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P á g i n a | 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais Curso de educação Física Disciplina: Atletismo I Prof. Ricardo José Rabelo APOSTILA - ATLETISMO I ATLETISMO ESCOLAR O atletismo pode ser considerado como um dos esportes mais praticados do mundo. A começar por uma simples corrida (prática esportiva mais adotada na atualidade) até um lindo salto com vara. É componente de várias modalidades esportivas. Testa as características básicas do homem em três tipos de provas, individuais: as corridas - os saltos - os lançamentos Estas são atividades naturais e fundamentais do homem desde seus primórdios. “Esporte Base” devido ao fato de o desenvolvimento dessas habilidades serem essencialmente necessárias para a prática de outras modalidades esportivas. A Educação Física Escolar deve oferecer meios para alcançar as formas esportivas mais variadas de acordo com as possibilidades de nossos alunos. KIRSCH et al. (1984) Assim, Na fase de iniciação: O ideal é oferecer um grande número de oportunidades para o desenvolvimento de habilidades motoras variadas, em corridas, equilíbrio, lançamentos, saltos, etc. Desta forma estaremos contribuindo para o desenvolvimento das qualidades motoras que poderão ser utilizadas em todos os demais desportos coletivos e ou individuais. As crianças aprendem melhor com práticas concretas, assim, as atividades a serem desenvolvidas para a vivencia de habilidades, devem ser de forma lúdica com ou sem bola, tais como: ● Piques com mudanças de direção; ● Com formação de grupos; ● Brincadeiras de correr, saltar, lançar ● Brincadeiras que combinem esses fundamentos (FERREIRA, 2001). P á g i n a | 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo A iniciação ao atletismo - visto como um conjunto de habilidades específicas - constitui a primeira fase do processo ensino-aprendizagem para o caminhar, correr, saltar, lançar e arremessar, utilizadas no atletismo convencional. Representa a passagem destas atividades básicas do estágio de padrões gerais para os de forma grossa para os respectivos padrões no atletismo. KIRSCH et al. (1984) Pinto (1992), a escola deve optar por um "pré-atletismo", em que: Em uma primeira fase: ● faz-se através dos gestos motores básicos; Em uma segunda fase: ● mantêm-se os gestos motores básicos da primeira fase, avançando-se para as tarefas que exigem uma maior codificação dos gestos motores básicos, aproximando progressivamente a criança do Atletismo. Bragada (2000) comenta que grande parte das escolas, em especial de rede pública, não possui sequer espaço para a prática de esportes como o atletismo. (pista de atletismo com todas as suas áreas). Privilegiando assim as atividades de maior prestigio nacional que são coletivas e que possuem a bola como principal material. A bola, como instrumento de comunicação entre várias pessoas, coloca a concepção do atletismo como esporte em “xeque” na cabeça do aluno iniciante. Tal concepção talvez ajude a explicar a sentença bem brasileira: "atletismo não tem bola!" (ORO, 1984). MEZZAROBA et al (2006) em seu estudo sobre a percepção do estudante brasileiro sobre o desporto atletismo identificou: Que apesar do atletismo ser uma modalidade esportiva de base, ou seja, com ações presentes na maioria se não em todos os desportos não atrai o interesse do estudante brasileiro. Opinião dos estudantes brasileiros – “esporte sem graça”. Tanto de se praticar quanto de se assistir. Por ser um ato motor natural, tem profundo significado na função da natureza humana. Por isso, em si, os movimentos atléticos não são desinteressantes. O que pode torná-los assim é a sua interpretação e sistematização didática. “A iniciação do atletismo constitui a primeira fase do processo ensino-aprendizagem para as formas esportivas de caminhar, correr, saltar, lançar e arremessar, utilizadas no atletismo convencional”. ORO (1984) P á g i n a | 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo O atletismo na Escola deve proporcionar vivências e experiências iniciais que são fundamentais para o desenvolvimento de habilidades motoras em crianças e jovens devido a suas capacidades e habilidades servirem de base para outras