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DIREITO CIVIL 1 - Negócio Jurídico - Art 104 à 188, CC

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DIREITO CIVIL – 2º SEMESTRE
- FATOS, ATOS E NEGÓCIO JURÍDICO –
Fatos jurídicos: São acontecimentos naturais ou condutas humanas previstas numa norma que lhe outorga efeito. Tendo como exemplo a morte, o nascimento, etc.
Fatos jurídicos em sentido estrito: Acontecimentos naturais, como a aluvião e na avulsão.
Atos jurídicos: São derivados da conduta humana (vontade)
Atos jurídicos
Ilícitos: Aqueles que estabelecem uma sanção, geram o dever de indenizar (art. 186 e 187, CC)
Lícitos: dividem-se em:
Atos jurídicos em sentido estrito: A vontade atua na formação do ato, mas quem determina seus efeitos é a lei
Negócios jurídicos: A vontade atua tanto na formação, quanto na determinação dos efeitos. (na maioria, bilaterais)
Negócios jurídicos: 
Negócio jurídico é a manifestação de vontade que produz efeitos desejados pelas partes e permitidos por lei.
de direitos. O negócio jurídico típico é o contrato.
Bilaterais: compra e venda, casamento...
Unilaterais: testamento, doação...
Seu elemento cerne é a manifestação de vontade
- VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO –
Art. 104 ao 114, CC
(Validade = Regularidade)
Teoria (escada) Ponteana:
Plano da existência
Plano da validade
Plano da eficácia
Plano da existência: 
Existem quatro elementos mínimos que são exigidos para que o negócio jurídico exista: agente, objeto, vontade e forma. Quando faltam elementos mínimos de existência, o negócio jurídico não existe.
Plano da validade: (art 104, CC)
Basta adjetivar os elementos de existência
Agente: capaz e legitimadas
Objeto: lícito, possível e determinado ou determinável
Vontade: Tem que ser livre, consciente, espontânea e de boa-fé. (Vícios do consentimento)
Forma: prescrita ou não defesa em lei
Se houver um problema na validade, o negócio é invalidado. A invalidade pode ser absoluta, onde o negócio é nulo, ou pode ser relativa, onde o negócio é anulável.
Plano da eficácia:
Eficácia é quando o negócio jurídico passa a produzir efeitos. Os elementos que o compõem são acidentais, uma vez que sua presença é dispensável, são eles a Condição, Termo e Modo ou Encargo.
- DA REPRESENTAÇÃO –
Art 115 à 120
É a relação jurídica através da qual uma pessoa se obriga perante outra por meio de um negócio praticado em seu nome por um representante ou intermediário.
Quando um terceiro age em nome e no interesse de uma pessoa parte de um negócio jurídico (representado). Este terceiro é chamado de representante, ao qual são conferidos os poderes do representado.
Art. 115:
Poder por lei -> tutor, pais e curador.
Pelo interessado -> conferir poderes à outra pessoa para que esta possa realizar o ato jurídico em seu nome. (Mandato)
Requisitos para a representação:
Atribuição ou outorga do poder de representar
Comtemplatio Domini: atuação do representante em nome do representado, com a consciência por parte de ambos que o assunto se trata do segundo.
Vontade manifestada na prática do ato jurídico ou celebração do negócio jurídico
A extinção da representação se dá das seguintes maneiras:
Como consequência do exaurimento de seu conteúdo (já fez o que tinha que se feito)
Pela morte de um dos dois (exceto quando o representante não sabe da morte de seu representado)
Por revogação por parte do representado, ou renúncia do representante (somente na convencional).
Quando o menor atinge a maioridade (somente na legal).
(http://blogdireitoufpr.com/2012/12/13/direito-civil-representacao-e-defeitos-do-negocio-juridico/)
- DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO ENCARGO –
Arts 121 a 137, CC
São institutos que alteram a eficácia do negócio jurídico. A eficácia é quando o negócio jurídico produz efeitos, e a consequência normal dos negócios jurídicos que preencham todos os requisitos do plano da existência e da validade é que produzam efeitos imediatos e indetermináveis.
