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Evolução da Ed. Física - Apostila

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Unidade II
Evolução Histórica da Atividade Física
Ontogênese do movimento humano
Pré História
A história da Educação Física tem seu marco inicial o aparecimento dos primeiros hominídeos (seres semelhantes ao Ser Humano e que diferem dos seus ancestrais – os macacos – pelo cérebro maior, a postura vertical, bípede, e dentes diferentes). 
Período Paleolítico (± 500.000 a.C. a ± 10.000 a.C.) - primeiro período da idade da pedra ou período da pedra lascada. Viviam da caça, da pesca e da colheita de frutos e raízes; fabricavam instrumentos de ossos, madeiras ou pedra lascada e abrigavam-se em cavernas ou choças. 
Controle do fogo e aparecimentos do Homo Sapiens.
As atividades humanas eram dependentes do ato físico para sobrevivência. O homem pré-histórico, tinha duas grandes preocupações: atacar e defender-se. Era mais músculo do que cérebro. Sua prática de atividade física era espontânea e ocasional. Dependiam de sua força, velocidade e resistência. 
O homem pré-histórico tinha uma característica nômade durante a maior parte da sua existência. 
Supremacia ao reino animal – capacidade motora e intelectual. Desenvolveu a habilidade de lançar. 
Domínio das técnicas rudimentares de agricultura e domesticação – Início do processo de sedentarização.
Início da luta pela posse de terras. 
Nômades devido ao maior vigor físico venciam os sedentários, surgindo a necessidade de aprimoramento das habilidades motoras para otimização de gestos e construção de ferramentas.
Período Neolítico (± 10.000 a.C. a ± 5.000 a.C) – segundo período da idade da pedra ou período da pedra polida.
Sedentarização definitiva – atividades agrícolas e pastoris, aumenta a ociosidade, surgindo uma concepção esportiva para as atividades que eram praticadas por razões utilitárias, guerreiras e ritualísticas. 
As atividades físicas na pré-história tinham características: 
Natural – atividade física instintiva como meio de sobrevivência.
Utilitária – percebeu a necessidade de” treinar” um determinado gesto para aumentar o êxito no lançar. A atividade física passa a ser intencional para aprimoramento da técnica. 
Guerreira – atividade física como preparação para aumentar a segurança. Povos nômades atacam os povos sedentários com a intenção de apossar-se dos seus estoques de comida. 
Recreativa – muito utilizada durante os momentos ociosos.
Religiosa ou ritualística – como o homem pré-histórico não articulava palavras, eles expressavam seus sentimentos através da dança. Dançavam para agradecer a boa colheita, dramatizavam a morte. Percebiam que o exercício corporal produzia uma excitação interior, acreditando estarem entrando em contato com os deuses. 
Idade Antiga 
Civilizações Orientais
Poucos povos primitivos conseguiram atingir um estágio civilizatório. Os pioneiros (5000 aC) ainda mantiveram muitas características dos primitivos. Mas, evoluíram o suficiente para iniciar-se um novo período da História. 
ANTIGÜIDADE ou IDADE ANTIGA - Surgimento da grandes Civilizações – viver em cidades; divisão da sociedade em hierarquias de governantes e subordinados. 
Idade dos Metais – aparecimento da metalurgia - (fundição do cobre, fabricação do bronze e uso de ferro)
Invenção da roda, arado e do barco a vela.
Sistema de escrita, contagem e medida.
Além das características naturais, utilitárias, guerreiras, religiosas e recreativas, a atividade física ganha forte caráter EDUCACIONAL e TERAPÊUTICO .
Extremo Oriente: 
Chineses – racionalizaram o movimento humano + medicina. KONG-FOU 3000 aC - ginástica terapêutica (a arte do homem). Utilizada curar doenças e cuidar da alma. Praticavam as artes marciais, natação, esgrima, hipismo e tsu-chu (futebol)
Índia – nação que consegui atingir o maior grau de elevação espiritual de toda a humanidade. YOGA – “uma doutrina que busca não só a purificação do corpo como também, através da meditação, facilitar a identificação do homem com sua essência divina”. Integra o físico, o intelectual e emocional.
