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FLUIDOS DE CORTE
O fluido de corte é aplicado na ferramenta e no material que está sendo usinado, com a finalidade de facilitar a operação do corte.
Após refrigerar a ferramenta e a peça, o fluido cai para a mesa onde é recolhido por canais e levado por meio de um tubo para o reservatório. Assim, a bomba aspira novamente o fluido para devolvê-lo sobre a ferramenta e a superfície do trabalho. O fluido pode ser sólido, líquido e gasoso e está dividido em três grupos: óleos de corte integrais, óleos emulsionáveis ou solúveis e fluido de corte químico.
Funções Dos Fluidos De Corte
Os fluidos de corte podem se sólidos, gasoso ou líquidos, suas principais funções são:
Lubrificar as superfícies de atrito entre a ferramenta e a peça usinada.
Refrigeração da região de remoção de material.
Limpeza dos cavacos provenientes da usinagem.
Livrar a peça, as ferramentas de usinagem e a máquina de trabalho contra possíveis corrosões e oxidações.
FLUIDOS COMO REFRIGERANTES
Os fluidos de corte devem possuir alguns requisitos para que consiga retirar eficientemente o calor da região de corte, da peça e da ferramenta. Entre eles podemos citar: baixa viscosidade a fim de que flua facilmente, capacidade de “molhar” bem o metal para estabelecer um bom contato térmico, alto calor específico e alta condutividade térmica.
O fluido de corte com ação refrigerante trabalha realmente no sentido de aumentar a vida da ferramenta. Um exemplo é se a ferramenta for de aço-rápido, que perde sua capacidade de corte em temperaturas baixas (600ºC). Ele também pode beneficiar a peça, como é o caso de operações em que o acabamento superficial e/ou tolerâncias dimensionais são críticos. É necessário então que a ação refrigerante do fluido evite a dilatação da peça, proporcionando a obtenção de tolerâncias dimensionais apertadas.
Na furação de matérias que produzem cavacos descontínuos, a aplicação do fluido de corte se torna fundamental, principalmente em furação profunda, pois tem como função servir de transporte de cavacos. Com o cavaco fragmentado, ele não tem a continuidade necessária para percorrer os canais helicoidais das brocas e ficam emperrados na região de corte, podendo causar danos maiores à integridade da ferramenta.
Fluidos Como Lubrificantes
Uma das funções do fluido lubrificante é a redução do coeficiente de atrito entre o cavaco e a ferramenta, pois é na superfície de saída da ferramenta que se desenvolvem as maiores temperaturas, e também ferramenta e peça que facilita o fluxo do cavaco, reduzindo a força e a potência de corte e, consequentemente, a temperatura. 
 O fluido penetra entre as superfícies em contato através do fenômeno da capilaridade, ajudado pela vibração entre ferramenta, peça e cavaco. Se o fluido não atingir a região de corte, não se efetivará a ação desejada. Devido a isso, a ação lubrificante fica prejudicada quando se aumenta a velocidade de corte, pois para o fluido chegar à região de corte é necessário que ele seja impulsionado com alta pressão 
CLASSIFICAÇÃO DOS FLUIDOS DE CORTE
ÓLEOS DE CORTE INTEGRAIS (PUROS):
Óleo puro, sem mistura de agua, são eles os óleos minerais, derivados de petróleo, óleos graxos, de origem animal ou vegetal, óleos sulfurados e clorados que são agentes EP;
ÓLEOS EMULSIONÁVEIS OU SOLUVEIS: 
São fluidos de corte em forma de emulsão composto por uma mistura de óleo e água na proporção de 1:10 a 1:1000. Sua composição é à base de óleos minerais, óleos graxos, emulsificador, agentes EP e água.
FLUIDOS QUÍMICOS OU SINTÉTICOS:
Não contêm óleo mineral em sua composição, formam soluções transparentes de água e agentes químicos como aminas, nitritos, fosfatos e boratos, sabões e agentes umectantes, glicóis e germicidas, sendo assim possuem boa visibilidade no processo de corte.
