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DireitoEconmicoAula10

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Unimonte – 2º Período
Profª Ariane Lima
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“Pretendeu operar uma profunda mudança nessa concepção econômico-intervencionista do Estado, estabelecendo, em suas diretrizes, um regime bem mais liberal do que o anteriormente vigente, reiterando a adoção do sistema capitalista de economia descentralizada, baseada, pois, no mercado.” (André Ramos Tavares)
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Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
V - produção e consumo;
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
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Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
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Valorização do trabalho humano
Livre iniciativa
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Assegurar a todos existência digna
conforme os ditames da justiça social
Artigo 3° – Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
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Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
A expressão “justiça social” foi consagrada com Pio XII em sua Encíclica “Quadragésimo anno”.
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Na lição de Oscar Dias Corrêa justiça social “implica melhoria das condições de repartição dos bens, diminuição das desigualdades sociais, com a ascensão das classes menos favorecidas. Não é objetivo que se alcance sem continuado esforço, que atinja a própria ordem econômica e seus beneficiários.”
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Artigo 1°, inciso III:
A República Federativa do Brasil ... tem como fundamentos:
...
III – a dignidade da pessoa humana
V – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
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Abuso do poder econômico:
“Poder econômico consiste na detenção, em alta escala, dos meios de produção e ocorre estar concentrado em um grupo de pessoas ou em um grupo de empresas, ou estar nas mãos de uma pessoa só.” (Guilherme Canedo de Magalhães)
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Art. 173, § 4°:
A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.”
Leis 8.137/90, 8176/91 (crimes contra a ordem tributária, econômica e relações de consumo)
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Dominação do mercado: “é a situação de poder impor o preço de mão-de-obra, de matéria-prima ou de produto, ou de regular, a seu talante, as ofertas.” (Pontes de Miranda)
Significa estar em condições de impor sua vontade sobre o mercado (Celso R.Bastos)
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Eliminação da concorrência: “devem ser livres as ofertas e as procuras; por isso mesmo, toda ação, ou série de ações, que, em vez de ser para obter, lealmente, os mercados, se sirva da eliminação da concorrência, lhe parece nociva.” (Pontes de Miranda)
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“é o enriquecimento abusivo do agente, sem causa que o justifique perante o mercado, representando extração indevida da renda do consumidor para o agente distribuidor e/ou produtor.” (Leonardo Vizeu Figueiredo)
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Caráter dúplice – garantia negativa de que a pessoa não será alvo de ofensas ou humilhações, mas também agrega a afirmação positiva do pleno desenvolvimento da personalidade de cada indivíduo. (Peres Luño, Werner Maihofer)
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No campo econômico – garantia de condições mínimas de subsistência, direito à velhice, direitos da previdência social.
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No plano econômico, impõe que o Brasil não seja dependente principalmente dos países mais desenvolvidos. 
Os problemas econômicos já ultrapassaram os limites nacionais, já são problemas internacionais (Themístocles Brandão Cavalcanti)
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Soberania nacional e desenvolvimento nacional: o país não pode, em termos de produção capitalista, ser dependente de outro.
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O Estado não deve restringir o exercício da atividade econômica.
Significa a liberdade de entrar, permanecer e sair do mercado, sem interferências externas.
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Livre iniciativa (é a regra, que somente sofre limitações constitucionais e legais) – valores sociais do trabalho a orientar eventual intervenção:
Liberdade econômica e também todas as demais formas de organização econômicas, individuais ou coletivas, como a cooperativa.
Liberdade de empresa e a liberdade de contrato.
Liberdade de acesso ao exercício de profissões
Liberdade de associação, tendo como pressupostos o direito de propriedade, a liberdade de contratar e de comercializar. 
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Liberdade de contrato:
1. faculdade de ser parte em um contrato
2. faculdade de escolher com quem contratar
3. faculdade de escolher o tipo de negócio
4. de fixar o conteúdo segundo as convicções e conveniências das partes
5. poder de acionar o Judiciário para fazer valer as disposições contratuais
(*sujeição ao princípio da legalidade em termos absolutos)
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“Concorrência é disputar, em condições de igualdade, cada espaço com objetivos lícitos e compatíveis com as aspirações nacionais. Consiste, no setor econômico, na disputa entre todas as empresas para conseguir maior e melhor espaço no mercado.” (Carlo Barbieri Filho)
Na lição de André Ramos Tavares, livre concorrência “é a abertura jurídica concedida aos particulares para competirem entre si, em segmento lícito, objetivando o êxito econômico pelas leis de mercado e a contribuição para o desenvolvimento nacional e a justiça social.”
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Para José Afonso da Silva “não existe mais economia de mercado nem livre concorrência, desde que o modo de produção capitalista evoluiu para as formas oligopolistas. Falar hoje em economia descentralizada, como economia de mercado, é tentar encobrir uma realidade palpável de natureza diversa. A economia está centralizada nas grandes empresas e em seus agrupamentos. Daí por que se torna praticamente ineficaz a legislação tutelar da concorrência.”
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Artigos 5°, incisos XXII e XXIII, 170, incisos II e III, artigo 182, § 2°, 186, todos da C.F./88. 
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Artigo 5.
inciso XXII – é garantido o direito de propriedade;
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
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