Oriente próximo: 
Egito – formação guerreira, desenvolveram o uso do arco e flecha e da equitação. Atividade física era utilizada para treinamento rigoroso dos soldados. A natação, o remo e a navegação eram muito utilizadas, devido ao clima quente e as constantes cheias do rio Nilo. 
Idade Antiga
Civilizações Ocidentais
Aproximadamente 1500 aC. , surge um novo mundo civilizado, o Ocidental. 
Grécia – PAIDÉIA – cultura grega formada pela arte da ginástica (exercícios físicos e esportes) e da música (cultura espiritual – poesia, drama, história, oratória e ciência).
A valorização do homem e da sua individualidade datam o início autêntico da história da Educação Física. “o homem é somente humano quando completo” (físico, intelectual e espiritual)
800/500 a.C. – formação de cidades-estados – Esparta e Atenas
A educação Ateniense (descendentes dos Jônios, povos amantes da cultura) não tinha um caráter basicamente militar como de Esparta. A prática esportiva de Atenas tinha objetivo de formar o homem total. 
Jogos gregos – participavam toda a comunidade grega – homenagem a Zeus. Era uma festa popular e religiosa (Provas atléticas, literárias e artísticas). Em 776 a.C.Origem dos Jogos Olímpicos (primeiro registro de vencedores). O fogo sagrado, ascendido no templo de Hera, era mantido, durante os jogos, no altar de Zeus. Durante os Jogos Olímpicos toda e Grécia se reunia, cessando-se as guerras internas. 
Modelo Ateniense – Paradigma para todo o mundo grego. Os locais para a prática esportiva serviam também para formação intelectual do povo. O ginasiarca, (uma espécie de reitor da Educação Física e da educação intelectual) dirigia os ginásios. O pedótriba (professor de E. F.) tinha conhecimento baseado na cultura e medicina, além de ser responsável pela formação do caráter dos jovens. 
Os exercícios físicos visavam basicamente a estética e a energia espiritual. Tinham caráter natural (correr, saltar, lançar) e eram realizados completamente nu. 
Surgiram grandes Filósofos: Sócrates “ na música a simplicidade torna a alma sábia; na 
ginástica da saúde ao corpo”; e Platão “equilíbrio entre corpo e alma”. 
O Discóbulo (de Míron) é um exemplo magnífico do padrão de beleza grega. 
 
Grécia torna-se decadente no século V, devido as lutas internas. São dominados pelos macedônios (338 a.C.) e em seguida pelos Romanos (146 a.C.). Este último capítulo da história grega é chamado de helenístico. 
 Roma vence militarmente Grécia e domina sua cultura, mas aos poucos a prática das atividades físicas vai perdendo a sua característica humanística (comunhão entre corpo e espírito).
 Valorização do intelecto e desvalorização do físico e do estético. 
 Após a invasão Romana, a Olimpíada foi perdendo sua característica espiritual e de pureza moral. Surge o profissionalismo, a corrupção e as apostas. 
Os jogos Olímpicos foram extintos em 394 d.C. por Teodósio. Foram celebradas 293 olimpíadas ao longo de quase 1200 anos. Estes vão ressurgir somente em 1896 graças ao Barão de Coubertin, o qual defendia o lema: “o importante não é vencer, é competir”. 
Roma – A atividade física tinha característica militar. “Doce e belo é morrer pela pátria”. Romanos de todas as idades praticavam diariamente atividades no campo de Marte. Eles corriam, nadavam, saltavam, transportavam pesos, arremessavam a lança, lutavam, esgrimiam e praticavam equitação. Não praticavam ginástica por considerar imoral o nú dos ginastas gregos e por não ver nela uma preparação para guerra. 
A ginástica perde o sentido do belo, formando apenas um protótipo de virilidade. É de Juvenal a célebre frase: “ Mens sana in corpore sano”.
