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INTENSIVO II DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 1 CTN ................................................................................................................................................................ 4 1. Relação Jurídico-tributária ................................................................................................................ 4 1.1 Hipótese de Incidência (HI) ....................................................................................................... 4 1.2 Fato Gerador (FG) ...................................................................................................................... 4 1.2.1 Classificação do FG .......................................................................................................... 10 1.3 Obrigação Tributária (OT) ........................................................................................................ 13 1.3.1 Sujeito Ativo .................................................................................................................... 14 * Parafiscalidade ..................................................................................................................... 16 1.3.2 Sujeito Passivo ................................................................................................................. 18 1.3.3 Objeto .............................................................................................................................. 24 1.3.4 Causa (Vínculo Jurídico) .................................................................................................. 27 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ................................................................................................................ 29 1. Artigo 128, CTN ............................................................................................................................... 30 2. Responsabilidade pela Aquisição de Imóveis .................................................................................. 33 3. Responsabilidade Tributária na Sucessão Hereditária .................................................................... 39 4. Responsabilidade na realização de atos societários (132) .............................................................. 40 4.1 Fusão ....................................................................................................................................... 41 4.2 Incorporação ........................................................................................................................... 41 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 2 4.3 Transformação ........................................................................................................................ 41 4.4 Extinção da PJ .......................................................................................................................... 43 4.5 Cisão ........................................................................................................................................ 43 4.6 Responsabilidade Tributária em virtude da aquisição de ....................................................... 44 4.6.1 estabelecimento comercial ou fundo de comércio......................................................... 44 4.6.2 estabelecimento industrial .............................................................................................. 44 4.6.3 estabelecimento profissional .......................................................................................... 44 4.6.4 Responsabilidade de Terceiros ........................................................................................ 50 4.7 Denúncia Espontânea .............................................................................................................. 60 5. Crédito Tributário ............................................................................................................................ 67 5.1 1ª Modalidade de constituição do CT: Lançamento ............................................................... 68 5.2 Constituição do CT pelo SP .................................................................................................... 113 5.3 Modificação do CT ................................................................................................................. 116 5.3.1 Suspensão da exigibilidade do CT: art. 151, CTN .......................................................... 117 5.3.2 Exclusão do CT: art. 175, CTN ........................................................................................ 132 a) Efeitos: ............................................................................................................................... 132 b) Hipóteses: .......................................................................................................................... 133 5.3.3 Extinção do CT: art. 156, CTN ........................................................................................ 140 a) Remissão ........................................................................................................................... 141 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 3 b) Compensação .................................................................................................................... 143 c) Decadência e Prescrição .................................................................................................... 144 d) Dação em Pagamento de Bens Imóveis ............................................................................ 145 e) Homologação do Pgto. Antecipado ................................................................................... 145 f) Extinção do CT ................................................................................................................... 147 5.4 Cobrança judicial do CT ......................................................................................................... 155 5.4.1 Prazo de Prescrição para a Fazenda .............................................................................. 156 a) Constituição do CT pela Administração (mediante lançamento)...................................... 157 b) Constituição do CT pelo SP ................................................................................................ 159 5.4.2 Medidas Preparatórias à DF: inscrição em DA e CDA ................................................... 161 5.4.3 Execução Fiscal .............................................................................................................. 172 a) Questões relativas a interrupção da prescrição pelo despacho que ordena a citação .... 