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TOXICOLOGIA SOCIAL “É a área da Toxicologia que estuda os efeitos nocivos decorrentes do uso não médico de fármacos ou drogas, causando danos não somente aos indivíduos mas também a sociedade Droga de abuso é a substância capaz de causar dependência Drogas licitas e ilícitas Farmacodependencia Síndrome comportamental caracterizada pela perda de controle (compulsão) sobre o consumo do droga/fármaco mesmo com intensos prejuízos individuais e sociais. Usuário /dependente. Potencial de reforço: Capacidade de um fármaco gerar a autoadministração repetida sem a necessidade de outros mecanismos externos de indução (personalidade, situação socioeconômica, psicopatologia preexistente, etc) Alto potencial de reforço: cocaína, heroína, morfina, nicotina Opiláceos e opióides Estimulantes: cocaína e anfetamínicos Depressores: álcool, barbitúricos, BZD, inalantes Canabinóides Alucinógenos Tabaco Toxico cinética Absorção: 20% no estômago 80% no intestino delgado Pico plasmático: em 30-90 minutos Atravessa a barreira hematoencefálica e placentária Metabolizado prioritariamente pelo fígado Álcool Acetaldeído Acetato Efeitos tóxicos: Efeitos agudos Efeitos crônicos 0,3 – 0,5: Relaxamento, despreocupação, coordenação levemente afetada 0,5 – 0,8: Reflexos retardados, dificuldades de adaptação da visão a diferenças de luminosidade, capacidade de julgamento diminuída,riscos e tendência à agressividade 0,8 – 1,5: comprometimento funções motoras 1,5 – 3,0: perda de equilíbrio, fala pastosa, confusão mental 3,0 – 5,0: inconsciência, coma e morte Efeitos crônicos Sistema gastrointestinal: aumento incidência de câncer, gastrite, úlceras, esteatose hepática --- hepatite ------- cirrose -------câncer Sistema cardiovascular: aumento AVC e IAM, hipertensão e aumento do colesterol, SNC: neuropatia, alterações cognitivas, etc. Síndrome fetal: abortos, malformações, baixo peso. Dependencia Desenvolvimento de tolerância e dependência Síndrome de abstinência Ansiedade, tremor, insônia, desconforto gastrintestinal Irritabilidade, agitação, sudorese, febre, taquicardia, aumento da PA, náusea e vômitos Confusão mental, alucinações, distúrbios hidroeletrolíticos, convulsões Toxicocinetica Nicotina: Cachimbo e charuto – fumaça alcalina – absorção bucal Cigarro – fumaça ácida – absorção pulmonar Apenas 20 – 25% é inalada pela via pulmonar Baixa biodisponibilidade oral – metabolismo pré-sistêmico Atravessa a barreira placentária e é excretada no leite Efeitos Toxicos: Bronquite crônica e enfisema: substâncias irritantes (acroleína, fenóis, cresóis, ácidos orgânicos) redução dos movimentos ciliares dos brônquios Câncer: hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (benzopireno) e nitrosaminas (voláteis e não voláteis) Gravidez: aborto, redução da taxa de crescimento, síndrome da morte súbita infantil Dependência: causada pela nicotina CANABINÓIDES Todas os ligantes dos receptores canabinóides A Cannabis sativa (maconha) é a droga ilícita mais cultivada, traficada e consumida no Mundo TOXICODINÂMICA Apresenta aproximadamente 70 fitocanabionóides Inibição da recaptura de norepinefrina, dopamina e serotonina Aumento da liberação de dopamina Apresenta elevado potencial de reforço pela ação no sistema mesolímbico-dopaminérgico Desenvolvimento de tolerância Níveis de resposta Estudos toxicológicos em animais e outros experimentos controlados buscam estabelecer várias doses críticas de substâncias. Para os não carcinogênicos, essas doses incluem o seguinte: Valor limiar, a dose mínima eficaz de qualquer produto químico que provoca uma resposta. DL 50 , dose média letal. NOEL, nível de efeito não observável. NOAEL, nível de efeito adverso não observável. LOEL, nível mínimo de efeito observável. um ponto teórico acima do qual os