A característica humanística do esporte grego jamais contagiou Roma. Apreciavam grandes espetáculos públicos onde houvesse perigo de vida e corresse sangue.
Construção de grandes anfiteatros (Coliseu)e circos (Máximus) onde realizavam-se lutas de gladiadores (escravos lutando por dinheiro ou liberdade), veação (combate entre feras e homens ou feras contra feras); condenação às feras (homens cristãos eram devorados por animais, sob o deboche e o gargalhar da multidão); naumarquia (luta entre barcos cheios de escravos armados, ao final o barco com o maior número de homens vivos era o vencedor e ganhavam a liberdade) e corridas de carros.
Política do “pão e circo”. Decadência moral e física de Roma.
Aparecimento de Termas – vestiários, salas de ar quente ou morno, seco ou úmido, piscinas quentes e frias, salas de refeição, de leitura, de jogos e de massagem. 
Em 394 d. C., o imperador romano Teodósio põe fim aos jogos olímpicos, os quais foram praticados 293 vezes durante 12 séculos (776 a. C. – 393 d. C.), devido a queda do espírito grego. 
Idade Média
De 395 à 1453. Tem início com a morte do imperador romano e divisão do império romano (395). Foi dividida em dois períodos chamados alta idade média (até séc. X) e baixa idade média (séc. XI – XV). A Alta idade média ou Idade das trevas foi marcada por um grande obscurantismo cultural, fruto da decadência romana e invasões bárbara; e na Baixa idade média surgiram grandes personalidades como São Tomás de Aquino o qual contribuiu para a criação das universidades no séc. XIII, o que consequentemente mais tarde introduziu o Renascimento. 
Com a quebra do poder real de Roma surge o feudalismo. 
Ascensão ao Cristianismo – muitos cristãos foram sacrificados nos espetáculos sanguinários de Roma. Mas, como o cristianismo dominava o mundo, os romanos foram exterminados acabando com suas manifestações. Considerou pecado o culto ao corpo, dedicando-se exclusivamente para o espiritual. 
A educação física deixa de evoluir como ciência (estagnação), mas, a pratica de atividade física continua: caça, pesca, jogos, danças, lutas, arremessos, “soule” (semelhante ao futebol). A nobreza praticava Justas (cavaleiros com armaduras e munidos de lança tentam derrubar o adversário), jogo de “paume” (jogo da palma, antepassado do tênis) e os Torneios (justas disputadas por 2 equipes).
O cavaleiro tinha como ideal defender à igreja, à pátria, as mulheres os fracos e oprimidos. Valorização pela Cavalaria (apoiada pela igreja). O jovem desde pequeno recebe um preparo físico (luta, natação, arremessos, levantamento de peso) , moral (boas maneiras, conhecimentos de leis) e espiritual (práticas religiosas) para se tornar um cavalheiro. 
A cavalaria modificou a atitude da igreja em relação a Educação Física. 
Idade Moderna
Séc. XIV ao XVI – Renascença: movimento intelectual, estético e social que representou uma reação à decadente estrutura feudal. Representou uma nova concepção do mundo e do homem, havendo um redescobrimento da individualidade, do espírito crítico e da liberdade do ser humano. Período de liberdade da ciência e das artes ressurgindo a cultura física. 
Nasce o Humanismo, o qual reconcilia a educação intelectual, moral e física. Ele significa a cultura voltada para o homem, segundo a sabedoria grega. 
A Educação Física passa a ser assunto dos intelectuais, numa tentativa de reintegração do físico e do estético e da educação.
Destacam-se homens como: 
Vitorino Feltre (1378 – 1446) – fundou em 1423 a escola La Giocosa, a qual incluía exercícios físicos no seu programa escolar. 
Maffeu Veggio (1407 – 1458) – pedagogo, publicou “Educação da Criança”, onde dizia: - “A Criança deve exercitar-se para desenvolver a agilidade e a atividade, a ginástica não deve ser violenta, mas deve afugentar a preguiça do corpo”.
