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RESUMO TEORIA GERAL DO ESTADO

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RESUMO TEORIA GERAL DO ESTADO – CIÊNCIA 
POLÍTICA 
 
 POR QUE VIVER EM SOCIEDADE 
- Benefícios: organização do comportamento (ordem social), ganhar experiência, desenvolvimento 
tecnológico, sobrevivência, divisão do trabalho. 
- Malefícios: perde a liberdade ilimitada (libertinagem). A liberdade como direiro impõe regras e limites, 
“campo de ação”, até onde posso agir. 
 ORIGEM DA SOCIEDADE (como o estado se originou): 
- Teoria naturalista: “o homem é um ser político por essência – Aristoteles”. É da natureza do homem viver 
em sociedade. Há um impulso associativo natural que significa que o homem já nasce com esse impulso de 
viver em sociedade. Essa teoria não ignora a vontade do ser humana, mas considera o impulso associativo 
natural a motivo do ser humano viver em sociedade. 
- Teoria Contratualista: “contrato” = acordo de vontades. O homem vive em sociedade por que ele tem 
vontade (ato volitivo), pois ele é racional entende que viver em sociedade é melhor (ATO VOLITIVO + 
RAZÃO). Platão foi o propulsor do contratualistas, imaginou uma sociedade ideal. 
 CONTRATUALISTAS: 
 
Autores Estado natural (isolado) Estado social (sociedade) 
HOBBES 
Obra “O leviatã” (1651) 
fundamentava o estado 
absolutista = estado monstro 
O homem nasce isolado em razão da 
libertinagem. Há uma guerra de todos 
contra todos, pois o homem é egoísta. 
Por essa razão o homem sabe que este 
estado de natureza levaria a extinção. 
 
Resolvem por meio da razão viver em 
sociedade. Há um acordo de vontades, 
uma renúncia de direitos, e normas 
estabelecidas pelo Estado (vivemos em 
sociedade com receio de sermos puni- 
dos pelo estado e por que é melhor que o estado 
natural = temor. 
 
MONTESQUIEU 
Obra “espírito das leis” (1748) 
se opõe ao estado absoluto, in- 
fluenciou estados liberais 
- estado democrático 
- liberalismo 
Diferentemente de Hobbes, para Mon- 
tesquieu o homem nasce bom. Bondade 
humana. Razão  
O homem é guiado por leis universais: 
1 desejo de paz / 2 sentimento de necessi- 
dade / 3 atração natural entre sexos 
opostos / 4 desejo de viver em sociedade 
5 segurança. É mais fácil para o ser humano 
cumprir essas leis vivendo em sociedade. 
 
ROSSEAU 
1776 foi patrono da revolução 
francesa.“ Contrato social” 
- estado democrático 
- liberalismo 
- iluminismo 
Bondade humana. Existe também a 
fragilidade humana. Razão.  
-soberania popular 
-razão que dirige a vontade 
- auto conservação – ordem 
- manutenção da sociedade 
- liberdade – igualdade 
- espaço executa o contrato 
 
 
 ELEMENTOS DA SOCIEDADE 
Sociedade  1. finalidade social 2.ordem social 3. poder social. 
 
1- Finalidade social 
Finalidade  decorre da vontade, ou de algo pré-determinado? Há duas teorias: 
 
- determinista: a finalidade da sociedade está pré-determinada, independente de suas ações e 
vontades. Teoria que não condiz com a realidade, fala-se de “destino”. Utiliza as regras da natureza para 
explicar o comportamento humano. 
- finalista: condiz à vontade, é possível alterar a sociedade através do comportamento humano, a 
finalidade social decorre da vontade dos membros da sociedade. 
 
Finalidade social  bem comum (objetivo comum). 
Se cada um possui uma vontade especifica então como se chega a uma vontade em comum? 
- visão técnica: para o direito um bem é algo que possua valor (coisa), possui valor jurídico, valor 
comum à sociedade. 
- visão dogmática (papa João XXIII): bem comum são as condições mínimas e necessárias para que cada 
um possa desenvolver sua personalidade (capacidade de direitos e deveres). O Estado deve promover 
esse bem comum. O Estado é o instrumento e não o fim em comum. Você se vale do estado para se 
satisfazer e se desenvolver. 
 
