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Inteligência - Roteiro

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INTELIGÊNCIA 
GALTON – BINET - SPEARMAN	- THURSTONE – STERNBERG E GARDNER
Embora existam divergências na definição de Inteligência, os autores da área tendem a trabalhar com três ênfases para definição do termo. Explique.
Não existe na psicologia consenso sobre a definição de inteligência: se ela é uma aptidão ou muitas, se é mensurável, se depende da hereditariedade ou do ambiente, se sofre influência cultural. No entanto, os especialistas em inteligência concordam em alguns pontos: 
- Embora as pessoas tenham diferentes habilidades, a inteligência é um conceito, e não uma “coisa”. 
- Todas as pessoas têm, em menor ou maior grau.	
- A visão de inteligência é influenciada pela linha teórica do autor.
Hoje, autores adotam 3 ênfases importantes nas suas definições de inteligência:
- Capacidade de aprender a partir da experiência.
- Capacidade de adaptação e de lidar com o ambiente.
- Capacidade de pensar de forma abstrata.
“Inteligência é a habilidade de aprender a partir da experiência, solucionar problemas e usar o conhecimento para se adaptar a novas situações”. (Myers)
“Inteligência é a capacidade de extrair informações, de aprender pela experiência, de se adaptar ao meio ambiente, de compreender e corretamente utilizar o pensamento e a razão”. (APA)
“Capacidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender ideias complexas, aprender rapidamente e aprender com a experiência” (Gottfredson).
Atualmente há uma substituição do termo “inteligência” para “cognição”, “provas e funções cognitivas” e “competências de realização”.
Compare os modelos psicométrico, cognitivo e desenvolvimental no estudo da Inteligência.
Modelos psicométricos (1900):
- Dão ênfase ao desenvolvimento de testes.	
- Estudo das diferenças individuais.	
- Descoberta de habilidades básicas.	
- Apoio na estatística.	
Modelos cognitivistas (1940):
- Influência das descobertas na área de neurociências.
- Foco no processamento de informações e o que pode influenciar esse processo.
Modelos desenvolvimentais (1900): 
- Preocupação em entender o funcionamento mental ao longo da vida.
- Preocupação com a evolução da capacidade intelectual.
Explique a visão de Spearman, mais especificamente a ideia do fator g e dos fatores específicos. O que seria o fator geral (ou fator g) de Inteligência para Spearman? 
Spearman criou a primeira teoria formal sobre a capacidade mental humana, baseada em estudos das correlações existentes entre testes de funções sensoriais simples.
A partir das correlações elevadas entre seus testes, Spearman propôs o fator g: seria uma capacidade geral subjacente a qualquer atividade mental, relacionada ao nível geral de inteligência do indivíduo. O fator g envolveria:
- Capacidade de percepção: rapidez e acuidade;
- Capacidade de estabelecer relações entre duas ou mais ideias;
- Capacidade de criar novas ideias ou relações, a partir de uma ideia ou relação apresentada anteriormente;
- Uma energia, com base neurológica, apta para acionar capacidades de realização e trabalhos intelectuais.
No entanto, as correlações nos testes não eram perfeitas. Cada teste tinha uma variância específica que independia do fator g. Ele percebeu que as pessoas muitas vezes possuíam habilidades especiais que se destacavam. Ou seja, as atividades mentais envolveriam tanto a inteligência geral quanto fatores e habilidades específicas. Ex: o desempenho em aritmética envolveria fator g + habilidade numérica.
Qual importante análise estatística foi criada por Spearman? Qual a importância dela para o estudo da Inteligência?
Análise fatorial: busca analisar correlações em busca de fatores comuns. É usada para identificar diferentes dimensões de desempenho subjacentes à pontuação total de uma pessoa. Importante pois se a correlação entre os testes sensoriais for alta, eles podem estar medindo uma mesma dimensão cognitiva. Na inteligência, inúmeras habilidades distintas tendem a se agrupar e se correlacionar o suficiente para definir um pequeno fator de inteligência geral.
Explique a visão de Thurstone sobre Inteligência.