Leonardo Da Vinci (1452 – 1519) – escreveu “Estudo dos movimentos dos músculos e articulações”, um dos primeiros tratados de biomecânica. Criou desenhos perfeitos sobre proporções do corpo humano, como Vitruvius.
 
 Vitruvius Davi
François Rabelais (1453 – 1553) – Defendia a educação integral para a vida física, social, moral e intelectual. Importância da harmonia do homem e da natureza, defendia as atividades naturais. 
Michelangelo (1475-1564) – esculpiu Davi.
Andréa Vesalius (1514 – 1564) – deu início ao estudo científico da anatomia, através de estudos de dissecação de cadáveres humanos. “De Humani Corporis Fabrica” – primeiro livro de anatomia.
Richard Mulcaster (1530 – 1611) – “os exercícios apropriados oferecem grandes benefícios: derrota enfermidades, amplia a inteligência, prolonga a vida e retarda a morte”. Defendia o futebol desde que se evitassem os abusos da época (batalha corpo a corpo), deve ser saudável, social e educativo.
Durante os Séculos XVII – XIX, destacam-se homens responsáveis em defender os exercícios físicos na educação infantil. 
François Fénélon (1651-1715) – escreveu “a Educação das jovens” Exercício físico para aperfeiçoar corpo e espírito. 
Friedrich Hoffmann (1660 – 1742) – grande ginasiarca, dedicou a sua vida ao desenvolvimento da educação física, publicou várias obras, uma delas conhecida como “As 7 regras da saúde”. 
Jean Jacques Rousseau (1712 – 1778) – filósofo francês dizia: - “cultivai a inteligência de vossos alunos, mas cultivai, antes de tudo, seu físico; fazei primeiramente vosso aluno são e forte para poder vê-lo inteligente e sábio”. Defendia um currículo onde a ginástica e as outras disciplinas intelectuais tinham o mesmo peso. 
Jean Henri Pestalozzi (1746 – 1827) – fundador da escola primária popular. O primeiro a chamar a atenção para os elementos principais na execução dos exercícios: Posição e execução perfeita. Correção de postura
A idade moderna foi responsável pelo renascimento do interesse pela atividade física e pela fundamentação da Educação Física. 
Idade Contemporânea
Séculos XIX e XX. 
Ainda no fim da Idade Moderna e no início da Contemporânea tivemos a influência de renascentistas na sistematização da Educação Física: 
Basedow (1723-1790) , influenciado pelas idéias de Rosseau, fundo na Alemanha (1774), a primeira escola que tinha no currículo a ginástica com o mesmo peso das disciplinas teóricas.
Século XIX – o crescimento das cidades e a conseqüente diminuição dos espaços livres limitavam as possibilidades de locais apropriados aos exercícios físicos. 
Revolução Industrial – especialização profissional - trabalhadores numa mesma posição durante horas – aumento de problemas posturais. O mesmo aconteceu para os jovens devido a disciplina severa impondo aumento das horas de estudo. 
Aumenta-se o interesse pela Educação Física, sendo moldada para atender os interesses de cada país ou região, surgindo na Europa 4 correntes doutrinárias responsáveis pela sistematização da Educação Física: Escola Alemã, Escola Nórdica ou Sueca, Escola Francesa e Escola Inglesa
Escola Alemã
Influenciada pelas idéias de Rousseau e Pestalozzi, os exercícios físicos tinham um caráter pedagógico. 
O alemão Basedow (1723-1790) fundo em 1774, a primeira escola que tinha no currículo a ginástica com o mesmo peso das disciplinas teóricas, chamada Philantropinum. 
Outro alemão Guts Muths (1759 – 1839), considerado o pai da ginástica pedagógica moderna, consolidou a idéia de Basedow. 
Mas, com a derrota dos alemães para Napoleão, o sentimento nacionalista alemão faz surgir um novo modelo ginástico de conteúdo patriótico e social (TURNKUNST), criado por Friederick Ludwing Jahn (1778 – 1825) onde o importante era formar o forte. Foram criados aparelhos como barra fixa e barras paralelas, sendo os alemães os percussores da ginástica olímpica.