173 a.1) A partir de quando a nova redação se aplica? ............................................................... 173 a.2) A interrupção retroage à data da EF? ............................................................................ 178 a.3) Prescrição Intercorrente ................................................................................................ 188 b) Andamento normal da EF .................................................................................................. 192 b.1) Garantias possíveis ......................................................................................................... 193 b.2)Questões controvertidas em relação aos Precatórios ................................................... 195 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 4 É a situação abstrata, com previsão legal, hábil a deflagrar a relação jurídico-tributária. Nota-se que a hipótese de Incidência é formulação hipotética, prévia e genérica de um fato. A hipótese de incidência localiza-se no plano abstrato (mundo dos valores jurídicos). Ex.: auferir renda (verbo sempre no infinitivo), circular renda, transmitir bens. 1.1 FATO GERADOR (FG) Para Geraldo Ataliba, “o Fato Gerador ou Fato Imponível é o fato concreto localizado no tempo e no espaço, acontecido efetivamente no universo fenomênico, que – por corresponder rigorosamente à descrição prévia – dá nascimento à obrigação tributária”. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 5 Nota-se que este Fato Impunível localiza-se no plano concreto (mundo da realidade fática). É fácil perceber que, enquanto a Hipótese de Incidência é a descrição legal do fato, o Fato Gerador, também chamado de Fato Jurígeno, é o próprio fato. Todos os examinadores seguem Geraldo Ataliba. Acima está representada a perspectiva dúplice do fenômeno da incidência tributária, acolhida pela doutrina clássica e boa parte da doutrina moderna. ∗ O que é a incidência tributária? � É aquele exato momento da realização da hipótese, em que o plano concreto se adapta ao prévio plano abstrato, em nítida subsunção tributária. HI FG OBS: a expressão “Fato Gerador” nem sempre foi utilizada de modo a indicar o “próprio fato”, havendo casos em que o termo veio traduzir a DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 6 “descrição do fato” (Hipótese de Incidência). Terminologia equívoca – FG -> Doutrina e legislador Quando usarmos a expressão “Lei”, estaremos nos referindo ao CTN. Muitas vezes o CTN usa a expressão “Fato Gerador”, mesmo quando, em essência, faz referência a Hipótese de Incidência. ∗ A expressão FG é repetida no CTN em vários dispositivos. ∗ Exemplo emblemático: Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador [Hipótese de Incidência] da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. O artigo 4º NÃO se aplica às Contribuições e Empréstimos Compulsórios. TRF 5 2006. CESPE. Neste comando, onde se lê FG, leia-se HI. ∗ É possível uma taxa não ser taxa? � Veja que os Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria serão definidos como tais pela HI, sendo irrelevantes os nomes deles. Ex.: “taxa” de pavimentação asfáltica, é, na verdade, contribuição de melhoria DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 7 ���� Veja que a terminologia também é equívoca, principalmente porque vem ao lado do termo “definição legal”: Art. 118. A definição legal do fato gerador [da Hipótese de Incidência] é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. Sempre vamos interpretar objetivamente a HI, paradigma, arquétipo, modelo do campo da abstração. Tal comando (art. 118) indica a necessária interpretação objetiva do FG, em que os aspectos externos à descrição normativa do fato (HI) são desimportantes. Ex.: incapacidade civil, ilicitude do ato, imoralidade do ato etc. “Pecunia non olet”. ∴ É prudente ler este artigo com o 126, em que ficará bem provada a avolitividade na conduta humana deflagradora do fenômeno da incidência tributária (FG). FG: conduta humana deflagradora do fenômeno da incidência tributária. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 8 Avolitividade na conduta humana deflagradora do fenômeno da incidência tributária (FG): Art. 126. A capacidade tributária passiva INDEPENDE: I - da capacidade civil das pessoas naturais; II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. � 116 e 117 – tais comandos vão mostrar que o FG pode ser uma “situação de fato” ou uma “situação de direito”. Além disso, se o FG, sendo situação jurídica, vier submetido a uma condição, deveremos descobrir quando ocorrerá o FG. Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios; II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 9 Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) Ex.: FG do IPTU (propriedade de bem imóvel); FG do ITBI (transmissão de bem) Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio. No concurso, eles trocam os “recheios”. Quando acontece uma condição (cláusula que subordina os efeitos jurídicos do ato a um evento futuro e incerto) no FG que se traduz em situação de direito, este FG ocorrerá em momento tal, dependendo da condição. • Condição suspensiva: FG ocorre com o implemento da condição. • Condição resolutória: FG ocorre no momento da prática do ato ou da celebração do negócio. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 10 Condição suspensiva é aquela que protrai/prorroga os efeitos do ato.Condição resolutória desfaz os efeitos que já existiam. Exemplos: � Condição suspensiva: doação de apartamento a filha submetida a casamento. � Condição resolutória: o pai pede o apartamento de volta se o casal se separar. Na prática, quando se tem um FG submetido a condição resolutória (desfazimento de doação/ITCMD), é importante saber que Não há novo FG � não tem que recolher novo imposto; � nem há direito à restituição; 1.2.1 CLASSIFICAÇÃO DO FG FG SIMPLES/INSTANTÂNEO Dá-se em um certo momento de tempo, ou seja, começa e termina naquele instante determinado. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 11 “Lembre do vaga-lume.” Ex.: ICMS, II, IE, IPI, IOF, Contribuição de Melhoria etc. As outras classificações são situações tributos que se protraem no tempo. FG CONTINUADO/CONTÍNUO/POR PERÍODO CERTO DE TEMPO O FG se dá de forma duradoura no tempo, completando-se em um determinado período (geralmente, 1 ano, no Brasil). Daí a necessidade de se fazer um corte temporal a fim de se estipular uma data de pagamento, o que lhe dá um toque de instantaneidade. Ex.: IPTU, IPVA, ITR. “Luz intensa, permanente”, não é intermitente como o vaga-lume. Corte temporal -> FG continuado FG PERIÓDICO/COMPLEXO/COMPLEXIVO/COMPLETIVO/DE FORMAÇÃO SUCESSIVA Lembre-se de uma partida de futebol. Ele se dá ao longo de um espaço de tempo, em que “n” fatos isolados são agregados para se buscar um resultado idealmente orgânico. