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DIREITO TRIBUTÁRIO II

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INTENSIVO II 
 
 DIREITO TRIBUTÁRIO 
INTENSIVO II 
Profs. Tathiane Piscitelli e Eduardo Sabbag 
 
 
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ 
Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 
1 
CTN ................................................................................................................................................................ 4 
1. Relação Jurídico-tributária ................................................................................................................ 4 
1.1 Hipótese de Incidência (HI) ....................................................................................................... 4 
1.2 Fato Gerador (FG) ...................................................................................................................... 4 
1.2.1 Classificação do FG .......................................................................................................... 10 
1.3 Obrigação Tributária (OT) ........................................................................................................ 13 
1.3.1 Sujeito Ativo .................................................................................................................... 14 
* Parafiscalidade ..................................................................................................................... 16 
1.3.2 Sujeito Passivo ................................................................................................................. 18 
1.3.3 Objeto .............................................................................................................................. 24 
1.3.4 Causa (Vínculo Jurídico) .................................................................................................. 27 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ................................................................................................................ 29 
1. Artigo 128, CTN ............................................................................................................................... 30 
2. Responsabilidade pela Aquisição de Imóveis .................................................................................. 33 
3. Responsabilidade Tributária na Sucessão Hereditária .................................................................... 39 
4. Responsabilidade na realização de atos societários (132) .............................................................. 40 
4.1 Fusão ....................................................................................................................................... 41 
4.2 Incorporação ........................................................................................................................... 41 
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2 
4.3 Transformação ........................................................................................................................ 41 
4.4 Extinção da PJ .......................................................................................................................... 43 
4.5 Cisão ........................................................................................................................................ 43 
4.6 Responsabilidade Tributária em virtude da aquisição de ....................................................... 44 
4.6.1 estabelecimento comercial ou fundo de comércio......................................................... 44 
4.6.2 estabelecimento industrial .............................................................................................. 44 
4.6.3 estabelecimento profissional .......................................................................................... 44 
4.6.4 Responsabilidade de Terceiros ........................................................................................ 50 
4.7 Denúncia Espontânea .............................................................................................................. 60 
5. Crédito Tributário ............................................................................................................................ 67 
5.1 1ª Modalidade de constituição do CT: Lançamento ............................................................... 68 
5.2 Constituição do CT pelo SP .................................................................................................... 113 
5.3 Modificação do CT ................................................................................................................. 116 
5.3.1 Suspensão da exigibilidade do CT: art. 151, CTN .......................................................... 117 
5.3.2 Exclusão do CT: art. 175, CTN ........................................................................................ 132 
a) Efeitos: ............................................................................................................................... 132 
b) Hipóteses: .......................................................................................................................... 133 
5.3.3 Extinção do CT: art. 156, CTN ........................................................................................ 140 
a) Remissão ........................................................................................................................... 141 
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3 
b) Compensação .................................................................................................................... 143 
c) Decadência e Prescrição .................................................................................................... 144 
d) Dação em Pagamento de Bens Imóveis ............................................................................ 145 
e) Homologação do Pgto. Antecipado ................................................................................... 145 
f) Extinção do CT ................................................................................................................... 147 
5.4 Cobrança judicial do CT ......................................................................................................... 155 
5.4.1 Prazo de Prescrição para a Fazenda .............................................................................. 156 
a) Constituição do CT pela Administração (mediante lançamento)...................................... 157 
b) Constituição do CT pelo SP ................................................................................................ 159 
5.4.2 Medidas Preparatórias à DF: inscrição em DA e CDA ................................................... 161 
5.4.3 Execução Fiscal .............................................................................................................. 172 
a) Questões relativas a interrupção da prescrição pelo despacho que ordena a citação .... 173 
a.1) A partir de quando a nova redação se aplica? ............................................................... 173 
a.2) A interrupção retroage à data da EF? ............................................................................ 178 
a.3) Prescrição Intercorrente ................................................................................................ 188 
b) Andamento normal da EF .................................................................................................. 192 
b.1) Garantias possíveis ......................................................................................................... 193 
b.2)Questões controvertidas em relação aos Precatórios ................................................... 195 
 
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4 
 
 
 É a situação abstrata, com previsão legal, hábil a deflagrar a 
relação jurídico-tributária. 
 Nota-se que a hipótese de Incidência é formulação hipotética, 
prévia e genérica de um fato. A hipótese de incidência localiza-se no plano 
abstrato (mundo dos valores jurídicos). 
 Ex.: auferir renda (verbo sempre no infinitivo), circular renda, 
transmitir bens. 
 
1.1 FATO GERADOR (FG) 
 
 Para Geraldo Ataliba, “o Fato Gerador ou Fato Imponível é o fato 
concreto localizado no tempo e no espaço, acontecido efetivamente no universo 
fenomênico, que – por corresponder rigorosamente à descrição prévia – dá 
nascimento à obrigação tributária”. 
 
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 Nota-se que este Fato Impunível localiza-se no plano concreto 
(mundo da realidade fática). É fácil perceber que, enquanto a Hipótese de 
Incidência é a descrição legal do fato, o Fato Gerador, também chamado de Fato 
Jurígeno, é o próprio fato. 
 
 Todos os examinadores seguem Geraldo Ataliba. 
 Acima está representada a perspectiva dúplice do fenômeno da 
incidência tributária, acolhida pela doutrina clássica e boa parte da doutrina 
moderna. 
 
∗ O que é a incidência tributária? 
 
