
 Por ter uma forma ligeiramente parecida com a letra grega delta (Δ), rendeu-lhe a denominação de deltoide. 
Suas fibras são divididas em três grupos: semipeniforme anterior, multipeniforme média e semipeniforme posterior. 
Quando as três partes se contraem, o braço é abduzido, sendo auxiliado, nos 15º de abdução, pelo músculo supra-
espinhal. As partes anterior e posterior são responsáveis pela flexão e extensão do braço, respectivamente, de forma 
que são elas as responsáveis pelo balanço dos membros durante a marcha. 
 O músculo deltoide é o responsável por conferir o formato arredondado característico do ombro e, devido ao seu 
espessamento e à intensa vascularização, é nele onde as injeções intramusculares (deltoideas) são administradas. Uma 
lesão no nervo axilar atinge o músculo deltoide quase que exclusivamente, de modo que o paciente apresente atrofia do 
músculo, perdendo o formato normal do ombro e deixando as saliências ósseas da região mais evidentes (como o 
acrômio). O indivíduo, neste caso, apresenta o braço aduzido ao lado do corpo, tal qual um pêndulo. 
 
 
10. Músculo Redondo Maior 
 É um músculo espesso e de caráter arredondado, que serve como um forte rotador medial, sendo de fácil 
individualização quando comparado ao M. redondo menor. 
 
 
Músculos Romboides Maior e Menor 
 
Ponto fixo: (MAIOR) Processos espinhosos das vértebras T2 – T5. 
(MENOR) Ligamento nucal e processo espinhoso das vértebras C7 e T1. 
 
Ponto móvel: Margem medial da escápula. 
 
Ação: Retrai a escápula, gira a cavidade glenoidal para baixo e fixa a escápula à parede 
torácica. 
 
Inervação: N. dorsal da escápula (C4 e C5). 
Músculo Deltoide 
 
Ponto fixo: Espinha da escápula, acrômio e terço lateral da clavícula. 
Ponto móvel: Tuberosidade deltoidea, na face anterolateral do úmero. 
Ação: abdução do braço, flexão do braço (porção clavicular); extensão do braço (porção 
escapular). 
Inervação: N. axilar (fascículo posterior do plexo braquial) 
Músculo Redondo Maior 
 
Ponto fixo: Margem lateral da escápula. 
Ponto móvel: Crista do tubérculo menor do úmero. 
Ação: Rotação medial do braço. 
Inervação: N. subescapular inferior (fascículo posterior do plexo braquial) 
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Músculos do manguito rotador. 
 Os músculos do manguito rotador são um conjunto de quatro músculos (supra-espinhal, infra-espinhal, redondo 
menor e subescapular) que, ao inserirem suas fibras nos tubérculos do úmero, abraçam e estabilizam a articulação 
glenoumeral, visto que esta envolve duas faces articulares incongruentes. Os tendões destes músculos fundem-se na 
região da epífise proximal do úmero, reforçando a cápsula articular da articulação do ombro, conferindo estabilidade e 
proteção a mesma. Todos, com exceção do supra-espinhal, são rotadores do úmero. Ele, além de ser parte do manguito 
rotador, auxilia o deltoide, realizando os primeiros 15º da abdução do braço. A porção mais frágil do manguito rotador é a 
porção inferior, por ser mais desprotegida anatomicamente. 
 
11. Músculo supra-espinhal 
 O músculo supra-espinhal está alojado, na maioria de sua massa, na fossa de mesmo nome na escápula. Este 
músculo é responsável por auxiliar o deltoide no inicio da abdução do braço, além de desempenhar seu papel essencial 
que o inclui no seleto grupo dos músculos do manguito rotador: estabilizar a articulação glenoumeral superiormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. Músculo infra-espinhal 
 O músculo infra-espinhal ocupa a fossa infra-espinhal da escápula, sendo parcialmente coberto pelos músculos 
trapézio e deltoide. Além de auxiliar na estabilização da articulação glenoumeral, este músculo funciona como um 
potente rotador lateral do úmero, agindo auxiliado pelo M. redondo menor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13. Músculo redondo menor 
 O músculo redondo menor apresenta uma conformação delgada e alongada. É muitas vezes confundido com 
fibras do M. infra-espinhal por ser de difícil separação do mesmo. O redondo menor apresenta ainda a mesma função do 
M. infra-espinhal, diferenciando-se do mesmo apenas pela inervação: enquanto que o primeiro é inervado pelo nervo 
axilar (assim como do deltoide), o M. infra-espinhal é inervado pelo nervo supra-escapular (quando este nervo passa 
pela fossa espino-glenoidal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculo supra-espinhal 
 
Ponto fixo: Fossa supra-espinhal da escápula 
 
Ponto móvel: Tubérculo Maior do úmero. 
 
Ação: Abdutor do braço (os primeiros 15º). 
 
Inervação: N. Supra-escapular (Tronco Superior) 
Músculo infra-espinhal 
 
Ponto fixo: Fossa infra-espinhal da escápula. 
 
Ponto móvel: Tubérculo maior do úmero. 
 
Ação: Rotação lateral do braço. 
 
Inervação: N. Supra-escapular (Tronco Superior) 
 
Músculo redondo menor 
 
Ponto fixo: Margem lateral da escápula 
 
Ponto móvel: Tubérculo maior do úmero. 
 