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 12 IR. � Fenômeno da irretroatividade imprópria do IR. Há uma grande discussão sobre o confronto do FG do IR com o Princípio da Irretroatividade Tributária. Este postulado indica que a lei majoradora do tributo deve ser anterior aos FGs aos quais ela se refere. O problema está em saber, no plano temporal, quando se dá o FG do IR. 1ª corrente: o FG se dá no último segundo do último dia do período – 31/12 Vê a partida do futebol apenas como o apito do juiz. É o apito final que é tudo! 2ª corrente:o FG se dá em todo o período (período inteiro), devendo a lei antecedê-lo. Ex.: lei/2009 FG/2010 $/2011 Sob severas críticas da doutrina, o STF, desde a súmula 584, tem defendido a primeira corrente e passou a ser associada à chamada Teoria da Retrospectiva ou Retroatividade Imprópria. STF Súmula 584 Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 13 1.3 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (OT) HI � FG � OT A OT surge com o FG, sendo este compreendido como a materialização do paradigma legal consubstanciado na hipótese de incidência. Aliás, a OT existirá a partir do fenômeno juridicizado da incidência em que um fato social prévio se transforma em fato jurídico conseqüente (fato gerador, fato impunível). Por esta razão, só se pode falar em fato impunível/gerador no contexto da subsunção, e, da mesma forma, só se fala em OT com um fato gerador pré-existente. Nota-se que a relação jurídica reúne credor a devedor (OT) e depende do prévio encontro do fato à norma, à luz da fenomenologia da incidência tributária. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 14 A Obrigação Tributária surge com o Fato Gerador, o que faz com que este tenha a natureza de ato constitutivo, operando efeitos “ex nunc”. Ato constitutivo é o ato que cria direitos e deveres em um liame obrigacional. Perceba que o credor e o devedor na relação jurídico-tributária surgem, à luz da subsunção tributária, com o fato gerador. É bastante comum o prosseguimento da “linha do tempo” chegando-se até mesmo à execução fiscal, sem ter havido, todavia, a ocorrência do FG deflagrador da OT. Daí a importância deste momento para o estudo da incidência tributária. A OT possui 4 elementos: Direito Civil: � Sujeito Ativo Partes � Sujeito Passivo � Objeto Prestação � Causa Vínculo Jurídico 1.3.1 SUJEITO ATIVO É o ente credor do tributo/multa. A Sujeição Ativa pode ser direta ou indireta: DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 15 � DIRETA – COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Refere-se às entidades políticas/impositoras/PJ de direito público interno que detêm a “competência tributária” – poder político e indelegável de instituição do tributo. São Sujeitos Ativos Diretos: U, E, M e DF. Poder político, deriva da CF. � INDIRETA – CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA Refere-se às entidades que detêm “capacidade tributária ativa” – poder administrativo de arrecadação e fiscalização do tributo. São Sujeitos Ativos Indiretos: Entes Parafiscais. A entidade que cria o tributo delega a outrem a arrecadação e a fiscalização. Entidade parafiscal é a que recebe a capacidade tributária ativa. Entidade paralela à criadora. Delegação CRM Ente Parafiscal / Parafisco Ente Criador Ente Arrecadador e Fiscalizador DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 16 União Parafiscalidade $ $ $ * Tributo Médico * PARAFISCALIDADE É a delegação da arrecadação e fiscalização do tributo por um ente que o cria. Vale dizer: “É a delegação da capacidade tributária ativa por um ente que detém a indelegável competência tributária.” O tributo que bem se insere na parafiscalidade é a contribuição parafiscal. Ex.: anuidades pagas pelos profissionais aos respectivos conselhos autárquicos de fiscalização (CRA, CREA, CRM, CRC, CRO etc.), verdadeiros entes parafiscais. O tributo é federal, haja vista que a instituição se dá pela União. OBS: evitamos citar a OAB, não obstante a divergência doutrinária, por entendermos que a questão da natureza jurídica da anuidade da DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 17 OAB se tornou complexa após o entendimento jurisprudencial do STF na ADI 3026, que colocou em xeque a atribuição de autarquia para aquela entidade. Dicas finais: � É atributo da Parafiscalidade que o ente delegatário se aproprie na integralidade dos recursos arrecadados e fiscalizados . � Após a EC 42/2003, houve modificação do artigo 153, § 4º, inciso III, da CF, segundo o qual os Municípios optantes, com base na Lei 11.250/2005, poderão arrecadar e fiscalizar o ITR (Federal), desde que isso não se traduza em redução de receita. Art. 153, § 4º O previsto no inciso VI do caput:(Redação dada pela EmendaConstitucional nº 42, de 19.12.2003) III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (Regulamento) Como se sabe, o município optante irá se apropriar de 100% do valor, conforme o artigo 158, II, parte final: Art. 158. Pertencem aos Municípios: DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 18 II – 50% do produto da arrecadação do da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Ousadia para prova oral: É possível defender a idéia de que se tem aqui uma parafiscalidade, no âmbito dos impostos, discutível, porque a parafiscalidade se liga, em regra, às contribuições. Roque Antonio Carrazza ilustra a matéria ao destacar o instituto “Sujeição Ativa Auxiliar”, em que o ente delegatário (que pode até ser pessoa jurídica de direito privado) vai arrecadar o valor e repassá-lo integralmente ao ente político competente, como mero agente. Pode receber, por isso, um valor, naturalmente. Veja que isso não se confunde com parafiscalidade. Ex.: concessionárias que arrecadam tributos e os repassam aos entes políticos (ICMS/COSIP na conta de luz). 1.3.2 SUJEITO PASSIVO É o ente devedor do tributo. Sua previsão depende de Lei (Art. 97, III, parte final, CTN), em homenagem à segurança jurídica. Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 19 III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; O Sujeito Passivo tem sede legal, enquanto o Sujeito Ativo tem sede constitucional. Tema de estrita legalidade, segurança jurídica. Observe a importância do Princípio da Reserva Legal no campo da sujeição passiva. O Sujeito Passivo pode ser direto ou indireto: � DIRETO - CONTRIBUINTE É chamado de contribuinte por ter uma relação pessoal e direta com o Fato Gerador. Art. 121, parágrafo único, inciso I, CTN. Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; Ex.: IPTU � Proprietário Possuidor com ânimo de domínio DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 20 Superficiário (art. 1.371, CC) Ex.: ITBI � Adquirente (como regra) � INDIRETO – RESPONSÁVEL É chamado de responsável terceira pessoa que é chamada a pagar o tributo, sem ter uma relação pessoal e direta como o Fato Gerador. Artigo 121, parágrafo único, inciso II, CTN. Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. A matéria, no campo da responsabilidade tributária, ganha vida própria. Não existe prova oral ou subjetiva que não trata de responsabilidade. Teremos uma aula própria só para isso. Dicas: � A matéria “Responsabilidade Tributária” abre-se em capítulo (22) à parte, no livro. � Ler o capítulo 22 antes da prova � Antes da prova objetiva, leia os artigos sobre o tema: 128 � 138. � Atenção: 130 � 135 (“histórias”) DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 21 � Imprimir os “Testes sobre Responsabilidade Tributária”, arquivo no site. Ex.: Art. 130 Imóvel Contribuinte: Alienante Responsável: Adquirente Sempre? Não, pois haverá o afastamento da responsabilização com a certidão de inexistência de débitos, que se faça constar do título translativo. Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço. *** Verificar qual a posição prevalente no caso da multa: O adquirente de imóvel é responsável pelos tributos. E quanto ao crédito tributário decorrente de multas?!?! Bom, 1 alternativa seria pensar no lado da Fazenda Pública, que cobraria td.... DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 22 Pesquisar no STJ e STF. Art. 131, II e III, CTN ITCMD Art. 131. São pessoalmente RESPONSÁVEIS: III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. Note que o espólio, por exemplo, é o responsável tributário pelo tributo devido pelo “de cujos”. Art. 123 – História do Inquilino e do Proprietário Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Art. 124 e 125 – Nos 2 artigos, temos a matéria “solidariedade tributária passiva”, que é a única possível. A única poSSÍvel é a paSSIva. O artigo 124 mostra que a solidariedade pode ser natural (vários coproprietários de um apartamento) ou legal (a lei determina). DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 23 Não existe benefício de ordem na solidariedade tributária (pode ser cobrada a dívida toda de qualquer um dos codevedores). Art. 124. São solidariamente obrigadas: I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal; II - as pessoas expressamente designadas por lei. Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem. Art. 125 – São efeitos da solidariedade: � O pagamento feito por um se estende aos outros; � A isenção/remissão aproveitará a todos, DESDE que não se trate de benefício pessoal, quando o tributo remanescente recairá sobre os não beneficiados; � A interrupção de prescrição terá seus efeitos estendidos a todos. Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade: I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVOII Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 24 II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. * Solidariedade Ativa existe (concomitância de entes credores)? Não, você só pagará o tributo a um sujeito ativo. Quando tenho mais de um ente credor que cobra tributo sobre o mesmo fato gerador, essa anomalia se chama bitributação. � A propósito, a correção será feita pela Ação de Consignação em Pagamento Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. 1.3.3 OBJETO Conforme o artigo 113 do CTN, o objeto indica a prestação pecuniária ($$$) ou não pecuniária ($$$), que recai sobre o sujeito passivo diante da realização do FG deflagrador da OT. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 25 Temos 2 tipos de prestação � PECUNIÁRIA (OB. DE DAR) – OB. PRINCIPAL Trata-se da chamada “obrigação principal”, definida com o ato de pagar o tributo / multa. Ela é dotada de patrimonialidade (Art. 113, § 1º, CTN) Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. § 1º A obrigação principal • surge com a ocorrência do fato gerador, • tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e • extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. � NÃO PECUNIÁRIA (OB. DE FAZER / NÃO FAZER) – OB. ACESSÓRIA Trata-se da chamada “obrigação acessória, definida com o conjunto de deveres instrumentais do sujeito passivo. Ex.: emitir notas fiscais, entregar declaração, escriturar livros fiscais, etc. Ela não é dotada de patrimonialidade (Art. 113, § 2º, CTN). § 2º A obrigação acessória DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 26 • decorre da legislação tributária e • tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. � DICA FINAL: § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. O parágrafo 3º do 113 indica que o descumprimento de Ob. Acessória deflagrará uma obrigação principal com relação à multa. Ex.: entrega de declaração a destempo. Existe uma relação de acessoriedade entre a Ob. Principal e a Ob. Acessória? Não, elas são independentes. Existe total independência. Não existe acessoriedade entre as Ob. Tributárias, mas total independência. Provas: � A isenção não dispensa Ob. Acessória (Art. 175, §ún., CTN) Art. 175, Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente. � Imunidade (Art. 150, VI, “c”, CF, c/c Art. 14, III, CTN) DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 27 Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir s sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. 1.3.4 CAUSA (VÍNCULO JURÍDICO) Trata-se da causa da obrigação que representa o próprio vínculo jurídico deflagrador das 2 obrigações tributárias citadas. O artigo 114 do CTN prevê que a causa da OT principal é a lei tributária, em homenagem ao princípio da legalidade tributária. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 28 Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Por outro lado, o artigo 115 prevê que a causa da obrigação acessória é a legislação tributária – portaria, circular, instrução normativa etc. Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. LC 95/98 – artigo 10 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 29 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA CAPÍTULO IV Sujeito Passivo SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. Contribuinte ou responsável - a depender do motivo, existe o dever de recolher o tributo. Se decorre da prática do fato gerador, então há o contribuinte. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 30 Se o dever de recolher o tributo decorre da lei (a lei elegeu um terceiro que não realizou o fato gerador com aquele que tem o dever de pagar o tributo. 