Thurstone propôs a ideia de capacidades separadas ou aptidões independentes (usando a análise fatorial múltipla). A inteligência geral seria constituída, na verdade, de habilidades distintas.
Thurstone também aplicou testes e acreditava que as correlações entre estes não eram altas o suficiente para se crer na existência de um fator geral. Na opinião do autor, as correlações baixas indicariam a mensuração de diversos fatores específicos bastante independentes (capacidade espacial, perceptual, numérica, verbal, de memória, de palavras, indutiva, de raciocínio e dedutiva).
Como Gardner define a Inteligência? Explique a ideia de inteligências múltiplas apontando os princípios básicos da teoria e as inteligências propostas. 
Gardner define inteligência como a “capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizadas em um ou mais ambientes culturais ou comunitários”. A inteligência seria um potencial que, quando presente, permite que a pessoa tenha acesso a formas de pensamento específicas de conteúdo.
Para ele, os seres humanos apresentam diferentes tipos de inteligência. Ele vê a inteligência como habilidades múltiplas usando testes de pessoas excepcionais em algumas áreas e com baixo desempenho em outras (ex: síndrome de savant). Ele argumentou que não temos uma inteligência, mas sim múltiplas inteligências (verbal-linguistica, lógico-matemática, visual-espacial, musical, interpessoal, intrapessoal, naturalista e corporal-cinestésica). Com relação as inteligências:
- Uma inteligência independe de outra;
- Ocupam áreas diferentes do cérebro;
- Apresentam um padrão de desenvolvimento distinto (difere de uma inteligência para outra);
- As pessoas podem aplicar todas as inteligências, porém cada pessoa é caracterizada por um padrão único.
Em sua obra, Gardner faz referência frequente ao funcionamento do cérebro e a conceitos evolutivos mas também atribui importância às questões culturais.
Quais as principais críticas à teoria de Gardner?
- Haveria correlações entre as inteligências, evidenciando que elas não são tão independentes;
- Problema com a definição de inteligência: às vezes é referida como um comportamento, às vezes como um processo ou uma estrutura no cérebro.
Explique a ideia de Sternberg de inteligência, abordando a inteligência analítica, a inteligência criativa e a inteligência prática. 
Sternberg considera em sua teoria de inteligência mecanismos básicos de processamento de informações, a experiência e o contexto. Acreditava que os testes tradicionais não consideravam estilos cognitivos, a criatividade, as interfaces com o conhecimento do indivíduo, as expectativas individuais e os aspectos sociais. Concordou com a ideia de múltiplas inteligências de Gardner, mas propôs três, não oito, inteligências:
- Inteligência analítica: capacidade de resolver problemas de natureza intelectual ou acadêmica. É avaliada por testes (que apresentam problemas bem definidos com uma única resposta correta).
- Inteligência criativa: é demonstrada ao se reagir adaptativamente a situações inéditas e ao se gerar novas ideias.
- Inteligência prática: é necessária para tarefas cotidianas com múltiplas soluções e que podem ser mal definidas.
Explique resumidamente a Teoria Triárquica da Inteligência de Sternberg, considerando a ideia dos componentes: 1) processamento de informações (metacognição, estratégias e conhecimentos); 2) experiência e; 2) contextual.
A teoria triáquica da inteligência possui três aspectos que se relacionam com a inteligência: o mundo interior da pessoa, a experiencia e o mundo exterior. A teoria surge como uma oposição aos modelos de testes de inteligência que se baseavam em pensamento analítico e memória e não abrangiam vivencias do mundo externo.
A parte da teoria que enfatiza o processamento da informação pode ser concebida em funçãode três diferentes componentes interdependentes: metacognição (processos usados para planejar, monitorar e avaliar a resolução de problemas), conhecimento (para implementar os comandos dos metacomponentes); e estratégias (processos usados para aprender como resolver os problemas).