Adolph Spiess (1810 – 1858), seguidor de Muths, introduz definitivamente a Educação Física nas escolas, combateu o método de Jahn, pois não atendia às crianças e incentivou a ginástica feminina. 
Escola Nórdica (Sueca)
Influenciada pelas idéias de Guts Muths, Franz Nachtegall (1777/1847) funda um Instituto militar ecivil de Ginástica (1799) na Dinamarca. Este último para formação de professores de Educação Física. Também tem como preocupação a ginástica feminina. A ginástica nas escolas passa a ser obrigatória na Dinamarca. 
Per Henrik Ling (1776 – 1839) – sueco, praticava esgrima com mestres franceses e sente os efeitos benéficos do exercício físico sobre o organismo. Professor universitário de esgrima, consegue a autorização para incluir a ginástica como base de todo o trabalho físico. Passa a conhecer a fundo as idéias e as atividades físicas de todos os povos, mesmo os mais antigos, criando a ginástica sueca. Em 1807 o governo determina que todas as escolas tenham locais para os exercícios físicos e que seja designado um profissional para estas atividades. 
Em 1813 cria-se o Instituto Real e Central de ginástica, para formação científica de professores de ginástica sueca para o mundo.
Publicou “Gymnastikens Allmana Gunder”, onde estão contidos os fundamentos da ginástica sueca, dividida em 4 grupos: pedagógica, médica, militar e estética.
Pedagógica – manutenção e prevenção da saúde e boa postura
Militar – Baseada na pedagógica, incluindo exercícios de característica militar.
Médica – Baseada na pedagógica, visava através de exercícios especiais, eliminar defeitos posturas e curar doenças. 
Estética – Inspirou-se na ginástica grega (CALISTENIA), utilizou movimentos da pedagógica para desenvolver o corpo harmonicamente, através de movimentos suaves e de dança. 
Escola Francesa 
Preocupação pedagógica de caráter ginástico-militar e também utilitário.
Francisco Amoros Y Ondeano (1770 – 1848) abandona a política para dedicar-se exclusivamente a Educação Física, sendo considerado o pai da ginástica francesa (utilitária – Rebelais; pedagógica – Guts Muths; acrobática - Jahn e corretiva - Pestalozzi). 
Outra contribuição foi de G. Dêmey (1850 – 1917), professor de fisiologia e organizador de um laboratório de pesquisa, favorecendo o desenvolvimento científico da Educação Física.
Georges Hébert (1875 – 1957) – valorizava os exercícios naturais para conseguir um desenvolvimento físico integral. 
Philipe Tissié (1852 – 1935) – valorizou a necessidade de elevar o nível científico dos professores. 
Phoktion Heinrich Clias (1782 – 1854) – fundou o ginásio mais completo da Europa. Criou a Calistenia (1829) como ginástica feminina. 
A Educação Física foi introduzidas nas escolas, sendo ministradas por suboficiais do Exercito sem cultura geral nem pedagógica. Foi a escola que mais influenciou o nosso país.
Escola Inglesa – era baseada nos jogos e nos esportes, única com orientação não ginástica. Incorporou o esporte com uma verdadeira conotação educativa.
História da Educação Física no Brasil
Brasil – Colônia (1500 – 1822) – fim da idade média (1453) ao fim da idade moderna (1789)
A história da Educação Física no Brasil começa com os primeiros habitantes de nossa terra: os indígenas. Praticavam: canoagem, lançamentos, mergulhos, natação, danças, corridas, lutas e jogos (jogo de peteca). 
Com a chegada dos portugueses chegam também ao Brasil os negros africanos devido a necessidade de mão de obra. Estes dão origem a CAPOEIRA, praticada até os dias de hoje. 
Brasil – Império (1822 – 1890) - início da idade contemporânea (1789) 
Em 1823, surge o primeiro livro brasileiro de Educação Física “Tratado de Educação Física-moral dos meninos” escrito por Joaquim Jerônimo Serpa, onde dizia que “a educação engloba a saúde do corpo e a cultura do espírito”. 