efeitos são observados, enquanto abaixo dele não. O limite é comumente considerado como o valor intermediário entre o NOEL e o LOEL. Às vezes, para economizar tempo e como precaução, o NOEL é usado como uma abordagem conservadora ao limite para determinar níveis seguros de exposição. Em geral, acredita-se que os carcinogênicos apresentam um risco finito, mesmo em níveis moleculares de dosagem; portanto, eles não têm um valor limite. Esta hipótese merece uma investigação mais aprofundada, particularmente para carcinógenos que não agem diretamente no DNA. De fato, alguns estudos identificaram o NOEL em suspeitas de carcinogênicos. No entanto, a maioria dos pesquisadores atribui esses resultados ao fato de que testes em animais têm poder limitado para detectar efeitos. Níveis de riscos Muitos grupos criaram sistemas para classificar os poluentes atmosféricos tóxicos de acordo com os níveis de risco. A principal preocupação refletida na maioria dos sistemas é o risco carcinogênico. Aqui estão alguns dos esquemas de classificação mais comuns. Fator de risco unitário O Grupo de Avaliação Carcinogênica (CAG) usa o que chama de "fator de risco unitário" para estabelecer os níveis de risco de substâncias tóxicas. O fator de risco unitário é o risco associado a 70 anos de exposição a um micrograma de uma substância por metro cúbico de ar. Em geral, um risco de câncer de uma ou menos de uma morte superior a um milhão é considerado aceitável. DL50 (dose letal 50): é aquela capaz de levar a óbito 50% dapopulação a qual a dose foi administrada. CL50 (concentração letal 50): é aquela capaz de levar a óbito50% da população exposta a tal concentração NOEL ou NOAEL: quantidade de substância que não causa efeito ou efeito adverso na população exposta. LOEL ou LOAEL: menor quantidade de substância que causa efeito ou efeito adverso na população exposta. Os resultados de estudos de pesquisa estabelecem as doses mais altas nas quais nenhum efeito tóxico foi identificado e as doses mais baixas nas quais foram observados efeitos tóxicos ou adversos. Os termos geralmente usados para descrever esses resultados são: Nenhum nível de efeito adverso observado (NOAEL) Nível de efeito adverso mais baixo observado (LOAEL) Estes termos referem-se às doses reais utilizadas em estudos clínicos ou experimentais em animais em humanos. Eles estão definidos da seguinte forma: NOAEL - A dose mais alta na qual não houve um efeito tóxico ou adverso observado. NMEAO - a dose mais baixa a qual não foi um efeito tóxico ou adversos observados. A figura 1 mostra uma curva dose-resposta onde o NOAEL ocorre em 10 mg e o LOAEL ocorre em 18 mg. Os resultados de estudos de pesquisa estabelecem as doses mais altas nas quais nenhum efeito tóxico foi identificado e as doses mais baixas nas quais foram observados efeitos tóxicos ou adversos. Os termos geralmente usados para descrever esses resultados são: Nenhum nível de efeito adverso observado (NOAEL) Nível de efeito adverso mais baixo observado (LOAEL) Estes termos referem-se às doses reais utilizadas em estudos clínicos ou experimentais em animais em humanos. Eles estão definidos da seguinte forma: NOAEL - A dose mais alta na qual não houve um efeito tóxico ou adverso observado. NMEAO - a dose mais baixa a qual não foi um efeito tóxico ou adversos observados. A figura 1 mostra uma curva dose-resposta onde o NOAEL ocorre em 10 mg e o LOAEL ocorre em 18 mg. MTC Concentração máxima tolerável. Concentração máxima tolerável MTD Dose máxima tolerável, dose máxima tolerada. Dose máxima tolerável ou tolerada MTEL Nível de exposição máxima tolerável. Nível máximo de exposição tolerável Uma outra maneira de expressar a relação DOSE/RESPOSTA é através da curva gaussiana, onde se observa a distribuição da frequência da resposta com a dose em uma escala