A teoria também considera como a experiência anterior pode interagir com todos os três tipos de componentes do processamento da informação. Isto é, cada um de nós enfrenta tarefas e situações com as quais temos níveis variados de experiência, abrangendo desde uma tarefa completamente inédita, com a qual não temos experiência prévia alguma, a uma tarefa totalmente conhecida, com a qual temos vasta e extensa experiência. À medida que uma tarefa torna-se cada vez mais conhecida, muitos dos seus aspectos podem tornar-se automáticos, exigindo pouco esforço consciente para determinar qual passo tomar a seguir e como executar a próxima etapa. Uma tarefa inédita faz demandas à inteligência diferentes daquelas de uma para qual se desenvolveram procedimentos automáticos.
Finalmente, a teoria triárquica também propõe que os vários componentes da inteligência sejam aplicados à experiência, a fim de satisfazer três funções nos contextos do mundo real: adaptar-nos aos nossos ambientes existentes, moldar nosso ambiente presente para criar novos ambientes e para selecionar novos ambientes. Você usa a adaptação quando aprende a entender do riscado em um novo ambiente e tenta conceber como ser bem-sucedido nele. 
Explique a ideia de Inteligência Emocional.
É a capacidade de perceber, entender (de forma precisa), gerenciar e usar as próprias emoções e também a capacidade de compreender as emoções de outras pessoas. Em termos mais simples, essas pessoas têm uma sintonia emocional com os outros, e assim com frequência são bem-sucedidas em situações profissionais, conjugais e parentais do que as pessoas emocionalmente menos inteligentes. 
As emoções afetam a atenção e a memória; podem facilitar ou dificultar o pensamento e o raciocínio.
Relacione inteligência e cérebro.
Estudos sobre o tamanho do cérebro de pessoas inteligentes tiveram resultados controversos.
Estudos apontam a relação entre escores altos em testes e um maior volume de substância cinzenta em áreas vinculadas à memória, atenção e linguagem.
Papeis importantes do lobo parietal e lobo frontal. Lobo frontal:
Rac. Verbal – ativação lado esquerdo
Rac. Espacial – ativação de ambos os lados
Pessoas mais inteligentes diferem em termos de plasticidade neural: habilidade de adaptação e geração de conexões neurais em resposta ao ambiente.
Qual a visão de Francis Galton sobre a Inteligência? Qual a importância deste autor para o estudo da área? 
Galton era um cientista comportamental britânico. Para ele, a inteligência era uma questão de habilidades sensoriais e perceptivas excepcionais, biologicamente transmitidas. Ele atribuiu importante papel à hereditariedade e às diferenças individuais.
Quando Darwin propôs que a natureza seleciona características bem-sucedidas mediante a sobrevivência do mais apto, ele imaginou ser possível medir a ‘habilidade natural’ e estimular aqueles com melhores resultados a se casar. Ele propôs um teste que avaliasse acuidade visual e auditiva, julgamento visual, memória para formas visuais e tempo de reação, proporções musculares.
Principal contribuição: coeficiente de correlação. A correlação ajuda a determinar a fidedignidade e a validade dos testes. No entanto, não oferece informações de causa e efeito.
Qual a importância de Binet no estudo da Inteligência? Como foi criado o teste de Binet-Simon? O que este teste poderia apontar sobre a Inteligência?
Binet foi um psicólogo francês, tornou-se mundialmente conhecido como o “pai” do teste de Inteligência.
Na virada do século XX a Franca instituiu a lei exigindo que todas as crianças frequentassem a escola; no entanto, muitas delas tinham dificuldades escolares. As escolas precisavam identificar de uma forma objetiva essas crianças “subnormais”, intelectualmente limitadas. Para isso o governo francês convocou Alfred Binet e Theodore Simon para estudar esse problema.
Binet e Simon partiram do princípio que todas as crianças seguem o mesmo curso de desenvolvimento intelectual, mas algumas se desenvolvem mais rapidamente. Em testes, portanto, uma criança “pouco brilhante” deveria ter um desempenho típico de uma criança mais jovem, e uma criança “brilhante”, o desempenho de uma mais velha. Assim, o objetivo deles era medir a idade mental de cada criança: o nível de desempenho tipicamente associado a certa idade cronológica.
