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Aspectos da Reprodução e Gametogênese O processo de reprodução refere-se a capacidade indivíduo em replicar-se, ou seja, de gerar o produto ou filhotes para continuidade da espécie Esse processo em animais multicelulares e no homem envolvem órgãos complexos e mecanismos endócrinos elaborados. Os sistemas endócrino e nervoso são em conjunto considerados reguladores dos eventos que levam à formação de gametas, ou seja, o processo de gametogênese para então termos a fertilização, o estabelecimento e manutenção da prenhez, o nascimento e o cuidado com a prole. Considera-se que a puberdade é a época em que se iniciam os processos que capacitam a espécie para reprodução. Reprodução em animais e no homem e do tipo sexuada com a participação de células haplóides que carreiam metade da carga genética sendo os espermatozóides e ovócitos que é ao combinarem formam o zigoto. Em fêmeas e nas mulheres a puberdade desencadeia atividade cíclica dos ovários determinando o ciclo estral, enquanto que em machos e homens a testosterona implicará na produção de espermatozoides, a idade em que ocorre a puberdade é variante entre as espécies. ● Sistema Reprodutor Feminino O sistema reprodutor de fêmeas é formado pelos ovários que localizam-se no interior da bursa ovariana que é considerada uma cavidade no interior do ligamento mesossalpinge. A partir dos ovários encontramos uma estrutura tubular denominada de tuba uterina ou trompas, que apresenta o infundíbulo com uma região dilatada em forma de funil na região próximo ao ovário, uma porção tubular larga e longa denominada de ampola, no interior da qual é comumente encontrado o início da fertilização, e uma região mais fina em contato com o útero denominado de istmo. O útero em humanos é o único apresentando um corpo e a cérvix. A cérvix é o única que apresenta um ou mais óstios internos voltadas para o corpo uterino e um óstio voltado para a vagina. 1. Ciclo Menstrual: O ciclo menstrual apresenta várias fases e características próprias sendo todo regulado pelo hormônios. Assim na fazenda anterior ao ciclo menstrual a ação hormonal cabe ao estrógeno que prepara a mulher para uma possível fertilização, deste modo sequencialmente haverá um aumento da produção do hormônio folículo estimulante que estimulará vários folículos presente no estroma ovariano até a formação de um folículo maduro ou folículo de Graaf. Após atingir o estado de maduro observaremos o pico de FSH, ocorre juntamente com o pico do hormônio luteinizante que é responsável pela ovulação, ou seja, a ruptura do folículo e consequentemente a liberação do ovócito juntamente com as células foliculares da coroa radiada para ser captado pelas fímbrias e ser direcionado para a tuba uterina. Assim após o término da ovulação as células foliculares que restaram, do folículo maduro rompido, formam o corpo lúteo que produzirá a progesterona de modo a continuar com crescimento do endométrio do útero que foi iniciado desde o aumento da produção do estrógeno. Caso não haja fecundação o corpo lúteo não receberá a informação da presença do concepto no útero e diminuirá a sua produção de progesterona levando a descamação do endométrio. O melhor controle de natalidade está na associação entre o uso de preservativo e a pílula anticoncepcional, deve-se atentar que para o uso da pílula há a necessidade de consulta médica, uma vez que cada mulher é diferente da outra e as pílulas tornam-se mais adequadas e eficientes para cada caso. Não confunda as pílulas anticoncepcionais as pílulas do dia seguinte, essas foram desenvolvidas como um método contraceptivo emergencial, ou seja, quando ocorreu a relação sem utilização de método anticonceptivo padrão, o tempo limite para injeção da pílula do dia seguinte é de no máximo 72 horas para as pílulas de apresentação única e para as cartelas com duas pílulas devem ser ingerida uma logo após e a segunda pílula relação após 12 horas da ingestão da primeira. Deve-se ter atenção que quanto maior o tempo que você levar para a ingestão das pílulas emergenciais menor é o seu efeito e maior o risco de gravidez. As pílulas anticoncepcionais e as contraceptivas emergenciais não são pílulas abortivas. Medicamentos abortivos não podem ser utilizados de modo genérico, a prescrição para instituição de métodos abortivos deve ser realizada por médicos em obediência às leis vigentes no país. ● Genética x Indivíduo A genética de cada indivíduo é que vai conferir suas características, conforme mencionado na aula anterior não somente a sequência de gene, mas sim a expressão gênica é que confere a essas características. Contudo deve-se ter em mente que a expressão ocorre de modo equilibrado e controlado, por meio do controle da regulação epigenética. Algumas espécies compartilham a mesma carga genética, bem como outras espécies, que parecem similares, apresentam carga genética diferentes. Além da sequência de genes que determinante para cada espécie, são as expressões desse genes que conferem a eles a suas características. Em ser humano encontramos 25 mil genes e 46 cromossomos e em animais domésticos acredita-se haver uma quantidade de genes, contudo não foram todos mapeados como no caso do genoma humano. ● Gametogênese: Para que se estabeleça um processo de reprodução há necessidade de formar esse gametas, cujo o processo é denominado de gametogênese. 