Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aluna: Cristine Sales Artrite Encefalite Caprina Introdução Enfermidade multisistêmica crônica Provocada pelo Retrovírus envelopado tipo C É do gênero lentivírus Afeta principalmente o sistema nervoso, articulações, pulmões e glândulas mamárias Alta incidência de perdas econômicas Devido à baixa na qualidade e produção leiteira Perda progressiva de peso Descarte prematuro Artrite Encefalite Caprina O Vírus O vírus da artrite encefalite caprina (VEAC) tem sua multiplicação nas células do sistema imunológico (macrófagos) Líquido sinovial Pulmões Sistema nervoso central Glândula mamária. Possui alta taxa de multiplicação Por serem envelopados, esses vírus são relativamente de fácil inativação por solventes ou detergentes lipídicos, aquecimento, etc. Epidemiologia Maior prevalência no Nordeste Imunidade? A infecção já foi descrita em várias partes do mundo como Europa, África, Oceania e o continente americano Não tem prevalência sobre raça ou idade Reservatório: Animais Infectados Transmissão Via Vertical ou Horizontal Via Vertical – Transplacentária e colostro (principal) Via Horizontal – secreções ou excreções do trato respiratório e digestivo (contato direto ou indireto) Via oronasal e via venérea - Saliva, fezes, sêmen (acasalamento ou I.A), trato urogenital Fômites - Ordenhadeira, agulhas e outros objetos contaminados *Longo período de contato com secreções de animais doentes* Falta de fiscalização na comercialização e trânsito de animais vivos O Vírus da Artrite Encefalite Caprina é transmitido por Inseminação Artificial Por Kelma Costa de Souza , Alice Andrioli e Raymundo Rizaldo Pinheiro Comprovada a presença do Vírus da Artrite Encefalite Caprina (CAEV) no sêmen de caprinos naturalmente e experimentalmente infectados, A monta natural e a inseminação artificial representam um risco na transmissão do CAEV. A comprovação da transmissão do vírus pelo sêmen via Inseminação Artificial ocorreu em um estudo realizado entre Outubro de 2008 e Outubro de 2009, Embrapa Caprinos e Ovinos, Sobral-CE Fonte: Assessoria de Imprensa http://meatworld.com.br/noticias/post/o-virus-da-artrite-encefalite-caprina-e-transmitido-por-inseminacao-artificial ESTUDO/PESQUISA O Vírus da Artrite Encefalite Caprina é transmitido por Inseminação Artificial Por Kelma Costa de Souza , Alice Andrioli e Raymundo Rizaldo Pinheiro ESTUDO 30 cabras sem raça definida soronegativas para CAE Inseminadas com sêmen de um reprodutor caprino também soronegativo Adicionado o vírus com diferentes cargas virais por dose de sêmen 10 das cabras receberam o sêmen com uma carga viral alta 10 receberam com carga viral baixa 10 foram inseminadas com sêmen livre do vírus para controle negativo. Exame clínico geral e testes de diagnóstico Imunodifusão em Gel de Agarose (IDGA) e Western Blot (WB). Trinta dias após as inseminações, 14 das cabras inseminadas com o sêmen contaminado tornaram-se soropositivas para o vírus da CAE. Doze meses após as inseminações todas as que receberam o sêmen com o vírus estavam soropositivas, enquanto que as do grupo controle continuaram livre do vírus. Fonte: Assessoria de Imprensa http://meatworld.com.br/noticias/post/o-virus-da-artrite-encefalite-caprina-e-transmitido-por-inseminacao-artificial O Vírus da Artrite Encefalite Caprina é transmitido por Inseminação Artificial Por Kelma Costa de Souza , Alice Andrioli e Raymundo Rizaldo Pinheiro RESULTADOS Fica comprovada a transmissão do vírus pelo sêmen, demonstrando que a via venérea também é fonte de infecção. No entanto, como o sêmen foi contaminado experimentalmente, Sêmen de reprodutores naturalmente infectados, ainda devem ser testados A carga viral varia dependendo de fatores internos e externos ao animal. Fonte: Assessoria de Imprensa http://meatworld.com.br/noticias/post/o-virus-da-artrite-encefalite-caprina-e-transmitido-por-inseminacao-artificial Patogenia Penetração do vírus nas células alvo (monócitos, macrófagos e células dendriticas) Vírus produz o DNA proviral utilizando a enzima transcriptase reversa O DNA é integrado ao genoma do hospedeiro Causa uma infecção persistente As células alvo infectadas, presentes na mucosa, migram para os linfonodos regionais Causando