Ação: Rotação lateral do braço. 
 
Inervação: N. Axilar (Fascículo posterior) 
 
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14. Músculo subescapular 
 O músculo subescapular consiste no músculo mais anterior do manguito rotador, estendendo-se da fossa 
subescapular ao tubérculo menor do úmero (é o único músculo que neste local se insere). Além de aduzir o braço, o 
músculo subescapular é um importante rotador medial do mesmo, representando, talvez, o principal rotador medial que o 
MS possui. Este músculo possui ainda dupla inervação, sendo que o nervo subescapular superior o inerva com 
exclusividade e o nervo subescapular inferior além de inervá-lo, supre o músculo redondo maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Na lesão denominada como “mão de gorjeta para garçom”, provocada pela lesão da parte superior do plexo braquial 
(rompimento das raízes C5 e C6 do plexo braquial ou lesão do tronco superior, formado por essas raízes), o braço do 
indivíduo permanece em adução, rotacionado medialmente e o antebraço fica estendido e pronado. Esse movimento lembra 
àquele que os garçons antigamente faziam para receber gorjeta de maneira discreta. A adução do braço ocorre porque 
lesando o nervo axilar, formado por fibras de C5 e C6, o músculo deltoide fica paralisado e não faz abdução do braço, além 
do supra-espinhal (nervo supraescapular). A rotação medial ocorre porque ao lesar os nervos: axilar e supra-escapular, 
também formado por fibras de C5 e C6, os músculos rotadores laterais – redondo menor e infra-espinhal –, ficam 
paralisados, impossibilitando a rotação lateral do braço. Já o antebraço fica estendido porque lesando o nervo 
musculocutâneo, formado por fibras de C5 e C6, a musculatura anterior do braço, que é flexora do antebraço, fica paralisada 
e a extensão do antebraço prevalece sobre a flexão. O antebraço fica pronado porque a lesão do nervo musculocutâneo 
paralisa o músculo bíceps, que é o principal supinador de força do pulso. 
 
MÚSCULOS DO BRAÇO 
 Os músculos do braço aqui descritos são aqueles que se localizam em um dos compartimentos musculares 
apresentados por este segmento: o compartimento anterior ou flexor; e o compartimento posterior ou extensor. Essa 
ressalva é importante pois há aqueles músculos conhecidos como toracoapendiculares, que mesmo se inserindo no 
úmero, não participam da composição de nenhum dos compartimentos próprios do braço. 
 
Compartimento muscular anterior do braço – Flexores. 
 O compartimento anterior do braço apresenta músculos com duas importantes características em comum: (1) 
são, em sua essência, músculos flexores do antebraço; (2) são todos inervados pelo N. músculo-cutâneo (nervo misto 
oriundo do fascículo lateral do plexo braquial que, ao servir para a estimulação motora dos músculos deste 
compartimento, emerge no antebraço para exercer função puramente sensitiva). 
 
15. Músculos Bíceps Braquial 
 O bícepsbraquial é um músculo fusiforme de duas cabeças, ambas originadas na escápula e inseridas no rádio. 
Por atravessar as duas articulações anatômicas que envolvem o braço (a do ombro e a do cotovelo), é capaz de agir em 
ambas: fletindo o braço ou o antebraço, além de ter uma terceira função agindo na articulação radioulnar: quando o 
antebraço está em pronação, o bíceps é o mais forte supinador do antebraço. O tendão da cabeça longa do bíceps, 
como já foi explanado, percorre o sulco intertubercular (sulco este cerrado pelo ligamento transverso do úmero, o qual 
forma um verdadeiro canal que protege este tendão contra atritos. Distalmente, o bíceps se fixa na tuberosidade do O. 
rádio e em uma faixa membranácea triangular denominada aponeurose do músculo bíceps braquial, que forma o teto da 
fossa cubital (parte anterior do cotovelo). 
Músculo subescapular 
 
 
Ponto fixo: Fossa subescapular 
 
Ponto móvel: Tubérculo menor do úmero e crista do tubérculo menor do úmero. 
Ação: Adução e Rotação medial do braço. 
 
Inervação: N. Subescapular superior e inferior (Fascículo posterior) 
 
Músculo Bíceps Braquial 
 
Ponto fixo: (CABEÇA LONGA) Tubérculo supra-glenoidal da escápula. (CABEÇA CURTA) Processo 
coracoide da escápula. 
 
Ponto móvel: Tuberosidade do rádio e aponeurose bicipital. 
 
Ação: Flexão do braço e do antebraço; supinação do antebraço. 
 
Inervação: N. músculo-cutâneo (Fascículo lateral do plexo braquial). 
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16. Músculo Coracobraquial 
 É o músculo localizado na parte mais superior e medial do compartimento anterior do braço, servindo de 
referência para localizar o N. músculo-cutâneo que o perfura evidentemente, sendo ainda responsável por sua 
inervação. O nervo mediano e a artéria braquial seguem profundamente a este músculo, sendo facilmente identificados 
neste ponto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17. Músculo Braquial 
 Músculo de formato fusiforme, o músculo braquial está situado profundamente ao bíceps, na parte mais inferior 
do compartimento anterior do braço. Este músculo representa o principal flexor do antebraço, muitas vezes comparado 
como um “burro de carga” da flexão da articulação do cotovelo por ser esta sua única ação. 
 