1. Células Germinativas Primordiais: A gametogênese inicia-se com as células germinativas primordiais em ambos os sexos sendo as precursoras de espermatozoides e ovócitos. As células germinativas primordiais são consideradas pluripotentes no que tange a potência celular apesar do seu desenvolvimento iniciar-se na fase de formação do embrião trilaminar, ou seja, do ectoderma, mesoderma e endoderma do que as demais células são consideradas como multipotentes. Essa característica ocorre devido à migração das células a partir da borda posterior do disco embrionário em direção à parede do saco vitelino, deste modo durante sinalização do disco embrionário bilaminar para diferenciar-se em trilaminar, essas células germinativas primordiais estariam livres dessa influência da fase de comprometimento celular para acumularem-se na membrana fetal. As células germinativas são marcadas pela atividade do OCT4 e pela fosfatase alcalina. Ovogênese: Durante a gametogênese observa-se a ocorrência de uma citodiferenciação para a formação de gametas tanto de gametas masculino e feminino. Na ovogênese a etapa inicial é determinada pela formação dos folículos primordiais, deste modo após as células germinativas primordiais haverem chegado na região da gônada feminina elas multiplicam-se por processos mitóticos e povoam toda a gônada, ao mesmo tempo serão derivadas células do epitélio superficial da gônada, denominadas de células foliculares, nesse tempo as células foliculares são achatadas e menores e irão circundar cada célula germinativa primordial. Desse modo ao conjunto das células germinativa primordialmais as células foliculares achatadas damos os nomes de Folículo Primordial. As células germinativas primordiais passam a ser chamado assim então de Ovogônias. 1ª Fase de Multiplicação: Na primeira fase de multiplicação que ocorre durante o desenvolvimento do embrião ainda na vida uterina, cada ovogônia continua a proliferar-se por mitose, contudo deve-se observar que a citocinese não é completa. A maioria das ovogônias mantém o mesmo tamanho no processo, contudo ainda durante o desenvolvimento embrionário algumas diferenciam-se em formar uma célula maior a qual será denominada de ovócito primário já próximo ao parto todas as ovogônias são estimuladas a diferenciar-se em ovócito do primário. Os ovócitos primários então iniciam o processo de meiose e entram na fase S do ciclo celular, seguindo para a fase de prófase da meiose I. As ovogônias que restarem tanto no interior do órgão como na sua superfície após a estimulação para diferenciação em ovócitos primários entram em apoptose e deixam de existir. O número de células germinativas primordiais ovogônias e ovócitos é variante em cada espécie. 1º Período de Crescimento: Após a primeira fase de multiplicação ocorrerá o primeiro período de crescimento que ainda se estabelece durante a vida uterina. No estágio anterior estima-se que apenas as ovogônias na superfície dos ovários sobrevivem a todo processo e permanecem bloqueados no estágio de diplóteno, ainda com o núcleo intacto e essa circundada por células foliculares achatadas. Nesta fase as células foliculares, que circundam os ovócitos primários, são estimulados e passam a ser cuboides, sendo então denominadas de células da granulosa. Os ovócitos também sofreram crescimento na ordem de até 4 vezes o seu tamanho inicial, a esse conjunto de ovócito primário crescido mais as células da granulosa, denominamos de folículo primário. Cumprindo-se essa etapa as fêmeas devem nascer com os folículos primários povoando os ovários deve-se ter atenção que os ovócitos primários tornam-se aptos para retomar a continuidade do processo da meiose apenas quando atingida a puberdade. Ao atingir a puberdade observaremos no parênquima do ovário a presença de folículos em estágios diferenciados, sendo esses folículos primários, secundários, terciários em vários estágios de crescimento, sendo que a maioria sofre atresia. Desse modo caracterizamos folículos em: folículos primários - são compostos por células da granulosa em monocamada de aspecto cubóide e ovócito primário grande que vai reiniciar meiose, folículos secundários - ocorrerá o aumento das células da granulosa, tanto o ovócito como a célula granulosa