2- Ordem social (normas de conduta): três movimentos/ elementos para que haja ordem social. “Sticto 
sensu” 
 
- Reiteração do comportamento: um comportamento que surge e acontece ao longo do tempo é visto 
como correto pela sociedade, é atribuído um valor, a partir dai surge a norma. Exemplo: o casamento 
homoafetivo, o STF reconheceu como entidade familiar. Foi um fato reiterado (repetido), valorado pela 
sociedade. Não houve uma alteração na lei apenas uma mutação constitucional, altera-se apenas o 
sentido. 
Essa reiteração pode estabelecer uma norma protegida pelo legislativo (lei) ou por costumes 
(consuetudinário - não escrito). 
Costume é diferente de habito. Costume diz respeito a pratica reiterada ao longo do tempo (elemento 
objetivo) que forma uma convicção jurídica da sua obrigatoriedade (elemento subjetivo). Não é 
qualquer comportamento que vira norma apenas os reiterados. 
Já o habito só possui elemento objetivo, não há sanção quando não respeitado, não há obrigação. 
 
- Adequação: as normas devem se adequar a sociedade, aos novos anseios, não são estáticas, pois a 
sociedade muda ao longo do tempo. A sociedade é um organismo vivo. O mecanismo de alteração pode 
ser: 
- formal: emenda a constituição 
- informal: revoluções (forma de mutação do Estado de forma violenta), mudanças gradativas pacificas 
ou mutações constitucionais (quem faz a alteração na CF é a população, exemplo é o casamento 
homoafetivo, houve uma adequação da norma, alterou-se o sentido não o texto em si). 
Se não houver adequação poderá ocorrer a ruptura de uma ordem para, assim, surgir outra (isso é 
temeroso). 
 
* Ordem social em sentido estrito  normas jurídicas. A norma jurídica é dotada de um preceito 
primário e secundário. O primário é o comando (a ordem), o secundário é sanção. 
Ex: art. 121 CP – matar alguém 
 Dessa forma se extrai que não pode matar. É proibido matar. 
 Preceito primário: comando 
 Preceito secundário: você matou? Descumpriu a norma= sanção estatal. 
 
 
PS!!! – lei é diferente de norma: o código penal descreve a conduta que a sociedade considera 
criminosa, exemplo matar, roubar, a norma extraída dela (o sentido do dispositivo) é NÃO matar. 
PS!!! – direito é diferente de justiça: justiça é a finalidade da lei e não o direito em si, o poder judiciário 
aplica a lei e algumas vezes pode não ser justa, ele garante a segurança jurídica. 
 
- Soft Law: lei que promove ao invés de punir. Exemplo: você possui uma propriedade rural na qual há 
uma reserva legal. Você pode negociar o excedente com aquele que dela necessite, em forma de cotas. 
 
 EMENDA CONSTITUCIONAL (ARTIGO 60) 
- O QUE É? modificação imposta ao texto da Constituição Federal após sua promulgação. É o processo 
que garante que a Constituição de um país seja modificada em partes, para se adaptar e permanecer 
atualizada diante de relevantes mudanças sociais. 
- QUEM PODE PEDIR? (ARTIGO 60, inciso I, II, III) A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pode ser 
apresentada pelo presidente da República, por um terço dos deputados federais ou dos senadores ou 
por mais da metade das assembleias legislativas, desde que cada uma delas se manifeste pela maioria 
relativa de seus componentes. 
- COMO É APROVADA? (ARTIGO 60 § 2) A PEC é discutida e votada em dois turnos, em cada Casa do 
Congresso, e será aprovada se obtiver, na Câmara e no Senado, três quintos dos votos dos deputados 
(308) e dos senadores (49). 
- QUEM A PROMULGA? (ARTIGO 60 § 3) A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
- O QUE NÃO É PERTIMIDO? (ARTIGO 60 § 4) Não podem ser apresentadas PECs para suprimir as 
chamadas cláusulas pétreas da Constituição. 
 
 CLAUSULA PÉTREA (ARTIGO 60 § 4) 
- O QUE É? É um dispositivo que não pode ser suprimido/ abolidonem mesmo por proposta de emenda 
constitucional (PEC). Ao contrario do que muitos pensam elas podem ser alteradas, como por exemplo, 
a inclusão de mais direitos ou a intensificação deles. 
- QUAIS SÃO? São elas: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a 
separação dos Poderes; e os direitos e garantias individuais (fundamentais). 
Sendo assim a interpretação é extensiva, pois o direito à saúde, ao meio ambiente, a educação entre 
outros, são fundamentais. Por tanto as clausulas pétreas não estão presentes apenas no artigo 5°. 
 
* Como construímos uma norma jurídica? 
Para chegar à construção de normas jurídicas, estabelecendo-as, perpassamos pelo cientificismo, 
segundo pelo principio da causalidade (leis da natureza) e principio da imputação (é o que da ordem 
humana, e a condição deve gerar determinada consequência mas pode não gerar) 
- principio da causalidade: “se A (condição) é  B (consequência) é” (causa e efeito,não da pra utiliza-lo 
para verificar valores sociais) 
- principio da imputação: “se A (condição) é  B (consequência) deve ser” (A consequência, o efeito de 
determinado ato, está antecipadamente prescrito nos textos normativos. Dado um fato, uma 
consequência deve ser imputada. Não é um efeito instantâneo e natural. Tal consequência não é algo 
que se estabelece livre da vontade humana. As hipóteses foram previstas pelo legislador ao criar as 
normas. Por isso que as normas jurídicas são conduzidas pelo princípio da imputação). 
 