Para medir a idade mental, Binet e Simon teorizaram que a inteligência seria importante para a execução de muitas tarefas. Para eles, a inteligência deveria ser avaliada por tarefas que exigissem habilidades de raciocínio e solução de problemas. Binet acreditava que seu teste poderia melhorar a educação infantil e, tinha medo de que fosse usado para rotular crianças.
A Escala Binet-Simon era um teste com vários subtestes que fornecia uma medida da capacidade geral através de questões de raciocínio e resolução de problemas. Não oferecia uma medida absoluta da inteligência, mas um valor relacionado a outros indivíduos da mesma idade. O teste era divido em níveis etários: crianças com habilidade média poderiam resolver cerca de 50% dos problemas do seu nível etário e a maioria dos problemas dos níveis inferiores. O índice de inteligência era calculado através da divisão da Idade Mental pela Idade Cronológica, de forma que se a diferença entre as duas fosse maior que dois anos, ela necessitava de atenção.
O teste fez sucesso pois era vantajoso: barato, fácil de aplicar, fornecia resultados objetivos e era capaz de prever o desempenho.
Qual a relação entre Alfred Binet e Lewis Terman?
Lewis Terman foi psicólogo da Universidade de Stanford. Ele percebeu que as questões e normas etárias desenvolvidas pela escala Binet-Simon funcionavam mal para estudantes da Califórnia. Ele adaptou esse teste (inclusive incluindo adultos) e em 1916 finalizou a Escala Stanford-Binet.
Ele introduziu o conceito de QI (Quociente de Inteligência) na escala: QI= IM/IC X 100 (atualmente usa-se a ideia de percentil).
Defina e aponte a importância dos conceitos: validade, fidedignidade e padronização
Para terem aceitação ampla, os testes psicológicos devem ser padronizados, confiáveis e válidos.
- Padronização: processo de definição de escores significativos relativos a um grupo testado previamente (para possibilitar uma comparação). Envolve uniformidade na aplicação do teste.
- Normatização: uniformidade na interpretação dos escores. Envolve uma comparação com um grupo amostral (comparar o resultado de uma pessoa com o de outras, considerando aspectos similares, como idade, sexo, escolaridade, etc).
- Fidedignidade: refere-se àquilo que o teste mede e quão bem ele faz isso, gera resultados consistentes. P/ isso usa o teste-reteste.
- Validade: se o teste realmente mede aquilo que se propõe. Pode ser verificado por meio de critérios externos ou pela relação com a teoria.
Explique o modelo cognitivista (processamento de informações), abordando: a) O que é incluído na análise das operações cognitivas e b) o que os autores desta abordagem buscam compreender?
ESTÍMULO – INPUT – SEQUÊNCIA DE PROCESSAMENTO – OUTPUT
Envolve análise das operações cognitivas.
O modelo cognitivista propõe uma abordagem em termos de operações de processos mentais. Quando um indivíduo se envolve na resolução de uma tarefa, precisa buscar as informações relevantes para sua resolução e saber processá-las de modo apropriado. Assim, um modelo de inteligência como operação de processos mentais sugere que para se compreender o sucesso ou o fracasso numa determinada tarefa é essencial conhecer o modo pelo qual o sujeito busca e processa informações internamente e as utiliza de maneira eficaz. 
Inclui: tempo de reação simples; tempo de reação com escolha; tempo de inspeção;atenção; planejamento da ação; memória de trabalho; tempo de operação.
Focos da abordagem cognitivista:
- Detalhamento dos processos mentais para o desempenho inteligente em tarefas;	
- Rapidez e eficiência desses processos;
- Combinação dos processos mentais;
- Formas de representação mental utilizadas;
- Base de conhecimento que organizam os processos.
Qual o papel do contexto cultural na Inteligência? E do ambiente? E da genética? Como os autores estudam essas influências?
De forma geral, a relevância da hereditariedade para explicar as diferenças aumenta quanto mais parecido for o ambiente. No entanto, quando o ambiente varia amplamente, estes se tornam mais preditivos dos escores do que a genética. 
