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Débito Cardíaco e Retorno Venoso Aula 04 – Disciplina: Sistema Circulatório e Respiratório Enfermagem – 2018.1 DÉBITO CARDÍACO • Fluxo ejetado pelos ventrículos por unidade de tempo = quantidade ejetada/ minuto. • DC = ~5 L/ min., num adulto médio. • DC = FC x Vol. Sistólico, logo: FC = 72 bpm x Vol. Sistólico = 70 mL ↓ DC = 4900 mL/ min VOLEMIA ↓ Volume de Sangue Circulante DÉBITO CARDÍACO ↓ Medida de fluxo em relação ao tempo RETORNO VENOSO: CONTROLE DO DÉBITO CARDÍACO • Volume de sangue que retorna ao coração/ minuto. • Fatores que alteram o retorno venoso, alteram também o débito cardíaco: METABOLISMO TECIDUAL ↑ RETORNO VENOSO ↑ inotropismo ventricular (Lei de Frank-Starling) ↑ pressão de enchimento ventricular Vasodilatação local ↓ ↓ ↓RPT ↑ Taxa metabólica O2 ↓ DÉBITO CARDÍACO x RETORNO VENOSO: MECANISMO DE FRANK-STARLING “Aumento do retorno venoso aumenta estiramento miocárdico, levando ao aumento da contração e, consequentemente, aumento do débito cardíaco.” DE ACORDO COM A LEI DE FRANK-STARLING: • Débito cardíaco = retorno venoso. • Mecanismos de controle venoso controlam também débito cardíaco. REFLEXOS DO ESTIRAMENTO DO ÁTRIO DIREITO DURANTE RETORNO VENOSO: • Estiramento do nodo sinusal aumenta FC em até 15%. • Aumento da FC DC DÉBITO CARDÍACO : LEI DE OHM DC = PA/ RPT Vasodilatação local ↓ ↓ ↓RPT ↑ Taxa metabólica O2 ↓ Se a PRESSÃO ARTERIAL for constante é possível prever alterações do fluxo decorrentes de alterações na RPT ↑ DC DÉBITO CARDÍACO: FATORES LIMITANTES ↑ Estimulação simpática = ↑ DC ↓ Estimulação parassimpática = ↑ DC Hipertrofia cardíaca = ↑ DC IAM = ↓ DC Valvulopatia (estenose/ insuficiência) = ↓ DC Arritmias cardíacas = ↓ DC DÉBITO CARDÍACO PATOLOGICAMENTE REDUZIDO TAMPONAMENTO CARDÍACO MIOCARDITE FATORES CARDÍACOS: VALVULOPATIAS FATORES PERIFÉRICOS • Diminuição da volemia • Dilatação venosa aguda • Obstrução de grandes veias DÉBITO CARDÍACO PATOLOGICAMENTE ELEVADO CONDIÇÕES QUE DIMINUAM A RESISTÊNCIA PERIFÉRICA TOTAL: BERIBÉRI – carência de tiamina (B1) - Reduz a capacidade celular de utilizar nutrientes, induzindo vasodilatação acentuada, levando à ↓ RPT e ↑ DC. FÍSTULA ARTERIOVENOSA DÉBITO CARDÍACO PATOLOGICAMENTE ELEVADO CONDIÇÕES QUE DIMINUAM A RESISTÊNCIA PERIFÉRICA TOTAL: HIPERTIREODISMO - Aumenta consumo de O2, induzindo liberação de vasodilatadores. ANEMIA - Diminuição da viscosidade sanguínea ↓O2 Fluxo Sanguíneo e Choque BASES FISIOLÓGICAS E ESTRUTURAIS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Acelera coluna de sangue aos tecidos. Vasos de capacitância: 70% do volume de sangue. Vasos de capacitância: 70% do volume de sangue. Perfusão tecidual. FATORES QUE DETERMINAM A FUNÇÃO CARDÍACA INOTROPISMO PÓS CARGA PRÉ CARGA Força de contração/ contratilidade – V.E. Tensão na parede ventricular antes da contração. Dependente da volemia e da complacência ventricular. Pressão vencida pelo V.E para ejetar sangue na artéria. Determinada pela pressão na raiz aórtica. SÍNDROME DO CHOQUE CIRCULATÓRIO CHOQUE (Expressão clínica) 1/3 DOS INTERNAMENTOS ↑ MORTALIDADE V.E: sangue ↑ pressão e ↑ velocidade Capilar: sangue ↓ pressão e ↓ velocidade 1. Qual a importância da chegada do sangue sob baixa pressão e baixa velocidade na rede capilar? 