GASES E NÉVOAS
O ar é o mais comum fluido gasoso utilizado, estando presente até mesmo na usinagem a seco. O ar comprimido é utilizado para melhorar a retirada de calor e expulsão do cavaco da zona de corte. Os fluidos gasosos, com sua menor viscosidade, são mais eficientes na capacidade de penetrar até a zona ativa da ferramenta. Outros gases como o argônio, hélio, nitrogênio e dióxido de carbono também são utilizados para a refrigeração e proteção contra oxidação, porém apenas em casos específicos, visto ser esta uma usinagem pouco econômica.
Névoas e gases são usadas em operações de mecânica de precisão, usinagem de alta velocidade e em QMFC (quantidade mínima de fluido de corte).
SÓLIDOS
São eles grafite, bissulfeto de molibdênio, ele tipo de fluido só lubrifica o processo.
Aditivos
Conferem propriedades especiais aos fluidos de corte, são eles:
Antiespumantes: evitam a formação de espuma que poderia impedir a boa visão da região de corte e comprometer o efeito de refrigeração do fluido;
Anticorrosivos: protegem a peça, a ferramenta e a máquina-ferramenta da corrosão (são produtos à base se nitrito de sódio);
Antioxidantes: tem a função de impedir que o óleo se deteriore quando em contato com o oxigênio no ar;
Detergentes: reduzem a deposição de iodo, lamas e borras (composto de magnésio, bário, cálcio, etc);
Emulgadores: são responsáveis pela formação de emulsões de óleo na água;
Biocidas: substâncias ou misturas químicas que inibem o crescimento de microrganismos;  
Agentes EP (extrema pressão): para operações mais severas de corte, eles conferem aos fluidos de corte uma lubricidade melhorada para suportarem elevadas temperaturas e pressões de corte, reduzindo o contato da ferramenta com o material. Os principais agentes EP são à base de enxofre, cloro e fósforo. Abaixo temos os tipos de fluidos mais comuns e sua característica principal;
CUSTO DE PRODUÇÃO
Relação custo-benefício relacionada à: aquisição, armazenamento, preparo, controle em serviço e o descarte do fluido de corte. Estas despesas correspondem a cerca de 16% do custo de produção por peça.
Aplicação Dos Fluidos De Corte
Os fluidos sólidos podem ser aplicados “diretamente na superfície de saída da ferramenta, antes da operação de usinagem”, ou como “aditivo metalúrgico”. Os fluidos de corte líquidos e gasosos “são aplicados diretamente sobre região de corte”. De modo geral, para que o fluido de corte desempenhe suas funções deve ser aplicado próximo da aresta de corte, nas interfaces peça/ferramenta/cavaco. Não há um consenso em relação à melhor direção de aplicação de fluido. Ao definir a forma de aplicação deve-se considerar, além do tipo do fluido de corte empregado e as direções do jato, o tipo de operação de usinagem, a pressão e o volume do fluido.
Usinagem Com Quantidade Minima De Fluido De Corte (Mqf) 
Quando não é possível eliminar o uso do fluido refrigerante, utiliza-se a técnica de mínima quantidade de fluido de corte. Nesta técnica, o fluido, contendo pequena quantidade de óleo, é pulverizado na região de corte, normalmente, na saída do cavaco ou entre a superfície de folga da ferramenta e a peça. As vazões de fluido utilizando o MQF (10 a 20 ml/h) são bem menores que na usinagem convencional com lubrificação abundante (300 a 4000 ml/min). O controle sobre a quantidade de fluido é importante, uma vez que os diferentes processos de usinagem necessitam de quantidades diferentes de lubrificação.
Nos gases e névoa o consumo na operação permanece abaixo de 50 ml/h de fluido de corte. Nesse tipo de aplicação o fluido é disperso na forma de spray sobre a região que se quer refrigerar ou lubrificar.