� É aquele exato momento da realização da hipótese, em que o plano 
concreto se adapta ao prévio plano abstrato, em nítida subsunção 
tributária. 
 
HI FG 
 
 
 
 OBS: a expressão “Fato Gerador” nem sempre foi utilizada de 
modo a indicar o “próprio fato”, havendo casos em que o termo veio traduzir a 
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“descrição do fato” (Hipótese de Incidência). Terminologia equívoca – FG -> 
Doutrina e legislador 
 Quando usarmos a expressão “Lei”, estaremos nos referindo ao 
CTN. 
 Muitas vezes o CTN usa a expressão “Fato Gerador”, mesmo 
quando, em essência, faz referência a Hipótese de Incidência. 
∗ A expressão FG é repetida no CTN em vários dispositivos. 
∗ Exemplo emblemático: 
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador [Hipótese de 
Incidência] da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: 
 I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
 II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
 O artigo 4º NÃO se aplica às Contribuições e Empréstimos 
Compulsórios. TRF 5 2006. CESPE. 
 Neste comando, onde se lê FG, leia-se HI. 
 
∗ É possível uma taxa não ser taxa? 
� Veja que os Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria serão definidos 
como tais pela HI, sendo irrelevantes os nomes deles. 
 Ex.: “taxa” de pavimentação asfáltica, é, na verdade, contribuição de melhoria 
 
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���� Veja que a terminologia também é equívoca, principalmente 
porque vem ao lado do termo “definição legal”: 
 Art. 118. A definição legal do fato gerador [da Hipótese de Incidência] é 
interpretada abstraindo-se: 
 I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, 
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; 
 II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. 
 Sempre vamos interpretar objetivamente a HI, paradigma, 
arquétipo, modelo do campo da abstração. 
 
 Tal comando (art. 118) indica a necessária interpretação objetiva 
do FG, em que os aspectos externos à descrição normativa do fato (HI) são 
desimportantes. 
 Ex.: incapacidade civil, ilicitude do ato, imoralidade do ato etc. 
 “Pecunia non olet”. 
 
∴ É prudente ler este artigo com o 126, em que ficará bem provada a 
avolitividade na conduta humana deflagradora do fenômeno da incidência 
tributária (FG). 
 FG: conduta humana deflagradora do fenômeno da incidência 
tributária. 
 
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Avolitividade na conduta humana deflagradora do fenômeno da incidência tributária 
(FG): 
 Art. 126. A capacidade tributária passiva INDEPENDE: 
 I - da capacidade civil das pessoas naturais; 
 II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou 
limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da 
administração direta de seus bens ou negócios; 
 III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure 
uma unidade econômica ou profissional. 
 
� 116 e 117 – tais comandos vão mostrar que o FG pode ser uma “situação 
de fato” ou uma “situação de direito”. Além disso, se o FG, sendo situação 
jurídica, vier submetido a uma condição, deveremos descobrir quando 
ocorrerá o FG. 
 
 Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se 
ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: 
 I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as 
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe 
são próprios; 
 II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja 
definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. 
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 Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou 
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato 
gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, 
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela 
Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
 
 Ex.: FG do IPTU (propriedade de bem imóvel); FG do ITBI 
(transmissão de bem) 
 
 Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei 
em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e 
acabados: 
 I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; 
 II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da 
celebração do negócio. 
 No concurso, eles trocam os “recheios”. 
 Quando acontece uma condição (cláusula que subordina os efeitos 
jurídicos do ato a um evento futuro e incerto) no FG que se traduz em situação de 
direito, este FG ocorrerá em momento tal, dependendo da condição. 
• Condição suspensiva: FG ocorre com o implemento da condição. 
• Condição resolutória: FG ocorre no momento da prática do ato ou da 
celebração do negócio. 
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 Condição suspensiva é aquela que protrai/prorroga os efeitos do 
ato.Condição resolutória desfaz os efeitos que já existiam. 
 
 Exemplos: 
� Condição suspensiva: doação de apartamento a filha submetida a 
casamento. 
� Condição resolutória: o pai pede o apartamento de volta se o casal se 
separar. 
Na prática, quando se tem um FG submetido a condição resolutória 
(desfazimento de doação/ITCMD), é importante saber que Não há 
novo FG 
� não tem que recolher novo imposto; 
� nem há direito à restituição; 
 
1.2.1 CLASSIFICAÇÃO DO FG 
 
FG SIMPLES/INSTANTÂNEO 
 Dá-se em um certo momento de tempo, ou seja, começa e termina 
naquele instante determinado. 
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11 
 “Lembre do vaga-lume.” 
 Ex.: ICMS, II, IE, IPI, IOF, Contribuição de Melhoria etc. 
 
 As outras classificações são situações tributos que se protraem no 
tempo. 
 
FG CONTINUADO/CONTÍNUO/POR PERÍODO CERTO DE TEMPO 
 O FG se dá de forma duradoura no tempo, completando-se em um 
determinado período (geralmente, 1 ano, no Brasil). 
 Daí a necessidade de se fazer um corte temporal a fim de se 
estipular uma data de pagamento, o que lhe dá um toque de instantaneidade. 
 Ex.: IPTU, IPVA, ITR. 
 “Luz intensa, permanente”, não é intermitente como o vaga-lume.
 
