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Evolucionismo Cultural de Lewis H. Morgan - unid. 1, parte 3

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Evolucionismo Cultural de Lewis H. Morgan
Evolucionismo cultural é conhecido como o processo de evolução da humanidade (grupos sociais) oriundo da produção de objetos e costumes - que os ajudasse a conviver com os diferentes tipos de ambientes. As distintas sociedades evoluiriam todas na mesma direção, passando por etapas e fases de desenvolvimento e diferenciação culturais inevitáveis e escalonadas, seguindo uma transformação que levaria do simples ao complexo, do homogêneo ao heterogêneo, do irracional ao racional. Para os antropólogos evolucionistas, todos os grupos humanos teriam que atravessar necessariamente as mesmas etapas de desenvolvimento, e as diferenças que podem ser observadas entre as sociedades contemporâneas seriam apenas defasagens temporais, consequência dos ritmos diversos de evolução. Morgan separa essas etapas em três períodos Selvageria e Barbárie (que ele subdivide em três períodos) e Civilização (que ele subdivide em dois).
Ao fazer essas subdivisões Morgan propõe explicar como as técnicas de cada grupo evoluem de acordo com os ambientes e condições de vida. Como podemos perceber no filme A Origem do Homem – A Primeira Eva, onde é feita uma abordagem diferente, porém semelhante às teorias de Morgan, vemos uma crescente mudança nos hábitos e costumes dos povos antigos (primitivos) quando esses precisam sair da sua terra de origem e explorar os cantos mais recônditos do globo. Percebemos no filme assim como nas analises de Morgan as mudanças nas três subdivisões dos estágios do estado de selvageria, que são eles:
 