produziram glicoproteínas que serão depositadas no entorno do ovócito formando desse modo a zona pelúcida, apesar da disposição desta camada entre as células da granulosa e ovócito não há separação completa entre essas células, pois permaneceram unidas por junções comunicantes do tipo GAP. O tecido conjuntivo ovariano também denominado de estroma ovárico que sofrerá arranjo devido ao crescimento dos folículos. As células do estroma que estão mais próximas da superfície do folículo formarão uma região denominada de teca interna, cujas as células iniciaram a produção de esteroides em associação com as células da granulosa por um sistema denominado de produção em duas células, onde as células da Teca interna produzem os andrógenos que serão passados para ser granulosas para aromatização e então obtém-se a produção do estrógeno, as células do estroma que estão mais afastadas formaram a Teca externa, que é considerado uma camada de suporte. 2º Período de Crescimento: Continuando seu processo de crescimento dos folículos terceiros, serão formados pela continuidade do aumento do número de camadas de células da granulosa adicionalmente entre essas células passará líquidos que tendem a formar um único espaço repleto, denominado de antro o qual dividirá a camada da granulosa em duas regiõe: uma região mais externa - em contato com a Teca interna do estroma, e uma região que permanecerá aderida à zona pelúcida, denominada de coroa radiada. A formação do antro é incompleta, ou seja não separa completamente as camadas da granulosa, desta forma observa-se uma terceira formação que é encontrada abaixo do ovócito e que mantém ligada a coroa radiada à camada externa de foliculares, chamada de cumulus oophorus, essa estrutura apresenta a função de suporte do ovócito em relação ao antro folicular e de nutrição das células da coroa radiada e do próprio ovócito. Nesta fase o ovócito não permanecer dormente, ou seja ele prepara-se para o processo de capacitação ovacitária para adquirir a capacidade em ser fertilizado e de prover o sustento ao desenvolvimento inicial do embrião. Seguindo o processo de ovulação, os folículos terciários passam pelos processos de maturação. Deve-se ter atenção que o processo de maturação compreende duas fases da maturação folicular e uma maturação ovacitária, ambas as fases são desencadeadas pela estimulação do hormônio luteinizante. A ovulação ocorrerá somente com o pico do hormônio luteinizante que ocorre juntamente com o pico do hormônio folículo estimulante. o período do início do pico do hormônio luteinizante é espécie específico variando entre 12-40 horas. O controle hormonal é fino para ocorrência da ovulação, assim sendo a produção de esteróides pelas células da teca interna cessa, fazendo com que haja diminuição e parada da produção de estradiol e ao mesmo tempo inicia-se a produção de progesterona, nesse tempo parede do folículo encontra-se estimulada para o rompimento e consequente liberação do ovócito. Período de Maturação: A maturação ovacitária é concomitante, havendo então a retomada do processo de meiose pela ovócito, contudo no momento da ovulação a meiose ainda não estará completa e ele será liberado na fase de metáfase da meiose 2. Espermatogênese: Continuando se com a gametogênese, falaremos sobre a espermatogênese que nos machos referem-se a produção do gameta masculino. ou seja do espermatozóide. Conforme observado em fêmeas as células germinativas primordiais, nos machos também ao chegarem nas gônadas irão povoá-la por mitoses sucessivas. Devido a diferença de arquitetura dos testículos em túbulos, as células germinativas primordiais orientam-se formando-se em cordões sólidos, apoiados por células de sustentação primitivas que após a puberdade irão diferenciar-se em células de Sertoli, as quais são responsáveis pela sustentação das células de origem dos espermatozoides, incluindo-se também a função de nutrição destas mesmas células. Ao atingir-se a puberdade os cordões sólidos desenvolveram os túbulos que formarão os túbulos seminíferos. Será durante a puberdade que as células de leydig presente no estroma testicular produzirá testosterona e então incentivarão a formação dos túbulos seminíferos. As células de origem dos espermatozoides são denominadas de espermatogônias e originam-se a partir das células germinativasprimordiais. O processo de espermatogênese compreende duas etapas: a espermatocitogênese - que caracteriza-se pela formação de espermatócitos a partir das espermatogônia e subsequente a meiose dos espermatócitos, a espermiogênese - compreenderá a reestruturação celular das espermátides em espermatozóides, deve-se observar que nesta fase não há mais a divisão celular. As espermatogônias presente nos túbulos seminíferos localizam-se na periferia apoiadas para células de Sertoli e próximas