 
 
 
 
 
Compartimento muscular posterior do braço – Extensores. 
 O compartimento muscular posterior do braço é ocupado basicamente por um músculo – o tríceps braquial. 
Alguns autores, porém, descrevem este compartimento somando ainda um pequeno músculo cuja ação é de auxiliar a 
extensão realizada pelo tríceps – o ancôneo. Como particularidade comum, todos estes músculos são inervados pelo N. 
radial (principal ramo terminal do fascículo posterior). 
 
18. Músculo Tríceps Braquial 
 O Tríceps braquial é um grande músculo fusiforme que ocupa quase que toda a totalidade do compartimento 
posterior do braço, sendo dotado de três porções (ou vastos), das quais apenas a porção longa cruza a articulação do 
ombro (fixa-se no tubérculo infra-glenoidal da escápula), sendo, portanto, a única capaz de agir nesta articulação, 
embora seja a porção menos ativa do músculo. O nervo radial passa entre as porções lateral e medial do músculo 
tríceps braquial, inervando-as, antes de atingir o antebraço. 
 
 
Músculo Coracobraquial 
 
Ponto fixo: Ponta do processo coracoide da escápula. 
 
Ponto móvel: Face antero-medial do terço médio do úmero. 
 
Ação: flexão do braço e ação adutora. 
 
Inervação: N. músculo-cutâneo (Fascículo lateral do plexo braquial) 
Músculo Braquial 
 
Ponto fixo: 2/3 distais da face antero-medial do úmero. 
 
Ponto móvel: Tuberosidade da ulna 
 
Ação: flexão do antebraço. 
Inervação: N. músculo-cutâneo (Fascículo lateral do plexo braquial) 
Músculo Tríceps Braquial 
 
Ponto fixo: 
(PORÇÃO LONGA) Tubérculo infra-glenoidal da escápula 
(VASTO LATERAL) Face posterior do úmero, acima do sulco para o N. radial 
(VASTO MEDIAL) Face posterior do úmero, abaixo do sulco para o N. radial 
Ponto móvel: Face posterior do olécrano 
Ação: (PORÇÃO LONGA) Extensor do antebraço e braço (por ser a única porção em contato com 
a escápula, uma vez que as outras porções se originam no corpo do úmero). 
(VASTOS LATERAL E MEDIAL) Extensor do braço 
 
Inervação: N. radial (Fascículo posterior do plexo braquial) 
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19. Músculo ancôneo 
 É um pequeno músculo incluído no compartimento posterior do braço por alguns autores ou no antebraço por 
outros. É de difícil individualização, exceto em indivíduos com excessiva massa muscular. Localizado na face póstero-
lateral do braço, este músculo auxilia o tríceps a realizar a sua função de extensão do antebraço, além de abduzir a ulna 
durante a pronação do antebraço. 
 
 
 
MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO 
 O antebraço – segmento médio do membro superior – apresenta músculos que cruzam a articulação do cotovelo 
e do punho, agindo, deste modo, na mão ou nos dedos. Cabe a nós descrevermos os músculos deste segmento do 
membro superior dividindo-os, para um estudo mais didático, em três compartimentos: anterior, lateral e posterior. 
 
Compartimento anterior do antebraço. 
 O compartimento anterior do antebraço abriga os músculos flexores e pronadores do antebraço. Neste 
compartimento, são encontrados apenas músculos que sejam inervados seja pelo N. mediano (a maioria deles) ou N. 
ulnar (apenas um músculo e metade de outro). Para o estudo deste compartimento, faremos uma divisão em planos, 
agrupando os músculos na ordem descrita logo abaixo, sempre no sentido lateral-medial: 
 1º Plano: Mm. pronador redondo, flexor radial do carpo, palmar longo e flexor ulnar do carpo. 
 2º Plano: M. flexor superficial dos dedos 
 3º Plano: Mm. flexor longo do polegar e flexor profundo dos dedos 
 4º Plano: M. pronador quadrado 
 
20. Músculo Pronador Redondo 
 Músculo fusiforme que cruza, desde o epicôndilo medial, o rádio em direção a ulna, representando o mais lateral 
dos músculos do 1º plano do compartimento anterior do antebraço. Este músculo entra na composição do limite medial 
da fossa cubital. É um importante ponto de referência para o encontro do N. mediano, uma vez que é perfurado por ele 
quando este nervo transita em direção ao antebraço. 
 
21. Músculo Flexor Radial do Carpo 
 O músculo flexor radial do carpo (FRC) é um músculo fusiforme longo, situado medialmente ao pronador 
redondo. O FRC, ao agir com o M. flexor ulnar do carpo, realiza a flexão do punho, e ao agir com os extensores radial 
longo e curto, realizam a abdução do punho. Quando age individualmente tem como principal função a flexão e a 
abdução, quase que simultaneamente do punho de forma que a mão se movimente ântero-lateralmente. 
 