3. PODER SOCIAL 
Para haver uma sociedade, há de se haver um poder social (se não é uma comunidade). 
 
  SOCIALIDADE: Nasce da própria sociedade, poder é fenômeno natural, 
jamais poderá ser aplicado pela simples consideração de fatores 
individuais. Pode decorrer de um poder carismático, racional e etc. 
Poder social 
  BILATERALIDADE: Poder é correlação de 2 ou mais vontades, sendo que 
a 1 predomina. Pode ser por consenso ou por coerção/força. Não é 
contrato!!! 
Podemos analisar o poder social de um ponto de vista jurídico e politico (ao mesmo tempo). É 
o poder juspolítico (soberania). Nasce da própria sociedade. 
Quem detém o poder numa sociedade decide qual é a norma a ser aplicada naquela sociedade 
 jurisdição (dizer o direito). 
Pode ser politico. A dimensão politica (politica = convergir interesses convergentes) refere-se à 
força que o Estado exerce sob a sociedade. Num primeiro momento busca-se o 
convencimento, caso o individuo resista e descumpra, a força será exercida sob ele. 
 
* determina-se a norma aplicada e a faz cumprir (por convencimento ou força). 
* Estado de direito: Estado submetido ao império da lei 
 Separação dos poderes (garante a segurança jurídica) 
 
GRAUS DE JUDICIDADE 
 
Tem haver com a dimensão jurídica do poder social. O poder social quanto mais jurídico 
(legitimado/aceito pela sociedade) ele for, maior o seu grau de judicidade, aquele que exerce o 
poder de forma mais jurídica não precisa usar a força (autoridade) menos politico ele precisa 
ser. 
  + jurídico (maior judicidade) 
 + legitimo } estado mais democrático, aceito pelo povo. 
 - politico - força e autoridade 
Poder social 
  + politico (menor judicidade) 
 - legitimo } governo sem aceitação do povo, governo 
 - jurídico + força e autoridade autoritário, ditatorial. 
 
TITULARIDADE DO PODER SOCIAL (justificativa) 
 
 - Poder carismático: poder que vem do carisma, seguimos determinada pessoa por 
conta de sua empatia, carisma, é bem vista pela sociedade. Não esta prevista em 
lei, a pessoa exerce um poder natural sobre as outras pessoas. Exemplo: Hitler, 
Lula. 
Poder social - Poder tradicional: vem da historia, da tradição. Exemplo: a realeza 
(rainha) da Inglaterra. O pode escolheu manter essa tradição. 
 - Poder racional: tem haver com a lei. Em determinadas circunstancias é 
melhor definir o poder na lei para haver uma segurança jurídica. São 
elaboradas regras que devem ser seguidas pelo governante do poder. 
Exemplo: estado democrático. 
 
PODER SOCIAL E LEGITIMIDADE 
* O ideal seria que o poder social (carismático, tradicional e racional) fosse legitimo (aceito). 
 legitimidade X legalidade (previsto em lei) 
 - Poder legitimo seria um poder consentido (aceito), concordância por parte dos membros da 
sociedade. Por isso que nem sempre o poder legalizado é legitimo (aceito), por exemplo, a 
posso do atual presidente Temer, não é legitima no entanto é legal, esta prevista em lei. 
Há uma dissonância daquilo que está previsto em lei e aquilo que o povo que, por isso as vezes 
o povo se revolta e gera revoluções, se não houver legitimidade do povo de mudar a atual 
situação, deixa de ser revolução e passa a ser golpe de estado. 
Ps: legitimidade também pode dizer respeito a competência 
 
CLASSIFICAÇÃO DA SOCIEDADE SEGUNDO SEUS FINS 
 
 Sociedade política (com fins gerais): a sociedade atual é um organismo complexo, pois há 
vários grupos sociais diferenciados entre si (processo de diferenciação na sociedade). A 
sociedade busca uma finalidade social (bem comum), sendo assim, é necessário coordenar 
esses diferentes grupos distintos com o intuito de buscar uma finalidade comum atrás do 
poder social (juspolitico) é o poder que diz qual é a norma aplicável e qual é a forma de 
aplica-la. Essa sociedade busca sempre o bem comum dos seus membros, por isso é 
chamada de sociedade com fins gerais, exemplo: o Estado, família. 
 
 Sociedade com fins específicos: cada grupo social possui um fim especifico (diz respeito aos 
grupos distintos citados na sociedade politica). 
 
