Prévia do material em texto
Anestesia local Profª Vanessa Guedes Introdução • “Estado de insensibilidade localizada, sem alteração do nível de consciência, produzido por substâncias específicas que colocadas em contato com o tecido nervoso, promovem o bloqueio reversível da condução do impulso.” Mecanismo de ação • Impedem a geração e a condução de impulsos nervosos, elevando o limiar para sua excitabilidade elétrica. Mecanismo de ação Meio Intracelular Meio Extracelular Mais negativo Menos negativo Na Na Na Na Na K K K K K Na Na K Mecanismo de ação Propagação do impulso nervoso Mecanismo de ação Interação com canais de Na+, impedindo o influxo de Na+, quando a célula é estimulada Bloqueio da condução nervosa Estrutura química Absorção. Adição de cadeias laterais à estrutura química básica, aumenta a lipossolubilidade e a potência Radical aromático Cadeia Intermediária Grupo amina secundária ou terciária Porção lipofílica Porção hidrofílica Ligação éster ou amida Classificação do AL Metabolismo Sofre influência do pH Período de latência Cadeia intermediáriaRadical aromático Grupo amina Éster Amida PABA Xilidina Procaína Lidocaína Grau de ionização • Todos os anestésicos locais são bases fracas B + H+ BH+ R-NH2 + H RNH3 Forma não protonada Forma protonada Grau de ionização • Período de latência Forma não ionizada Forma ionizada Grau de ionização • Período de latência • O que é pKa? • é o pH onde um determinado fármaco encontra-se 50% em sua forma ionizada e 50% em sua forma não ionizada. • em valores de pH abaixo de um determinado pKa, predominam as formas ionizadas (polares, hidrofílicas) e em pH acima destes valores predominam as formas não ionizadas (apolares, lipofílicas). • pH fisiológico (7,4) todos os anestésicos locais apresentam sua forma ionizada em maior proporção. Grau de ionização • pH do meio e pKa do fármaco definem a absorção 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Formas não ionizadas (apolares, lipofílicas) Formas ionizadas (polares, hidrofílicas) pH do meio ALH+ AL + H+ Grau de ionização • pH do meio e pKa do fármaco definem a absorção 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 pH do meio 7,4 pKa 7,7 pKa 8,1 Grau de ionização • Período de latência Porque nas áreas inflamadas os anestésicos locais não apresentam um bom efeito? Farmacocinética • Duração de ação: relacionado à lipossolubilidade e com o grau de ligação proteica. Área de administração Presença de vasoconstritor Concentração Farmacocinética • Duração de ação: • Área de administração: Vascularização; Mucosa traqueobrônquica; Vários pontos de bloqueio. Farmacocinética • Duração de ação: • Presença de vasoconstritor Contra-indicação Menor intoxicação Adrenalina Farmacocinética • Duração de ação: • Concentração Farmacocinética • Distribuição: Quanto mais vascularizada a área de administração, menor o período hábil e maior o risco de intoxicação. Metabolização; Ligação às proteínas plasmáticas hipoproteinemia. Farmacocinética • Biotransformação: Ligação éster (-CO-) ou amida (-NHC-) Farmacocinética • Biotransformação Ester X Amida AL do tipo ester: são rapidamente biotransformados em ácido para- aminobenzoico (PABA), por hidrólise, através da esterases plasmática. AL do tipo amida: apresentam biotransformação hepática e meia vida mais prolongada Principais anestésicos locais Associação com vasoconstritor • Redução da absorção e distribuição do fármaco; • Aumento do período hábil; • Redução do risco de intoxicação; • AL que promovem pouco efeito vasomotor ou de curta duração; • Uso em extremidades! • O vasoconstritor influencia o período de latência? • A dose de associação recomendada é de 5 µg/ml • Quanto devo acrescentar de adrenalina em um frasco de 20ml de lidocaína? Associação com vasoconstritor • Redução da absorção e distribuição do fármaco; • Aumento do período hábil; • Redução do risco de intoxicação; • AL que promovem pouco efeito vasomotor ou de curta duração; • Uso em extremidades! • O vasoconstritor influencia o período de latência? • A dose de associação recomendada é de 5 µg/ml • Quanto devo acrescentar de adrenalina em um frasco de 20ml de lidocaína? Intoxicação por Anestésicos Locais • É causada pela ação dos anestésicos locais em outras membranas excitáveis Sistema nervoso central e Miocárdio Maior a potência, maior a toxicidade • Pode ocorrer por: sobredose, absorção exagerada ou injeção intravascular Intoxicação por Anestésicos Locais • Os sintomas aparecem na seguinte ordem: • Apreensão, comportamento irracional; • Calafrios, náuseas, vômito, olhar fixo; • Arritmias cardíacas, hipotensão; • Perda de consciência; tremores, opistótono, contraturas • Parada respiratória e morte. Vantagens e Desvantagens • Vantagens: • Diminuição da dose dos anestésicos gerais; • A analgesia pode ser mantida no pós-operatório imediato; • São uma boa alternativa para animais que apresentam algum fator de risco. • Desvantagens: • Risco de toxicidade • Ser insuficiente para determinados procedimentos • Necessitar de treinamento. Associações • Os AL podem ser combinados ou associados a outros fármacos: • Ex: opioides, α2 agonistas, cetamina. • Objetivos: • Diminuir período de latência e aumentar período hábil • Potencializam e prolongam o efeito analgésico. Principais técnicas de anestesia local • Anestesia Superficial ou Tópica • Anestesia por Infiltração • Anestesia Perineural • Anestesia Espinhal • Anestesia Intravenosa • Anestesia Intra-Articular Principais técnicas de anestesia local • Anestesia tópica: Sobre a superfície da pele e mucosa Pomadas, cremes, soluções. Utilizado na mucosa nasal, boca, esôfago, laringe, aparelho urogenital. Pouco utilizadas em intervenções cirúrgicas, utilizadas em procedimentos clínicos e diagnósticos. Principais técnicas de anestesia local • Anestesia tópica: Principais técnicas de anestesia local • Anestesia infiltrativa: Injeções intradérmicas, subcutâneas, profunda ou circular. A agulha deve ser adequada à área, ao procedimento e à espécie animal. A difusão do anestésico é menor em áreas fibrosas, gordurosas ou inflamadas. Em grandes áreas, diluir os AL. Principais técnicas de anestesia local • Anestesia infiltrativa: Principais técnicas de anestesia local • Anestesia perineural: Bloqueio da condução do nervo sensitivo (ou motor) que inerva a região da cirurgia; Proximidade do nervo; Cabeça; Tronco; Membros. Principais técnicas de anestesia local • Anestesia espinhal: Regional, segmentar, temporária; Anestésico local depositado no canal espinhal. Anestesia extradural; Anestesia subaracnoidea Principais técnicas de anestesia local • Anestesia intravenosa (Bier) Aplicação intravascular que por via retrógrada atinge o tecido; Membros torácicos e pélvicos Principais técnicas de anestesia local • Anestesia intra-articular Diagnósticos em equinos Dúvidas???