 Corte temporal -> FG continuado 
 
FG PERIÓDICO/COMPLEXO/COMPLEXIVO/COMPLETIVO/DE FORMAÇÃO 
SUCESSIVA 
 Lembre-se de uma partida de futebol. 
 Ele se dá ao longo de um espaço de tempo, em que “n” fatos 
isolados são agregados para se buscar um resultado idealmente orgânico. 
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12 
 IR. 
� Fenômeno da irretroatividade imprópria do IR. 
 Há uma grande discussão sobre o confronto do FG do IR com o 
Princípio da Irretroatividade Tributária. Este postulado indica que a lei majoradora 
do tributo deve ser anterior aos FGs aos quais ela se refere. O problema está em 
saber, no plano temporal, quando se dá o FG do IR. 
1ª corrente: o FG se dá no último segundo do último dia do período – 31/12 
Vê a partida do futebol apenas como o apito do juiz. É o apito final que é 
tudo! 
2ª corrente:o FG se dá em todo o período (período inteiro), devendo a lei 
antecedê-lo. 
 Ex.: lei/2009 
 FG/2010 $/2011 
 Sob severas críticas da doutrina, o STF, desde a súmula 584, tem 
defendido a primeira corrente e passou a ser associada à chamada Teoria da 
Retrospectiva ou Retroatividade Imprópria. 
 
STF Súmula 584 
Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a 
lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração. 
 
 
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13 
1.3 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (OT) 
 HI � FG � OT 
 A OT surge com o FG, sendo este compreendido como a 
materialização do paradigma legal consubstanciado na hipótese de incidência. 
 Aliás, a OT existirá a partir do fenômeno juridicizado da incidência 
em que um fato social prévio se transforma em fato jurídico conseqüente (fato 
gerador, fato impunível). 
 Por esta razão, só se pode falar em fato impunível/gerador no 
contexto da subsunção, e, da mesma forma, só se fala em OT com um fato 
gerador pré-existente. 
 Nota-se que a relação jurídica reúne credor a devedor (OT) e 
depende do prévio encontro do fato à norma, à luz da fenomenologia da 
incidência tributária. 
 
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14 
 A Obrigação Tributária surge com o Fato Gerador, o que faz com 
que este tenha a natureza de ato constitutivo, operando efeitos “ex nunc”. 
 Ato constitutivo é o ato que cria direitos e deveres em um liame 
obrigacional. 
 Perceba que o credor e o devedor na relação jurídico-tributária 
surgem, à luz da subsunção tributária, com o fato gerador. 
 É bastante comum o prosseguimento da “linha do tempo” 
chegando-se até mesmo à execução fiscal, sem ter havido, todavia, a ocorrência 
do FG deflagrador da OT. Daí a importância deste momento para o estudo da 
incidência tributária. 
 
A OT possui 4 elementos: Direito Civil: 
� Sujeito Ativo Partes 
� Sujeito Passivo 
� Objeto Prestação 
� Causa Vínculo Jurídico 
 
1.3.1 SUJEITO ATIVO 
 É o ente credor do tributo/multa. 
 A Sujeição Ativa pode ser direta ou indireta: 
 
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� DIRETA – COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
Refere-se às entidades políticas/impositoras/PJ de direito público interno 
que detêm a “competência tributária” – poder político e indelegável de 
instituição do tributo. 
São Sujeitos Ativos Diretos: U, E, M e DF. 
Poder político, deriva da CF. 
 
� INDIRETA – CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA 
Refere-se às entidades que detêm “capacidade tributária ativa” – poder 
administrativo de arrecadação e fiscalização do tributo. 
São Sujeitos Ativos Indiretos: Entes Parafiscais. 
A entidade que cria o tributo delega a outrem a arrecadação e a 
fiscalização. 
Entidade parafiscal é a que recebe a capacidade tributária ativa. Entidade 
paralela à criadora. 
 
 Delegação 
 
 
 
 CRM 
Ente 
Parafiscal / 
Parafisco 
Ente 
Criador 
Ente 
Arrecadador 
e 
Fiscalizador 
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16 
União Parafiscalidade $ $ 
$ * Tributo 
 
 
 
 
 
Médico 
* PARAFISCALIDADE 
 É a delegação da arrecadação e fiscalização do tributo por um ente 
que o cria. 
 Vale dizer: 
“É a delegação da capacidade tributária ativa por um ente 
que detém a indelegável competência tributária.” 
O tributo que bem se insere na parafiscalidade é a contribuição 
parafiscal. 
Ex.: anuidades pagas pelos profissionais aos respectivos conselhos 
autárquicos de fiscalização (CRA, CREA, CRM, CRC, CRO etc.), 
verdadeiros entes parafiscais. 
O tributo é federal, haja vista que a instituição se dá pela União. 
OBS: evitamos citar a OAB, não obstante a divergência doutrinária, 
por entendermos que a questão da natureza jurídica da anuidade da 
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17 
OAB se tornou complexa após o entendimento jurisprudencial do STF 
na ADI 3026, que colocou em xeque a atribuição de autarquia para 
aquela entidade. 
 