 
 
Músculo Ancôneo 
 
Ponto fixo: Epicôndilo lateral do úmero 
 
Ponto móvel: Olécrano e parte mais alta da face posterior da ulna 
 
Ação: Auxilia o músculo tríceps, iniciando o movimento de extensão do antebraço, já que ele está junto da 
articulação do cotovelo. Além de ser o iniciador da extensão do antebraço, este músculo possui mais duas 
funções: estabiliza a articulação do cotovelo por trás quando o antebraço é flexionado e, durante a 
pronação do antebraço, traciona a ulna lateralmente, facilitando o giro do rádio sobre a ulna. 
Inervação: N. radial (Fascículo posterior do plexo braquial) 
Músculo Pronador Redondo 
 
Ponto fixo: (CABEÇA UMERAL) Epicôndilo Medial; (CABEÇA ULNAR) face medial da ulna distal ao 
processo coronoide. 
 
Ponto móvel: Terço médio da face lateral do rádio. 
Ação: (CABEÇA UMERAL) pronação, flexão; (CABEÇA ULNAR) pronação. 
Inervação: N. mediano (Fascículo lateral e medial do plexo braquial) 
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22. Músculo Palmar Longo 
 Pequeno músculo fusiforme, de ventre curto, facilmente identificado por apresentar um longo tendão em forma 
de fita. É um músculoinconstante na população e não apresenta função relevante, embora auxilie, em certo grau, a 
flexão do punho. É principalmente utilizado como enxerto músculo-tendinoso para correção de alguns danos no próprio 
antebraço (como para a correção da “mão caída”, fruto da lesão do nervo radial que será discutida futuramente neste 
capítulo). 
 
23. Músculo Flexor Ulnar do Carpo 
 Músculo responsável por fletir e aduzir a mão no punho quando age sozinho; flete o punho quando associado 
com o flexor radial do carpo. Uma importante particularidade deste músculo é o fato de ser inervado pelo N. ulnar, 
diferentemente dos demais músculos deste compartimento que o contém. O nervo ulnar entra no antebraço, passando 
entre as cabeças umeral e ulnar do M. flexor ulnar do carpo. Em nível do punho, a artéria ulnar e o nervo ulnar estão 
situados lateralmente a este músculo. 
 
24. Músculo Flexor Superficial dos dedos 
 É o maior músculo superficial do antebraço. O nervo mediano e a artéria ulnar entram no antebraço passando 
entre suas cabeças úmero-ulnar e radial. Perto do punho o M. flexor superficial dos dedos dá origem a quatro tendões, 
que passam profundamente ao retináculo dos Mm. flexores através do túnel do carpo até os dedos. Este músculo é 
inervado pelo N. mediano. 
 O nervo mediano, após transitar por entre as fibras do pronador redondo, aprofunda-se e percorre o antebraço 
entre os músculos flexores superficial e profundo dos dedos. No punho é que o nervo mediano se torna mais superficial, 
passando para a mão entre os tendões dos músculos flexor radial do carpo e flexor superficial dos dedos, coberto 
anteriormente pelo tendão do músculo palmar longo. 
Músculo Flexor Radial do Carpo 
 
Ponto fixo: Epicôndilo medial e fáscia do antebraço 
 
Ponto móvel: Face palmar da base do 2º metacarpal 
 
Ação: Flexão da Mão 
 
Inervação: N. mediano (Fascículo lateral e medial do plexo braquial) 
Músculo Palmar Longo 
 
Ponto fixo: Epicôndilo medial e fáscia do antebraço 
Ponto móvel: Aponeurose palmar 
Ação: flexão na articulação do cotovelo, flexão palmar 
Inervação: N. mediano (Fascículo lateral e medial do plexo 
braquial) 
Músculo Flexor Ulnar do Carpo 
 
Ponto fixo: Epicôndilo Medial (tendão flexor comum – CABEÇA 
UMERAL); olécrano (CABEÇA ULNAR) 
 
Ponto móvel: Base do V metacarpal, pisiforme e hamato. 
Ação: flexor e adutor da mão 
Inervação: N. Ulnar (Fascículo Medial do plexo braquial) 
 
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25. Músculo Flexor Profundo dos Dedos 
 É o único músculo capaz de fletir as articulações interfalangeanas distais. Este músculo apresenta inervação 
dupla, de modo que sua metade medial (ulnar) é inervada pelo N. ulnar e a metade lateral (radial) é inervada pelo N. 
mediano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26. Músculo Flexor Longo do Polegar 
 O músculo flexor longo do polegar situa-se lateralmente ao flexor profundo dos dedos e segue até a falange 
distal do polegar para agir neste dedo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27. Músculo Pronador Quadrado 
 É o músculo mais profundo do antebraço, tendo a função de ser o agonista da pronação do antebraço e iniciar a 
pronação, sendo auxiliado pelo M. pronador redondo (quando há necessidade de mais velocidade e força). O N. 
mediano, em nível de fossa cubital, envia um pequeno ramo denominado de nervo interósseo anterior, que percorre toda 
a membrana interóssea até atingir este músculo no terço distal do antebraço. 
 
 
Músculo Flexor Superficial dos Dedos 
 
Ponto fixo: Porção úmero-ulnar: epicôndilo medial (tendão 
flexor comum) e face medial do processo coronoide; porção 
radial: parte proximal da face anterior do rádio. 
 
Ponto móvel: 4 tendões na base da falange media dos dedos 
II, III, IV e V. 
Ação: Principal: flexão da falange média; Secundária: flexão da 
falange proximal. 
 