Surge o Ginásio Nacional em 1837 (ex-Colégio D. Pedro II), o qual preconiza a prática de exercícios físicos. 
1851 – legislação referente a Educação Física obrigando a prática da ginástica nas escolas primárias do município do RJ. 
Em 1867 surge uma outra obra importante “Estatutos Higiênicos sobre Educação Física, Intelectual e Moral do Soldado” do Dr. Eduardo Pereira de Abreu, onde mostra a importância da E.F. para o soldado, aborda aspectos fisiológicos do exercício e mostra a relação sobre a moral da tropo. 
O parecer de Rui Barbosa sobre o projeto 224 – “Reforma do Ensino Primário” emitido na sessão da Câmera dos Deputados a 12 de setembro de 1882, foi de grande importância para E.F. 1) Instituição de uma secção especial de ginástica em cada escola normal; 2) Extensão obrigatória da ginástica a ambos os sexos; 3) Inserção da ginástica nos programas escolares como matéria de estudo, em horas distintas das do recreio e depois das aulas; 4) Equiparação, em categoria e autoridade, dos professores de ginástica aos de todas as outras disciplinas.
No plano desportivo, começaram a ser introduzidos outros esportes no final do século XIX: natação (1896), basquete e tênis (1898), futebol (1894) e remo (1930). 
Brasil República (1889 até os nossos dias)
Em 1891 é fundada o ACM (Associação Cristã dos Moços), a qual ofereceu uma excelente contribuição à ginástica e aos desportos devido ao intercâmbio entre países. 
Em 1922 é criado o Centro Militar de Educação Física, embrião da Escola de Educação Física do Exército. Início da aplicação do Método Francês nos quartéis brasileiros. 
Em 1926 a Liga de Esportes da Marinha inicia o seu primeiro curso de formação de monitores de Educação Física (2 anos).
Em 1931 a E.F. passa a ser obrigatória no ensino secundário.
Em 1933 surge a Escola de Educação Física do Exército e em 1935 é realizada a I Olimpíada Universitária Brasileira (Jogos Universitários Brasileiros) e no mesmo ano ocorre o VII Congresso Nacional de Educação, todo dedicado á Educação Física. 
Em 1937 é criada a Divisão de Educação Física no Ministério da Educação, surgindo a Escola Nacional de Educação Física e Desportos, integrada à Universidade do Brasil (atual UFRJ). 
1943 realiza-se o primeiro Congresso Pan-americano de E. F. onde são apresentados 78 trabalhos (44 brasileiros). 
Perde a característica militar (método francês). Surgindo novas tendências. 
Tendências da Educação Física Brasileira segundo Paulo Ghiraldelli Junior
EDUCAÇÃO FÍSICA PROGRESSISTA
Educação Física Higienista (até 1930) – preocupação com a saúde física e mental da população, ou seja, é responsabilidade da E. F. resolver através da educação um problema de saúde pública. Agente de saneamento público.
 Educação Física Militarista (1930 – 1945) – objetivo principal é obter uma juventude capaz de suportar o combate, a luta, a guerra.. Seu papel é de colaboração no processo de seleção natural, eliminando os fracos e premiando os fortes, sua prática visa a formação do cidadão-soldado
 Educação Física Pedagogicista (1945 – 1964) – defende a educação do movimento como a única maneira de promover uma educação integral. Valorização do profissional. Educação Física Competitivista (1964 – 1970) – a E. F. fica reduzida ao desporto de alto rendimento. Valorização do atleta-herói, que acaba desenvolvendo uma hierarquia e elitização social. Desenvolvimento do treinamento desportivo, baseados na fisiologia do esforço e da biomecânica.
Educação Física Popular (desde 1970) – concepção de E. F. que emerge da prática social dos trabalhadores e, em especial, das iniciativas ligada aos grupos de vanguarda do Movimento Operário e Popular. Reivindicação ao poder público a construção de escolas, quadras desportivas, praças etc. Com o objetivo de incentivar o operariado jovem à freqüência do desporto lúdico. 