Dicas finais: 
� É atributo da Parafiscalidade que o ente delegatário se 
aproprie na integralidade dos recursos arrecadados e 
fiscalizados . 
� Após a EC 42/2003, houve modificação do artigo 153, § 4º, 
inciso III, da CF, segundo o qual os Municípios optantes, com 
base na Lei 11.250/2005, poderão arrecadar e fiscalizar o ITR 
(Federal), desde que isso não se traduza em redução de 
receita. 
Art. 153, § 4º O previsto no inciso VI 
do caput:(Redação dada pela EmendaConstitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim 
optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do 
 ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (Regulamento) 
Como se sabe, o município optante irá se apropriar de 100% do 
valor, conforme o artigo 158, II, parte final: 
Art. 158. Pertencem aos Municípios: 
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II – 50% do produto da arrecadação do da 
União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos 
imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção 
a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Ousadia para prova oral: 
É possível defender a idéia de que se tem aqui uma 
parafiscalidade, no âmbito dos impostos, discutível, 
porque a parafiscalidade se liga, em regra, às 
contribuições. 
Roque Antonio Carrazza ilustra a matéria ao destacar o 
instituto “Sujeição Ativa Auxiliar”, em que o ente delegatário 
(que pode até ser pessoa jurídica de direito privado) vai 
arrecadar o valor e repassá-lo integralmente ao ente político 
competente, como mero agente. Pode receber, por isso, um 
valor, naturalmente. Veja que isso não se confunde com 
parafiscalidade. Ex.: concessionárias que arrecadam tributos e 
os repassam aos entes políticos (ICMS/COSIP na conta de luz). 
 
1.3.2 SUJEITO PASSIVO 
 É o ente devedor do tributo. 
 Sua previsão depende de Lei (Art. 97, III, parte final, CTN), em 
homenagem à segurança jurídica. 
 Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
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 III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no 
inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; 
 O Sujeito Passivo tem sede legal, enquanto o Sujeito Ativo tem 
sede constitucional. 
 Tema de estrita legalidade, segurança jurídica. 
 Observe a importância do Princípio da Reserva Legal no campo da 
sujeição passiva. 
 O Sujeito Passivo pode ser direto ou indireto: 
 
� DIRETO - CONTRIBUINTE 
É chamado de contribuinte por ter uma relação pessoal e direta com o 
Fato Gerador. 
Art. 121, parágrafo único, inciso I, CTN. 
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação 
que constitua o respectivo fato gerador; 
Ex.: IPTU � Proprietário 
 Possuidor com ânimo de domínio 
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20 
 Superficiário (art. 1.371, CC) 
Ex.: ITBI � Adquirente (como regra) 
 
� INDIRETO – RESPONSÁVEL 
É chamado de responsável terceira pessoa que é chamada a pagar o 
tributo, sem ter uma relação pessoal e direta como o Fato Gerador. 
Artigo 121, parágrafo único, inciso II, CTN. 
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua 
obrigação decorra de disposição expressa de lei. 
A matéria, no campo da responsabilidade tributária, ganha vida própria. 
Não existe prova oral ou subjetiva que não trata de responsabilidade. 
Teremos uma aula própria só para isso. 
Dicas: 
� A matéria “Responsabilidade Tributária” abre-se em capítulo (22) à 
parte, no livro. 
� Ler o capítulo 22 antes da prova 
� Antes da prova objetiva, leia os artigos sobre o tema: 128 � 138. 
� Atenção: 130 � 135 (“histórias”) 
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21 
� Imprimir os “Testes sobre Responsabilidade Tributária”, arquivo no 
site. 
Ex.: 
Art. 130 Imóvel 
 Contribuinte: Alienante 
 Responsável: Adquirente 
 Sempre? 
Não, pois haverá o afastamento da responsabilização com a 
certidão de inexistência de débitos, que se faça constar do 
título translativo. 
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a 
propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os 
relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a 
contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos 
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. 
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação 
ocorre sobre o respectivo preço. 
*** Verificar qual a posição prevalente no caso da multa: 
O adquirente de imóvel é responsável pelos tributos. E quanto ao crédito tributário 
decorrente de multas?!?! 
Bom, 1 alternativa seria pensar no lado da Fazenda Pública, que cobraria td.... 
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22 
Pesquisar no STJ e STF. 
 
Art. 131, II e III, CTN ITCMD 
Art. 131. São pessoalmente RESPONSÁVEIS: 
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da 
abertura da sucessão. 
Note que o espólio, por exemplo, é o responsável tributário pelo 
tributo devido pelo “de cujos”. 
 
Art. 123 – História do Inquilino e do Proprietário 
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções 
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, 
não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição 
legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. 
 
Art. 124 e 125 – Nos 2 artigos, temos a matéria “solidariedade 
tributária passiva”, que é a única possível. 
A única poSSÍvel é a paSSIva. 
O artigo 124 mostra que a solidariedade pode ser natural (vários 
coproprietários de um apartamento) ou legal (a lei determina). 
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23 
Não existe benefício de ordem na solidariedade tributária (pode ser 
cobrada a dívida toda de qualquer um dos codevedores). 
 
Art. 124. São solidariamente obrigadas: 
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o 
fato gerador da obrigação principal; 
II - as pessoas expressamente designadas por lei. 
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta 
benefício de ordem. 
 
Art. 125 – São efeitos da solidariedade: 
� O pagamento feito por um se estende aos outros; 
� A isenção/remissão aproveitará a todos, DESDE que não se trate 
de benefício pessoal, quando o tributo remanescente recairá sobre 
os não beneficiados; 
� A interrupção de prescrição terá seus efeitos estendidos a todos. 
 
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os 
efeitos da solidariedade: 
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; 
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II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo 
se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a 
solidariedade quanto aos demais pelo saldo; 
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, 
favorece ou prejudica aos demais. 
 
* Solidariedade Ativa existe (concomitância de entes credores)? Não, 
você só pagará o tributo a um sujeito ativo. Quando tenho mais de um 
ente credor que cobra tributo sobre o mesmo fato gerador, essa 
anomalia se chama bitributação. 
� A propósito, a correção será feita pela Ação de Consignação em 
Pagamento 
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada 
judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: 
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de 
tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. 
 