Inervação: N. mediano (Fascículo lateral e medial do plexo 
braquial) 
Músculo Flexor Profundo dos Dedos 
 
Ponto fixo: 2/3 proximais da face anterior da ulna e membrana 
interóssea. 
Ponto móvel: 4 tendões da base da falange distal dos dedos II, 
III, IV e V. 
Ação: Principal: flexão das falanges distal; secundária: flexão 
das falanges média e proximal. 
Inervação: Nn. Ulnar (metade medial) e Mediano (metade 
lateral). 
Músculo Flexor Longo do Polegar 
 
Ponto fixo: (CABEÇA RADIAL) 1/3 médio da face anterior do 
rádio; (CABEÇA UMERAL) epicôndilo medial (cabeça umeral) 
 
Ponto móvel: Falange distal do polegar 
 
 
Ação: Flexão do polegar (fletindo a falange distal) 
 
 
Inervação: N. Mediano. 
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Compartimento lateral do antebraço. 
 O compartimento lateral do antebraço é dotado de apenas três músculos sobrepostos, de modo que a ordem do 
mais superficial para o mais profundo é: Mm. braquioradial, extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do 
carpo. Todos estes três músculos são inervados pelo N. radial, porém dois deles (os últimos citados) realizam extensão, 
ao passo em que o braquioradial realiza flexão do antebraço quando este se encontra em semi-pronação. Este fato 
também representa uma exceção para os músculos inervados pelo N. radial, uma vez que, como veremos, este nervo é 
destinado à inervação da maioria dos músculos extensores do antebraço, porém, o M. braquioradial é um forte flexor 
deste segmento. 
 
28. Músculo Braquioradial 
 Este músculo, de formato fusiforme, situa-se superficialmente na face ântero-lateral do antebraço, sendo 
facilmente encontrado quando observado em seu ponto fixo ainda no braço e seguindo suas fibras até a inserção de seu 
ponto móvel no processo estiloide do rádio. Este fato é importante pois determina que o M. braquioradial não seja 
classificado como um músculo extrínseco da mão por não cruzar a articulação do punho e, portanto, não agir neste 
segmento mais distal do MS. Outra exceção importante é o fato de este músculo ser um flexor do antebraço (quando 
este segmento encontra-se em semi-pronação), mesmo sendo inervado pelo N. radial (principal nervo para a motricidade 
de músculos extensores). Este músculo é visivelmente exigido nos movimentos de cortas legumes, por exemplo. 
Profundamente a este músculo, encontramos o ramo superficial do N. radial, nervo cutâneo para a região da pele lateral 
do dorso da mão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29. Músculo Extensor Radial Longo do Carpo 
 É um músculo fusiforme, parcialmente sobreposto pelo M. braquioradial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculo Pronador Quadrado 
 
Ponto fixo: 1/3 distais da margem anterior da ulna 
Ponto móvel: 1/3 distais da margem e face anterior do rádio. 
Ação: Pronação do antebraço. 
Inervação: N. Mediano 
Músculo Braquioradial 
 
Ponto fixo: Margem lateral do úmero (crista supra-epicondilar 
lateral do úmero) 
 
Ponto móvel: extremidade distal do processo estiloide do rádio. 
 
Ação: Flexão do antebraço. 
Inervação: N. Radial (Fascículo posterior do plexo braquial) 
 
Músculo Extensor Radial Longo do Carpo 
 
 
Ponto fixo: Margem lateral do úmero e epicôndilo lateral 
Ponto móvel: Base do 2º metacarpal 
 
Ação: Extensão e abdução da mão 
 
Inervação: N. Radial (Fascículo posterior do plexo braquial) 
 
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30. Músculo Extensor Radial Curto do Carpo 
 Em um plano mais profundo ao extensor radial longo do carpo, encontramos o extensor radial curto do carpo. 
Embora seja relativamente longo, este músculo corresponde ao mais curto do compartimento lateral do antebraço 
quando comparado aos demais componentes do compartimento que o contém. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compartimento posterior do antebraço. 
 Para o estudo dos músculos do compartimento posterior do antebraço (compartimento extensor-supinador), 
dividiremos, assim como foi feito com o compartimento anterior doantebraço, em dois planos: um mais superficial e 
outro mais profundo. 
 1º Plano: Mm. extensor dos dedos, extensor do dedo mínimo, extensor ulnar do carpo, supinador. 
 2º Plano: Mm. abdutor longo do polegar, extensor curto do polegar, extensor longo do polegar, extensor do dedo 
indicador. 
 
31. Músculo Extensor dos Dedos 
 Representa o principal músculo extensor dos quatro dedos mediais, ocupando uma grande parte da face 
posterior do antebraço. Para os dedos indicador e mínimo, a extensão é auxiliada por músculos extensores próprios 
(Mm. extensor do dedo indicador e extensor do dedo mínimo, respectivamente). Já para os dedos médio e anular, 
apenas este músculo confere a sua extensão. 
 
 
32. Músculo Extensor do dedo Mínimo 
 É um músculo que faz parte do grupo funcional responsável pela extensão do dedo mínimo, sendo esta função 
realizada com auxílio do M. extensor dos dedos. Após exercer sua função, basicamente no 5º dedo, contribui para 
extensão da mão. 
 