a membrana basal, o que permite o acesso por proximidade aos vasos sanguíneos que então permitirá a nutrição das células, essa proximidade definida pela barreira hematotesticular. Encontram-se três tipos e espermatogônia nos túbulos seminíferos as do tipo A, as intermediárias e as do tipo B. As células do tipo A e incluem dois subtipos o A1 e o A2. As espermatogônias do tipo ]a1 são consideradas do tipo tronco para a espermatogênese, assim sendo as mitoses de A1 formaram a A1 para o repovoamento das células-tronco e formaram as do tipo A2, que tem capacidade de prosseguir na espermatogênese. Deve ter atenção em bovinos observa-se a formação de um terceiro tipo A3. A partir da formação das células do tipo A2, formam-se as células do tipo intermediário que tem similaridades entre tipo A e tipo B, segui-se então o processo de mitose das células do tipo B para formar então os espermatócitos primários. Durante essas divisões, as células filhas de cada divisão dirigem-se em direção a luz do túbulo seminífero, os espermatócitos primários iniciam a meiose I e apresenta uma prófase muito longa. Ao final da meiose 1 ocorrerá a formação dos espermatócitos secundários. Os espermatócitos secundários prosseguem para a meiose II e ao final foram as espermátides. Igualmente observado na ovogênese, a formação até as espermátides é caracterizada por citocinese incompleta. Fases da espermiogênese: A fase da espermiogênese será caracterizada por quatro fases de modo a diferenciar as espermátides em espermatozóide. Inicia-se a fase de Golgi, na qual ocorrerá a produção dos grânulos acromossômicos que conglomeram próximo ao núcleo formando um único grânulo acrossômico, nessa fase ainda ocorrerá o realocamento dos centríolo que se orientarão para o pólo oposto ao do núcleo, desse modo centríolo proximal associa-se ao núcleo, enquanto que o centríolo distal formará o axonema. Durante a fase seguinte, a fase de Capuchão haverá o início da condensação da cromátide do núcleo, o processo é mediado pela substituição de histonas por protaminas. A fase do Acrossomo implica no rearranjo dos grânulos acromossômicos em acrossomos propriamente, contendo as enzimas que permitirão a penetração do espermatozóide pelas camadas que revestem o ovócito durante a fecundação. Nesta fase o acrossomo recobre dois terços do núcleo condensado, ao mesmo tempo o citoplasma celular é deslocado para a formação da cauda, assim as mitocôndrias se direcionam para o entorno do axonema a informação. Durante a fase de Maturação que desenvolve-se a arquitetura espécie específica. Nessa fase a formação do corpo residual que caracteriza-se pelo excesso de citoplasma e organelas que foram dispensados para formação de espermatozóides. As células de Sertoli promovem a fagocitose desses corpos residuais, ao final haverá liberação dos espermatozóides na luz do túbulo seminífero. Em microscopia de luz ao analisarmos os espermatozóides podemos ver apenas a cabeça e a cauda, contudo ao microscópio eletrônico é possível dividir a região da cauda em colo, peça intermediária, peça principal e peça terminal. A cabeça do espermatozóide contém o núcleo que é determinante para o formato da cabeça, anteriormente ao núcleo encontra-se a cobertura promovida pelo acrossomo. O acrossomo contém uma membrana externa e uma membrana interna. A membrana externa apresenta poros pelos quais visualiza-se o conteúdo do cromossomo extraindo-se no momento da fecundação. A região equatorial, que no sentido caudal, irá formar a região pós-acrossomal. O núcleo ainda é envolto por uma cobertura de citoesqueleto, denominada de teca perinuclear que contém fatores ativadores do ovócito. A região do colo é curta e conecta-se a cabeça pela placa basal que contém os termos proximal e distal, o sentido distal continua se para o axonema que compõem as peças intermediárias, a estrutura do axonema é composta por dois microtúbulos centrais e nove pares periféricos, circundadas por 9 fibras densas que são também circundadas por uma hélice de mitocôndria de cerca de 40 voltas. A porção intermediária irá finalizar-se no disco terminal ou anulos(?) que caracteriza se por um espessamento da membrana plasmática em formato de anel. A porção mais longa da cauda é denominada de peça principal a qual contém o quê fonema circundado por 9 fibras densas e agora por nervuras semicirculares e proteínas que se fundem com as fibras densas e formam a bainha fibrosa.Observa-se que não há a presença de mitocôndrias na peça principal, a peça terminal caracteriza-se pela ausência da bainha fibrosa e os microtúbulos passam a ser únicos em vários níveis. Cópula: A cópula nas diversas espécies é variante quanto ao tempo. Em estudo realizado em 2008 considerou-se adequado um tempo sexual de 3 a 7 minutos, sendo para os mais ambiciosos um tempo maior de 7 até 13 