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Fichamento Mitos, emblemas e sinais morfologia e história Teoria e Metodologia da História 1

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Fichamento – Teoria e Metodologia da História 1
GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas e sinais morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
Capítulo – Sinais – raízes de um paradigmas indiciário
1. Biografia do autor e obras:
2. Resumo:
3. Identificar os objetivos principais: listá-los em forma de citação.
a)- Nessas páginas tentarei mostrar como, por volta do final do século XIX, emergiu silenciosamente no âmbito das ciências humanas um modelo epistemológico ao qual até agora não se prestou suficiente atenção. A análise desse paradigma, amplamente operante de fato, ainda que não teorizado explicitamente, talvez possa ajudar a sair dos incômodos da contraposição entre “racionalismo” e “irracionalismo” – Pg. 143.
4. Identificação do tema: o tema não é o problema ou o objetivo do texto, mas o assunto que está sendo tratado. Por isso é só listar os temas principais abordados pelo (s) autor/es.
5. Tese (s) do autor (es): nem sempre a tese está explicita, nem mesmo no início do texto; ela pode estar nas entrelinhas ou no final do texto.
a)- Pelo contrário, é necessário examinar os pormenores mais negligenciáveis, e menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia: os lóbulos das orelhas, as unhas, as formas dos dedos das mãos e dos pés – Pg. 144.
b)- Método de Morelli – É o próprio Freud a indica-lo: a proposta de um método interpretativo centrado sobre os resíduos, sobre os dados marginais, considerados reveladores – Pg. 149.
c)- [...] uma atitude orientada para a análise de casos individuais, reconstruíveis somente através de pistas, sintomas, indícios. Os próprios textos de jurisprudência mesopotâmicos não consistem em coletâneas de leis ou ordenações, mas na discussão de uma casuística concreta – Pg. 154.
d)- O emprego da matemática e o método experimental, de fato, implicavam respectivamente a quantificação e a repetibilidade dos fenômenos, enquanto a perspectiva indidualizante excluía por definição a segunda, e admitia a primeira apenas em funções auxiliares. Tudo isso explica por que a história nunca conseguiu se tornar uma ciência galileana – Pg. 156.
e)- Mesmo que o historiador não possa deixar de se referir, explícita ou implicitamente a séries de fenômenos comparáveis, a sua estratégia cognoscitiva assim como os seus códigos expressivos permanecem intrinsecamente individualizantes (mesmo que o indivíduo seja talvez um grupo social ou uma sociedade inteira). Nesse sentido, o historiador é comparável ao médico, que utiliza os quadros nosográficos para analisar o mal específico de cada doente. E, como o do médico, o conhecimento histórico é indireto, indiciário e conjectural – Pg. 157.
f)- Esse acontecimento interno da disciplina foi escondido por duas censuras históricas decisivas: a invenção da escrita e a da imprensa – Pg. 157.
g)- Em primeiro lugar, não bastava catalogar todas as doenças até compô-las num quadro ordenado: em cada indivíduo, a doença assumiria características diferentes. Em segundo lugar, o conhecimento das doenças permanecia indireto, indiciário: o corpo vivo, era por definição, inatingível – Pg. 166.
h)- O tapete é o paradigma que chamamos a cada vez, conforme os contextos, de venatório, divinatório, indiciário e semiótico. Trata-se, é claro, de adjetivos não sinônimos, que no entanto remetem a um “modelo epistemológico” comum, articulado em disciplinas diferentes muitas vezes ligadas entre si pelo empréstimo de métodos ou termos-chaves – Pg. 170.
i)- A distinção entre natureza (inanimada ou viva) e cultura é fundamental – certamente mais que aquela, infinitamente mais superficial e mutável, entre disciplinas individuais – Pg. 171.
6. Ideias
a)- Os artigos propunham um novo método para a atribuição dos quadros antigos, que suscitou entre os historiadores da arte reações contrastantes e vivas discussões – Pg. 144.
b)- Os museus, diziam Morelli, estão cheios de quadros atribuídos de maneira incorreta – Pg. 144.
c)- O renovado interesse pelos trabalhos de Morelli é mérito de Wind, que viu neles um exemplo típico da atitude moderna em relação à obra de arte – atitude que leva a apreciar pormenores, de preferência à obra em seu conjunto – Pg. 145.
d)- Eles são salpicados de ilustrações de dedos e orelhas, cuidadosos registros das minúcias características que traem a presença de um determinado artista, como um criminoso é traído pelas suas impressões digitais...qualquer museu de arte estudado por Morelli adquire imediatamente o aspecto de um museu criminal – Pg. 145.
e)- “A alguns dos críticos de Morelli parecia estranho o ditame de que a ‘personalidade deve ser procurada onde o esforço pessoal é menos intenso’. Mas sobre este ponto a psicologia moderna estaria certamente ao lado de Morelli: os nossos pequenos gestos inconscientes revelam nosso caráter mais do que qualquer atitude formal, cuidadosamente preparada por nós” – Pg. 146.