Músculo Extensor Radial Curto do Carpo 
 
 
Ponto fixo: Epicôndilo lateral do úmero (tendão extensor 
comum) 
 
Ponto móvel: Base do 3º metacarpal 
 
Ação: Extensão e abdução da mão 
 
Inervação: N. Radial (Fascículo posterior do plexo braquial) 
Músculo Extensor dos Dedos 
 
 
Ponto fixo: Epicôndilo lateral do úmero (tendão extensor 
comum) 
 
Ponto móvel: Aponeurose dorsal do 2º ao 5º dedo 
Ação: Extensão e abdução para o lado ulnar (articulação radial 
cárpica), extensão (articulação metacarpofalangica), extensão 
(articulação interfângica V) 
Inervação: N. Radial (Fascículo posterior do plexo braquial) 
 
Músculo Extensor do dedo Mínimo 
 
 
Ponto fixo: Epicôndilo lateral do úmero (tendão extensor comum) 
 
Ponto móvel: Aponeurose dorsal do dedo mínimo 
Ação: Estende o dedo mínimo na articulação metacarpofalângica . 
Inervação: N. interósseo posterior (continuação do ramo profundo 
do nervo radial) 
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33. Músculo Extensor Ulnar do Carpo 
 O músculo extensor ulnar do carpo, com formato de uma alça de músculo fusiforme, é responsável não só pela 
extensão do carpo, mas também pela adução da mão, ao agir isoladamente na articulação do punho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34. Músculo Supinador 
 O supinador é um pequeno músculo situado profundamente na fossa cubital, formando seu assoalho juntamente 
com o M. braquial. O ramo profundo do N. radial segue perfurando suas fibras e se aprofunda, para alcançar o colo do 
rádio (local onde pode ser lesionado). O supinador é considerado o agonista primário para supinação lenta, 
principalmente quando o antebraço está estendido. Já o bíceps braquial funciona como agonista primário durante a 
supinação rápida e forçada contra resistência quando o antebraço é fletido (no ato de girar um parafuso, por exemplo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35. Músculo Abdutor Longo do Polegar 
 Músculo fusiforme e, como o próprio nome já indica, age na mão, sendo portanto, assim como muitos músculos 
do antebraço, classificado como músculo extrínseco da mão. Está situado imediatamente distal ao M. supinador, 
intimamente relacionado ao M. extensor curto do polegar. 
 
36. Músculo Extensor Longo e Curto do Polegar 
 Os músculos extensor longo e curto do polegar são músculos do antebraço que agem estendendo a articulação 
interfalangeananana do polegar. Além disso, os tendões dos Mm. extensor longo do polegar, extensor curto do polegar e 
abdutor longo do polegar formam uma importante fossa situada na região póstero-lateral da mão, denominada 
tabaqueira anatômica (mais evidente quando o polegar está em extensão). A tabaqueira serve como ponto de 
Músculo Extensor Ulnar do Carpo 
 
 
Ponto fixo: (CABEÇA UMERAL) epicôndilo lateral; (CABEÇA 
ULNAR) face posterior da ulna. 
Ponto móvel: Face dorsal da base do 5º metacarpal 
Ação: extensão e adução radioulnar (articulação radial cárpica) 
Inervação: N. Radial 
Músculo Supinador 
 
Ponto fixo: (1) Epicôndilo lateral do úmero; (2) Ligamento colateral e 
anular do rádio; (3) Crista da ulna; (4) Fossa do músculo supinador.
 
Ponto móvel: Face anterior do rádio 
Ação: Supinação junto ao bíceps braquial. 
Inervação: Ramo profundo do N. Radial (N. interósseo posterior) 
Músculo Abdutor Longo do Polegar 
 
Ponto fixo: Face posterior da ulna, rádio e membrana interóssea 
(½ proximais) 
 
Ponto móvel: Base do 1º metacarpal 
Ação: Abduz o polegar e estende-o na articulação 
carpometacarpal 
Inervação: Ramo profundo do N. Radial (N. interósseo posterior) 
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referência para aferir a pulsação da artéria radial na mão, importante pois esta aferência reflete a pulsação da própria 
artéria braquial do paciente, servindo como um ótimo indicador de sinais vitais. 
 
 
37. Músculo Extensor do Dedo Indicador 
 Apresenta um ventre estreito e alongado, situando-se medialmente ao extensor longo do polegar. Este músculo 
confere certa independência à extensão do dedo indicador, ajudando ainda a estender a mão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O fato dos dedos indicador e mínimo apresentarem músculos extensores próprios, garante maior independência 
a estes dois dedos quando em relação ao M. extensor dos dedos. Este fato é provado em casos de facadas no 
terço posterior mais distal do antebraço, por exemplo, quando o elemento cortante atinge apenas as fibras do M. 
extensor dos dedos. Nota-se, com isso, que o indivíduo torna-se incapaz de estender os dedos médio e anular, 
mas ainda consegue, de maneira limitada, estender o dedo indicador e mínimo. Não se pode explicar este fato 
por lesão nervosa uma vez que todos estes músculos envolvidos são inervados pelo mesmo nervo (o N. radial) e 
uma vez lesado, todos estes movimentos estariam prejudicados. 
 
 
MÚSCULOS DA MÃO 
 Cada eminência da mão corresponde a um grupo muscular recoberto por sua respectiva fáscia. As eminências 
são: a eminência tenar, onde há os músculos curtos ou pequenos do polegar; a eminência hipotenar, onde há os 
músculos curtos do dedo mínimo; e uma região intermédia, a região palmar (compartimento central e inter-ósseo), onde 
estão localizados os chamados músculos curtos da mão. Assim como foi feito até então, o estudo do componente 
muscular da mão será dividido por tais compartimentos na forma de eminências. 
 