modalidades desportivas. O lançar uma bola leve - passe ou um arremesso do Handebol; O correr “bem” é fundamental em quase todas as modalidades que necessitam de locomoção. BRAGADA (2000), História do Atletismo A história do atletismo remonta ao surgimento do Homem no planeta. Desde o desenvolvimento do Homo Sapiens, corrida saltos lançamentos de paus e pedras, durante caçadas e lutas, fazem parte do caminho da sobrevivência da espécie. Na história da Grécia antiga que se encontram os primeiros registros destas atividades no âmbito do esporte e do lazer. Muitos pesquisadores dividem a História do Atletismo em três fases: A primeira fase – Do surgimento das civilizações extinção das Olimpíadas, determinada pelo Imperador Romano Teodósio no ano de 393 d.C. A segunda fase – delimitada entre a Idade Média - descontínua e focada em treinamento dos exércitos - ao séc. XIX - atletismo introduzido nas escolas inglesas por educadores vitorianos. A terceira fase – A partir de 1896 – Volta dos Jogos Olímpicos - Barão Pierre de Coubertin – até hoje. A história atlética do Brasil começa no Século 19. Década 1880 - Jornal do Comércio anunciava resultados de competições atléticas no Rio de Janeiro. Nas três primeiras décadas do Século 20, a prática atlética foi consolidada entre nós. Em 1914, a antiga CBD (Confederação Brasileira de Desportos) filiou-se à IAAF – International Amateur Athletic Federation. Em 1924, Jogos de Paris – 1ª participação brasileira. Em 1925 – Primeiro Campeonato Brasileiro. Em 1931 – Primeiro Campeonato Sul-Americano. Em 1932 – Jogos Olímpicos de Los Angeles, Clovis Rapozo (salto em distância) e Lúcio de Castro (salto com vara) chegaram às finais nos Jogos Olímpicos. Em 1936 - Jogos Olímpicos de Berlim, Sylvio Magalhães Padilha foi o 5º nos 400 m com barreiras. Jogos de Helsinque, Adhemar Ferreira da Silva medalha de ouro no salto triplo. Era a primeira das 13 medalhas que o Atletismo daria ao Brasil, até os Jogos de Atenas, em 2004. Adhemar foi o primeiro dos três triplistas brasileiros a estabelecer o recorde mundial na prova. Os outros foram Nelson Prudêncio e João Carlos de Oliveira. P á g i n a | 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo 3 – Provas do Atletismo: Quanto a organização: Balizadas: 100, 200, 400m rasos; 100, 110, 400m c/barreiras, Rev. 4X100 m Semi balizadas: 800 metros, todos devem correr os primeiros 100m na sua raia(corresponde a primeira curva) depois podem buscar a raia Interna. Rev Semi balizadas:. 4 X 400metros, o 1º corre na raia marcada e o 2º até ao final da primeira curva. Não balizadas: 1500, 5000, 10000m rasos e 3000 m com obstáculos. Quanto ao desenvolvimento: Rasas ���� 100, 200, 400, 800, 1500, 5000 e 10000 Com obstáculos ���� 110 e 400 com barreiras masc. 100 e 400 com barreiras feminino e 1500 e 3000 m com obstáculos. Quanto ao esforço fisiológico: Velocidade pura ���� 100 e 200 metros Velocidade prolongada ���� 400 e 800 metros Resistência aeróbia ���� 1500, 3000, 5000, 10000 e maratona.Quanto ao ritmo: Velocidade pura ���� 100 e 200 metros Velocidade prolongada ���� 400 metros Meio-fundo ���� 800 e 1500 metros Fundo ���� 5000 e 10000 Grande fundo ���� maratona P á g i n a | 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo 4 - Corrida: A corrida é uma atividade natural, porque aprendemos sem que ninguém nos ensine. Em termos de competição esportiva é preciso dar especial atenção à técnica - obter resultados satisfatórios. A análise técnica da corrida exige cuidados especiais: tanto por parte do atleta, como do professor ou técnico. Técnica de corrida Deve satisfazer a quatro regras importantes: Equilíbrio � Depende em parte do comportamento da cabeça, ela deve estar em linha com o eixo do corpo, mantendo o olhar dirigido para cerca de 15 metros à frente. Coordenação � O menor dos segmentos deve ser realizado, sem choques ou pequenas sacudidas, em um ritmo sempre idêntico, correspondente ao das passadas. Descontração � Inibir a ação dos músculos que não estão sendo utilizados na corrida. Eficácia � Dosar a amplitude dos movimentos, utilizarem mais racional as possibilidades do corpo, adequando-se melhor ao ritmo desejado. Ação total do Corpo: Ângulo do Corpo Mantê-lo em uma linha