f)- Creio que o seu método está estreitamente aparentado à técnica da psicanálise médica – Pg. 147.
g)- Freud declarou de maneira ao mesmo tempo explícita e reticente a considerável influência intelectual que Morelli exerceu sobre ele, numa fase muito anterior à descoberta da psicanálise – Pg. 148.
h)- O segundo encontro de Freud com os textos de Morelli é datável com uma precisão talvez maior. O verdadeiro nome de Ivan Lermolieff tornou-se público pela primeira vez no frontispício da tradução inglesa, publicada em 1883, dos ensaios que acabamos de citar; nas reedições e traduções posteriores a 1891 (data da morte de Morelli) aparecem tanto o nome como o pseudônimo – Pg. 149.
i)- Desse modo, pormenores considerados sem importância, ou até triviais, “baixos” forneciam a chave para aceder aos produtos mais elevados do espírito humano – Pg. 150.
j)- Além disso, esses dados marginais, para Morelli eram reveladores porque constituíam os momentos em que o controle do artista, ligado à tradição cultural, distendia-se para dar lugar a traços puramente individuais – Pg. 150.
k)- A resposta à primeira vista é muito simples. Freud era um médico; Morelli formou-se em medicina. Conan Doyle havia sido médico antes de dedicar-se à literatura. Nos três casos, entrevê-se o modelo da semiótica médica; disciplina que permite diagnosticar as doenças inacessíveis à observação direta na base de sintomas artificiais, às vezes, irrelevantes aos olhos do leigo – Pg. 151.
l)- através de indícios mínimos, puderam reconstruir o aspecto de um animal que nunca viram [...] O caracteriza esse saber é a capacidade de, a partir de dados aparentemente negligenciáveis, remontar a uma realidade complexa não experimentável diretamente – Pg. 152.
m)- Talvez a própria ideia de narração (distinta do sortilégio, do esconjuro ou da invocação) tenha nascido pela primeira vez numa sociedade de caçadores a partir da experiência da decifração das pistas – Pg. 152.
n)- Por outro lado, se se abandona o âmbito dos mitos e hipóteses pelo da história documentada, fica-se impressionado com as inegáveis analogias entre o paradigma venatório que delineamos e o paradigma implícito nos textos divinatórios mesopotâmicos redigidos a partir do terceiro milênio a.C. em diante – Pg. 152.
o)- Porém a atitude cognoscitiva era, nos dois casos, muito parecida: as operações intelectuais envolvidas – análises, comparações, classificações – fortemente idênticas – Pg. 153.
p)- Essa noção profundamente abstrata de texto explica por que a crítica textual, mesmo se mantendo largamente divinatória, tinha em si potencialidade de desenvolvimento em sentido rigorosamente científico que amadureceriam durante o século XIX – Pg. 158.
q)- Galileu, pelo contrário, ressaltou que a “filosofia...escrita neste enorme livro que está continuamente aberto diante de nossos olhos (digo o universo)...não se pode entender se antes não se aprender a língua, conhecer os caracteres nos quais está escrito”, isto é, “triângulos, círculos e outras figuras geométricas” – Pg. 158.
r)- Com essa frase Galileuimprimia à ciência da natureza uma guinada em sentido tendencialmente antiantropocêntrico e antiantropomórfico que ela não viria mais a abandonar – Pg. 158.
s)- Já vimos antes que as guinadas históricas pelas quais a noção de texto escrito foi depurada de uma série de elementos considerados não-pertinentes [...] o primeiro problema que ele colocava era o da datação das pinturas [...] Ele se deteve, pelo contrário, no pressuposto da nova disciplina: a diversidade, ou melhor, a singularidade inimitável das escritas individuais – Pg. 159.
t)- O seu grau de cientificidade na acepção galileana do termo, decrescia brucamente, à medida que das “propriedades” universais da geometria passava-se às “propriedades comuns do século” das escritas e, depois, às “propriedades próprias individuais” das pinturas – ou até das caligrafias – Pg. 163.
u)- O conhecimento individualizante é sempre antropocêntrico, etnocêntrico e assim por diante especificando – Pg. 164.
v)- [...] definiu como “método de Zadig” o procedimento que reunia história, a arqueologia, a geologia, a astronomia física e a paleontologia: isto é, a capacidade de fazer profecias retrospectivas – Pg. 169.
x)- Se as pretensões de conhecimento sistemático mostram-se cada vez mais como veleidades, nem por isso a ideia da totalidade deve ser abandonada [...] Se a realidade é opaca, existem zonas privilegiadas – sinais, indícios – que permitem decifrá-la – Pg. 177.
z)- A orientação quantitativa e antiantropocêntrica das ciências da natureza a partir de Galileu colocou as ciências humanas num desgradável dilema: ou assumir um estatuto científico frágil para chegar a resultados relevantes, ou assumir um estatuto científico forte para chegar a resultados de pouco relevância – Pg. 178.
7. Problematizações principais
8. Listar fontes e os principais autores
9. Síntese crítica

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