1. ARTIGO 128, CTN O 128 começa a disciplina da responsabilidade tributária: Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. O 128 começa com uma ressalva: • CTN estabelece os casos de responsabilidade (modalidades); • porém, além desses casos, é possível que a lei crie outras hipóteses de responsabilidade. E que lei será essa? LC? LO? Art. 146. Cabe à Lei Complementar (MP): III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre (CTN): b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. TathianePiscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 31 A disciplina da responsabilidade está nesse tópico mais geral sobre Direito Tributário, que todos os entes da Federação devem observar. A Lei Ordinária pode criar tais casos de responsabilidade tributária, desde que haja respeito às normas mais gerais, previstas no CTN. O CTN tem a função de estabelecer as normas gerais e garantir certa uniformidade do direito tributário. O CTN estabelece hipóteses não exaustivas de responsabilidade tributária, mas cujo objetivo é estabelecer certa uniformidade na matéria. Se o legislador quiser, pode criar novas hipóteses de responsabilidade, mas com respeito ao CTN. Qual a extensão dessa responsabilidade que a lei pode criar? O art.128 estabelece 2 modalidades de responsabilidade: � Dever de pagar o tributo é compartilhado entre contribuinte e responsável � Dever de pagar o tributo é apenas do responsável � Exclusão do contribuinte Pode atender a 2 regimes: � Responsabilidade solidária / Solidariedade / Responsabilidade Supletiva Cada responsável deve a integralidade e a Fazenda é que decide de quem cobrará primeiro. Não há Benefício de ordem. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 32 Ex.: II – dever compartilhado entre importador e transportadora. Este compartilhamento/responsabilidade supletiva se dá no regime de solidariedade. � Responsabilidade subsidiária A Fazenda cobra primeiro de um e, depois, cobrará do outro na hipótese de insucesso. Ex.: Pai é responsável por tributos devidos pelo Filho menor – responsabilidade compartilhada. 1º, cobra do Filho; mal sucedido, cobra do pai. É possível que a responsabilidade criada pela lei exclua o contribuinte, mantendo a responsabilidade apenas no responsável. É a chamada Responsabilidade por Substituição: O responsável substitui o contribuinte, ele não tem dever de pagar R$ 1,00 de tributo. Ex.: ICMS substituição tributária. Fundamento: artigo 150, § 7º, CF. A responsabilidade sobre fatos geradores futuros é atribuída à cervejaria, que terá de pagar seu próprio ICMS + o ICMS Substituição Tributária, que seria devido quando o distribuidor vender cerveja ao atacadista, varejista, bar, ambulante, Buffet. O contribuinte não paga o ICMS, a única pessoa que paga é o responsável. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 33 Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. Responsabilidade por Substituição Responsabilidade Supletiva 2. RESPONSABILIDADE PELA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na PESSOA dos respectivos ADQUIRENTES, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub- rogação ocorre sobre o respectivo preço. *** Verificar qual a posição prevalente no caso da multa: O adquirente de imóvel é responsável pelos tributos. E quanto ao crédito tributário decorrente de multas?!?! DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 34 Bom, 1 alternativa seria pensar no lado da Fazenda Pública, que cobraria td.... Pesquisar no STJ e STF. Regra: responsabilidade do adquirente do imóvel. Responsabilidade Pessoal. A responsabilidade não fica limitada ao valor do bem nem ao valor de compra do imóvel. Os débitos subrogam-se na pessoa dos adquirentes. 2 Exceções: � P. Único: Arrematação em hasta pública A subrogação ocorre sobre o preço. Nesta hipótese, há uma subrogação real. Ex.: O imóvel tem débitos de R$ 300.000,00, mas foi arrematado por R$ 120.000,00 (arrematado por valor menor do que o dos débitos). Os débitos deverão ser satisfeitos até o limite do valor pago pelo bem. Neste caso de arrematação em hasta pública, não há transferência da responsabilidade ao adquirente, porque ocorre a sub-rogação no preço. Há vários julgados do STJ. AgRg no Ag 1.246.665 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 35 PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU SOBRE IMÓVEL ARREMATADO EM HASTA PÚBLICA. ILEGITIMIDADE PASSIVA. DÉBITOS TRIBUTÁRIOS. SUB- ROGAÇÃO QUE OCORRE SOBRE O PREÇO. PARÁGRAFO ÚNICO, DO ART. 130, DO CTN. IMPOSSIBILIDADE DE IMPUTAR-SE AO ARREMATANTE ENCARGO OU RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PENDENTE, QUE PERSISTE PERANTE O FISCO, DO ANTERIOR PROPRIETÁRIO. 1. O crédito fiscal perquirido pelo fisco deve ser abatido do pagamento, quando do leilão, por isso que, finda a arrematação, não se pode imputar ao adquirente qualquer encargo ou responsabilidade tributária. Precedentes: (REsp 716438/PR, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/12/2008, DJe 17/12/2008; REsp 707.605 - SP, Relatora Ministra ELIANA CALMON, Segunda Turma, DJ de 22 de março de 2006; REsp 283.251 - AC, Relator Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Primeira Turma, DJ de 05 de novembro de 2001; REsp 166.975 - SP, Relator Ministro Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, Quarta Turma, DJ de 04 de outubro der 1.999). 2. Os débitos tributários pendentes sobre o imóvel arrematado, na dicção do art. 130, parágrafo único, do CTN, fazem persistir a obrigação do executado perante o Fisco, posto impossível a transferência do encargo para o arrematante, ante a inexistência de vínculo jurídico com os fatos jurídicos tributários específicos, ou com o sujeito tributário. Nesse sentido: "Se o preço alcançado na arrematação em hasta pública não for suficiente para cobrir o débito tributário, nem por isso o arrematante fica responsável pelo eventual saldo." (BERNARDO RIBEIRO DE MORAES, Compêndio de Direito Tributário, 2º vol., Rio de Janeiro: Forense, 1995, p. 513). DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 36 3. Assim, é que a arrematação em hasta pública tem o efeito de expurgar qualquer ônus obrigacional sobre o imóvel para o arrematante, transferindo-o livremente de qualquer encargo ou responsabilidade tributária. 4. Agravo regimental desprovido. STJ: Para os casos de adjudicação, esta regra de exclusão de responsabilidade do adquirente não se aplica, só nos casos de arrematação em hasta pública. REsp 1.179.056 � A responsabilidade não será do adquirente quando constar do título aquisitivo prova da quitação. A responsabilidadetributária permanece com o alienante. REsp 1.087.275 PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. IMÓVEL ARREMATADO EM HASTA PÚBLICA, PARA FINS DE PAGAMENTO DE DÍVIDAS TRABALHISTAS. DÉBITOS DE IPTU RELATIVOS AO PERÍODO ANTERIOR À ARREMATAÇÃO. COBRANÇA EM FACE DO ANTIGO PROPRIETÁRIO. IMPOSSIBILIDADE DE OPOSIÇÃO DA REGRA PREVISTA NO ART. 130, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CTN. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 37 1. Examinando-se o art. 130 do CTN, pode-se afirmar que, em regra, o adquirente do imóvel é responsável pelos débitos tributários incidentes sobre o imóvel. Contudo, não será responsável quando: 1) conste do título a prova de quitação de tais débitos (art. 130, caput, parte final); 2) ocorrer arrematação em hasta pública (art. 130, parágrafo único). Não obstante sejam hipóteses de afastamento da responsabilidade do adquirente do imóvel, cumpre esclarecer que no primeiro caso há a transferência voluntária do imóvel — o antigo proprietário figura como alienante — e, no segundo, a perda da propriedade ocorre de modo compulsório. Impende ressaltar que tanto a transferência voluntária da propriedade imóvel quanto a arrematação em hasta pública, isoladamente consideradas, não configuram hipóteses de extinção do crédito tributário. 