 
 ESTADO (Dallari- evolução do Estado) 
 
 O estado é uma sociedade politicamente organizada 
 
 ORIGEM E FORMAÇÃO DO ESTADO 
 
- Maquiavel: “O príncipe” (1513) foi à primeira tentativa para se explicar a formação do Estado. Fala sobre o 
poder absolutista do rei. 
 
- Estado = “status” uma posição, “estar firme”. Uma organização = o Estado em que nos encontramos. 
 
 QUANTO À EPOCA: 
1. O Estado sempre existiu. Não há diferença entre sociedade e Estado, a sociedade sempre existiu mesmo 
as sociedades primitivas. 
2. Primeiro tivemos a sociedade simples com o tempo ela ficou complexa e se formou o Estado. 
3. O Estado na verdade é uma sociedade com algumas características especificas: povo, território e 
soberania. A sociedade apresentando essas características se transforma em Estado. 
Paz de Westfália: considerado o momento em que surge o Estado. Foi um acordo feito entre os países 
europeus envolvidos na guerra de 30 anos. Ocorreu uma delimitação territorial dos países europeus, a 
unificação do estado moderno (ou também chamado de estado nação: há fronteiras bem definidas, 
soberania é exercida de forma impenetrável, pelos reis, príncipes ou monarcas). 
Ps: a transição de estado moderno para contemporâneo que é o que vivemos hoje, ocorreu após a queda 
do muro de Berlim, com a chegada da globalização, ocorreu a hegemonia capitalista. Estamos nesse 
Estado contemporâneo, pois não possuímos fronteiras mais definidas e a soberania agora é relativa. 
 
 QUANTO AS CAUSAS: (“motivos” aquilo que levou ao surgimento do Estado) Essa teoria não anula a anterior, 
são apenas pontos de vistas diferentesque não se excluem. 
 
1. Formação originaria (não tinha nada surgiu o Estado) 
 Teoria naturalista: impulso associativo natural – “homem é animal racional”. Não há divisão entre o 
estado da natureza e o estado social. As causas podem ser: 
. Família: a causa que levou ao surgimento do Estado teria sido a família. 
. Atos de conquista: um povo que conquistou outro formando-se um Estado, exemplo o Império Romano. 
. Fatores econômicos: o estado surge com o objetivo de proteger a propriedade privada. 
. Desenvolvimento interno da sociedade: a sociedade se desenvolve internamente gerando a criação do 
Estado 
* Pode haver mais de uma causa para o surgimento, uma não exclui a outra. 
 Teoria contratualista: é resultado d mudança do estado natural para social. É um acordo de vontades 
(contrato). 
 
2. Formação derivada (já existia um Estado, surgiram outros). 
 Divisão: havia um Estado que foi dividido e surgiu outro Estado, exemplo, O Brasil surgiu da divisão de 
Portugal. Portugal (A)  Portugal (A) = Brasil (B) 
 União: forma-se um novo Estado, dois estados se unificam, abrindo mão da soberania e formando um 
único Estado. Exemplo: a formação dos EUA. (A) + (B) = C. 
SOBERANIA 
* É um dos elementos essenciais, constituinte do Estado (soberania-território-povo). 
 CONCEITO: Soberania = supremo. Poder que o Estado exerce dentro de um território 
- Não existe Estado sem soberania. 
 
 HISTÓRICO: surge a partir do século XVI, após a formação do Estado moderno (chamado também de Estado 
nação, regido pelo principio da impenetrabilidade, ou seja, o Estado é impenetrável, rígido, hoje não é mais 
assim, há organismos supranacionais que estão acima do Estado “ONU”), pois ocorreu à unificação 
territorial, passa-se a ter um poder soberano sob um território. Soberania está ligada (associada) com 
território. 
Na antiguidade, as cidades estados eram autarquias, cada cidade possuía poderes diferentes, isso 
dificultava o poder soberano (hoje em dia existem autarquias que são pessoas jurídicas com autonomia 
“USP” – “INNS”). 
Na idade média também havia uma pulverização do poder, que causava uma dificuldade de definir um 
poder soberano, os senhores feudais e a burguesia detinham muito poder. 
O rei decide por tanto unificar os Estados (pois ele possui poder militar), assim ocorre à unificação 
territorial, ele fez isso para melhorar a segurança e expandir. Ele exerce seu poder de forma soberana, e a 
partir desse momento se origina a definição de soberania que conhecemos hoje. 
 
 NATUREZA JURÍDICA: poder juspolítico supremo, exercido dentro de um território. Ele é politico e jurídico 
ao mesmo tempo. 
 