minutos. A deposição do sêmen também é variante nas espécies. As espécies que depositam o sêmen na porção cranial da vagina incluem os bovinos, ovinos, coelhos, caninos, felinos e primatas e deposição na região da cérvix é realizada em suínos, equinos e camelídeos. Deve-se ter atenção que cerca de 60% dos espermatozóides ejaculados são perdidos devido ao movimento retrógrado. Fecundação: A fecundação ocorrerá na ampola da tuba uterina, onde encontraremos o complexo ovo-mamífero compreendido pelo ovócito fecundado circundado pela zona pelúcida, a qual é formada por matriz extracelular de glicoproteínas. Observa-se também a região das células do cumulus sendo formadas por várias camadas com presença de matriz extracelular de ácido hialurônico. Dá-se o nome de complexo cumulus ovócitos as camadas que compreendem apenas a zona pelúcida e o ovócito. O processo de fecundação desenvolve em fases para o sucesso da mesma e compreendem a fase de capacitação do espermatozóide, a de ligação do espermatozóide-ovo e reação acrossômica, a da fusão entre espermatozóide e ovócito e a fase de ativação do ovócito. O local de capacitação dos espermatozóides é variante em cada espécie e está associado ao local de liberação dos espermatozóide, assim suínos, equinos e camelídeos a capacitação inicia-se no útero e termina na tuba uterina, em bovinos, ovinos, coelhos, cães gatos é iniciada na cérvix. Deve-se ter noção que um processo de capacitação não ocorrerá em todos os espermatozóides ao mesmo tempo, sendo este tempo variante ainda entre cada espécie estendendo-se até por horas. Na fase de capacitação ocorre o aumento dos níveisintracelulares de cálcio, a motilidade é ativada e a cauda modifica a frequência dos batimentos, os antígenos de superfície presentes no espermatozóide são perdidos tornando-o mais receptiva ligarem-se com o ovo. a ligação entre espermatozóide e ovo ocorre devido as glicoproteínas receptoras de membrana presentes na zona pelúcida, denominadas de ZPGP e a galactosil-transferase presentes no espermatozóide. A ZPGP tipo 3 é a responsável pela ligação entre ambos. Deve-se ter noção que a galactosil-transferase é uma enzima produzida pelo complexo de Golgi, contudo o espermatozóide não tem complexo de golgi em sua estrutura, assim a galactosil-transferase permanece na superfície da membrana plasmática do espermatozóide e na ejaculação serão recobertos por oligossacarídeos, que serão deslocados durante o processo de capacitação, tornando então a galactosil-transferase disponível para ligar-se com carboidrato presente na região O da ZPGP, uma vez que não há disponibilidade de UDP-galactose, a ligação da galactosil-transferase e a ZPGP do tipo 3 não se quebra, permanecendo o espermatozóide aderido ao ovo. Uma vez que não há quebra desta ligação entre o espermatozóide e o ovo, teremos o desencadeamento da reação acrossômica, a membrana plasmática externa do acrossomo se funde em múltiplos pontos com a membrana plasmática, liberando então acrosina e a protease, serina e a N-acetilglucoamenidase, sendo as mais importantes da primeira e a última. A acrosina será responsável por digerir a zona pelúcida permitindo avanço do espermatozóide para alcançar a membrana do ovócito. A N-acetilglucoamenidase da região O ZPGP 3 permitindo destacamento do espermatozóide e assim expondo a membrana interna do acrossomo, para a fusão com o ovócito. A ativação do ovócito ocorre devido a fertilização de modo a impedir se a polispermia, formando indivíduos triplóides ou ainda superiores, os casos de polispermia levam a defeitos embrionárias e de regulação do crescimento. Após a fusão do espermatozóide e ovócito ocorre a reação cortical ou zonal, na qual os grânulos corticais carreadores de cálcio que estão adjacentes a membrana do ovócito, fundem-se a esta membrana levando a liberação de cálcio para o interior da zona pelúcida, deste modo a zona pelúcida torna-se resistente a passagem de novos espermatozóides. A fusão entre o espermatozóide e ovócito é realizada pela fertilina sendo a primeira proteína da Família Addams envolvida nos processos de reconhecimento e ligação celular, assim que ocorre a fusão do espermatozóide com a membrana externa do ovócito, a cauda cessa os batimentos e o espermatozóide avança para o interior do ovócito pelo crescimento e fusão dos microvilos presentes no ovócito. Como resultado temos a incorporação do núcleo e outras organelas do espermatozóide para o ovócito, o núcleo do espermatozóide sofre mudanças fazenda de condensação da cromatina e formação de um envelope nuclear, formando assim o pronúcleo masculino e esse pronúcleo masculino migra para o centro da célula por meio dos microtúbulos, onde irá fundir-se com o pronúcleo feminino que formará o núcleo da célula diplóide
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