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2013-2 Celso Vallin Políticas públicas: O que são? • Democracia > • + responsabilidade para o Estado • bem estar da nação • Estado= conjunto de poderes • Ações x Políticas públicas: O que são? • política = negociação, decisão, compromissos, discursos • leis = combinado, regras • $$ = financiamento • metas e objetivos • planos = programas, projetos • ações • bem estar da sociedade • interesse público, POVO SEBRAE, Políticas Públicas: conceitos e práticas / supervisão por Brenner Lopes e Jefferson. Ney Amaral; coordenação de Ricardo Wahrendorff Caldas – Belo Horizonte : Sebrae/MG, 2008. 48 p. (Disponível em <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/E0008A0F54CD3D43832575A80057019E/ $File/NT00040D52.pdf> Acesso em 2012.03.19) ▸ (p. 5) ... com o aprofundamento e expansão da democracia, as responsabilidades do Estado se diversificaram. Atualmente, é comum se afirmar que a função do Estado é promover o bem estar da sociedade. ▸ Para tanto, ele necessita desenvolver uma série de ações e atuar diretamente em diferentes áreas, tais como saúde, educação, meio ambiente. ▸ Para atingir resultados em diversas áreas e promover o bem-estar da sociedade, os governos se utilizam das Políticas Públicas que podem ser definidas da seguinte forma: ▸ “(...) Políticas Públicas são um conjunto de ações e decisões do ▸ governo, voltadas para a solução (ou não) de problemas da sociedade ▸ (...).” ▸ Dito de outra maneira, as Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas e planos que os governos (nacionais, estaduais ou municipais) traçam para alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público. ▸ Servem para atender aos principais problemas e desafios da sociedade. ▸ Só fazem sentido se focalizarmos alguma área. Em nosso caso, é a educação básica no Brasil, e o atendimento público. ▸ Para entendermos as políticas que temos, é preciso olhar para os problemas da educação básica e nos questionar: De que forma essas ações podem colaborar para melhorar tais situações? ▸ As políticas públicas podem contar com parcerias público-privadas e com Ongs. ▸ A sigla ONG, expressa genericamente, o conjunto de organizações do terceiro setor tais como associações, cooperativas, fundações, institutos, etc. (http://www.sebraemg.com.br/culturadacooperacao/oscip/02.htm) ▸ Ongs são, em geral: ◦ a) associações civis, ◦ b) sem fins lucrativos, ◦ c) de direito privado, ◦ d) de interesse público. ▸ Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público qualificação decorrente da lei 9.790 de 23/03/99 ▸ ... são entidades privadas atuando em áreas típicas do setor público, e o interesse social que despertam merece ser, eventualmente, financiado, pelo Estado ou pela iniciativa privada, para que suportem iniciativas sem retorno econômico. ▸ Para obter essa qualificação é necessário o cumprimento de alguns pré-requisitos que a legislação estabelece mas, principalmente, se enquadrar em alguns dos objetivos sociais. < http://www.sebraemg.com.br/culturadacooperacao/oscip/02.htm > Como nos relacionamos com as LEIS? Como podemos ou devemos olhar para as LEIS? Tem relação com as lutas sociais, movimentos sociais, respeito à diversidade cultural? Qual a importância da lei, nessa luta? A luta se conclui quando é aprovada a lei? Qual a diferença entre postura pessoal e movimento social? LEGISLAÇÃO = LEIS • Muitas decisões e ações públicas somente serão possíveis depois de aprovadas em lei. • A lei é o resultado de discussões e negociações públicas e institui o desejo coletivo. • Uma lei colabora para que a política pública permaneça mesmo quando houver mudanças de governo e de interesses partidários. ▸ O recurso deve seguir para onde aponta o discurso ▸ Na política, vista como negociação de ações governamentais diante de pleitos eleitorais, é comum que aconteçam os discursos. ▸ Toda boa idéia, em escala pública, irá requerer aplicação de recursos. ▸ O recurso deve ser destinado às ações que fizeram parte dos discursos. ▸ Política pública aprovada em lei pode prever