Buscar

Espécies e Estrutura da Lei Penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIDADE II – TEORIA GERAL DA LEI PENAL
TEMA 1: LEI PENAL. ESPÉCIES. ESTRUTURA
PLANO DE AULA
4ª AULA: ESPÉCIES DE LEI PENAL. ESTRUTURA DA LEI PENAL INCRIMINADORA. LEI PENAL EM BRANCO
PREVISÃO: 3 DE SETEMBRO DE 2014 – 21h10/22h50
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ESTEFAM, André. 
TEXTO DE APOIO ANEXO: A ESTRUTURA DA LEI PENAL INCRIMINADORA. Extraído de JACOB, Unidade II, Cap. II, p. 45 a 48.
OBJETIVO: Dadas as espécies de lei penal, identificar a estrutura elíptica da lei penal incriminadora.
ROTEIRO DE AULA EXPOSITIVA.
ESPÉCIES DE LEI PENAL
1. Incriminadora (define o crime e comina a sanção)
a) completa
b) incompleta, ou lei penal em branco
2. Não incriminadora 
a) Permissiva
b) Explicativa 
ESTRUTURA DA LEI PENAL INCRIMINADORA
1. Princípio da Tipicidade.
2. Redação elíptica.
2.1 Preceito ou prescritor: implícito
a) Proibição
b) Comando
2.2 Descritor da conduta típica: explícita
a) ação (tipo comissivo)
b) omissão (tipo omissivo) 
2.3 Sanção ou pena cominada 
LEI PENAL INCRIMINADORA EM BRANCO
Leis de preceito remetido ou incompleto. 
1. Homóloga ou em sentido amplo
2.Heteróloga ou em sentido estrito. 
TEXTO DE APOIO
A ESTRUTURA DA LEI PENAL INCRIMINADORA.
À edição de norma proibitiva de conduta sob ameaça de pena também interessa o princípio da tipicidade. A forma da lei penal incriminadora é singular. 
As normas jurídicas, em geral, compõem-se de duas partes: o preceito e a sanção. No preceito encontra-se o comportamento prescrito, ou seja, o comportamento ordenado pelo Direito. Há preceitos de proibição (ordena-se a não realização de uma conduta), de obrigação (ordena-se a realização de uma conduta) e de permissão (autoriza-se a realização de uma conduta). Na sanção está a consequência que se imporá na hipótese de desobediência ao preceito. 
A lei penal incriminadora, como toda norma jurídica, também assim se constitui. Ressalve-se que seus preceitos ora são de proibição, ora são de comando. 
Ordena-se, v.g., que não se mate alguém (proibição), ou que se socorra alguém, o que é o mesmo que proibir que não se socorra alguém (comando); autoriza-se a subtrair alimentos para não morrer de fome (permissão).
A consequência jurídica determinada pela lei penal incriminadora é sempre alguma privação total ou parcial de bem jurídico do desobediente, de caráter aflitivo: a pena.
Ora, a lei penal incriminadora deve definir a conduta que pretende evitar, porque dela há de resultar dano social relevante a um bem jurídico essencial para a coexistência. Por isso, sua redação é elíptica: oculta-se o preceito, seja de proibição ou de comando. Fica implícito o que se ordena; o que se explicita é a descrição da conduta desobediente.
Exemplificando: à avaliação (caráter axiológico) de que a vida é um bem jurídico essencial à coexistência, corresponde a conclusão (caráter seletivo ou fragmentário) de que o Direito Penal deve protegê-la contra algumas condutas que possam impedir as pessoas de dispor desse bem jurídico. Fica, assim, ordenada a proibição de realizar tais condutas (preceito de proibição: não mate). Elabora-se, por fim, descritivamente, a lei penal (matar alguém é proibido sob ameaça de pena).
 Completa-se o discurso elíptico associando imediatamente à conduta desobediente (descrita no tipo) uma determinada sanção. Também aqui há uma singularidade: na lei penal incriminadora, a comunicação da pena segue-se imediatamente à descrição de uma conduta delituosa específica, que corresponde a uma prescrição de conduta preservadora de bem jurídico tutelado, de modo que, à sua leitura completa, o destinatário da norma a entenda com precisão: Não mate (preceito), porque, se você matar (conduta ofensiva), será privado da sua liberdade (bem jurídico essencial) por seis a vinte anos (pena).

Outros materiais