infecção dos macrófagos Atinge os vários tecidos Pulmão, líquido sinovial, sistema nervoso central e glândula mamaria (principais acometidos) O vírus se prolifera rapidamente Induzindo uma vigorosa resposta imune (responsável pelos sinais de inflamação) O vírus pode comprometer o sistema imune do animal Favorecendo infecções secundarias bacterianas e parasitárias 9 Sinais Clínicos A maioria dos animais infectados permanecem assintomáticos Os sinais clínicos podem ser primários ou secundários Sinais clínicos primários (mais comuns) ação viral no tecido resposta imune Sinais clínicos secundários ação imunossupressora do vírus infecções oportunistas Cabrito infectado pelo vírus da CAE apresentando a forma clínica nervosa da enfermidade: tetraparesia Sinais Clínicos Mais comum: Artrite Animais mais velhos Aumento de volume da articulação (do carpo - um ou ambos os membros anteriores) Inflamação com espessamento da capsula articular dificuldade de locomoção e claudicação Sinais neurológicos Menos comum (animais jovens) Leucoencefalomielite Paresia Tetraparesia Ataxia secundaria dos posteriores, andar em círculo, cegueira, nistagmo, tremores e inclinação da cabeça Sistema respiratório Pneumonia intersticial crônica Aumento da frequência respiratória, intolerância ao exercício, dispneia e tosse seca Caprino infectado pelo vírus da CAE apresentando a forma clínica articular da enfermidade: artrite da articulação do carpo Diagnóstico É uma enfermidade de notificação obrigatória Os testes sorológicos podem ser realizados apenas em animais com mais de seis meses de idade, tendo validade de até três meses Rotineiramente: Teste de imunodifusão em gel de Agar (IDGA) ELISA Western blot Dot blot PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) - detecção da presença do material genético do vírus deve ser utilizado em associação com os testes sorológicos pode ser útil para comprovar a real existência do RNA proviral no sangue, sêmen e outros tecidos Padrão pela Organização Mundial de Saúde Animal IDGA e ELISA Laboratórios credenciados Diagnóstico Pouca utilização prática: Isolamento viral, imuno-histoquímica e a histopatologia dos órgão acometidos Podem existir animais soronegativos, porém infectados com o vírus, apenas ainda não apresentaram resposta imune humoral. Formas de diagnóstico limitadas no Brasil Inexistência de laboratórios credenciados para controle das lentiviroses de pequenos ruminantes Dificulta o diagnóstico da enfermidade. Tratamento Não há tratamento especifico nem vacinas para a AEC A maioria dos animais que apresenta a sintomatologia são descartados ou sacrificados Claudicação Decúbito Perda de peso Queda na produção Controle e Profilaxia A implantação de um programa sanitário Evitar a introdução e disseminação de agentes infecciosos no rebanho No Brasil foi criado, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no ano de 2004, o Plano Nacional de Vigilância e Controle de Lentiviroses de Pequenos Estabelece normas para transito de animais, para participação em eventos agropecuários, além de estabelecer medidas para certificação de propriedades livres de CAE. A primeira medida a ser adotada em um programa de controle da CAE é determinar a prevalência no rebanho Colheita de sangue destinada a realização dos testes sorológicos Abate ou isolamentoe restrição da movimentação dos animais positivos Controle e Profilaxia Diagnóstico preciso é fundamental. Legislação Brasileira - Não é permitido à realização de reteste para os animais considerados positivos A compra e introdução de novos animais no plantel - quarentena de até seis meses, devendo, nesse período, serem realizados dois testes para lentiviroses Ordenha: Primeiro as fêmeas jovens negativas Segundo as fêmeas adultas negativas Por fim as fêmeas positivas Machos doadores de sêmen - identificação do DNA proviral no sêmen - risco de transmissão (tanto por meio da monta natural, como por meio da inseminação artificial) Transferência de embriões - excelente ferramenta para controle da enfermidade. Por fim, a certificação de uma propriedade como livre de lentiviroses é obtida utilizando-se as técnicas de PCR e Western Blot, o que difere do recomendado como teste padrão: PCR e ELISA Obrigada!
Compartilhar