 
1.3.3 OBJETO 
Conforme o artigo 113 do CTN, o objeto indica a prestação pecuniária ($$$) 
ou não pecuniária ($$$), que recai sobre o sujeito passivo diante da 
realização do FG deflagrador da OT. 
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Temos 2 tipos de prestação 
� PECUNIÁRIA (OB. DE DAR) – OB. PRINCIPAL 
Trata-se da chamada “obrigação principal”, definida com o ato 
de pagar o tributo / multa. 
Ela é dotada de patrimonialidade (Art. 113, § 1º, CTN) 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. 
 § 1º A obrigação principal 
• surge com a ocorrência do fato gerador, 
• tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade 
pecuniária e 
• extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. 
 
� NÃO PECUNIÁRIA (OB. DE FAZER / NÃO FAZER) – OB. 
ACESSÓRIA 
Trata-se da chamada “obrigação acessória, definida com o 
conjunto de deveres instrumentais do sujeito passivo. 
Ex.: emitir notas fiscais, entregar declaração, escriturar livros 
fiscais, etc. 
Ela não é dotada de patrimonialidade (Art. 113, § 2º, CTN). 
 § 2º A obrigação acessória 
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• decorre da legislação tributária e 
• tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela 
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização 
dos tributos. 
� DICA FINAL: 
 § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua 
inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à 
penalidade pecuniária. 
O parágrafo 3º do 113 indica que o descumprimento de Ob. 
Acessória deflagrará uma obrigação principal com relação à 
multa. Ex.: entrega de declaração a destempo. 
Existe uma relação de acessoriedade entre a Ob. Principal e a 
Ob. Acessória? 
Não, elas são independentes. Existe total independência. Não 
existe acessoriedade entre as Ob. Tributárias, mas total 
independência. Provas: 
� A isenção não dispensa Ob. Acessória (Art. 175, §ún., CTN) 
Art. 175, Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário 
não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias 
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja 
excluído, ou dela conseqüente. 
� Imunidade (Art. 150, VI, “c”, CF, c/c Art. 14, III, CTN) 
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
VI - instituir s sobre: 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de 
assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os 
requisitos da lei; 
 
 Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º 
é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas 
entidades nele referidas: 
 III - manterem escrituração de suas receitas e despesas 
em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar 
sua exatidão. 
 
1.3.4 CAUSA (VÍNCULO JURÍDICO) 
Trata-se da causa da obrigação que representa o próprio vínculo jurídico 
deflagrador das 2 obrigações tributárias citadas. 
O artigo 114 do CTN prevê que a causa da OT principal é a lei tributária, em 
homenagem ao princípio da legalidade tributária. 
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 Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a 
situação definida em lei como necessária e suficiente à 
sua ocorrência. 
Por outro lado, o artigo 115 prevê que a causa da obrigação acessória é a 
legislação tributária – portaria, circular, instrução normativa etc. 
 Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é 
qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, 
impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure 
obrigação principal. 
 
 
LC 95/98 – artigo 10 
 
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29 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
CAPÍTULO IV 
Sujeito Passivo 
SEÇÃO I 
 Disposições Gerais 
 Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
 Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
 I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação 
que constitua o respectivo fato gerador; 
 II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua 
obrigação decorra de disposição expressa de lei. 
 
 Contribuinte ou responsável - a depender do motivo, existe o 
dever de recolher o tributo. 
 Se decorre da prática do fato gerador, então há o contribuinte. 
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 Se o dever de recolher o tributo decorre da lei (a lei elegeu um 
terceiro que não realizou o fato gerador com aquele que tem o dever de pagar o 
tributo. 
 
1. ARTIGO 128, CTN 
 
 O 128 começa a disciplina da responsabilidade tributária: 
 Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de 
modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, 
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a 
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo 
do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 
 O 128 começa com uma ressalva: 
• CTN estabelece os casos de responsabilidade (modalidades); 
• porém, além desses casos, é possível que a lei crie outras hipóteses de 
responsabilidade. 
 E que lei será essa? LC? LO? 
Art. 146. Cabe à Lei Complementar (MP): 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre (CTN): 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
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 A disciplina da responsabilidade está nesse tópico mais geral sobre 
Direito Tributário, que todos os entes da Federação devem observar. 
 A Lei Ordinária pode criar tais casos de responsabilidade tributária, 
desde que haja respeito às normas mais gerais, previstas no CTN. O CTN tem a 
função de estabelecer as normas gerais e garantir certa uniformidade do direito 
tributário. 
 O CTN estabelece hipóteses não exaustivas de responsabilidade 
tributária, mas cujo objetivo é estabelecer certa uniformidade na matéria. Se o 
legislador quiser, pode criar novas hipóteses de responsabilidade, mas com 
respeito ao CTN. 
 Qual a extensão dessa responsabilidade que a lei pode criar? 
 O art.128 estabelece 2 modalidades de responsabilidade: 
� Dever de pagar o tributo é compartilhado entre contribuinte e 
responsável 
� Dever de pagar o tributo é apenas do responsável � Exclusão do 
contribuinte 
 
Pode atender a 2 regimes: 
� Responsabilidade solidária / Solidariedade / Responsabilidade 
Supletiva 
 Cada responsável deve a integralidade e a Fazenda 
é que decide de quem cobrará primeiro. 
Não há Benefício de ordem. 
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Ex.: II – dever compartilhado entre importador e transportadora. 
Este compartilhamento/responsabilidade supletiva se dá no 
regime de solidariedade. 
� Responsabilidade subsidiária 
 A Fazenda cobra primeiro de um e, depois, cobrará 
do outro na hipótese de insucesso. 
Ex.: Pai é responsável por tributos devidos pelo Filho menor – 
responsabilidade compartilhada. 1º, cobra do Filho; mal sucedido, 
cobra do pai. 
 