reta formada pela perna de trás, o tronco e a cabeça. Movimento dos braços: Lateralmente ao tronco, partindo da articulação do ombro flexionando os cotovelos mais ou menos 90º. Apoio dos pés: Depende muito do estilo do próprio corredor. Nas corridas de meio fundo (800 e 1500m) os pés deverão apoiar-se primeiramente sobre o metatarso (A). Nas provas mais longas, primeiro a parte posterior e depois o bordo lateral externo (corridas de resistência aeróbia, acima de 1500m) (B). P á g i n a | 6 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo Nas provas de velocidade, (de 50 a 400m) o terço anterior dos pés (C). Movimentação das pernas: Durante a corrida o pé responsável pelo apoio posterior só deixa o solo após a extensão total da perna. Nas provas mais longas, ocorre uma elevação do calcanhar da perna de trás não muito acentuada. Nas provas de velocidade esta elevação é muito acentuada fazendo com que o joelho se eleve mais para cima e para frente. Corridas de Fundo - Resistência Aeróbia Resistência Aeróbia ou Resistência Geral É a capacidade de resistir à fadiga nos esforços de longa duração e de baixa intensidade. É um esforço realizado na presença de O2 portanto em estado de equilíbrio (Steady State) (quantidade de O2 suficiente para atender as necessidades do organismo naquele momento). Na França - chamado de Endurance. Na Alemanha - chamado de Resistência Integral ou de Base. Benefícios do trabalho aeróbio: Melhora da atividade cardíaca. Aumento do volume do coração. Aumento da absorção de oxigênio. Melhor irrigação dos tecidos. Diminuição da FC repouso. Técnica das corridas de fundo: O atleta deve recorrer a todas as suas reservas de energia para tentar até o último momento um resultado melhor. Observações técnicas devem ser levadas em conta, com objetivo de economizar energias, afastando a fadiga muscular. Os movimentos devem ser executados com a maior perfeição possível, descontraídos e ritmados. Braços � movimentam se no plano sagital, o ângulo entre braço e o antebraço é pouco inferior a 90 graus. P á g i n a | 7 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo Tronco � ereto ou projeta-se ligeiramente para frente. Pernas � o contato dos pés com o chão com um ligeiro predomínio inicial do calcanhar, terminando na ponta. O joelho não se eleva muito, menos de 60º, fazendo com que o calcanhar não se eleve tanto, não se aproximando muito da parte posterior da coxa. Corridas de Meio Fundo – Resistência Anaeróbia Resistência Anaeróbia Capacidade de resistir à fadiga nos esforços de intensidade elevada, durante o maior tempo possível. Produz um débito de O2. É, portanto, um esforço de natureza anaeróbia. É representada pelas provas de meio-fundo. (800 e 1500m). Intensidade alta, produzindo um déficit de O2, sua principal característica. Resulta na produção de ácidos na musculatura, os quais, após um determinado tempo, paralisam o trabalho muscular. Técnica da corrida de Meio-fundo Passadas � é mais lento que nas provas de velocidade e mais rápido que nas provas de fundo. Velocidade < Meio fundo > Fundo Braços � Movimentam-se no plano sagital convergindo para o eixo medial, favorecendo maior relaxamento dos ombros e melhor ventilação torácica. 1 - Corridas de Velocidade Velocidade Capacidade de percorrer uma determinada distância no menor tempo possível. A velocidade possui um conjunto de características a que podemos chamar de variantes de velocidade, que são: Velocidade de reação. Velocidade em movimentos acíclicos. Velocidade em movimentos cíclicos. Velocidade de força. P á g i n a | 8 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo Técnicas da corrida de Velocidade: Por serem provas técnicas, precisas, onde o domínio, a técnica, são fundamentais. Fases da corrida de velocidade: ● Saída ou partida ● O desenvolvimento ● A chegada Saída ou Partida Tipos: ● Saída curta ou grupada ● Saída média ● Saída longa As saídas recebem estes nomes com base na distância de colocação dos apoios de pés nos suportes dos blocos de partida. Saída curta ou grupada A ponta do pé de trás é colocada na direção do calcanhar do pé que está à frente Apoio da frente - 48cm da linha de partida e o de traz a 73cm. Saída Média È o tipo intermediário, o