logarítmica. Em relação aos fármacos, além de seu efeito terapêutico, existe a possibilidade do aparecimento de um ou mais efeitos tóxicos. A maneira de avaliar a segurança de um fármaco é comparar a relação dose-resposta, obtida no estudo EFEITO TERAPÊUTICO (não tóxico) - chamado EFEITO EFICAZ , com a relação DOSE-RESPOSTAobtida para o efeito tóxico. Comparando essa duas relações podem ser obtidos os parâmetros: Índice terapêutico (IT) Margem de segurança (MS) O índice terapêutico (IT) é calculado pela relação: IT = DL50 % DE50% Onde: DL50 é a dose letal para 50% da população analisada DE50 é a dose efetiva para 50% da mesma população. QUANTO ↑ IT ↑ A MS DA SUBSTÂNCIA. Abstinência Abstinência e dependência são fenômenos independentes O cérebro e outros tecidos adaptam-se à presença de fármacos e drogas gerando processos fisiológicos opostos às alterações causadas por elas. Ex: Barbitúricos causam uma depressão da excitabilidade neural (mudanças no fluxo de íons). A adaptação pode consistir em alterações na membrana celular que aumentem a excitabilidade (efeito compensatório). Quando o fármaco é retirado ocorre uma hiperexcitabilidade Nem todos os usuários de fármaco/droga se tornam dependentes Indivíduos (usuários) escolhem começar a usar fármacos/drogas por diversos motivos: processo voluntário Mas existe um ponto em que o usuário se torna dependente – perda da capacidade voluntária de controlar o consumo Não é uma questão de escolha, de vontade ou de moralidade Doença onde o indivíduo é levado a um estado de uso compulsivo do fármaco/droga de maneira incontrolável Para o dependente a prioridade da vida passa a ser obter e usar fármaco/droga A vontade é maior do que a prudência A dependência tem um componente genético (40-60%) Filhos de alcoólicos tem maior probabilidade de desenvolver alcoolismo Alguns traços de personalidade pré-existentes distinguem aqueles que são propensos à dependência Busca de novidade Busca de sensação impulsiva Adolescentes Indivíduos que sofrem de alguns transtornos Depressão, ansiedade, esquizofrenia O uso de drogas/fármacos traz recompensa para o usuário As drogas e fármacos diferem dos reforçadores convencionais pois seus efeitos estimulatórios na secreção de dopamina são maiores Ex: alimentos aumentam 45% a liberação de dopamina enquanto cocaína produzem um aumento de 500% Mecanismos de ação de drogas/fármacos no sistema mesolímbico Inibição da recaptação de dopamina Cocaína anfetaminas Aumento da liberação de dopamina anfetaminas Inibição de neurônios GABAérgicos e estimulação indireta de neurônios dopaminérgicos opióides Barbitúricos: METABOLISMO P450 hepático Rim, cérebro, coração, intestino EXCREÇÃO renal (25% na forma inalterada na urina) Excreção renal pode ser significativamente aumentada por alcalinização urinária. SNC aumenta a ação inibitória do GABA Benzodiazepínicos BIOTRANSFORMAÇÃO: Sistema P450 Vias oxidativas (hidroxilação, desmetilação) e não-oxidativas (conjugação glicurônica) Gerando metabólitos inativos e ativos Pode ser alterada por outros fármacos indutores (barbitúricos) ou inibidores (cimetidina) enzimáticos EXCREÇÃO: renal Potencializa a ação do GABA no SNC; Tolerância: uso crônico Alteração do número e sensibilidade dos receptores Dependência: Uso prolongado de doses maiores do que as terapêuticas Tratamento por períodos prolongados com doses terapêuticas (> 6 meses) É maior com BZD de meia-vida curta Suporte respiratório e gastrintestinal Carvão ativado (doses baixas) ou lavagem gástrica + carvão ativado (doses elevadas) Hipotensão fluídos endovenosos vasopressores Crise de abstinência doses decrescentes de BDZ de curta duração Analise: QUALITATIVOS CCD SEMI-QUANTITATIVOS imunoensaios; QUANTITATIVOS: HPLC, CG E ESPECTROFOTOMETRIA.
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