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Estrutura atômica Estrutura atômica: Descrição de um átomo Estrutura atômica: Orbitais Configuração Eletrônica A Natureza das Ligações Químicas: Ligação Iônica A Natureza das Ligações Químicas: Ligação Covalente Teoria da Ligação de Valência (TLV) Teoria do Orbital Molecular (TOM) Hibridação: Orbitais sp3 e a estrutura do metano Hibridação: Orbitais sp3 e a estrutura do etano Hibridação: Orbitais sp2 e a estrutura do etileno Hibridação: Orbitais sp e a estrutura do acetileno Hibridação de outros átomos: Nitrogênio, Oxigênio e Boro Estrutura e Ligação Estrutura atômica NÚCLEO ELETROSFERA Carregado positivamente Prótons (positivos) Neutrons (neutros) Concentra praticamente toda a massa do átomo Elétrons – circulam em torno do núcleo a uma distância aproximada de 10-10 m Estrutura atômica: descrição de um átomo E lemento químico: representa átomos de mesmo número atômico (Z) Z Número atômico: É igual ao número de prótons A Número de massa: É igual ao número de prótons + número de neutrons Todos os átomos de um mesmo elemento têm o mesmo número atômico, mas eles podem ter diferentes números de massa (dependendo do número de neutrôns) Ex. 1H (hidrogênio), 2H (deutério) e 3H (trítio) Isótopos: mesmo número de prótons Ex: 1H (hidrogênio), 2H (deutério) e 3H (trítio) Isótonos: mesmo número de neutrons Ex: 17Cl 37 e 20Ca 40 n= 20 neutrons Isóbaros: mesmo número de massa Ex: 19K 40 e 20Ca 40 A = 40 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f14 5s2 5p6 5d10 5f14 6s2 6p6 6d10 7s2 Camadas eletrônicas: Os elétrons estão distribuídos em camadas ou níveis de energia Estrutura atômica K L M O N P Q Subníveis de energia: As camadas ou níveis de energia são formados de subcamadas ou subníveis de energia, designados pelas letras s, p, d, f. OBS: Cada subnível tem um número máximo de elétrons OBS: Quanto mais distante a camada estiver do núcleo, mais enegética será 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p 5s 4d 5p 6s 4f 5d 6p 7s 5f 6d 2 8 18 32 32 18 2 Número máximo de elétrons por camadas Estrutura atômica: Orbitais Schrödinger: o movimento de um elétron em torno de um núcleo pode ser descrito matematicamente pelo que se conhece como uma equação de onda Solução de uma equação de onda (): função de onda ou orbital Expressão matemática cujo quadrado (2) prediz o volume do espaço em torno do núcleo onde o elétron pode ser encontrado orbital Estrutura atômica: Orbitais Existem 4 diferentes formas de orbitais: s, p d e f 1 orbital s 1 orbital p 1 orbital d Núcleo situado no centro 4 orbitais d Plano nodal – densidade de elétrons = 0 1 orbital 2px 1 orbital 2py 3 orbitais 2p 1 orbital 2pz •Dois ou mais orbitais vazios de mesma energia são preenchidos por elétrons de mesmo spin até que todos os orbitais estejam meio cheios (regra de Hund) Ex. 8O 1s 2s 2px 2py 2pz Configuração Eletrônica A configuração eletrônica do estado fundamental de um átomo é a descrição dos orbitais ocupados pelo átomo no seu estado fundamental Regras: •Os orbitais de energia mais baixa são preenchidos em primeiro lugar, de acordo com a ordem: 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p 5s 4d 5p 6s 4f 5d 6p 7s 5f 6d •Apenas dois elétrons podem ocupar um mesmo orbital, e eles devem ter spins opostos (princípio da exclusão de Pauli) Elétrons giram em torno de um eixo de modo muito semelhante à rotação da Terra. Essa rotação (spin) pode ter duas orientações. Afinidade eletrônica: quantidade de energia (H) envolvida no processo em que um átomo isolado, no seu estado fundamental, recebe um elétron formando um íon negativo. Quanto mais negativo H, maior a tendência a receber elétrons. Afinidade eletrônica para os ametais é mais negativa que para os metais A Natureza das Ligações Químicas: Ligação Iônica