SOBERANIA  PODER --------JURÍDICO: quem exerce a norma em um caso concreto. Estado é quem diz qual 
norma é aplicável. Segurança publica (jurisdição). 
 -------- POLÍTICO: força/autoridade. Ninguém pode mais que o Estado, que a 
soberania. 
* Art. 1º, parágrafo único CF/88: “ todo poder emana do povo”. O povo é titular do poder soberano, mais 
não o exerce, é representado por quem votamos. Isso no Brasil, em outros lugares pode ser a figura do rei, 
comarca e etc. 
 CARACTERÍSTICAS: 
1. Una/indivisível: art. 2º - “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário”, diz respeito às funções que o Estado exerce, essas funções são atribuídas a 
órgãos independentes e harmônicos entre si. O poder executivo, jurídico e legislativo é a divisão das 
funções e não do poder em si do Estado, o poder do Estado é um só, soberano, não se divide. A partir do 
momento que se divide deixa de ser soberano. Não pode haver dois Estados no mesmo território. 
2. Inalienável: não pode se dispor (vender, alienar) dele. A soberania não pode ser negociada. Por isso que 
tratados internacionais precisam passar pelo crivo, o congresso precisa ratifica-lo, internaliza-lo para valer 
no país. 
3. Imprescritível: não perde a validade, nasce com o Estado e morre com ele. 
4. Incondicionada: Será que é mesmo ??? 
A pena de morte no Brasil não está em lei, toda via nada impede que o Estado faça uma nova constituição 
e inclua a pena de morte, porém há tratados (acordos) internacionais no qual o Brasil participa que vai 
contra essa prática, gerando ao país uma responsabilidade. 
 
 TITULARIDADE (justificativa): 
- teoria teocrática: Teo = Deus / Kratos = Autoridade. 
Predominou no fim da Idade Média e no período absolutista do Estado Moderno. Sua origem é o princípio 
cristão pelo qual todo o poder vem de Deus. Era o direito divino sobrenatural que concedia poder ao 
príncipe/rei que era uma representação da divindade. Não havia divisão entre Estado e religião. 
 
- teoria democrática: ou soberania popular, apresentam três fases distintas. Na primeira fase, 
o titular é o povo. Na segunda fase, a titularidade é atribuída à nação, que seria o povo 
concebido numa ordem integrante. Finalmente, chegou-se a afirmar que o titular da soberania 
é o Estado. Foi à justificativa para várias revoluções. Estados liberais, democráticos. 
 
 SOBERANIA QUANTO A SUA EXTENSÃO/DIMENSÃO. 
 
- soberania interna: é o poder (jurisdição) que o Estado possui (autoridade suprema), onde sua 
vontade predomina sobre todas as vontades individuais com que se relaciona dentro de seu 
próprio território (é a mais alta autoridade). Significa que o poder do Estado é o mais alto 
existente dentro do Estado. 
- soberania externa: é o poder que se manifesta em relações internacionais dos Estados, 
implica na não subordinação e não dependência desses estados estrangeiros, e sim igualdade. 
Soberania externa é a própria independência do Estado em relação aos demais. É necessário 
que os outros países soberanos reconheçam essa independência (jurídica). 
 GRAUS DE JUDICIDADE  SOBERANIA 
O poder social quanto mais jurídico (aceito) ele for maior será o grau de juridicidade, maior a sua 
legitimidade (legal) será menos politico e o uso da força e autoridade também serão menores. 
O poder social quanto mais politico (rejeitado) ele for menor será o grau de juridicidade, 
menor sua legitimidade e menos jurídico vai ser. Maior será o uso da força e autoridade. 
 SOBERANIA COMPARTILHADA 
É um conceito novo de soberania. Diz respeito a normas constitucionais vigentes em mais de 
um país, como normas de direito internacional que se preocupam com os direitos humanos e 
são vigentes e vários países como a ONU, ONGs e organismos globais, tais como Movimento 
pela Paz Mundial, FMI, OMC, BCE, entre outros, que podem questionar, enfraquecer ou até 
mesmo compartilhar leis, regras, normas, entre outras formas de “controle/poder” que 
constitui a Soberania. 
 
Refere-se atualmente, de forma direta e objetiva, aos processos que estão ligados à globalização, como 
exemplos: formação de blocos econômicos. As fronteiras não são mais fechadas, o Estado não é mais 
impenetrável. 
O art. 4º CC – “A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes 
princípios” e o art. 5º § 2 CC – “Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República 
Federativa do Brasil seja parte” dizem respeito à soberania compartilhada. Os princípios da nossa CF/88 
não excluem outros direitos (como é dito no art. acima), como os dos tratados internacionais, nossa 
constituição é aberta, recepciona novos direitos. 
- Hierarquia das normas (Kelsen) 
 
 T.D.H + CF: da validade ao ordenamento jurídico, tudo tem que estar de acordo com a CF 
 ps: constitucionalidadese presume, inconstitucionalidade de declara. 
 