joelho da perna de trás é colocado na direção da ponta do pé que está no apoio anterior. Apoio da frente – 38 cm da linha de partida e o de trás 85cm Saída Longa O joelho da perna de trás fica situado atrás do calcanhar do pé da frente. Apoio da frente – 33cm, da linha de partida e o de trás à 103cm da mesma linha. P á g i n a | 9 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo Desenvolvimento 1.1 Atenção a vários aspectos: A técnica das passadas. A Ação dos braços A chegada ���� Com projeção do ombro à frente OU Com projeção do tronco à frente Corridas com Barreiras As corridas de barreiras são provas de velocidade cujo objetivo é coordenar, com a máxima rapidez, a corrida e a passagem das barreiras. Os 110 metros com barreiras é uma modalidade olímpica de atletismo que consiste na disputa de uma corrida nessa distância com a presença de vários obstáculos ao longo do percurso. A prova é disputada apenas por homens e o seu equivalente feminino são os 100 metros com barreiras. Esta prova faz parte do decatlo. O percurso de 110 metros: É disputado em linha reta e contém 10 barreiras. A altura da barreira é de 1,067m. Os obstáculos são desenhados de forma a caírem para a frente, para não provocarem lesões se derrubados pelo atleta. A primeira barreira é colocada a 13,72 m da linha de partida. As 9 restantes são dispostas em intervalos de 9.14 m. O percurso final até à meta é livre de barreiras e mede 14,02 metros. Os atletas não são desqualificados se derrubarem as barreiras, a menosque o façam de propósito. P á g i n a | 10 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo P á g i n a | 11 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo Passando as barreiras: Perna de ataque (a que vai à frente), lançada contra a barreira levemente flexionada e estende quando estiver sobre a barreira. Perna de passagem (a de trás), ao deixar o solo flexiona-se horizontalmente para a lateral. Terminada a passagem a perna de ataque deve se dirigir imediatamente para o solo. A perna de passagem dirige-se para frente com o joelho para cima e para diante. Considerações gerais sobre os 110m com barreiras: Normalmente utiliza-se 8 passadas até a primeira barreira, podendo variar entre 7 e 9 passadas. Neste caso, o número de passadas sendo ímpar deve-se inverter a posição dos pés no bloco de saída. Entre as barreiras realiza-se 03 passadas. (ideal) Com 4 passadas a necessidade de inverter a perna de ataque em cada uma das barreiras. P á g i n a | 12 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo AS TRES PASSADAS ENTRE AS BARREIRAS NAS CORRIDAS CURTAS Terminada a passagem a perna de ataque deve se dirigir imediatamente para o solo. A perna de passagem dirige-se para frente com o joelho para cima e para diante. Considerações gerais sobre os 110m com barreiras: Normalmente utiliza-se 8 passadas até a primeira barreira, podendo variar entre 7 e 9 passadas. Neste caso, o número de passadas sendo ímpar deve-se inverter a posição dos pés no bloco de saída. Entre as barreiras realiza-se 03 passadas. (ideal) Com 4 passadas a necessidade de inverter a perna de ataque em cada uma das barreiras. Regras das provas com Barreiras: Disputadas em raias marcadas (balizadas) e cada atleta deverá: ● Manter-se em sua própria raia durante todo o percurso, exceto conforme o previsto na Regra 163.4. ● Um atleta será desqualificado se ele: ● Falhar em saltar uma ou mais barreiras. ● Passar seu pé ou perna abaixo do plano horizontal da parte superior de alguma barreira, no momento da passagem, ● Ultrapassar alguma barreira fora de sua raia, ou na opinião do Árbitro Geral derrubar, deliberadamente, qualquer barreira. P á g i n a | 13 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo Corridas com Obstáculos Constitui uma corrida realizada na distância de 3000m na pista, também conhecida pelo nome de Steeple chase. Obstáculos: 4 pesadas barreiras e um fosso de água com 1 obstáculo no seu início. Obstáculo da prova de 3000m Dimensões do fosso de água Distribuição dos obstáculos na pista: Da linha de partida ao início da 1ª volta não há obstáculos e a distância é de 270m. Do início da 1ª volta ao 1º obstáculo – distância 10m. Do 1º ao 2º obstáculo – distância de 78m. Do 