Porque os átomos se ligam uns aos outros ? Resp. Para formar um composto resultante mais estável (menor energia) do que os átomos separados. Regra do octeto: Os átomos tem tendência a assumir a configuração eletrônica de um gás nobre 11Na 1s2 2s2 2p6 3s1 - metais: tendência a perder elétrons 9F 1s2 2s2 2p5 - ametais: tendência a ganhar elétrons Energia de ionização: energia necessária para remover um elétron de um átomo isolado na fase gasosa Energia de ionização para os metais é menor que para os ametais Ligação Iônica: ligação entre metais e ametais Ex: NaF, CaCl2 (sólidos iônicos em que os íons são mantidos juntos pela atração eletrostática entre cargas de sinais opostos) Ligação Covalente: formada pelo compartilhamento de elétrons Molécula: conjunto de átomos unidos por ligações covalentes Estrutura de Lewis: valência do átomo representada por meio de pontos Ex. C . . . . + 4H . H H H H .. C .. : : A Natureza das Ligações Químicas: Ligação Covalente H H 1s 1s Teoria da Ligação de Valência (TLV) A ligação covalente segundo a TLV : •Ligações covalentes são formadas através da superposição de orbitais atômicos cada um com um elétron de spin oposto ao outro + H H Molécula de H2 OBS: A força de uma ligação depende do grau de superposição dos orbitais. Quanto > superposição +forte a ligação •Cada um dos átomos ligados conserva os seu próprios orbitais atômicos. O par de elétrons nos orbitais superpostos é compartilhado por ambos os átomos Ligação sigma : formada pela superposição frontal de dois orbitais atômicos ao longo de uma linha que une os núcleos Seção reta circular Teoria da Ligação de Valência (TLV) Energia de ligação: energia liberada na formação de uma ligação ou energia necessária para quebrar uma ligação Comprimento de ligação: distância ótima entre os núcleos que leva à estabilidade máxima OBS: Muito pequena – repulsão dos núcleos Muito grande – não conseguem compartilhar os elétrons da ligação •Forma-se um orbital molecular oval (denominado orbital molecular ligante) •Possui energia menor do que os dois orbitais atômicos 1s do H •Forma-se um orbital molecular que tem um nodo entre os núcleos (denominado orbital molecular antiligante) •Possui energia maior do que os dois orbitais atômicos 1s do H Teoria do Orbital Molecular (TOM) A TOM descreve a ligação covalente como uma combinação matemática de orbitais atômicos (funções de onda) para formar orbitais moleculares Orbital 1s de H Orbital 1s de H A combinação dos orbitais acontece por adição e subtração H H Elétrons estão na maior parte do tempo na região entre os dois núcleos, ajudando a manter os átomos ligados H H Elétrons não podem ocupar a região central entre os núcleos (nodo), não podendo contribuir para a ligação O número de orbitais moleculares formados é igual ao número de orbitais atômicos combinados região do espaço em torno do átomo onde é mais provável encontrar um elétron região do espaço na molécula onde é mais provável encontrar os elétrons A distância internuclear de energia mínima é o comprimento da ligação covalente H -- H Mudança no conteúdo energético quando dois orbitais atômicos 1s se aproximam. Sobreposiçãode dois orbitais atômicos 1s para formar um orbital molecular Os orbitais atômicos do H e orbitais moleculares do H2 Antes da formação das ligações covalentes, cada elétron está em um orbital atômico. Depois da formação da ligação covalente, ambos os elétrons estão no orbital molecular. O orbital molecular antiligante está vazio. Poderíamos esperar que o metano tivesse 2 ligações C H diferentes pois o carbono utiliza dois orbitais diferentes (2s e 2p) para formar as ligações 6C – 1s2 2s2 2p2 Hibridação Linus Pauling: mostrou matematicamente a combinação de um orbital s com três orbitais p, formando quatro orbitais atômicos equivalentes em orientação