1.    Selvageria inferior: Infância do gênero humano. Os homens permaneciam, ainda, nos bosques tropicais ou subtropicais e viviam, pelo menos parcialmente, nas árvores; só isso explica que continuassem a existir, em meio às grandes feras selvagens. Os frutos, as nozes e as raízes serviam de alimento; o principal progresso desse período é a formação da linguagem articulada. Nenhum dos povos conhecidos no período histórico estava nessa fase primitiva de evolução. E, embora esse período tenha durado, provavelmente, muitos milênios, não podemos demonstrar sua existência baseando-nos em testemunhos diretos; mas, se admitimos que o homem procede do reino animal, devemos aceitar, necessariamente, esse estado transitório.
2.    Selvageria Média: Começa com o emprego dos peixes (incluímos aqui também os crustáceos, moluscos e outros animais aquáticos, conforme mencionado no filme por um geólogo) na alimentação e com o uso do fogo. Os dois fenômenos possuem uma interligação, porque o peixe só pode ser plenamente empregado como alimento graças ao fogo. Com esta nova alimentação, porém, os homens fizeram-se independentes do clima e da localidade; seguindo o curso dos rios e as costas “amares”, puderam - ainda no estado selvagem - espalhar-se sobre a maior parte da superfície da Terra. Os instrumentos de pedra sem polimento da primitiva - Idade da Pedra, conhecidos com o nome de paleolíticos pertencem todos, ou a maioria deles, a esse período e se encontram espalhados por todos os continentes (como nos mostra o documentário), constituindo uma prova dessas migrações. O povoamento de novos lugares e o incessante afã de novos descobrimentos, ligados à posse do fogo, que se obtinha pelo atrito, levaram ao emprego de novos alimentos, como as raízes e os tubérculos farináceos, cozidos em cinza quente ou em buracos no chão, e também a caça, que, com a invenção das primeiras armas - a clava e a lança - chegaram a ser um alimento suplementar ocasional.
3.    Selvageria Superior: Começa com a invenção do arco e da flecha, graças aos quais os animais caçados vêm a ser um alimento regular e a caça uma das ocupações normais e costumeiras. O arco, a corda e a seta já constituíam um instrumento bastante complexo, cuja invenção pressupõe larga experiência acumulada e faculdades mentais desenvolvidas, bem como o conhecimento simultâneo de diversas outras invenções. Se compararmos os povos que conhecem o arco e a flecha, mas ignoram a arte da cerâmica (com a qual, segundo Morgan, começa a passagem à barbárie), encontramos já alguns indícios de residência fixa em aldeias e certa habilidade na produção de meios de subsistência, vasos e utensílios de madeira, o tecido a mão (sem tear) com fibras de cortiça, cestos de cortiça ou junco trançados, instrumentos de pedra polida (neolíticos). Na maioria dos casos, o fogo e o machado de pedra já permitiam a construção de pirogas feitas com um só tronco de árvore e, em certas regiões, a feitura de pranchas e vigas necessárias à edificação de casas. Todos esses progressos são encontrados, por exemplo, entre os índios do noroeste da América, que conheciam o arco e a flecha, mas não a cerâmica. O arco e a flecha foram, para a época selvagem, o que a espada de ferro foi para a barbárie e a arma de fogo para a civilização: a arma decisiva.
Com isso percebemos as evoluções dos modos como esses grupos agiam e buscavam a sua existência e segurança. Um dos estágios segundo Morgan que identifica o homem moderno (segundo a teoria evolutiva dos crânios) é a Barbárie. É neste período que Morgan nos chama a atenção para um salto no progresso e desenvolvimento desses grupos. Nos três sub estágios da Barbárie veremos como esses grupos desenvolveram uma cultura artesanal assim como uma cultura social, levando-os assim a criar uma identidade.
O primeiro subperíodo da barbárie começou com a manufatura de objetos de cerâmica, seja por invenção original ou por adoção. Para determinar seu término e o começo do status intermediário, encontramos a dificuldade de os dois hemisférios terem características naturais distintas, o que começou a ter influência sobre os negócios humanos depois de passado o período da selvageria. No entanto, pode-se resolver isso com a adoção de equivalentes. A domesticação de animais no hemisfério oriental e, no ocidental, o cultivo irrigado de milho e plantas, junto com o uso de tijolos de adobe e pedras na construção de casas, foram selecionados como evidência suficiente de avanços para possibilitar a transição do status inferior para o status intermediário da barbárie. No status inferior estão, por exemplo, segundo Morgan as tribos indígenas a leste do rio Missouri, nos Estados Unidos, e aquelas tribos da Europa e da Ásia que praticavam a arte da cerâmica, mas não tinham animais domésticos.
1.    Fase superior Barbárie: Inicia-se com a introdução da cerâmica. É possível demonstrar que, em muitos casos, provavelmente em todos os lugares, nasceu do costume de cobrir com argila os cestos ou vasos de madeira, a fim de torná-los refratários ao fogo; logo se descobriu que a argila moldada dava o mesmo resultado, sem necessidade do vaso interior. O traço característico do período da barbárie é a domesticação criação de animais e o cultivo de plantas. Em virtude dessas condições naturais diferentes, a partir desse momento a população de cada hemisfério se desenvolve de maneira particular, e os sinais nas linhas de fronteira entre as várias fases são diferentes em cada um dos dois casos, irrigação e com o emprego do tijolo cru (secado ao Sol) e da pedra nas construções.
2.    Fase Média da Barbárie: Começou com a domesticação de animais no hemisfério oriental e, no ocidental, com a agricultura de irrigação e com o uso de tijolos de adobe e pedras na arquitetura. Seu término pode ser fixado pela invenção do processo de forjar o minério de ferro. Isso situa no status intermediário, por exemplo, os índios, pueblos do Novo México, do México, da América Central e do Peru, e aquelas tribos do hemisfério oriental que possuíam animais domésticos, mas não tinham um conhecimento do ferro. Numa certa medida, os antigos bretões, embora familiarizados com o uso do ferro, também pertencem a essa subdivisão. A vizinhança com tribos continentais mais adiantadas havia avançado as artes de subsistência entre eles muito além do que correspondia ao estado de desenvolvimento de suas instituições domésticas.
3.    Fase Superior da Barbarie:Inicia-se com a fundição do minério de ferro, e passa à fase da civilização com a invenção da escrita alfabética e seu emprego para registros literários. Essa fase supera todas as anteriores juntas, quanto aos progressos da produção. A ela pertencem os gregos da época heroica (Homéricos), as tribos ítalas de pouco antes da fundação de Roma, os germanos de Tácito, os normandos do tempo dos vikings. Antes de mais nada, encontramos aqui, pela primeira vez, o arado de ferro. puxado por animais, o que torna possível lavrar a terra em grande escala - a agricultura - e produz dentro das condições então existentes, um aumento praticamente quase ilimitado dos meios de existência; em relação com isso, também observamos a derrubada dos bosques e sua transformação em pastagens e terras cultiváveis, coisa impossível em grande escala sem a pá e o machado de ferro. 
Tudo isso acarretou um rápido aumento da população, que se instala, densamente, em pequenas áreas. .Antes do cultivo dos campos somente circunstâncias excepcionais teriam podido reunir meio milhão de homens sob uma direção central - e é de se crer que isso jamais tenha acontecido. O quadro do desenvolvimento da humanidade através do estado selvagem e da barbárie, até os começos da civilização  já é bastante rico em traços característicos novos e, sobretudo, indiscutíveis, porquanto diretamente tirados da produção. Aqui começa a civilização.
Generalizando a classificação de Morgan temos a seguinte forma: Estado Selvagem. - Período em que predomina a apropriação de produtos da natureza, prontos para ser utilizados; as produções artificiais do homem são, sobretudo, destinadas a facilitar essa apropriação. Barbárie. - Período em que aparecem a criação de gado e a agricultura, e se aprende a incrementar a produção da natureza por meio do trabalho humano. Civilização - Período em que o homem continua aprendendo a elaborar os produtos naturais, período da indústria propriamente dita e da arte.
Ao adentrarem na fase da civilização os homens começam a se reunir não mais em grupos, tribos, ou aldeias. Nesta fase sua conjuntura se dá a partir de cidadelas e pequenos feudos – onde já existia entre si uma hierarquia. Durante essa ultima passagem Morgan salienta que a percepção humana já ultrapassava todas as anteriores. Tendo ele pleno domínio da terra e dos meios de produção dos seus frutos (produtos), o homem começa a se relacionar de forma politica levando-o à sua “ultima transição evolutiva”. É importante destacar que nesta fase a família e a propriedade privada possuem grande destaque, tanto no que tange as relações sociais, como nas politicas.
A família é vista como o marco histórico da organização e ordenamento social do homem civilizado. Aqui também teremos o advento da religião – como ordenamento social - que faz com que as diferentes famílias nos diferentes cantos do globo se organizem de forma a propagarem a sua cultura. 
Fontes:
MORGAN, Lewis H. Organização Celso Castro; in Evolucionismo Cultural textos de Morgan, Tylor e Frazer, editora Jorge ZAHAR, 2005, p. 21 -30.
Documentário A Origem do Homem e a Primeira Eva (Discovery Channel, 2002)  < http://www.youtube.com/watch?v=jFWyefBkoHU >

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