Excepcionalmente, o ordenamento jurídico admite que as partes estabeleçam um elemento acidental para alterar essa regra quanto a eficácia do negócio jurídico, podendo estabelecer um termo, um modo ou encargo, com objetivo de alterar ou determinar alguma consequência quanto aos efeitos do negócio jurídico
Condição: é a clausula que subordina a eficácia do negócio jurídico a um evento futuro e incerto. Por exemplo: Vou comprar um automóvel por determinada quantia SE estiver chovendo no final de semana. Se chover, o negócio jurídico passa a produzir efeitos.
A condição pode ser suspensiva ou resolutiva.
Suspensiva: subordina os efeitos do negócio jurídico à um evento futuro e incerto;
Resolutiva: oposto da suspensiva, pois quando verificada coloca fim à eficácia do negócio jurídico. Exemplo: Meu pai me emprestou o carro durante o dia de hoje, mas se chover, pede para que eu devolva o carro à ele.
Termo: cláusula que subordina a eficácia do negócio jurídico à um evento futuro e certo.
O termo também pode ser suspensivo ou resolutivo.
Suspensivo (inicial): quando verificado, dá início aos efeitos do NJ. Não suspende a aquisição do direito, suspende apenas o exercício até que ocorra o evento futuro e certo.
Resolutivo (final): é aquele que quando verificado, coloca fim à eficácia do NJ.
Um exemplo de termo é a data inicial e final de um contrato de locação.
Encargo (ou modo): Consiste na pratica de uma liberalidade subordinada à um ônus. Exemplo: doação onerosa, onde uma pessoa realiza uma doação à outra, mas imputa um encargo à outra (Doo esse terreno à você, desde que você construa uma escola para crianças carentes).
Se não for cumprido, o doador pode exigir a execução do encargo ou revogar a prática da liberalidade.
https://www.youtube.com/watch?v=2sQ6D2EX9lU
- Vicios (defeitos) do negócio jurídico –
Art 138 à 165
Ocorrem quando a vontade foi manifestada de forma viciada.
Vícios da vontade ou do consentimento:
Erro: a falsa percepção da realidade. Quando uma pessoa realiza um NJ viciado por erro, ela realizou pois teve alguma falsa percepção de algum dos aspectos determinantes do NJ.
Exemplo: vejo um relógio dourado e acredito que é um relógio de ouro, resolvo compra-lo. Tempo depois descubro que o material era, na verdade, latão. 
Há diferença entre erro e ignorância. Erro é a falsa percepção da realidade, como no caso do relógio. Ignorância é o completo desconhecimento da realidade, um exemplo é comprar um objeto achando que outro.
A consequência do erro (ou da ignorância) é a anulabilidade do negócio jurídico, sendo utilizada a ação anulatória, que tem o prazo de 4 anos. O prazo é contado a partir na celebração do negocio jurídico.
Dolo: é a indução ao erro. No caso do relógio, seria se o vendedor declarasse que o relógio é de ouro, quando é feito de latão.
Os efeitos são equiparados ao erro: anulabilidade, e ação é a anulatória, com o mesmo prazo de 4 anos, que é contado a partir da celebração do NJ.
Coação: Pressão ou ameaça a uma pessoa, familiar ou bem, para que se realize o negócio jurídico. Exemplo: desejo comprar a casa de Antonio, mas este não aceita. Passo então, a chantageá-lo, forçando-o a vender a casa.
A coação torna o NJ anulável, tendo o prazo decadencial de 4 anos, porém a contagem do prazo é a partir do momento em que se cessou a coação.
Estado de perigo: formado por dois elementos (objetivo e subjetivo)
Objetivo: quando na celebração do NJ, uma das partes vai sofrer uma onerosidade excessiva.