2. No que se refere à transferência voluntária, como bem observado por Luiz Alberto Gurgel de Faria, "se no título de aquisição houver prova de quitação dos tributos, nenhuma responsabilidade será transferida" e, caso na certidão negativa haja ressalva sobre a possível cobrança de créditos tributários posteriormente apurados, "o débito apenas poderá ser cobrado do antigo proprietário, detentor do domínio útil ou possuidor, uma vez que a prova de quitação DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 38 desonera por completo o adquirente" (Código Tributário Nacional Comentado: doutrina e jurisprudência, coordenador Vladimir Passos de Freitas, 4ª ed. rev. atual. e ampl., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, pág. 628). No mesmo sentido é o entendimento de Hugo de Brito Machado, para o qual "a ressalva constante dessas certidões prevalece apenas no sentido de poder o fisco cobrar créditos tributários que porventura venha a apurar, contra o contribuinte, pois a certidão de quitação, mesmo com a ressalva, impede que se configure a responsabilidade tributária do adquirente" (Curso de Direito Tributário, 29ª ed., São Paulo: Malheiros, 2008, pág. 152). Assim, não obstante o Código Tributário Nacional afaste a responsabilidade do adquirente, não há falar em extinção do crédito tributário, subsistindo a responsabilidade do antigo proprietário. 3. De igual modo, quando o imóvel é arrematado em hasta pública, se a arrematação não enseja a quitação dos débitos fiscais — como ocorre no caso dos autos —, não há falar em extinção do crédito tributário. Especificamente em relação a esta hipótese, impende ressaltar que o parágrafo único do art. 130 do CTN traz uma exceção de responsabilidade oponível apenas pelo adquirente do imóvel em DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 39 hasta pública, ou seja, não beneficia o antigo proprietário, como bem observou o Tribunal de origem. 5. Recurso especial desprovido. 3. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA NA SUCESSÃO HEREDITÁRIA Art. 131. São pessoalmente RESPONSÁVEIS: II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. Responsabilidade devida pelo “de cujus”. Tributos devidos até a morte/abertura da sucessão são de responsabilidade do espólio. Essa responsabilidade do espólio é compartilhada com o inventariante (134) Após a abertura da sucessão e até a data da partilha ou adjudicação, a responsabilidade será do sucessor a qualquer título e, além disso, do cônjuge meeiro. quinhão DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 40 Responsabilidade limitada meação Sucessor a qualquer título Espólio + cônjuge meeiro Contribuinte Morte Partilha Sucessão Este caso não tem muita discussão jurisprudencial. 4. RESPONSABILIDADE NA REALIZAÇÃO DE ATOS SOCIETÁRIOS (132) Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, [, cisão] transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos TRIBUTOS * devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 41 atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. * Multas deverão ser pagas antes da sucessão societária, pelas PJ que cometeram a infração, ou pelos respectivos administradores, se já se extinguiram. 4.1 FUSÃO A + B = AB 4.2 INCORPORAÇÃO A B = AB 4.3 TRANSFORMAÇÃO A Ltda � A S.A. 20/maio/2008 – Operação societária * Há impostos devidos sobre FG de 2006. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 42 Responde pelo débito tributário a empresa que sobrar: Na prova, colocar: Responde pelas obrigações tributárias a empresa que resultar das operações societárias. A maior parte das operações tem uma cláusula dizendo que a responsabilidade será limitada aos sócios de 1 das empresas. Porém, tais cláusulas não tem efeitos perante a Administração tributárias: Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Art. 132, Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. * Multas deverão ser pagas antes da sucessão societária, pelas PJ que cometeram a infração, ou pelos respectivos administradores, se já se extinguiram. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br43 4.4 EXTINÇÃO DA PJ A – Antiga Sociedade B – Nova sociedade A responsável pelos débitos da PJ extinta “Antigo sócio” B “Sócio Remanescente” Mesmo objeto de A 4.5 CISÃO STJ: na cisão, aplicar a regra do 132 – responde a(s) PJ que resultar(em) da prática do ato. AB � A � B Responsabilidade solidária. REsp 852.972 e 970.585 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 44 4.6 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA EM VIRTUDE DA AQUISIÇÃO DE 4.6.1 ESTABELECIMENTO COMERCIAL OU FUNDO DE COMÉRCIO 4.6.2 ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL 4.6.3 ESTABELECIMENTO PROFISSIONAL Se houver Aquisição do estabelecimento + Continuidade na exploração econômica Responsabilidade do Adquirente Qual extensão? Depende da postura do alienante após a venda. 1ª Hipótese: � Se o alienante cessar toda e qualquer econômica DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 45 Responsabilidade Integral do adquirente 2ª Hipótese: � Se o alienante prosseguir na exploração ou � Se o alienante iniciar outra atividade em 6 meses Responsabilidade Subsidiária do Adquirente Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 46 II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. Contrato de locação do estabelecimento não enseja a responsabilidade do 133. Deve ser aquisição nos termos do Direito Civil. REsp 1.140.655 Sucessão empresarial resulta na responsabilidade no pagamento de tributos (132 e 133) devidos por outra PJ. Nessa transferência de responsabilidade pelo pagamento de tributos, também temos a transferência de responsabilidade pelo pagamento de multas, todas as multas. Direito Tributário: 2 espécies de multa: � Moratória, geralmente de 20% � Multas Punitivas Exigidas, por exemplo, porque o contribuinte fraudou a lei, porque o contribuinte praticou algum ato muito grave visando o não pagamento do tributo. Há uma multa agravada, para punir a ação do contribuinte. Não relacionada com a mora, mas a uma grave infração DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 47 a lei. Pode chegar a 150%. O adquirente responde por essa multa. RESP 923.012 LC 118 estabelece casos em que a regra do caput não se aplica. § 1º ALIENAÇÃO JUDICIAL Processo de Falência Processo de Recuperação Judicial Objetivo: facilitar a aquisição dessas empresas Art. 133, § 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: (Parágrafo incluído pela Lcp nº 118, de 2005) I – em processo de falência; (Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005) DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 48 II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. (Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005) Excepciona a responsabilidade do adquirente: tributos Dever de pagar permanece com o adquirente Penalidades (contribuinte) § 2º AFASTA O BENEFÍCIO DO § 1º Casos em que a alienação tenha por objetivo fraudar a sucessão tributária. O cara responderá. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 49 § 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for: (Parágrafo incluído pela Lcp nº 118, de 2005) I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial;(Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005) II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou(Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005) III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.(Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005) § 3º DIZ O QUE SERÁ FEITO COM O $$$ DA ALIENAÇÃO JUDICIAL § 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário. (Parágrafo incluído pela Lcp nº 118, de 2005) DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 50 Você não usa esse valor para pagar tributo, mas para pagar créditos que estão acima do tributo na ordem de preferência. 4.6.4 RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS 134 135 Atuação Regular (culpa/omissão) Responsabilidade subsidiária O 3º só será acionado na impossibilidade do contribuinte Atuação Irregular (dolo/fraude) Responsabilidade pessoal do 3º (exclusão do contribuinte) Tributos Tributos Penalidades Moratórias Todas as Penalidades - moratórias - estritamente punitivas Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente* com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: * Responsabilidade SUBSIDIÁRIA DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 51 (qualificação errada feita pela lei, expressamente trata do benefício de ordem) Responsabilidade Objetiva, independe de culpa do agente. I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; II - os tutores e curadores, pelos tributosdevidos por seus tutelados ou curatelados; III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; **Administrador judicial, pelos tributos devidos na recuperação judicial e falência! VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 52 * Quanto às penalidades, os responsáveis solidários só respondem pelas moratórias. Art. 135. São pessoalmente responsáveis* pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias [tributos ou multas (tributárias ou não tributárias), e dívidas não tributárias, de qualquer natureza – Lei 6.830, art. 2º, § 4º] resultantes de atos (dolosos, fraudulentos) praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. * A responsabilidade pessoal pode ser exclusiva, subsidiária ou solidária. * A obrigação do responsável decorre de conduta imposta pela lei ao responsável; não decorre de um bem dado em garantia real. * Pressupõe atuação culposa. Se o nome do sócio constar da CDA, ele pode ser executado. Se não constar o nome do sócio na CDA, para fazer o redirecionamento da execução contra ele, a Fazenda deve demonstrar os requisitos do 135. Não se aplica a prescrição qüinqüenal para créditos não tributários da FP. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 53 Multas meramente administrativas impostas no exercício do poder de polícia da administração incluem-se na dívida ativa da FP e devem observar os mesmos prazos de prescrição da DAT, sem prejuízo de norma especial. A) PREVISÃO DE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS SÓCIOS Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente* com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. Art. 135. São pessoalmente responsáveis* pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias [tributos ou multas (tributárias ou não tributárias), e dívidas não tributárias, de qualquer natureza – Lei 6.830, art. 2º, § 4º] resultantes de atos (dolosos, fraudulentos) praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. O 134 traz um caso muito restrito de responsabilidade dos sócios, enquanto o 135 traz a regra geral da responsabilidade dos sócios. 134, VII � caso específico “Liquidação de sociedade de pessoas” DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 54 Atos culposos ou omissivos; responsabilidade subsidiária; só penalidade moratória 135, III �regra geral Em cima desse dispositivo, ocorrem as grandes discussões jurisprudenciais B) ART. 135, III, CTN Duas condições cumulativas para a responsabilidade do sócio: � O sócio deve praticar os atos previstos no caput � O sócio deve ter poder de gestão = não pagamento do tributo Discussões jurisprudenciais: � Primeiro debate: Em relação à caracterização dos atos previstos no caput. O que significa praticar ato com excesso de poder, infração da lei, do contrato social ou estatutos? DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 55 � O que significa cometer um ato em infração à lei? � O que significa dissolução irregular da sociedade? Gera responsabilidade pessoal do sócio? � Debate no STJ: � Ônus da prova – de quem é o ônus de provar que essas condições aconteceram (as condições do 135, III)? � Primeiro debate: caracterização dos atos previstos no caput. � O que significa cometer um ato em infração à lei? O simples fato de o sócio não pagar o tributo devido pela PJ gera a responsabilidade pessoal do sócio. A fazenda diz que basta o não pagamento para que haja responsabilidade do sócio. Basta o simples inadimplemento, que já caracteriza infração à lei. O STJ examinou essa tese e, já há algum tempo, diz que essa postura da Fazenda está errada, porque infração à lei, nos termos do 135, implica a prática de atos fraudulentos, atos dolosos e, portanto, não basta o simples inadimplemento. Devo ter um inadimplemento vinculado/decorrente da prática dos atos dolosos. Embargos de divergência: 174.532 e 494.887, STJ. Ex.: sócios que desviou recursos da empresa para não pagar o tributo. STJ súmula 430 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 56 O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente. � O que significa dissolução irregular da sociedade? Gera responsabilidade pessoal do sócio? Casos em que há o encerramento da PJ sem o cumprimento das obrigações pendentes. STJ: a dissolução irregular é hipótese de infração à lei � responsabilidade pessoal do sócio-gerente. STJ: existe um caso em a dissolução irregular é presumida � responsabilidade pessoal do sócio-gerente. É a situação em que o Fisco vai até a empresa (in loco), vai no endereço em que a empresa está inscrita e não encontra a empresa. Às vezes, o contador esquece