Estudos com membros da mesma família, gêmeos idênticos criados juntos e separados e filhos adotivos apontam para uma importante contribuição hereditária para os escores de inteligência. Está em progresso a busca por genes que juntos contribuem para a inteligência. Ainda assim, as pesquisas também fornecem evidências de influência ambiental. Os escores de inteligência de gêmeos fraternos criados juntos são mais parecidos que os de outros irmãos, e os de gêmeos idênticos criados separados são ligeiramente menos semelhantes (embora a correlação ainda seja alta) que os de gêmeos idênticos criados juntos. Outros estudos, com crianças educadas em ambientes extremamente pobres, ricos ou culturalmente diferentes indicam que as experiencias de vida podem influenciar de modo significativo o desempenho em testes de inteligência.
Os estudos fazem referência à população e não a indivíduos.
- Genética: a similaridade de inteligência (resultados de testes) entre crianças adotadas e seus pais biológicos pode aumentar à medida que os anos passam. Na Inteligência, as influências genéticas tornam-se mais aparentes à medida que acumulamos experiência de vida Possibilidade de que herdamos a capacidade de aprender.
- Ambiente: pode, em diferentes graus, definir como um padrão genético irá se desenvolver e expressar. Envolve aspectos diversos relacionados ao ambiente: questão nutricional, estimulação, família, sistema de saúde, fatores de proteção, fatores de risco, etc. Estudos com crianças que sofrem privação, adotadas por famílias de classe média, apontam um aumento nos resultados dos testes de inteligência após um tempo da adoção. Ambientes ricos em estimulação podem promover o crescimento cognitivo. A falta de condições sanitárias, nutricionais e de higiene também aparece como fator de inibição do potencial cognitivo. Papel das crenças pessoais, da personalidade, da motivação e da escolaridade.
- Cultura: interfere na compreensão do que seria inteligência. Podem existir diferenças entre a ideia do que é inteligência em distintos contextos. A cultura influencia as habilidades: as necessárias, as valorizadas e como responder procedimentos de avaliação (testes).
Explique as diferenças entre grupos na Inteligência (gênero, raça, etc). Qual a importância de se considerar as diferenças inter e intra no estudo da Inteligência?
Homens e mulheres têm a mesma média em inteligência geral. Existem, no entanto, algumas pequenas diferenças de gênero em habilidades específicas. Garotas são melhores soletradoras, têm mais fluência verbal, localizam objetos com mais facilidade, detectam melhor as emoções e são mais sensíveis ao toque, sabor e cor. Já os garotos as superam em habilidades espaciais e em matemática relacionada, embora elas sejam melhores em cálculos. 
Como grupo, os brancos têm escores mais altos que seus pares hispânicos e negros, embora a disparidade não seja tão grande. A evidência sugere que diferenças ambientais são amplamente responsáveis por essas diferenças grupais.
Problema: estudos intergrupos trabalham com a média do desempenho de um grupo. Se houver grande variabilidade dentro de cada grupo, é comum a superposição. 
O que é Efeito Flynn? Quais as explicações possíveis para este efeito?
Efeito Flynn é o fenômeno de aumento acentuado em médias de desempenho em testes de inteligência ao longo do tempo. Esse fenômeno ocorre em várias culturas. Os testes de inteligência são normalizados para uma pontuação de 100, o que significa que 100 é a pontuação média de todos os que fazem. Quando um novo grupo de pessoas faz o teste anterior, há um aumento nas contagens com o novo grupo tipicamente marcando bem acima de 100 (que é a média). 
As possíveis explicações envolvem o desenvolvimento de culturas mais complexas e sofisticadas, melhoras na nutrição e nas condições de higiene ao longo do tempo, melhoras na educação, ambientes mais estimulantes.
Discuta a questão da estabilidade da inteligência.
A constância de escores ao longo do tempo aumenta com a idade da criança. 
Pesquisadores do desenvolvimento examinaram bebês mas não encontraram comportamentos infantis que sejam característicos de funções intelectuais subjacentes. Em geral, testes de inteligência antes dos 3 anos dão apenas uma previsão modesta das aptidões futuras da criança, salvo casos de deficiência ou precocidade extremas. Aos 4 anos, o desempenho das crianças em testes de inteligência começa a predizer seus escores na adolescência e maturidade. Após os 7 anos os escores de inteligência começam a estabilizar-se. Quanto mais velha a criança, mais fácil predizer a inteligência. 