2. Qual a importância da PEC (pressão de enchimento capilar)? MICROCIRCULAÇÃO FALÊNCIA CIRCULATÓRIA AGUDA CAUSAS DISTINTAS MICROCIRCULAÇÃO x CHOQUE FISIOPATOLOGIAS DISTINTAS HIPOPERFUSÃO TECIDUAL ↓PEC ↓ PEC NO CHOQUE NEM SEMPRE CURSA COM: OBSERVE: » Hipotensão. » ↓ Débito cardíaco. ⇩PA Perfusão normal CHOQUE? PA normal Insuficiência circulatória⇩PEC » “Choc”, parada – colapso agudo pós trauma. (LE DRAN, 1743) » “Estado clínico resultante de suprimento inadequado de oxigênio aportado” e “ que resulta em metabolismo celular alterado, morte celular e disfunção dos órgãos.” (BARTOLA, 1992; MUIR, 1998) » “Quadro de hipoperfusão disseminada devido a redução do volume sanguíneo ou débito cardíaco ou redistribuição do sangue, resultando em um volume circulante efetivo inadequado.” (COTRAN, KUMAR & ROBBINS, 1994) CONCEITO ESTADO CLÍNICO DE DÉFICIT CIRCULATÓRIO AGUDO, GRAVE E GENERALIZADO, RESULTANDO EM HIPÓXIA CELULAR EVENTOS CLÍNICOS POTENCIALMENTE LETAIS Hemorragia grave Trauma extensivo Queimadura Infarto miocárdico Embolia pulmonar Sepse microbiana CHOQUE VIA FINAL COMUM COLAPSO CARDIOVASCULAR OU CLASSIFICAÇÃO HIPOVOLÊMICO Redução da volemia. CARDIOGÊNICO Patologia cardíaca. DISTRIBUTIVO Vasodilatação periférica. OBSTRUTIVO Obstrução/ compressão de grandes vasos/ coração. CHOQUE CARDIOGÊNICO » FALÊNCIA DA BOMBA CARDÍACA » Infarto agudo » Miocardite » Insuficiência cardíaca » Arritmias » DISTÚRBIOS MECÂNICOS » Doença valvular aguda » Ruptura de cordoalhas » Defeitos septais INSUFICIÊNCIA MIOCÁRDICA = ↓ DÉBITO CARDÍACO DIMINUIÇÃO AGUDA DO VOLUME SANGUÍNEO PARA FORA DO ESPAÇO VASCULAR CHOQUE HIPOVOLÊMICO » Hemorragia » EXTERNA: ferimentos e cirurgias prolongadas. » INTERNA: ruptura visceral, vascular e fraturas. » Hemoconcentração » Queimadura, desidratação, gastroenterites, peritonite, obstrução e torção intestinal. » Volume intravascular ↓ = 15 a 25%. FATORES DE RISCO CHOQUE HIPOVOLÊMICO INTERNOS EXTERNOS Hemorragias Queimaduras Ascite Peritonite Desidratação Trauma Cirurgia Vômitos Diarreia Diabetes insípido Diurese CRONOTROPISMO INOTROPISMO AUTORREGULAÇÃO NO CHOQUE HIPOVOLÊMICO RVP RETORNO VENOSO QUEIMADURAS » Perda plasmática = ↑ viscosidade sanguínea » Dificuldade de perfusão » Redução de eletrólitos HIPOVOLEMIA POR PERDA PLASMÁTICA Fasciotomia para aumento da complacência torácica Fonte: http://www.saj.med.br/uploaded/File/artigos/Queimados.pdf VASODILATAÇÃO PERIFÉRICA CHOQUE DISTRIBUTIVO ⇩ PEC ⇩ O2 TECIDUAL DÉBITO CARDÍACO PRESERVADO MUSCULATURA LISA LESADA NÃO RESPONDE À ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA ↑ AGUDO DA CAPACITÂNCIA DO LEITO VASCULAR SEM A PERDA DO VOLUME INTRAVASCULAR. CHOQUE DISTRIBUTIVO » Paralisia vasomotora (trauma medular, sepse, barbitúricos, hipotensores etc.) » Agentes vasoativos de anafilaxia (picadas, transfusões sanguíneas, anestésicos etc.) CHOQUE DISTRIBUTIVO / SÉPTICO IMUNOSSUPRESSÃO/ PROCEDIMENTOS INVASIVOS TOXINAS MEDIADORES INFLAMATÓRIOS VASODILATAÇÃO GENERALIZADA ⇩ RVP ⇩ PA ⇩ PEC ⇩ PRÉ CARGA ⇩RETORNO VENOSO ⇩ DÉBITO CARDÍACO CHOQUE ANAFILÁTICO » Relacionada à alterações cutâneo-mucosa, respiratórias, gastrintestinais e cardiovasculares. » Reação de hipersensibilidade grave. » Surge em minutos ou horas após contato com antígeno. » VASODILATAÇÃO GENERALIZADA » ↓ RETORNO VENOSO CHOQUE ANAFILÁTICO VASODILATAÇÃO GENERALIZADA ↓ RETORNO VENOSO ↓ RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRCA↑ PERMEABILIDADE VASCULAR MÁ PERFUSÃO TECIDUAL CHOQUE CIRCULATÓRIO OBSTRUÇÃO/ COMPRESSÃO DOS GRANDES VASOS OU DO PRÓPRIO CORAÇÃO. CHOQUE OBSTRUTIVO » TAMPONAMENTO CARDÍACO » PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO » TROMBOEMBOLISMO PULMONAR Grata pela atenção!
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