É possível que a responsabilidade criada pela lei 
exclua o contribuinte, mantendo a responsabilidade apenas no 
responsável. É a chamada 
 
Responsabilidade por Substituição: 
O responsável substitui o contribuinte, ele não tem 
dever de pagar R$ 1,00 de tributo. 
Ex.: ICMS substituição tributária. Fundamento: artigo 150, § 7º, CF. 
A responsabilidade sobre fatos geradores futuros é 
atribuída à cervejaria, que terá de pagar seu próprio ICMS + o ICMS 
Substituição Tributária, que seria devido quando o distribuidor 
vender cerveja ao atacadista, varejista, bar, ambulante, Buffet. O 
contribuinte não paga o ICMS, a única pessoa que paga é o 
responsável. 
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33 
 Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de 
modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, 
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a 
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo 
do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 
Responsabilidade por Substituição 
Responsabilidade Supletiva 
 
 
2. RESPONSABILIDADE PELA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS 
 Art. 130. Os créditos tributários relativos a 
impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse 
de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação 
de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de 
melhoria, subrogam-se na PESSOA dos respectivos ADQUIRENTES, salvo 
quando conste do título a prova de sua quitação. 
 Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-
rogação ocorre sobre o respectivo preço. 
*** Verificar qual a posição prevalente no caso da multa: 
O adquirente de imóvel é responsável pelos tributos. E 
quanto ao crédito tributário decorrente de multas?!?! 
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Bom, 1 alternativa seria pensar no lado da Fazenda 
Pública, que cobraria td.... 
Pesquisar no STJ e STF. 
 
 Regra: responsabilidade do adquirente do imóvel. 
Responsabilidade Pessoal. 
 A responsabilidade não fica limitada ao valor do bem nem ao valor 
de compra do imóvel. 
 Os débitos subrogam-se na pessoa dos adquirentes. 
 2 Exceções: 
� P. Único: Arrematação em hasta pública 
A subrogação ocorre sobre o preço. Nesta hipótese, há uma 
subrogação real. 
Ex.: O imóvel tem débitos de R$ 300.000,00, mas foi arrematado 
por R$ 120.000,00 (arrematado por valor menor do que o dos 
débitos). Os débitos deverão ser satisfeitos até o limite do valor 
pago pelo bem. 
Neste caso de arrematação em hasta pública, não há transferência 
da responsabilidade ao adquirente, porque ocorre a sub-rogação 
no preço. 
Há vários julgados do STJ. AgRg no Ag 1.246.665 
 
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35 
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU SOBRE IMÓVEL ARREMATADO EM 
HASTA PÚBLICA. ILEGITIMIDADE PASSIVA. DÉBITOS TRIBUTÁRIOS. SUB-
ROGAÇÃO QUE OCORRE SOBRE O PREÇO. PARÁGRAFO ÚNICO, DO ART. 130, 
DO CTN. IMPOSSIBILIDADE DE IMPUTAR-SE AO ARREMATANTE ENCARGO OU 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PENDENTE, QUE 
PERSISTE PERANTE O FISCO, DO ANTERIOR PROPRIETÁRIO. 
1. O crédito fiscal perquirido pelo fisco deve ser abatido do pagamento, 
quando do leilão, por isso que, finda a arrematação, não se pode imputar ao 
adquirente qualquer encargo ou responsabilidade tributária. Precedentes: 
(REsp 716438/PR, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 09/12/2008, DJe 17/12/2008; REsp 707.605 - SP, Relatora Ministra 
ELIANA CALMON, Segunda Turma, DJ de 22 de março de 2006; REsp 283.251 - 
AC, Relator Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Primeira Turma, DJ de 
05 de novembro de 2001; REsp 166.975 - SP, Relator Ministro Ministro SÁLVIO 
DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, Quarta Turma, DJ de 04 de outubro der 1.999). 
2. Os débitos tributários pendentes sobre o imóvel arrematado, na dicção do 
art. 130, parágrafo único, do CTN, fazem persistir a obrigação do executado 
perante o Fisco, posto impossível a transferência do encargo para o 
arrematante, ante a inexistência de vínculo jurídico com os fatos jurídicos 
tributários específicos, ou com o sujeito tributário. Nesse sentido: "Se o preço 
alcançado na arrematação em hasta pública não for suficiente para cobrir o 
débito tributário, nem por isso o arrematante fica responsável pelo eventual 
saldo." (BERNARDO RIBEIRO DE MORAES, Compêndio de Direito Tributário, 2º 
vol., Rio de Janeiro: Forense, 1995, p. 513). 
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3. Assim, é que a arrematação em hasta pública tem o efeito de expurgar 
qualquer ônus obrigacional sobre o imóvel para o arrematante, transferindo-o 
livremente de qualquer encargo ou responsabilidade tributária. 
4. Agravo regimental desprovido. 
 