2º ao 3º obstáculo – distância 78m. Do 3º obstáculo ao fosso – distância 78m. Do fosso ao 4º obstáculo – 78m. Do 4º obstáculo à linha de chegada – distância 68m Passagem dos obstáculos Pode ser de 2 formas: Primeira – Apoiando um dos pés sobre a seção transversal do obstáculo. P á g i n a | 14 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo Segunda – Passagem clássica utilizada nas provas com barreiras. Passagem ou salto sobre o fosso: Diferentemente dos demais obstáculos, o salto sobre o fosso de água requer o apoio da perna contrária à perna de impulsão (perna de ataque) sobre a seção transversal do obstáculo existente no início do fosso. Este apoio deverá ser feito com a perna de ataque semi flexionada para que em seguida esta impulsione o corpo para além do fosso. A aterrissagem deverá ser feita com a perna de impulsão, dando continuidade à corrida. Toda a ação deverá ser equilibrada pelo movimento dos braços. Regras: Cada atleta deverá ultrapassar cada obstáculo e passar por cima ou pela água. Um atleta será desqualificado se ele: Falhar em saltar um ou mais obstáculos. Pisar na parte lateral do fosso, ou Passar seu pé ou perna abaixo do plano horizontal da parte superior do obstáculo no instante da passagem. Desde que siga esta Regra, um atleta pode ultrapassar cada obstáculo de qualquer maneira Corrida de Revezamentos Atualmente são praticadas oficialmente as provas de 4 X 100m e 4 X 400m Constitui em uma corrida realizada por uma equipe de 4 corredores. Cada um deverá correr a distância da prova (100m ou 400m) conduzindo um bastão. A troca do bastão entre os corredores deverá ser realizada dentro de um espaço determinado (zona de passagem ou zona de revezamento). No revezamento 4 X 100m a zona de passagem é de 20 metros, 10m antes e 10m depois dos 100m. 1ª zona – início aos 90m e término aos 110m. 2ª zona – início aos 190m e término aos 210m. 3ª zona – início aos 290m e término aos 310m. No revezamento de 4 X 400m só há uma zona de passagem porque cada competidor corre 400m, ou seja uma volta completa na pista. Início da prova, zona de passagem e final da prova no mesmo local. Tipos ou estilos de passagem de bastão: Francês ou descendente: Receptor - Braços estendidos para trás, palma das mãos voltada para cima e dedos unidos, com exceção do polegar que estará afastado dos demais. P á g i n a | 15 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo O corredor de posse do bastão fará a passagem com um movimento de cima para baixo. Alemão ou ascendente: Receptor – Braço para trás, semi flexionado, palma da mão voltada para o companheiro, dedos unidos exceto o polegar que estará apontando para o solo A passagem ocorrerá com um movimento de baixo para cima. Formas de passagem do bastão: Como existem provas rápidas e provas longas são executadas duas formas de passagem. Passagem não visual ou às cegas. Passagem visual Passagem não visual: Provas rápidas, Rev. até 4 X 100 metros. Passagem visual: Característica dos Rev. Longos acima de 4 X 400 m. MÉTODOS PARA DESENVOLVIMENTO DO REVEZAMENTO Esses métodos, que completam o mecanismo das corridas de revezamento dizem respeito à maneira pela qual o bastão deve ser conduzido durante a trajetória da corrida, ou seja, a mão na qual o bastão deve ser transportado. Para isso, são utilizados dois métodos uniformes e o alternado. Método Uniforme: Caracterizado pela troca de mãos, receptor recebe em uma mão e transfere para a outra. Exemplo: 1º corredor parte com o bastão na mão direita e entrega-o ao 2º em sua mão esquerda; este imediatamente troca o bastão de mão, passando-o à direita, para prosseguir a corrida; e assim sucessivamente. Todos os corredores transportam o bastão na mão direita. Método Alternado: Não há troca de mãos, o bastão é transportado na mesma mão que o recebeu. Para isto é necessário dispor os atletas da equipe em uma certa ordem. O corredor que transporta o bastão na mão direita corre pelo lado interno da sua raia; O receptor, ficará no lado externo da raia, o bastão será depositado em sua mão esquerda. 1º corredor – mão direita e corre pelo lado interno da pista. 2º corredor – mão esquerda e corre pelo lado externo da pista. 