 Convenção americana de direitos humanos: supralegal (acima da lei, abaixo da CF, pois ela não foi 
 aceita pela convenção descrita no art. 5º § 3, CF/88). 
 
Os tratados internacionais que dizem respeito aos direitos humanos passam a ter a mesma hierarquia das 
normas constitucionais desde que aprovados com o mesmo quórum que são aprovadas as emendas 
constitucionais, descritas no art. 5º § 3 – “Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos 
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais” (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo). Os T.D.H são ratificados e passam a ter a mesma hierarquia da 
norma constitucional. 
 
TERRITÓRIO 
 Relação intrínseca com a soberania, os conceitos são relacionados. 
 
 CONCEITO: local em que o Estado exerce sua soberania. 
 
 HISTÓRICO: tem relação com a história da soberania. Na antiguidade e na idade média era difícil se falar em 
território. Com a unificação dos territórios com tratado de paz de westfália (1648) isso foi delimitado 
(estado nação). O conceito de território surge junto com o conceito de soberania. 
 
 RELAÇÃO DO ESTADO COM O TERRITÓRIO: O Estado pode expor/vender parte de seu território (exemplo: 
a venda do Acre para o Brasil). Existe hoje uma relação de propriedade (art. 1228 CC) entre Estado e 
território, de direito real, sendo assim pode-se negociar parte do território.  levando em consideração as 
clausulas pétreas, que protege a forma confederativa de Estado, no caso do Brasil, os estados não podem 
pedir independência, se separarem, mas vender partes é possível por meio de tratados. 
 
 TIPOS DE TERRITÓRIO: 
- Por ficção: aquele criado por lei, a lei cria um território, exemplo, embaixadas (abstrato/imaginação). 
PS: consolado não é território e sim um órgão administrativo que apoia as embaixadas. 
Navios de guerra, aeronaves militares também são territórios por ficção mesmo em aguas internacionais. 
- Mar territorial: (lei 8617/93) é uma faixa de águas costeiras que alcança 12 milhas náuticas (22 
quilômetros) a partir do litoral de um Estado, que é considerado parte do território soberano daquele 
Estado. É diferente de zona territorial exclusiva (tudo o que esta acima do solo 200 milhas) e de plataforma 
continental (do solo para baixo, petróleo, hoje se fala em torno de 300 milhas) dizem respeito a xona 
econômica, já o mar territorial de local onde o pais exerce sua soberania 
 
 
 
POVO 
 
 APARENTES SINÔNIMOS: sinônimos aparentes, mas com significados diferentes de povo. 
- população: numero de pessoas, usado pelo IBGE. Não importa o vinculo jurídico. 
- nação: comunidade (comum entre pessoas). Pessoas que se reúnem por conta de fatores culturais, 
históricos em comum. Pode haver varias comunidades dentro de um país. 
 
 CONCEITO: elemento subjetivo do Estado. Pessoas que possuem uma relação jurídica com o Estado, em 
decorrência a essa relação jurídica o Estado lhe confere uma série de direitos e deveres entre eles um em 
especial, que é o direito político, que é o direito de participação nas decisões do Estado, de forma indireta 
por meio de seus representantes ou direta. Povo é um conjunto de cidadãos. 
- (Segundo Marshall) cidadania  direitos civis (relacionado à liberdade – tribunais) 
 direitos sociais (bem estar social e econômico – serviços públicos) 
 direitos políticos (decorrem da participação política – parlamento) 
Quando se tem a condição de exercer todos os direitos, em especial o político, se chama cidadão ativo. 
Art. 14º ao 17º CF/88: Direitos políticos. 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos 
termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
 
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
 V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de: 
 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou 
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos 
devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou 
por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja 
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
 § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade. 
 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade 
administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade 
das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta 
ou indireta. 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a 
ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou 
de manifesta má-fé. 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 
um ano da data de sua vigência. 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardadosa soberania nacional, o regime 
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: 
Regulamento 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação 
e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha 
e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade 
de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer 
normas de disciplina e fidelidade partidária. 
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal 
Superior Eleitoral. 
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos 
políticos que alternativamente: 
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo 
menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou 
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação. 
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. 
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a 
filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição 
dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. 
 Nacionalidade e cidadania: tem divergências e semelhanças. 
- Art. 12 São brasileiros: 
I - natos: (nacionalidade) 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a 
serviço de seu país; (“Jus Soli”, a nacionalidade originária é obtida em virtude do território onde o indivíduo tenha 
nascido, não importa a nacionalidade dos pais). 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da 
República Federativa do Brasil; (“Jus Sanguinis” é o direito de sangue). 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e 
sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os 
direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. 
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. 
 § 3º São privativos de brasileiros natos os cargos: Cidadania (tem que ser nato para exercer cargos políticos). 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa 
 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (DUPLA/MULTIPLA NACIONADIDADE). 
 
 a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para 
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 
 
- DUPLA NACIONALIDADE: 
A Constituição Federal prevê a possibilidade de o brasileiro ter dupla ou múltiplas 
nacionalidades/cidadanias em duas hipóteses: 
 
• quando há o reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira. Neste caso, a nacionalidade 
decorre da lei estrangeira, que reconhece como nacionais os nascidos em seu território ou 
filhos/descendentes de seus nacionais; (art. 12 § 4, II, a). 
 
