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Resenha O Castelo de Vidro

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS E TECNOLÓGICAS - CCST
CURSO DE DIREITO
RESENHA DO LIVRO “O CASTELO DE VIDRO” DE JEANNETTE WALLS
por Maria Luíza Oliveira López
 
Pelotas,2018
O Castelo de Vidro
	 A autora e protagonista, Jeannette Walls, conta nesta obra a sua própria história, da família Walls, composta pelo pai Rex (ex militar), pela mãe Rosemary (uma artista) e por quatro filhos, sendo a única mulher Jeannette. 
 Ela começa dizendo que tiveram uma vida dura por seus pais serem nômades, passavam mudando de um lugar para o outro, não se fixavam em empregos porque acreditavam em uma vida de estilo livre. Por essa razão, não se preocupavam com educação, com o trabalho ou com a base de uma casa estruturada.
 Em seus primeiros capítulos, Jeannette se mostra no futuro, mais velha, estruturada, inserida na sociedade, e morando em Nova York. Numa tarde chuvosa, após sair de seu emprego, ela passa de táxi por uma senhora que estava revolvendo uma lata de lixo e a identifica como sua mãe, porém não para o táxi e segue seu trajeto por sentir vergonha do estado em que a senhora se encontrava. Ao chegar em casa ela faz algumas ligações, a partir desse momento é feita uma viagem no tempo e começamos a desvendar a história dessa família.
 Pode-se dizer que a todo tempo é um relato de perdão em contraponto com o peso e o valor da união de uma família.
 Jeannette e seus irmãos passam por poucas e boas, dias sem ter o que comer, em situações muito precárias, sem energia elétrica, em encanamento, no meio da sujeira, em casas caindo aos pedaços e com o pai Rex que ao longo dos anos vai se tornando um alcoólatra. Por esse motivo vira uma pessoa muito cruel com seus filhos, ele sabe que estão passando fome e prefere abrir mão de dar o que comer para sair e embebedar-se. 
 Rosemary, uma mãe que é extremamente negligente por ver o que está acontecendo e pensar que viver de arte é melhor, por não querer ter um emprego fixo mesmo que esse emprego dê o que comer para ela e seus filhos. É uma mulher sem opinião, que não se impõe, nas oportunidades que teve de ter dinheiro e fazer algo bom pela família, ela acabou sendo corrompida por seus próprios vícios e pela submissão ao seu marido.
 A história se torna angustiante, porque as crianças sofrem o tempo todo por essa falta de assistência dos pais, e ao mesmo tempo que a Jeannette conta essas tragédias, ela também fala de momentos bons que tiveram, experiências únicas que jamais teriam se não fosse por esse estilo de vida, dos momentos únicos vivenciados com o pai e ela, por ser a que melhor tinha uma relação com o pai.
 A forma como a história e constrói, é de o tempo todo os filhos perdoando os pais e entendendo que tem certas coisas que não estão certas, mas sempre se sobrepondo os momentos bons e com a esperança de que vai melhorar.
 Jeannette passa a contar de uma forma cronológica, salientando que no início da vida junto com seu irmãos, passavam muita fome, tomavam banho uma vez por semana, tinham muitos problemas escolares e estavam sempre pulando de uma para outra. E no último local que moraram é uma espécie de lixão, e o pai sem fazer nada para mudar aquela realidade, com uma visão idealista e um provérbio de 
que não é preciso fazer algo para mudar a sociedade, que as cidades grandes são ruins e ter um emprego estável também é ruim.
 O nome do livro é castelo de vidro devido a uma promessa que o pai fez a Jeannette, ele diz que está construindo um castelo de vidro com uma alta tecnologia e que eles se mudarão para viver nesse palácio. Essa esperança passa a ser algo que norteia a história, a ideia de um futuro melhor, da busca de um local para construir o castelo de vidro. E mostra que quando tudo se encaminha para ir por água a baixo, o castelo de vidro surge para segurar a família, para mantê-la unida.
 O castelo de vidro é uma grande metáfora que descreve a relação da família, como algo que pode se quebrar a qualquer momento, e aos poucos o amor vai deixando de ter prioridade porque esse sentimento sozinho, não consegue superar toda dor e mal que assombra essa família. Então o livro termina falando sobre o perdão, de como é possível perdoar e enxergar o lado positivo das situações apesar das desconstruções. 
 Fica a reflexão de que se todos segurarem as mãos, mas especialmente nos momentos difíceis, não haverá desafio forte o bastante que possa derrubar a união familiar.
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