 
STJ: Para os casos de adjudicação, esta regra de exclusão de 
responsabilidade do adquirente não se aplica, só nos casos de 
arrematação em hasta pública. 
REsp 1.179.056 
 
� A responsabilidade não será do adquirente quando constar do 
título aquisitivo prova da quitação. 
A responsabilidadetributária permanece com o alienante. REsp 
1.087.275 
 
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. IMÓVEL ARREMATADO EM HASTA 
PÚBLICA, PARA FINS DE PAGAMENTO DE DÍVIDAS TRABALHISTAS. DÉBITOS DE 
IPTU RELATIVOS AO PERÍODO ANTERIOR À ARREMATAÇÃO. COBRANÇA EM FACE 
DO ANTIGO PROPRIETÁRIO. IMPOSSIBILIDADE DE OPOSIÇÃO DA REGRA 
PREVISTA NO ART. 130, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CTN. 
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37 
1. Examinando-se o art. 130 do CTN, pode-se afirmar que, em regra, o adquirente 
do imóvel é responsável pelos débitos tributários 
incidentes sobre o imóvel. Contudo, não será responsável quando: 1) 
conste do título a prova de quitação de tais débitos (art. 130, 
caput, parte final); 2) ocorrer arrematação em hasta pública (art. 
130, parágrafo único). Não obstante sejam hipóteses de afastamento 
da responsabilidade do adquirente do imóvel, cumpre esclarecer que 
no primeiro caso há a transferência voluntária do imóvel — o antigo 
proprietário figura como alienante — e, no segundo, a perda da 
propriedade ocorre de modo compulsório. Impende ressaltar que tanto 
a transferência voluntária da propriedade imóvel quanto a 
arrematação em hasta pública, isoladamente consideradas, não 
configuram hipóteses de extinção do crédito tributário. 
2. No que se refere à transferência voluntária, como bem observado 
por Luiz Alberto Gurgel de Faria, "se no título de aquisição houver 
prova de quitação dos tributos, nenhuma responsabilidade será 
transferida" e, caso na certidão negativa haja ressalva sobre a 
possível cobrança de créditos tributários posteriormente apurados, 
"o débito apenas poderá ser cobrado do antigo proprietário, detentor 
do domínio útil ou possuidor, uma vez que a prova de quitação 
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desonera por completo o adquirente" (Código Tributário Nacional 
Comentado: doutrina e jurisprudência, coordenador Vladimir Passos de 
Freitas, 4ª ed. rev. atual. e ampl., São Paulo: Editora Revista dos 
Tribunais, 2007, pág. 628). No mesmo sentido é o entendimento de 
Hugo de Brito Machado, para o qual "a ressalva constante dessas 
certidões prevalece apenas no sentido de poder o fisco cobrar 
créditos tributários que porventura venha a apurar, contra o 
contribuinte, pois a certidão de quitação, mesmo com a ressalva, 
impede que se configure a responsabilidade tributária do adquirente" 
(Curso de Direito Tributário, 29ª ed., São Paulo: Malheiros, 2008, 
pág. 152). Assim, não obstante o Código Tributário Nacional afaste a 
responsabilidade do adquirente, não há falar em extinção do crédito 
tributário, subsistindo a responsabilidade do antigo proprietário. 
3. De igual modo, quando o imóvel é arrematado em hasta pública, se 
a arrematação não enseja a quitação dos débitos fiscais — como 
ocorre no caso dos autos —, não há falar em extinção do crédito 
tributário. Especificamente em relação a esta hipótese, impende 
ressaltar que o parágrafo único do art. 130 do CTN traz uma exceção 
de responsabilidade oponível apenas pelo adquirente do imóvel em 
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39 
hasta pública, ou seja, não beneficia o antigo proprietário, como 
bem observou o Tribunal de origem. 
5. Recurso especial desprovido. 
 
3. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA NA SUCESSÃO 
HEREDITÁRIA 
 
 Art. 131. São pessoalmente RESPONSÁVEIS: 
 II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos 
pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta 
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; 
 III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura 
da sucessão. 
 Responsabilidade devida pelo “de cujus”. 
 Tributos devidos até a morte/abertura da sucessão são de 
responsabilidade do espólio. Essa responsabilidade do espólio é compartilhada 
com o inventariante (134) 
 Após a abertura da sucessão e até a data da partilha ou 
adjudicação, a responsabilidade será do sucessor a qualquer título e, além disso, 
do cônjuge meeiro. 
 
 quinhão 
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40 
 
 Responsabilidade limitada 
 
 meação 
 Sucessor a qualquer título 
Espólio + cônjuge meeiro 
 Contribuinte 
 Morte 
 Partilha 
 Sucessão 
 
 Este caso não tem muita discussão jurisprudencial. 
 
4. RESPONSABILIDADE NA REALIZAÇÃO DE ATOS SOCIETÁRIOS 
(132) 
 
 Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, [, 
cisão] transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável 
pelos TRIBUTOS * devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de 
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. 
 Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção 
de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva 
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atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, 
sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. 
* Multas deverão ser pagas antes da sucessão societária, 
pelas PJ que cometeram a infração, ou pelos respectivos 
administradores, se já se extinguiram. 
 
4.1 FUSÃO 
A + B = AB 
 
4.2 INCORPORAÇÃO 
 
A B = AB 
 
4.3 TRANSFORMAÇÃO 
 
A Ltda � A S.A. 
 