tetraédrica (hibridos sp3) 6C 1s2 2s2 2px 2py 2pz 1s 2 sp3 sp3 sp3 sp3 As ligações C H do metano são iguais e orientadas na direção dos vértices de um tetraedro Hibridação: Orbitais sp3 e a estrutura do metano hibridação 4 orbitais híbridos equivalentes sp3 Combinação aditiva hibridação Combinação subtrativa 1 orbital s 1 orbital p 1 orbital sp3 híbrido Por que a hibridação? Porque resulta em orbitais híbridos assimétricos em relação ao núcleo central Lobo muito maior que o outro: melhor superposição com o outro átomo, formando ligações mais fortes Hibridação: Orbitais sp3 e a estrutura do etano Carbono sp3 Carbono sp3 Ligação sp 3 - sp3 Etano Csp3 Hs Ligação C H Orbital p puro sp2 sp2 sp2 sp2 sp 2 sp2 Orbital p puro Vista lateral Vista superior 120° 90° Hibridação: Orbitais sp2 e a estrutura do etileno Por que o etileno tem estrutura planar? Por que os átomos de carbono compartilham quatro elétrons formando uma ligação dupla Etileno Hibridação sp2 Um orbital 2s se combina com dois orbitais p, resultando em três orbitais híbridos sp2 e um orbital p puro Orbitais hibridos sp2 Orbitais p puros Ligação Pi Ligação sigma Ligação dupla: superposição fontal + superposição lateral () Etileno Hibridação: Orbitais sp e a estrutura do acetileno Hibridação sp: Um orbital 2s se combina com um único orbital p, resultando em dois orbitais híbridos sp e dois orbitais p puros que permanecem inalterados Um orbital sp dois orbitais sp (180°) Carbono hibridizado sp híbridos sp p puro p puro Ligação tripla Carbono Carbono Acetileno 1 superposição frontal (sp-sp) + 2 superposições laterais () (py-py e pz-pz) Molécula Ligação Energia de ligação (KJ/mol) Comprimento da ligação (Å) Ângulo da ligação (°) Csp3-Hs 438 1,10 109,5 Csp3- Csp3 Csp3-Hs 376 420 1,54 1,10 109,6 Csp2- Csp2 Csp2-Hs 611 444 1,33 1,076 121,7 Csp- Csp Csp-Hs 835 552 1,20 1,06 180 Comparando ângulos e tamanhos de ligações Etileno Acetileno Etano Metano Hibridação de outros átomos: Nitrogênio, Oxigênio e Boro Par isolado Amônia Hibridação sp3 do nitrogênio 107,3° 7N 1s 2s 2px 2py 2pz 1s sp 3 sp3 sp3 sp3 hibridação O Nitrogênio se hibridiza para formar quatro orbitais sp3 Orbital ocupado por um par de elétrons não-ligantes Ângulo muito próximo do valor tetraédrico (109,5°) Superpõe-se aos orbitais Hs Oxigênio com hibridação sp3 104,5° Pares isolados O Oxigênio se hibridiza para formar quatro orbitais sp3 8O 1s 2s 2px 2py 2pz 1s sp 3 sp3 sp3 sp3 hibridação Superpõe-se aos orbitais Hs Orbitais ocupados por pares de elétrons não-ligantes Essa pequena diferença do ângulo tetraédrico (109,5°) deve-se a interação repulsiva dos pares isolados Hibridação de outros átomos: Nitrogênio, Oxigênio e Boro Hibridação de outros átomos: Nitrogênio, Oxigênio e Boro 5B 1s 2s 2px 2py 2pz 1s sp 2 sp2 sp2 p hibridação •O Boro tem 3 elétrons de valência e pode formar apenas 3 ligações •Não consegue compor um octeto estável •Possui hibridação sp2 Orbital p vazio Se orientam para ficar o mais distante possível originando uma estrutura planar Referências Bibliográficas McMurry, J. – Química Orgânica, 8a. ed., Thomson Brooks Cole Publishing Company, 2011. Bruice, P. Y., Química Orgânica, 4a. Ed., Pearson Prentice Hall, 2010. Solomons, T. W. G. and Fryhle, C.- Química Orgânica, 10a. Ed., John Wiley, 2012. Russel, J. B. Química geral. v. 1. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 621p. Experimental: Pavia, D. L., Lampman, G. M., Kriz, G. S. Engel, R. G. Química Orgânica Experimental – técnicas de escala pequena 2ª Ed., Bookman, Porto Alegre, 2009. VOGEL'S text book of practical organic chemistry, Rev. FURNISS, B. S. et al. 5th ed. London : Longman, l989. WILCOX, C. F. Experimental organic chemistry (A Small-Scalle Approach). New York: McMillan, 1988.
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