Explique a ideia de incapacidade geral de aprendizagem.
São pessoas situadas em um extremo da curva normal de inteligência, cujos escores em testes de inteligência situam-se abaixo de 70 e que têm dificuldades significativas de adaptação e desempenho de atividades cotidianas. Causas biológicas (síndrome de Down, Klinefelter), problemas gestacionais (rubéola, herpes, diabetes, uso de drogas e álcool), e questões sociais, como limitações na estimulação intelectual.	
- leve: escore 50-70.	
- moderada: escore 35-50.	
- grave: escore 20-35.	
- profunda: escore abaixo de 20.
Explique altas habilidades/superdotação.
São indivíduos situados em um extremo da curva normal de inteligência, com altos escores em medidas intelectuais (acima de 135/140) ou com realizações notáveis precoces.
Crianças com extraordinários talentos acadêmicos às vezes são mais isoladas, introvertidas e vivem em seus mundos particulares, mas a maioria prospera.
Críticos e defensores da educação privilegiada concordam que crianças têm talentos diferentes (matemática, raciocínio verbal, artes) e a visão de altas habilidades deveria incluir esses outros talentos que muitas vezes passam despercebidos em formas tradicionais de avaliação. Educar crianças como se fossem todas iguais é tão ingênuo quanto presumir que talento é algo que se tem ou não.
O que é Inteligência fluída e inteligência cristalizada? Exemplifique.
Inteligência fluida: habilidade de resolver problemas novos e abstratos, que não são ensinados e são relativamente livres de influências culturais. É mais determinada por aspectos biológicos. É influenciada pela velocidade e flexibilidade mental. Atinge o ápice na vida adulta. Ex: formação e reconhecimento de conceitos, identificação de relações complexas, compreensão de implicações e realização de inferências, raciocínios quantitativos, analógicos, sequenciais.
Inteligência cristalizada: habilidade de resolver problemas que está relacionada aos conhecimentos adquiridos por meio do ensino formal ou de outras experiências da vida. Envolve o conjunto de habilidades e informações anteriores do indivíduo. Tende a aumentar com a idade. Ex: testes de informação, compreensão verbal (reconhecimento do significado das palavras), habilidade de comunicação, etc.
Explique o modelo CHC de inteligência, considerando a origem, as diferentes camadas e a relação com o fator g. Dê exemplo.
O modelo Cattell-Horn-Carroll (CHC) surgiu a partir da fusão realizada por McGrew em 1997 entre o modelo Gf-Gc, de Raymond Cattell e John Horn, e a Teoria das Três Camadas*, de John Carroll.
O CHC descreve a inteligência como um conjunto de fatores,cuja abrangência de atuação cognitiva cresce à medida que os estratos se ampliam. A dimensão mais abrangente é o estrato III, composto unicamente pelo fator geral de inteligência (g). O estrato II é constituído por habilidades amplas, não tão abrangentes quanto o estrato III e nem tão específicas quanto o estrato I. Dentre estas habilidades estão a inteligência fluida, a inteligência cristalizada, o processamento visual, processamento auditivo, a velocidade de processamento, velocidade de decisão, habilidade de recuperação e leitura-escrita. O estrato I, por sua vez, apresenta um vasto número de habilidades bem específicas (mais de 80).
O processamento visual, por exemplo, é a habilidade de gerar, reter, recuperar, transformar e manipular figuras e imagens mentalmente; atua, por exemplo, quando se precisa estimar acuradamente, sem instrumentos, a distância entre objetos. CAMADA 1: discriminação visual, discriminação espacial, memória visual, exploração espacial, etc.	
*Teoria das Três Camadas de Carroll: as camadas representariam níveis de generalidade das capacidades.	
- Camada 1: formada por capacidades específicas.	
- Camada 2: formada por capacidades amplas ou gerais.	
- Camada 3: formada por um uma única capacidade geral.

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