de atualizar os dados no fisco... Presume-se a dissolução irregular gerando a responsabilidade pessoal do sócio. Se é uma presunção, ela deve ser afastada pelo próprio sócio, mostrando que com a empresa está tudo certo: caso de inversão do ônus da prova. STJ súmula 435 Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 57 STJ: 2 situações de INVERSÃO (sócio tem dever de provar): C) DISSOLUÇÃO IRREGULAR S. 435, STJ � presunção de dissolução irregular D) SÓCIO CONSTA DA DÍVIDA ATIVA COMO RESPONSÁVEL Lançamento PJ + cobrança administrativa � não pagamento � a Fazenda vai adotar medidas para a cobrança judicial. A cobrança judicial se dá via execução fiscal, cujasmedidas preparatórias são • Inscrição do débito em dívida ativa • Emissão da CDA Apenas depois destas medidas é que a Fazenda poderá ajuizar a Execução Fiscal. Após inscrever o débito em dívida ativa, a Fazenda consolidará o débito. Ao consolidar o débito, a Fazenda indicará quem é o devedor. Nesta indicação, pode haver a indicação do contribuinte (PJ) ou do responsável tributário (sócio). Diante dessa possibilidade de indicar o contribuinte e o responsável, a Fazenda indica o sócio como responsável. Ao colocar o nome do sócio como responsável no momento da inscrição em dívida ativa, o STJ diz que esse ato gera a inversão do ônus da prova. Ele tem que provar que não agiu fraudulentamente, que não praticou os atos do 135, III. Basta que a autoridade queira, não precisa de outro requisito. A justificativa para isso é: uma vez inscrito o débito em Dívida Ativa, será emitida a CDA, espelho da inscrição em Dívida Ativa. Sendo o espelho da DA, DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 58 serve como título executivo que embasará a Execução Fiscal, de forma que, se o sócio está indicado como responsável na DA, estará indicado também na CDA. O STJ diz que esses instrumentos possuem uma presunção de liquidez e certeza e, além dessa presunção, têm o efeito de prova pré-constituída. Se tem este efeito, cabe ao devedor desconstituí-la. O fundamento deste entendimento do STJ é o CTN 204. Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa (juris tantum) e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. STJ, 1ª Seção, 14/03/2007, EREsp 635.858. Item 2. Inversão do ônus da prova � conseqüência prática: O sócio naturalmente terá que produzir provas e, produzir provas, no contexto de uma execução fiscal. Qual é o único instrumento pelo qual o sócio pode produzir provas no contexto de uma execução fiscal? Embargos à execução fiscal, o que pressupõe o ônus do oferecimento de garantia. Apenas o âmbito dos Embargos a dilação probatória é possível. Outra possível saída, que muitos advogados tentaram, é a apresentação de uma Exceção de Pré-executividade, que é apenas uma petição apresentada nos autos da execução fiscal, sem garantia, não é cabível nos casos em que há necessidade de dilação probatória (produção DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 59 probatória). Então, não cabe Exceção de Pré-executividade, diante da necessidade de dilação probatória. STJ súmula 393 A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória (que não precisem de prova, ex. prescrição). E) ART. 4º, LEI 8.397/92 Pegar artigo. Lei que disciplina a Medida Cautelar Fiscal – o que o STJ já falou sobre esta lei? A Medida Cautelar Fiscal é uma ação de titularidade da Fazenda, cujo objetivo é garantir a eficácia da Execução Fiscal. Como? Imagine o caso de uma empresa que tem um lançamento de R$ 400 milhões, valor altíssimo. Há grande probabilidade de a empresa acabar com os bens, requerendo a indisponibilidade de alguns bens, de forma que tenha garantia de que a Execução Fiscal tenha sucesso. Essa lei é obrigatória! Basta que haja o lançamento e a indisponibilidade pode ser requerida. A indisponibilidade dos bens pode ser estendida aos sócios-administradores. A única condição é ser sócio-administrador. O artigo 4º não menciona o 135, III. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 60 Sem dúvida, extrapola o CTN, que estabelece as normas gerais para responsabilização. Se extrapola o CTN, deve prevalecer? Qual o entendimento do STJ? Entendimento antigo e com mais uma decisão recente, de 21/setembro/2010: a indisponibilidade de bens dos sócios-administradores deve observar os requisitos do CTN, norma geral que rege o assunto, que não pode ser tratado diversamente por uma Lei Ordinária. RESP 1.141.977/SC A Medida Cautelar Fiscal é acessória à Execução Fiscal, é uma medida preparatória. Então, não faz sentido exigir o requisito na Ação Principal e não na Cautelar. 4.7 DENÚNCIA ESPONTÂNEA Abril/2010: Imagine que o sujeito pratica o fato, mas não faz o pagamento do tributo, porque não tem dinheiro. Outubro/2010: resolve pagar e comunica a Administração da existência do débito e, na seqüência, realiza o pagamento. 1º faz uma denúncia – se auto-denuncia se o sujeito passivo age assim (naturalmente), antes que a Administração saiba que ele é devedor, espontaneamente, o sujeito passivo tem um benefício: vai pagar o tributo unicamente acrescido dos juros, ou seja, diante dessa situação, denúncia antes de qualquer fiscalização, o sujeito passivo terá por benefício a exclusão da multa. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 61 Denúncia espontânea – requisitos: � comunicar a Administração a existência de uma infração � comunicação espontânea – antes de qualquer medida de fiscalização � benefício da exclusão da multa: pagamento de tributo + juros Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração. Existe caso de denúncia espontânea de infração sem o pagamento de tributo: ex. obrigação acessória, como não emissão de nota fiscal. Você percebe, faz a denúncia, não tem que pagar tributo, porque não resulta no pagamento de tributo. É uma pergunta capciosa para 1ª fase. Pode haver denúncia espontânea relacionada a descumprimento de obrigação tributária � Principal � denúncia espontânea + pagamento de tributo + juros � Acessória � denúncia espontânea, apenas. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 62 Pontos relevantes: � ART. 47, LEI 9.430/96 (TRIBUTOS FEDERAIS) O artigo fala que pode acontecer de uma determinada Pessoa Física ou Jurídica (vamos trabalhar com esta) receber uma notificação quanto ao início de uma fiscalização. O Fiscal chega na empresa e notifica o Sujeito passivo sobre o início da fiscalização, para analisar o recolhimento dos tributos. A lei diz: uma vez que você recebe a notificação de fiscalização, o sujeito passivo tem a prerrogativa de, nos 20 dias subseqüentes ao início da fiscalização, efetivar o pagamento de tributos com os benefícios da denúncia espontânea. Você sabe que será fiscalizado, que tem chance de eu encontrar alguma coisa, então pode dar uma arrumada na casa antes disso.
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