MÚSCULOS DA EMINÊNCIA TENAR 
 Os músculos localizados na eminência tenar são: o abdutor curto do polegar, o flexor curto do polegar (dotados 
de duas cabeças sobrepostas) e, profundamente a estes, o oponente do polegar. O músculo adutor do polegar, de 
formato triangular, não está propriamente localizado na eminência tenar, mas está associado funcionalmente a ela. 
Todos os músculos do compartimento tenar têm origem no retináculo dos músculos flexores e nos tubérculos do 
escafoide e trapézio. 
 
 
 
Músculos Extensor Curto do Polegar e Extensor Longo do Polegar 
 
Ponto fixo: (EXTENSOR CURTO) Face posterior do rádio, 
membrana inter-óssea; (EXTENSOR LONGO) 1/3 medial da 
face posterior da ulna, membrana inter-óssea. 
Ponto móvel: (EXTENSOR CURTO) Falange proximal do 
polegar; (EXTENSOR LONGO) Falange distal do polegar 
Ação: (EXTENSOR CURTO) extensão da falange proximal do 
polegar; (EXTENSOR LONGO) extensão da falange distal do 
polegar. 
Inervação: Ramo profundo do N. Radial (N. inter-ósseo 
posterior) 
Músculo Extensor do Dedo Indicador 
 
Ponto fixo: Face posterior da ulna (terço distal) e membrana 
inter-óssea 
Ponto móvel: Aponeurose dorsal do indicador 
Ação: Extensão do 2º dedo e ajuda a estender a mão no punho. 
 
Inervação: Ramo profundo do N. Radial (N. inter-ósseo 
posterior) 
 
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38. Músculo Palmar Curto 
 É um pequeno e delgado músculo presente no tecido subcutâneo da região hipotênar. Este músculo é 
importante por encobrir e proteger onervo e a artéria ulnares. Além de ser um músculo inconstante na população, pode 
ser facilmente retirado durante a dissecação da mão. 
 
39. Músculo Abdutor Curto do Polegar 
 É o mais lateral dos músculos na região tênar, quando comparado, inclusive, ao flexor curto do polegar. Logo 
rente às suas fibras mais laterais, é fácil de encontrar o tendão do músculo abdutor longo do polegar, músculo do 
antebraço que, como já vimos, entra na composição da tabaqueira anatômica. 
 
40. Músculo Flexor Curto do Polegar 
 Assim como o M. abdutor curto do polegar, o flexor curto do polegar é um músculo da camada superficial da 
região tênar da mão, estando localizado medialmente ao primeiro. Tem como função a flexão do polegar nas 
articulações carpometacarpais e metacarpofalangeananas. Apresenta ainda duas cabeças sobrepostas: sua cabeça 
mais superficial é inervada pelo ramo recorrente do nervo mediano e a sua cabeça mais profunda por um ramo palmar 
profundo do nervo ulnar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41. Músculo Oponente do Polegar 
 O M. oponente do polegar apresenta um formato achatado e quadrangular, localizado na camada mais profunda 
da região tênar, abaixo mesmo dos dois músculos pré-citados. É responsável por realizar a oposição do polegar, o 
movimento mais importante deste dedo, de cunho exclusivo da raça humana. 
 
 
 
 
Músculo Palmar Curto 
 
Ponto fixo: Aponeurose palmar 
Ponto móvel: Camada profunda da derme da eminência 
hipotenar 
Ação: Pregas transversais na região hipotenar 
 
Inervação: N. ulnar. 
 
Músculo Abdutor Curto do Polegar 
 
Ponto fixo: Retináculo dos Mm. flexores e tubérculos do 
escafoide e trapézio 
Ponto móvel: Face lateral da base da falange proximal do 
polegar 
 
Ação: Abduz o polegar e ajuda à opô-lo. 
 
Inervação: N. mediano 
Músculo Flexor Curto do Polegar 
 
Ponto fixo: Retináculo dos Mm. flexores e tubérculos do 
escafoide e trapézio. 
Ponto móvel: Face lateral da base da falange proximal do 
polegar 
 
Ação: Flete o polegar 
 
Inervação: (PARTE SUPERFICIAL) ramo recorrente do nervo 
mediano; (PARTE PROFUNDA) ramo profundo do nervo ulnar. 
 
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42. Músculo Adutor do Polegar 
 É um músculo profundo, triangular, que lembra o formato de um leque. Este músculo apresenta duas cabeças 
com pontos fixos separados pela artéria radial quando esta deixa a tabaqueira anatômica para se aprofundar e formar o 
arco palmar profundo, junto ao ramo palmar profundo (oriundo da artéria ulnar). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos da eminência hipotênar. 
 Na eminência hipotênar da mão, encontramos músculos relacionados com o dedo mínimo, que são eles: abdutor 
do dedo mínimo, flexor do dedo mínimo e oponente do dedo mínimo, os quais são todos inervados pelo nervo ulnar. 
 
43. Músculo Abdutor do Dedo Mínimo 
 É o músculo mais superficial e lateral dos três que formam a eminência hipotênar. É responsável por abduzir o 
dedo mínimo além de ajudar a fletir sua falange proximal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44. Músculo Flexor Curto do Dedo Mínimo 
 É um músculo delgado de tamanho variável que se situa medialmente ao músculo abdutor do dedo mínimo. 
Flete a falange proximal do 5º dedo na articulação metacarpofalangeana. 
 