Subjetivo: é o motivo que leva a pessoa a celebrar o NJ que lhe prejudique. Como por exemplo, o perigo de morte, onde um parente, cônjuge ou amigo próximo precisa realizar uma cirurgia muito cara, e o contratante vende seu carro por um preço abaixo do que vale para pagar a cirurgia.
No estado de perigo, há necessidade de provar que a outra parte tinha conhecimento do elemento subjetivo. Torna o negócio jurídico anulável, prazo de 4 anos, contado a partir do negócio.
Lesão: formado por dois elementos (objetivo e subjetivo)
Objetivo: igual ao do estado de perigo
Subjetivo: o motivo da pessoa ter aceitado o NJ extremamente oneroso pode ser:
Porpremente necessidade
Por inexperiência do contratante
Na lesão, não há necessidade da comprovação do dolo de aproveitamento pela outra parte (comprovação do elemento subjetivo). Torna o negócio jurídico anulável, prazo de 4 anos, contado a partir do negócio.
Vicios sociais
Fraude contra credores: atuação maliciosa do devedor insolvente, ou na iminência de assim se tornar, que se desfaz de seu patrimônio procurando não responder pelas obrigações anteriormente assumidas. Ex: estou devendo para Antônio, e ele pode tirar a minha casa de veraneio (a casa em que moro não pode ser executada pois é um bem de família), então alieno minha casa de veraneio. O objetivo é prejudicar o credor.
A fraude contra credores torna o NJ anulável pela ação PAULIANA, o prazo decadencial é de 4 anos e começa a contar a partir da celebração do NJ.
Simulação: é um NJ mentiroso. Na simulação, há conflito entre a vontade interna e externa do declarante. Um exemplo é o do casal que está se separando, e tem o patrimônio de 400 mil reais, que seria dividido em partes iguais aos cônjuges. Porém o marido faz um NJ com um amigo, em que finge uma dívida de parte do dinheiro com o amigo, e saca o dinheiro para si. Nada mais é que um negócio mentiroso.
A simulação torna o negócio NULO, a nulidade é absoluta. A ação a ser proposta é a ação declaratória de nulidade, é uma ação imprescritível.
https://www.youtube.com/watch?v=lJ07_1t_b3M
- Invalidade do negócio jurídico –
Art 166 à 184, CC
O negócio jurídico existe quando é composto por: vontade, forma e objeto. É inexistente se algum destes elementos não estiver presente, portanto é nulo.
O negócio jurídico valido é aquele que entrou no mundo jurídico sem deficiências, porque o agente é capaz, o objeto é licito e a forma é prevista em lei. (art 104, CC). Se os requisitos não estão presentes, o negócio jurídico é invalido. 
As deficiências são avaliadas no momento da celebração do NJ. 
O NJ inválido existe, porém existe contra o Direito. 
A invalidade tem duas espécies:
Nulidade: é mais grave pois fere ao interesse do Estado (normas de ordem pública). A nulidade ocorre por uma violação de uma norma de ordem pública, ou seja, negócio juridico diante de uma proibição estatal. (art 166, CC)
A nulidade é absoluta, podendo ser alegada por qualquer interessado, pelo MP e pelo juiz mesmo que não haja provocação das partes ou do MP. 
A ação é a declaratória de nulidade. Se a parte ré for a prejudicada, ela pode em defesa, alegar a objeção de nulidade. 
Não é necessário que o juiz saiba que a parte que causou a nulidade teve a intenção ou não. Portanto nulidade é objetiva, não levando em conta a motivação.
Se a parte sofreu prejuízo ou não, é irrelevante. A decretação da nulidade se basta com a ofensa de uma norma jurídica de interesse público. Se houve prejuízo, além da nulidade, a parte interessada pode pedir perdas e danos. 
