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Difusão em sólidos DIFUSÃO Transporte de massa no sólido se dá através do movimento atômico CASOS PRÁTICOS • Filtros para purificação de gases • Modificação superficial de peças • Dopagem de semicondutores • Sinterização SINTERIZAÇÃO Estabelecimento de junções entre partículas sujeitas a tratamento térmico com difusão no material. Processo usado para fabricação de peças cerâmicas. Pó compacto de óxido de alumínio (1700oC – 6min) CEMENTAÇÃO Modificação superficial de peças. Aumento do teor de C na parte mais externa de engrenagens para aumentar a dureza. DIFUSÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO OBJETIVO: equalização da composição química em ligas PROCESSO TERMICAMENTE ATIVADO DIFUSÃO SÓLIDO-SÓLIDO PAR DE DIFUSÃO Duas barras de materiais metálicos distintos sob tratamento térmico. concentrações do cobre e do níquel em função da posição ao longo do par de difusão CONDIÇÕES PARA OCORRER DIFUSÃO DE ÁTOMOS NA REDE CRISTALINA: Deve haver espaço livre (lacuna) adjacente ao átomo. O átomo que se desloca deve possuir energia suficiente para quebrar as ligações químicas que o une a seus átomos vizinhos. A movimentação dos átomos pode se dar pelo volume do material ou ao longo de defeitos cristalinos (mais rápida). MECANISMOS PROPOSTOS DIFUSÃO POR LACUNAS (ou DIFUSÃO SUBSTITUCIONAL) DIFUSÃO INTERSTICIAL Átomo se desloca da posição padrão da rede cristalina para algum local (sítio) vazio próximo. O movimento do átomo segue direção contrária ao movimento da lacuna. Esse tipo de difusão depende da quantidade de lacunas presentes na rede cristalina. A quantidade de lacunas aumenta com a temperatura. O processo é denominado AUTODIFUSÃO quando os próprios átomos da rede se difundem ou INTERDIFUSÃO, quando ocorre difusão de impurezas substitucionais. DIFUSÃO POR LACUNAS difusão de lacunas auto-difusão interdifusão DIFUSÃO INTERSTICIAL Átomos intersticiais migram para posições adjacentes da rede cristalina. Corresponde a um tipo importante de difusão em metais e ligas cuja impureza. apresenta pequeno raio atômico em relação ao átomo da matriz cristalina (ex: carbono e hidrogênio). É geralmente mais rápida (apresenta maior coeficiente de difusão). Menor energia necessária para o movimento dos átomos. RESUMO DOS MECANISMOS DE DIFUSÃO difusão de lacunas difusão intersticial FLUXO DE DIFUSÃO A velocidade com que ocorre a difusão é avaliada em termos do FLUXO DE DIFUSÃO que corresponde a massa (ou número de átomos) que se difunde por unidade de tempo através de uma área perpendicular à direção do movimento da massa que está se difundindo. J = M/(At) onde J = fluxo de difusão, em at/cm2.s M = massa transportada A = área da seção transversal t = tempo Unidade: Kg/m2.s ou Kg/m2.s • difusão em estado estacionário • difusão em estado não-estacionário (condições transientes) J = - D (c / x) (PRIMEIRA LEI DE FICK: relaciona J com o gradiente de concentração) J = fluxo (atm/cm2.s) D = coef. Difusão (cm2/s) - valores tabelados; depende da temperatura (c / x) = gradiente de concentração (atm/cm3.cm) Obs: sinal negativo indica que o fluxo ocorre no sentido da maior para a menor concentração DIFUSÃO EM ESTADO ESTACIONÁRIO CONDIÇÕES: J não varia com o tempo J não varia com a posição Exemplo prático: purificação de gás hidrogênio por difusão em lâmina de paládio SEGUNDA LEI DE FICK DIFUSÃO EM ESTADO NÃO- ESTACIONÁRIO Ocorre na maioria das situações práticas que envolve difusão em sólidos. Tanto o fluxo de difusão quanto o gradiente de concentração variam com o tempo em uma determinada posição. Ocorre acúmulo ou esgotamento dos componentes que estão se difundindo. Sendo especificadas as condições de contorno para a segunda Lei de Fick, podem-se obter soluções que são funções que representam as concentrações em termo de posição e tempo (C = f(x,t)). Uma solução prática importante se refere à concentração constante de soluto na superfície do sólido (Cs) e à distribuição uniforme dos átomos do soluto no interior do sólido antes da difusão ocorrer (C0). Se aplica a casos de cementação Onde: x = distância à superfície Cx = concentração a uma profundidade x, após tempo t C0 = concentração inicial da espécie Cs = concentração na superfície função matemática (função erro de Gauss) cujos valores são tabelados A difusão é um processo termicamente ativado e a taxa de difusão depende do par soluto-solvente e de suas estruturas cristalinas. Quais são os fatores que influenciam os processos de difusão? TEMPERATURA ESPÉCIES EM DIFUSÃO (PAR SOLUTO / SOLVENTE) ESTRUTURA CRISTALINA DA MATRIZ À medida que a T aumenta, a energia térmica disponível e o número de lacunas aumenta → maior difusão nl = n exp (-Ql / RT) onde: nl = número de lacunas por cm 3 n = número de átomos por cm3 Ql = energia para produzir o movimento de um mol de átomos (cal/mol ou J/mol) R = constante dos gases (8,31 J/mol.K ou 1,987 cal/mol.K) T = temperatura (K) Influência da temperatura D0 = constante independente da T, em m 2/s (valores tabelados) Qd = energia de ativação para a difusão, J/mol Influência das espécies em difusão Difusão por lacunas vs intersticial Influência das espécies em difusão Difusão por lacunas vs intersticial Influência da temperatura Influência das estruturas cristalinas Influência das espécies em difusão Difusão em materiais cerâmicos: Mecanismo por lacunas Lacunas ocorrem em pares (defeito de Schottky) Difusão de íons de cargas opostas A condutividade elétrica de materiais cerâmicos é função do coeficiente de difusão
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