 
 
 
 
Músculo Oponente do Polegar 
 
Ponto fixo: Retináculo dos Mm. flexores e tubérculos do 
escafoide e trapézio. 
Ponto móvel: Face lateral do 1º metacarpal 
Ação: Leva o 1º metacarpal medialmente até o centro da palma 
e gira-o medialmente 
Inervação: ramo recorrente do nervo mediano 
Músculo Adutor do Polegar 
 
Ponto fixo: Bases do 2º e 3º metacarpais, capitato e carpais 
adjacentes. 
Ponto móvel: Face medial da base da falange proximal do 
polegar 
 
Ação: Aduz o polegar em direção à região mais lateral da palma 
da mão. 
 
Inervação: ramo profundo do nervo ulnar. 
 
Músculo Abdutor do Dedo Mínimo 
 
Ponto fixo: Pisiforme. 
Ponto móvel: Face medial da base da falange proximal do 
dedo mínimo. 
 
Ação: Abduz o dedo mínimo e ajuda na flexão. 
Inervação: N. ulnar. 
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45. Músculo Oponente do Dedo Mínimo 
 Situado profundamente aos outros músculos do compartimento hipotênar, este músculo gira o 5º metacarpal 
lateralmente colocando o dedo mínimo em oposição ao polegar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compartimento central e interósseo da mão. 
 No compartimento central da mão localizam-se os chamados músculos curtos da mão, que são eles: músculos 
lumbricais e os interósseos. 
 
46. Músculos Lumbricais 
 São quatro os chamados músculos lumbricais, assim denominados por sua forma comprida, semelhante ao 
helminto da espécie Ascaris lumbricoides. Estes músculos estão fixados aos tendões do músculo flexor profundo dos 
dedos. O nervo mediano inerva o 1° e o 2° lumbricais ao passo em que o nervo ulnar inerva o 3° e o 4° lumbricais 
(importante para entender a lesão da “mão em garra” e “mão em benção”, explanadas no capítulo de inervação do MS). 
A ação destes músculos é a de flexão das falanges proximais e extensão das falanges médias e distais, porque o tendão 
destes músculos vai se espiralizando pelos dedos. 
 
 
 
47. Músculos Interósseos Palmares 
 São três músculos interósseos localizados nas superfícies palmares dos metacarpais, no compartimento inter-
ósseo da mão. Os três interósseos palmares realizam a adução dos dedos (para melhor memorização: Palmares 
realizam Adução  PAD). 
Músculo Flexor Curto do Dedo Mínimo 
 
Ponto fixo: hâmulo do hamato e retináculo dos músculos 
flexores. 
Ponto móvel: Face medial da base da falange proximal do 
dedo mínimo. 
Ação: flete o dedo mínimo (falange proximal). 
 
Inervação: N. ulnar. 
Músculo Oponente do Dedo Mínimo 
 
Ponto fixo: hâmulo do hamato e retináculo dos músculos 
flexores. 
Ponto móvel: margem medial do 5º metacarpal. 
Ação: desloca o 5º metacarpal anteriormente, girando-o 
lateralmente colocando em oposição com o polegar. 
 
Inervação: N. ulnar. 
 
Músculos Lumbricais (1º ao 4º) 
 
Ponto fixo: (1º e 2º) dois tendões laterais do flexor profundo 
dos dedos; (3º e 4º) três tendões mediais do flexor profundo dos 
dedos. 
Ponto móvel: Faces laterais das expansões extensoras dos 2º 
- 5º dedos. 
Ação: Fletem as articulações metacarpofalangeanas; estendem 
as articulações interfalangeanas dos 2º - 5º dedos. 
 
Inervação: (1º e 2º) N. mediano; (2º e 4º) Ramo profundo do 
nervo ulnar. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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48. Músculos Interósseos Dorsais 
 São quatro os músculos interósseos localizados nas profundidades do compartimento interósseo da mão. Os 
quatro interósseos dorsais realizam a abdução dos dedos (para melhor memorização: Dorsais realizam Abdução  
DAB). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INERVAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR 
 Toda inervação dos segmentos do membro superior é 
derivada de uma complexa formação nervosa denominada plexo 
braquial. O plexo braquial consiste em uma ampla rede nervosa que 
brota no íntimo de dois músculos do pescoço (Mm. escaleno anterior e 
escaleno médio), se estendendo do pescoço à axila. Este plexo é 
formado por quatro segmentos medulares cervicais inferiores e um 
torácico alto. Para ser mais específico, o plexo braquial brota dos 
ramos anteriores dos nervos espinhais correspondentes aos 
segmentos C5, C6, C7, C8 e T1 da medula espinhal. 
 Os ramos terminais que brotam do plexo braquial podem ser 
classificados como nervos multisegmentares por possuírem axônios 
originados de múltiplos segmentos medulares que, uma vez reunidos, 
irão constituir plexos. Estes nervos carregam, portanto, axônios de 
neurônios cujos corpos estão localizados em vários segmentos da 
medula espinhal. Para entender melhor esta classificação, lembremos 
a classificação dos nervos intercostais, que diferentemente dos nervos

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