DESVANTAGENS DO USO DO FLUIDO DE CORTE:
O manuseio incorreto, pode gerar resultados desagradáveis que vão desde problemas no processo de fabricação e ataques à saúde dos operadores até o descarte prematuro deste produto, o uso de meios lubri-refrigerantes exige cuidados especiais na sua manipulação, manutenção, transporte e armazenagem, para que possam ser evitados alguns problemas como:
Corrosão de peças e/ou da máquina: A presença de água nas soluções e emulsões pode acelerar um processo de corrosão, usar aditivos anticorrosivos;
Infecção por bactérias: Ocrescimento de bactérias pode resultar em odores ofensivos, manchas nas peças e máquinas, problemas com filtros e clarificadores e redução da vida do fluido de corte, principalmente emulsões e óleos;
Sujeiras e impurezas: Partículas metálicas, óleos hidráulicos e de lubrificação da máquina e maus hábitos de higiene dos operadores podem tanto prejudicar as peças, ferramentas e máquinas quanto reduzir a vida do fluido de corte. 
Risco de incêndio: Fluidos integrais podem entrar em combustão. É necessário atenção às condições de corte e à formulação do óleo, também metais como o Magnésio podem provocar ignição quando em contato com a água. Assim, não se usam soluções ou emulsões com o magnésio. 
Ataque à saúde: Névoas de óleo podem irritar a pele e as vias respiratórias. O contato frequentes da pele com fluidos de corte (principalmente os que contém óleo na composição) pode resultar numa variedade de problemas de pele, havendo diferentes mecanismos de ataque e com diferentes manifestações, recomenda-se hábitos de higiene constantes e cremes protetores para a pele; 
Poluição do Meio-Ambiente: Um litro de óleo pode tornar impróprio para o uso um milhão de litros de água potável. Por esse e muitos outros motivos é necessária total atenção ao tratamento e destino do fluido de corte usado.
Usinagem a seco 
Usinagem extensiva a seco já é empregada no torneamento e fresamento de aços e ferros fundidos com ferramentas de metal-duro revestido, ferramentas cerâmicas e de CBN, a ausência de fluido de corte exige introdução de medidas adequadas que compensem a falta das funções primárias:
Sistema de refrigeração da máquina-ferramenta;
 Sistema de retirada dos cavacos da região de trabalho; 
Adequação da geometria da ferramenta, entre outras.
CONCLUSÃO
Ao desempenhar suas funções os fluidos de corte introduzem melhorias econômicas e funcionais nos processos de usinagem. Entretanto, as propriedades dos meios lubri-refrigerantes diferem dependendo do seu tipo e da sua composição, não existindo um fluido ideal. Assim, para atender as especificidades de cada operação, faz-se uso de aditivos que acentuam características inerentes ao lubrificante ou lhe conferem novas características desejáveis. Considerando a diversidade de fluidos de corte (sólido, líquido e gasoso) e as variáveis envolvidas em uma operação, para seleção do fluido de corte adequado ao processo foram apontados alguns critérios: condições de usinagem, material da ferramenta, material da peça, operação de usinagem, máquina-ferramenta, produção, aspectos ecológicos, análise econômica e recomendações dos fabricantes. 
Os critérios apresentados servem para orientar na definição do fluido, não sendo definitivos e nem devendo restringir-se a estes. Ainda quanto aos critérios de seleção, destacamos: a análise econômica, posto que o lucro é o objetivo final de qualquer empresa e todas as variantes de um processo vão influenciar direta ou indiretamente no custo final do produto; e os aspectos ecológicos, em virtude do cenário mundial que prima por soluções verdes e da legislação ambiental, além do fato de que este critério influencia no primeiro. Assim, fatores econômicos e ambientais tem impulsionado a busca por alternativas que visam à redução ou eliminação dos fluidos de corte. Quanto às novas tendências, dentre as alternativas mencionadas, a técnica de mínima quantidade de fluido de corte (MQF) tem mostrado melhor desempenho na usinagem. Além de contribuir para o combate aos problemas ambientais e a redução de custos devido à redução na quantidade de fluido empregada no processo. No entanto, alguns fatores críticos ainda precisam ser considerados, tais como otimização de ferramentas, o controle da vazão do fluido e o controle das partículas em suspensão.
BIBLIOGRAFIA
DINIZ, Anselmo Eduardo. Tecnologia da usinagem dos materiais.
SANTOS, Sandro Cardoso. Aspectos tribológicos da usinagem dos materiais. www.google.com
http://www.geocities.ws/cmovbr73/ProcFabr_Cap6_FluidoCorte.pdf

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