3º corredor – idem ao 1º; 4º corredor – idem ao 2º. P á g i n a | 16 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo Tiposde saída: Saída alta: O corredor se coloca em pé em afastamento antero-posterior, tendo o peso do corpo sobre a perna da frente. A cabeça deve estar voltada para trás, com o olhar dirigido ao companheiro que vem ao seu encontro. Saída semi-agachada: Na posição de três apoios, com as pernas em afastamento antero-posterior e a mão contrária ao pé da frente apoiada no chão. Características dos atletas de revezamento: 1º corredor – bom largador (bom de saída), bom corredor de curva. 2º corredor – deve ser bom corredor de reta, e ter boa potência, junto com o 3º corredor irão correr aproximadamente 126 metros. Precisa dominar bem a passagem e a recepção. 3º corredor – idem ao 2º. 4º corredor – Normalmente é o melhor velocista, deve ser bom receptor. Regras das corridas de revezamento: Com exceção do 1º corredor os demais podem iniciar a 10m antes da zona de passagem. No rev. 4 X 100 m a 1ª e 2ª volta até o fim da 1ª curva devem ser percorrida inteiramente dentro de raia marcada. O bastão deve ser carregado pela mão durante o percurso e se cair deve ser apanhado pelo corredor que deixou cair. A passagem do bastão deve ocorrer dentro da zona de passagem. Medidas do bastão: 30 a 28 cm de comprimento 150 mm de circunferência e no mínimo 50 g. Após a passagem o competidor deve permanecer em sua raia até que a pista fique livre. A formação nas séries finais deverá ser a mesma da série preliminar. Substituição de um corredor para a série final só poderá acontecer com aprovação do arbitro após constatado alguma contusão. A ordem dos corredores poderá ser alterada da preliminar para a final. P á g i n a | 17 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS. Prof. Ms. Ricardo José Rabelo MARCHA ATLETICA É uma progressão de passos, executados de forma que o atleta mantenha contato contínuo com o solo, não podendo ocorrer, pelo menos aos olhos humanos, perda de contato com o mesmo. A perna de apoio deve estar estendida (isto é, não flexionada na articulação do joelho) do momento do primeiro contato com o solo até à posição vertical. Fases Técnicas Fase de Impulsão: Há a flexão plantar do tornozelo, retirando o calcanhar do solo. É o momento mais importante, pois é a fase que projeta o corpo à frente e deve ser o mais longa possível. Fase de Ataque: Antes do final da impulsão o calcanhar da perna oposta deve fazer contato com o solo, com o joelho estendido. Fase de Duplo Apoio: É a fase que distingue a marcha da corrida. Ambos os pés estão em contato como o solo: a perna anterior com o calcanhar e a posterior com o metatarso. Fase de Rolagem: Inicia com o contato do calcanhar da perna anterior, que aproxima a planta do pé ao solo de maneira gradual, evitando sua queda abrupta, o que permitirá usufruir plenamente a impulsão. Ação da Pélvis A cintura pélvica é considerada o elo entre os membros inferiores e o tronco. O movimento acentuado da pélvis, típico da Marcha Atlética, é efetuado com a finalidade de evitar a excessiva elevação ou abaixamento do corpo a cada passo, permitindo uma translação na direção horizontal, um deslocamento mais fluido e econômico. Assim, para conseguir passar sobre o apoio com o joelho estendido sem que o corpo sofra uma grande elevação, o atleta efetua uma inclinação pélvica lateral, jogando seu trocânter para o lado, possibilitando que o centro de massa passe acima do apoio sem elevar-se em demasia. O tronco assume uma posição inclinada à frente durante a impulsão, evitando a projeção para cima e uma posição vertical no apoio simples. O tronco efetua movimentos rítmicos de torção e inclinação com pouca amplitude para auxiliar e equilibrar a ação da pélvis. Desta forma, quando a pélvis efetuar uma rotação para a esquerda o tronco rotará para o lado direito. Quando a pélvis efetuar inclinação para um lado o tronco efetuará inclinação para o lado oposto. Ação dos Membros Superiores Deverão trabalhar coordenadamente com os membros inferiores cotovelos fletidos ≅ 90º, diminuindo o momento de inércia. Deve ser efetuado predominantemente no plano sagital, sem cruzamento das mãos à frente do corpo.
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