arrecadação e destinação de recursos. ▸ Como as boas idéias podem transformar-se em ações públicas? O QUE É UM PROGRAMA? <http://www.pt-pr.org.br/pt_pag/Programa%20de %20Governo/Diretrizes%20de%20Programa%20de%20Governo.pdf> Acesso em 2012.03.19 ▸ Diretrizes, e agenda de objetivos, a partir do conhecimento da realidade e respondendo aos anseios e necessidades da população; Um termo de compromisso, que deve nortear a ação; ▸ Um Programa não precisa ter todos os detalhes das propostas. Porém, essas propostas devem ser bem pensadas para que sua realização seja possível e apresentada de forma que as pessoas entendam e acreditem. ... PROGRAMA • Programa é o conjunto de propostas e compromissos que norteia a ação política • Prevê uma aplicação de recursos ($) e em que condições isso pode ser usado. • Prevê uma lógica de trabalho e de realização. • Cria condições para a formulação de projetos. Que PROGRAMAS você conhece? ▸ PNLD ▸ Proinfo ▸ Programa Escola Aberta ▸ Prouni ▸ Pibid ▸ Quem executa esses programas? ▸ É como um programa, mas num nível mais próximo da execução, da realidade, da ação. ▸ Tem detalhes executivos. ▸ É acompanhado de cronograma e de responsabilidades (papéis, pessoas, instituições). Depois da ação existe a PRESTAÇÃO DE CONTAS aprovações e auditorias. ▸ Como o professorado costuma se posicionar quando recebe novos projetos na escola? ▸ Como poderia conviver bem com eles? ▸ O que falta? O que se pode fazer? ▸ Exemplo: FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) ▸ Instituído pela Emenda Constitucional n.º 14, de setembro de 1996, e regulamentado pela Lei n.º 9.424, de 24 de dezembro do mesmo ano, e pelo Decreto nº 2.264, de junho de 1997. O FUNDEF foi implantado, nacionalmente, em 1º de janeiro de 1998 ▸ É uma estrutura de financiamento do Ensino Fundamental, que subvincula a esse nível de ensino uma parcela dos recursos constitucionalmente destinados à Educação. ▸ A Constituição de 1988 vincula 25% das receitas dos Estados e Municípios à Educação. ▸ Com o FUNDEF, 60% desses recursos (o que representa 15% da arrecadação global de Estados e Municípios) ficam reservados ao Ensino Fundamental. ▸ Além disso, introduz novos critérios de distribuição e utilização de 15% dos principais impostos de Estados e Municípios, promovendo a sua partilha de recursos entre o Governo Estadual e seus municípios, de acordo com o número de alunos atendidos em cada rede de ensino. ◦ Um fundo pode ser definido como o produto de receitas específicas que, por lei, vincula-se à realização de determinados objetivos ◦ Acontece a automaticidade nos repasses de seus recursos aos Estados e Municípios, de acordo com coeficientes de distribuição estabelecidos e publicados previamente. ▸ Desvio de dinheiro? ▸ Mau uso? ▸ Como são os desvios e como isso pode ser descoberto ou fiscalizado? ▸ O que pode diminuir esses desvios? ▸ O acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do programa são feitos em escalas federal, estadual e municipal por conselhos criados especificamente para esse fim. O Ministério da Educação promove a capacitação dos integrantes dos conselhos. ▸ O aporte de recursos do governo federal ao Fundeb, de R$ 2 bilhões em 2007, aumentou para R$ 3,2 bilhões em 2008, aproximadamente R$ 5,1 bilhões para 2009 e, a partir de 2010, passou a ser 10% da contribuição total de estados e municípios. ▸ A complementação do dinheiro aplicado pela União é direcionadaàs regiões nas quais o investimento por aluno for inferior ao valor mínimo fixado para cada ano (R$ 1.722,05 em 2011) . ▸ O Fundeb atende toda a educação básica, da creche ao ensino médio. Substituto do Fundef, que vigorou de 1997 a 2006, o Fundeb está em vigor desde janeiro de 2007 e se estenderá até 2020. (FONTE = MEC) ▸ Aumentou em dez vezes o volume anual dos recursos federais em relação do Fundef. Além disso, materializa a visão sistêmica da educação, pois financia todas as etapas da educação básica e reserva recursos para os programas direcionados a jovens e adultos. ▸ Toma como base dados do censo escolar do ano anterior ▸ Criado pela Emenda Constitucional nº 53/2006 e regulamentado pela Lei nº 11.494/2007 e pelo Decreto nº 6.253/2007 Para saber mais http://www.scielo.br/pdf/es/v27n96/a07v2796.pdf DAVIES, Nicholas. Fundeb: a redenção da educação brasileira? Educ e Soc. vol. 27, n. 96 – Especial, Campinas, 2006. pp.753-774 O artigo examina o FUNDEF e o FUNDEB, que são mecanismos para redistribuir, dentro de cada estado, entre o governo estadual e as prefeituras, uma parte dos impostos (15% de alguns, no caso do FUNDEF, e 20% de um número maior de impostos, no caso do FUNDEB) já vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino pela Constituição Federal de 1988, com base no número de matrículas no ensino fundamental regular (o FUNDEF) e na educação básica (o FUNDEB). A participação federal se daria com uma complementação aos fundos estaduais cujo valor per capita não alcançasse o valor mínimo nacional, destinado a garantir um padrão mínimo de qualidade. O artigo enfatiza algumas das deficiências dos dois fundos, como a de que eles trazem poucos recursos novos para o sistema educacional como um todo, pois a complementação federal (que seriam estes recursos novos) foi insignificante no caso do FUNDEF e não será significativa no caso do FUNDEB. Outra é que, na redistribuição dos recursos dentro de cada estado, uns governos ganham, mas outros perdem na mesma proporção e a conseqüência é que só os que ganham e/ou recebem a complementação têm mais chances de manter e desenvolver o ensino e valorizar o magistério. Para saber mais http://www.scielo.br/pdf/cp/v38n134/a0438134.pdf SENA, Paulo. A legislação do Fundeb. Cad. Pesqui. [online]. 2008, vol.38, n.134, pp. 319-340. ISSN 0100-1574. RESUMO: O artigo analisa a legislação referente ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb –, em contraste com as normas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – Fundef. Identifica e discute: as características do novo fundo, que já integravam o fundo precedente; os aperfeiçoamentos em relação à legislação do Fundef e as opções técnicas distintas. Aponta os aspectos problemáticos da nova legislação, como a aplicação indistinta dos recursos entre as etapas e modalidades de ensino e os tipos de estabelecimento, independentemente de seu peso para a captação dos recursos, bem como a inclusão das matrículas privadas da educação especial e das creches de forma permanente, para além, portanto, de um prazo de transição. Propõe que a participação da União no financiamento da educação retome o patamar de 1995, em termos de percentual de gastos por esfera federativa. Para saber mais http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a1228100.pdf PINTO, José Marcelino de Rezende. A política recente de fundos para o financiamento da educação e seus efeitos no pacto federativo. Educ. Soc. [online]. 2007, vol.28, n.100, pp. 877-897. ISSN 0101-7330. RESUMO: Este artigo procura analisar o impacto que a recente política de fundos para o financiamento da educação básica (FUNDEF e FUNDEB) produziu na divisão de responsabilidades pelo atendimento educacional entre estados e municípios. Parte-se de uma análise do caráter peculiar dos municípios na federação brasileira e avaliam-se as mudanças recentes no perfil de seu atendimento educacional, discutindo-se as principais características e os prováveis impactos do FUNDEB, assim como os desafios que se colocam para o país para a construção de uma escola pública de qualidade. Para saber mais Livro disponível na biblioteca do DED Ufla MARTINS, Paulo S. FUNDEB, federalismo e regime de colaboração. Campinas, SP : Autores Associados, 2011. RESUMO: O livro reproduz e analisa como foi a discussão no Congresso brasileiro para aprovação do Fundeb. Mostra como aconteceu o enbate de forças e o trabalho de construção da lei. Destaca porque considera um avanço a consideração dos municípios como entes da federação, em igualdade com estados e união. 2013-2 Celso Vallin OBRIGADO Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29
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