• quando há imposição de nacionalidade pela norma estrangeira, por meio de processo de naturalização, 
ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para 
o exercício de direitos civis. (Art. 12 §4, II, b) 
 
Ou seja, o ordenamento jurídico nacional admite que os brasileiros tenham dupla ou múltiplas 
nacionalidades APENAS se a outra nacionalidade decorrer do nascimento em território estrangeiro 
(nacionalidade originária), de ascendência estrangeira (nacionalidade originária) ou de naturalização por 
imposição da norma estrangeira. 
 
* BRASILEIRO NATO NUNCA É EXTRADITADO: O brasileiro nato, quaisquer que sejam as circunstâncias e a 
natureza do delito, não pode ser extraditado, pelo Brasil, a pedido de Governo estrangeiro, pois a 
Constituição da República, em cláusula que não comporta exceção, impede, em caráter absoluto, a 
efetivação da entrega extradicional daquele que é titular, seja pelo critério do jus soli, seja pelo critério do 
jus sanguinis, de nacionalidade brasileira primária ou originária (CF, art. 5º, LI). 
 
* Não se revela possível, em nosso sistema jurídico-constitucional, a aquisição da nacionalidade brasileira 
jure matrimonii, vale dizer, como efeito direto e imediato resultante do casamento civil. 
 
 
 
ELEMENTOS DO ESTADO SEGUNDO DALLARI 
 
ESTADO  SOBERANIA – TERRITÓRIO – POVO } ELEMENTO DE EXISTÊNCIA (o Estado precisa deles para existir). 
Dallari acrescenta mais dois elementos  FUNÇÕES E FINALIDADES DO ESTADO – PODER DO ESTADO } SOBERANIA 
(validade). 
 FUNÇÕES E FINALIDADE DO ESTADO: 
 
- finalidade: é buscar o bem comum do povo (condições mínimas e necessárias para o desenvolvimento da 
personalidade – mínimo existencial). 
A gente se vale do Estado para atender nossos interesses. O Estado é meio, não fim em si mesmo, é um 
instrumento. 
Dallari conceitua como – ordem jurídica soberana que busca o bem comum de um povo. 
 
- funções: função de todo e qualquer Estado. 
 Função jurisdicional (quando se fala em direito, tutela dos direitos) 
 Função administrativa (políticas públicas) 
 Função legislativa (legislar) 
 
- Muitas vezes se confundem função com finalidade, ou seja, o Estado ao invés de buscar o bem comum 
(mínimo existencial), busca uma função como finalidade. Exemplo: (classificação feita por Dallari). 
 
1. ESTADOS COM FINS LIMITADOS: fala-se em uma atuação mínima do Estado na convivência humana 
e nas relações sociais. Proibisse intensamente a intervenção do ente estatal na vida dos homens, 
nas atividades rotineiras, sobretudo na economia; nasce aqui a ideia do Estado Liberal. Este teria 
por principal função apenas zelar pela paz social, fazendo prevalecer à ordem pública, coibindo 
todo e qualquer ato atentatório à segurança individual dos membros da sociedade. 
Estado-polícia: o Estado passa a buscara ordem pública, a segurança como finalidade. 
Aparentemente pode parecer algo bom, toda via isso acarreta vários problemas como o 
totalitarismo e a perca dos direitos individuais relacionados a liberdade, o Estado se torna opressor, 
acaba violando direitos, como o do devido processo legal e os diretos à liberdade. 
Estado-liberal: O Estado coloca a liberdade como finalidade do Estado. Passa a ser um Estado não 
interventor, que se abstém (ideia de Adam Smith). O setor privado passa a ter todo o controle, 
causando ainda mais desigualdades, e injustiças em todos os âmbitos, econômicos, trabalhistas, da 
saúde, educação e etc. O Estado liberal é importante, porém é necessário limites. O Estado 
considerado correto é o neoliberalismo, que é ao mesmo tempo social e liberal, no qual a saúde, a 
educação e a previdência social são gratuitas. 
Esse Estado assim como o Estado-polícia não consegue o bem comum do povo. 
 