Esta última tendência ficou em aberto, pois o prof. Ghiraldelli terminou sua pesquisa no início dos anos 80. Mas, a E. F. continua em ebulição, visto que no dia 1º de setembro de 1998 o presidente Fernando Henrique Cardoso assinou a Lei 9.696 que regulamenta a profissão de Educação Física. 
História da Ginástica de Academia no Brasil
1930 à 1940 – surgem as primeiras academias de ginástica no Rio de Janeiro. Em Niterói, Hillefeld inicia as aulas de ginástica em casa. Em Copacabana, o pediatra Jorge Bandeira constrói no seu consultório uma academia paracrianças e mulheres gestantes. Oswaldo Diniz Magalhães é pioneiro da ginástica pelo rádio. 
1941 – professora Yara Vaz forma-se pela Universidade do Brasil, sendo considerada grande nome da Ginástica de Academia. 
1960 à 1970 - grande influência da Calistenia* na ginástica de academia. As academias proliferam. 
1970 à 1980 – chega ao Brasil o “Método Cooper” de condicionamento físico. O médico Kenneth Cooper, escreveu um livro chamado Aeróbica, onde despertou o interesse dos exercícios aeróbicos. Surgem os grandes equipamentos de musculação como o Apolo. 
1980 – Em meados da década de 80 chega ao Brasil a Ginástica Aeróbica (tendo como idealizadora a americana Jack Sorensen) e o interesse pelo fisiculturismo. 
1990 – várias lesões ocorreram devido ao alto impacto da ginástica aeróbica surgindo no início da década de 90 uma nova atividade, de média intensidade, o Step Training (criado pela americana Gim Miller).
Meados da década de 90 há uma grande valorização do treinamento personalizado (Personal Training).
2000 – Chega as academias o Spinning Program ® criado pelo Sul Africano residente na Califórnia, Jonny G. 
* Calistenia – Kállos = belo; Sthenos = força. “Cheio de vigor” ou “força harmônica” (equilíbrio da força física, mental e espiritual). Praticada desde a Grécia antiga, desapareceu em 393 a.C. com a proibição dos jogos olímpicos e surgiu novamente no séc. XIX. Sua origem é Sueca e seus objetivos higiênicos (saúde e boa postura) e educativos (coordenação neuromuscular e eficiência mecânica. 
Características: predominância analítica; divisão dos exercícios em 8 grupos; associação da música ao ritmo dos movimentos; aula em grupo; exercícios a mão livre e ou com pequenos aparelhos como halteres e bastões. 
A calistenia apresentava 2 propostas metodológicas: Plano de Skarstron e de Wood.
	Plano de Skarstron:
Braços e pernas – aquecimento
Região póstero-superior do tronco
Região póstero-inferior do tronco
Região lateral do tronco
Equilíbrio
Região abdominal
Gerais de ombros e escápulas
Saltos e corridas (sufocantes)
Plano de Wood: manteve a estrutura dos 8 grupos porém inverteu a ordem entre o VII e o VIII, para facilitar o esfriamento. 
Referência Bibliográfica
COSTA, Marcelo Gomes. Ginástica Localizada. ed. Sprint: Rio de Janeiro, 1996
RAMOS, Jayr Jordão. Os Exercícios Físicos na História e na Arte: do homem primitivo aos nossos dias. São Paulo, 1982.
GUTIERREZ, Washington. História da Educação Física. IPA - Escola de Educação Física do Instituto Porto Alegre, Porto Alegra, 1980.
Marinho, Inezil Penna. História Geral da Educação Física. ed: CIA Brasil Editora.
OLIVEIRA, Marinho Vitor. O que é Educação Física. ed. Brasiliense: São Paulo, 1983.
GHIRALDELLI, Paulo Junior. Educação Física Progressista: a pedagogia crítico-social dos conteúdos e a Educação Física brasileiro. ed. Loyola: São Paulo, 1992.
Prof Ana Beatriz Monteiro
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