A nulidade não é sanável, não há possibilidade de confirmação (convalidação) de um negócio jurídico nulo. O que pode ocorrer é a repetição do NJ nulo, podendo os contratantes realizarem um novo NJ sem os vícios. O novo negócio não possui efeitos retroativos.
A nulidade é imprescritível.
Anulabilidade: Fere interesse das partes. Representa um fenômeno atrelado a uma falha na exteriorização do declarante ou de sua capacidade. (art 171, CC)
Situações que induzem a anulabilidade:
Quando um NJ é praticado por um relativamente incapaz sem estar assistido. 
Há defeito do negócio jurídico (dolo, erro, coação, estado de perigo, lesão, fraude contra credores)
Quando a lei determina em uma norma especifica
É possível sanar a anulabilidade, confirmando o negócio jurídico anulável. A confirmação pode ser feita por uma das partes ou por 3º, ou de forma tácita.
A anulabilidade tem o prazo decadencial de 4 anos, sendo contado geralmente a partir da celebração do NJ (exceto na coação). A ação é a anulatória, e no caso de fraude contra credores é a ação Pauliana. 
- ATOS ILÍCITOS –
Art 186 à 188, CC
Responsabilidade civil é a consequência jurídica e patrimonial do descumprimento de uma obrigação. Quem descumpre a obrigação, tem o dever de reparar o dano causado.
O conceito de ato ilícito e de responsabilidade civil são autônomos. O primeiro qualifica, enquanto o outro estabelece consequências.
Pode ocorrer responsabilidade civil sem ato ilícito (indenização licita, art. 929, CC), e vice versa, como no caso do o incapaz (representado por tutor pobre) e que não tem como reparar o dano sem prejuízo de sua subsistência (art. 928 CC);
Responsabilidade civil de acordo com a sua fonte: 
Responsabilidade contratual e extracontratual: 
A contratual surge quando há o descumprimento de uma obrigação prevista em um contrato (ex: quando o inquilino não paga o aluguel). 
A extracontratual surge quando há o descumprimento de uma obrigação presente no ordenamento jurídico, de uma norma jurídica geral (Ex: Art 186, CC, que determina que sempre que alguém violar o ordenamento jurídico E causa dano a outrem, pratica ato ilícito, em conjunto com o Art 927, caput, CC, determina o dever de reparar o dano causado). 
O ato ilícito gera uma responsabilidade aquiliana de reparar os danos. (Responsabilidade extracontratual é sinônimo de responsabilidade aquiliana).
A responsabilidade civil de acordo com os seus elementos:
Objetiva: Basta provar o fato, o dano e o nexo causal. Não é sinônimo de responsabilidade civil com culpa presumida. 
Subjetiva: é aquela que exige a presença de quatro elementos para a existência do dever de reparar o dano (fato, dano, nexo causal e culpa)
Ato ilícito:
É todo ato contrário ao ordenamento jurídico. O ato ilícito civil é aquele que viola o ordenamento jurídico E causa dano à outrem. O dano integra o conceito de ato ilícito.
Abuso de direito:
Quem age com abuso de direito, a princípio age de acordo com o ordenamento jurídico, mas as consequências desses atos são ilícitas. (Exemplo: se você não paga o aluguel e o sindico expõe os condôminos em atraso para o resto do prédio. O sindico tem o poder de cobrar quem atrasa o pagamento, mas ao expor os condôminos está agindo com abuso de direito.
Ato lícito:
O exemplo é da legitima defesa agressiva, que é quando você se defende de uma situação de perigo e causa dano à uma pessoa, mas essa pessoa que suportou o dano não era a responsável pelo seu estado de perigo.
Culpa: 
Nada mais é que o descumprimento de um dever de conduta imposto pela norma jurídica. Ex: não causar dano.
Modalidades de culpa: Dolo, negligência, imprudência e imperícia.
Nem sempre é elemento da responsabilidade civil, apenas quando a responsabilidade civil é subjetiva!

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