2. ESTADOS COM FINS EXPANSIVOS: pode-se afirmar que a gama de finalidades do Estado seria 
tamanha que, fatalmente a busca por sua plena realização acabaria por anular os fins individuais 
em si mesmo, ou seja, o indivíduo deixaria de ser considerado como elemento constitutivo do 
Estado, passando apenas a existir a coletividade. Figuro do Estado totalitarista. 
Estado moral/ético: é o Estado que estabelece um valor moral como finalidade, são aqueles 
Estados religiosos como os Muçulmanos, que coloca o valor moral acima de tudo, até mesmo dos 
indivíduos. O Estado seria a fonte única e incontestável dos conceitos da moral e dos bons 
costumes, sendo punível qualquer ato que não se enquadre nos padrões oficialmente 
estabelecidos. 
Estados utilitaristas: o bem maior a ser alcançado seria o pleno desenvolvimento material e 
econômico, ainda que em detrimento dos direitos individuais do cidadão; isso se justificaria no 
estado de bem estar proporcionado pelo amplo desenvolvimento, fazendo com que todas as 
necessidades inerentes ao homem desaparecessem. 
 
 PODER DO ESTADO: 
 
Poder do Estado = poder juspolítico 
 
Soberania = Força que o Estado exerce. Só é considerado estado se for soberano. (qualificação do 
poder). Elemento do Estado * TUDO o que falamos de soberania se aplica aqui. 
 
Graus de juridicidade = quanto mais jurídico o poder for mais legitimo e menos politico será. 
quanto menos jurídico o poder for menos legitimo e mais politico será. 
 
- Para demonstrar o poder que o Estado obtém podemos observar o artigo 5º, §4 da CF/88 – “O Brasil se 
submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão”. 
Esse expõe que o Brasil se submete ao tribunal penal internacional, mas as decisões e condições tomadas 
pela corte internacional só serão aplicadas no território brasileiro se o Brasil (o Estado) assim 
permitir/aceitar, pois ele é soberano. O ato de aceitar a seria como uma boa fé processual, pois se o Estado 
não aceitar isso pode acarretar conflitos internacionais, afetando relações politicas e econômicas. Mas 
internamente o Estado é quem decide de última instância qual é a norma aplicada, um exemplo foi à lei 
Maria da Penha, O Brasil aceitou a decisão da corte e por isso ela gerou efeitos no território brasileiro. O 
Estado se quiser pode “enganar” a corte, falar que tomará providências, fazer alguns projetos, porem não 
os seguir necessariamente. É preciso esgotar todos os recursos internos do Estado para poder buscar apoio 
em cortes internacionais, se não fizer isso a soberania seria rompida. 
-Situação essa diferente dos casos de tratados internacionais que só quando ratificados se tornam normas 
n Brasil, sendo obrigatório segui-las. 
-Diferente também do caso de sentença estrangeira que só depois de passar pelo crivo do STJ vai poder ser 
aplicada a condenação no território brasileiro. 
 
ESTADO COMO PESSOA JURÍDICA 
 
Direito  ordem política  limitação do poder do Estado 
Estado de direito (art. 1º da CF/88) 
Estado como pessoa jurídica. 
 Qual a importância do direito para o Estado? 
- Art. 1º da CF/88 – “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito...”. 
 
Estado – democrático = diz respeito ao regime de governo, é um governo democrático - “governo do povo”. 
 - direito = O estado submetido a uma regra chamada “rule of law” que significa o império da lei, o 
Estado deve seguir a lei, não tem direitos de fazer o que quiser. Essa regra estabelece até 
onde o poder do Estado pode ir. A CF não só organiza os direitos do Estado, mas também traz 
as limitações do Estado (limite tem ligação com separação dos poderes). Outro principio 
chamado “cheque and Balance” que significa o poder reciproco entre os poderes. Fica claro 
que a principal função do direito é limitar o Estado. 
 - Hans Kelsen diz que o Estado é a ordem jurídica soberana – ele personifica a ordem jurídica, como se as 
normas jurídicas fossem um sujeito, que é o Estado. 
- ESTADO COMO PESSOA JURÍDICA  O Estado tem personalidade jurídica para fazer acordos como os 
serviços telefônicos (vivo, oi, tim, claro) a titularidade desses serviços continua sendo do Estado, o Estado 
apenas atribui poderes a essas instituições para realizar seus serviços. Se a união faz contrato é porque tem 
personalidade jurídica. 
A personalidade jurídica é a capacidade de direitos e deveres, se você nasce com vida a lei já lhe atribui 
capacidade, personalidade jurídica. Atribuir capacidade jurídica para pessoas físicas é mais simples agora 
pensar em uma personalidade jurídica abstrata (para Estado ou empresas) é mais complicado. 
- A ordem jurídica atribui personalidade jurídica.

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