 20/maio/2008 – Operação societária 
 * Há impostos devidos sobre FG de 2006. 
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 Responde pelo débito tributário a empresa que sobrar: 
 Na prova, colocar: 
 Responde pelas obrigações tributárias a empresa que resultar das 
operações societárias. 
 A maior parte das operações tem uma cláusula dizendo que a 
responsabilidade será limitada aos sócios de 1 das empresas. 
 Porém, tais cláusulas não tem efeitos perante a Administração 
tributárias: 
 
 Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções 
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não 
podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do 
sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. 
 
 Art. 132, Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de 
extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da 
respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu 
espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. 
* Multas deverão ser pagas antes da sucessão societária, pelas PJ que 
cometeram a infração, ou pelos respectivos administradores, se já se 
extinguiram. 
 
 
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4.4 EXTINÇÃO DA PJ 
 A – Antiga Sociedade 
 B – Nova sociedade 
 
 A 
 responsável pelos débitos da PJ extinta 
 
 “Antigo sócio” B 
 “Sócio Remanescente” 
 Mesmo objeto de A 
 
4.5 CISÃO 
 STJ: na cisão, aplicar a regra do 132 – responde a(s) PJ que 
resultar(em) da prática do ato. 
 AB � A 
 � B 
 Responsabilidade solidária. 
 
 REsp 852.972 e 970.585 
 
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4.6 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA EM VIRTUDE DA 
AQUISIÇÃO DE 
4.6.1 ESTABELECIMENTO COMERCIAL OU FUNDO DE COMÉRCIO 
4.6.2 ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL 
4.6.3 ESTABELECIMENTO PROFISSIONAL 
 
 Se houver 
 Aquisição do estabelecimento + Continuidade na 
exploração econômica 
 
 
 Responsabilidade do 
Adquirente 
 
 Qual extensão? 
 Depende da postura do alienante após a venda. 
 1ª Hipótese: 
� Se o alienante cessar toda e qualquer econômica 
 
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 Responsabilidade Integral do adquirente 
 
 2ª Hipótese: 
 � Se o alienante 
prosseguir na exploração 
 
 ou 
 � Se o alienante 
iniciar outra atividade em 6 meses 
 
 
Responsabilidade Subsidiária do Adquirente 
 
 
 Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de 
outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, 
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma 
ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos 
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data 
do ato: 
 I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade; 
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 II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração 
ou iniciar dentro de 6 meses a contar da data da alienação, nova atividade no 
mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. 
 
 Contrato de locação do estabelecimento não enseja a 
responsabilidade do 133. Deve ser aquisição nos termos do Direito Civil. 
 REsp 1.140.655 
 
 Sucessão empresarial resulta na responsabilidade no pagamento 
de tributos (132 e 133) devidos por outra PJ. Nessa transferência de 
responsabilidade pelo pagamento de tributos, também temos a transferência de 
responsabilidade pelo pagamento de multas, todas as multas. 
 
 Direito Tributário: 2 espécies de multa: 
 
� Moratória, geralmente de 20% 
 
� Multas Punitivas 
Exigidas, por exemplo, porque o contribuinte fraudou a lei, porque o 
contribuinte praticou algum ato muito grave visando o não 
pagamento do tributo. Há uma multa agravada, para punir a ação do 
contribuinte. Não relacionada com a mora, mas a uma grave infração 
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a lei. Pode chegar a 150%. O adquirente responde por essa multa. 
 
 
 RESP 923.012 
 
 LC 118 estabelece casos em que a regra do caput não se aplica. 
 
 
 § 1º ALIENAÇÃO JUDICIAL 
 
 
Processo de Falência Processo de Recuperação Judicial 
 
Objetivo: facilitar a aquisição dessas empresas 
 
 Art. 133, § 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na 
hipótese de alienação judicial: (Parágrafo incluído pela Lcp nº 118, 
de 2005) 
 I – em processo de falência; (Inciso incluído pela Lcp nº 118, 
de 2005) 
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 II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de 
recuperação judicial. (Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 
 
 
 Excepciona a responsabilidade do adquirente: 
 
 tributos 
 Dever de pagar 
 permanece com o 
adquirente 
 
 Penalidades (contribuinte) 
 
 
 
 
 § 2º AFASTA O BENEFÍCIO DO § 1º 
 
 Casos em que a alienação tenha por objetivo fraudar a sucessão 
tributária. O cara responderá. 
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 § 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente 
for: (Parágrafo incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade 
controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial;(Inciso incluído 
pela Lcp nº 118, de 2005) 
 II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, 
consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de 
qualquer de seus sócios; ou(Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação 
judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.(Inciso incluído pela 
Lcp nº 118, de 2005) 
 
 § 3º DIZ O QUE SERÁ FEITO COM O $$$ DA 
ALIENAÇÃO JUDICIAL 
 
 § 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de 
empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de 
depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado 
da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de 
créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário. (Parágrafo 
incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
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 Você não usa esse valor para pagar tributo, mas para pagar 
créditos que estão acima do tributo na ordem de preferência. 
 
4.6.4 RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS 
 
134 135 
Atuação Regular 
(culpa/omissão) 
 
Responsabilidade subsidiária 
O 3º só será acionado na 
impossibilidade do contribuinte 
Atuação Irregular 
(dolo/fraude) 
 Responsabilidade 
pessoal do 3º 
 (exclusão do 
contribuinte) 
Tributos Tributos 
Penalidades Moratórias Todas as Penalidades 
 - moratórias 
 - estritamente punitivas 
 
 
 Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da 
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente* com este 
nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: 
* Responsabilidade SUBSIDIÁRIA 
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(qualificação errada feita pela lei, expressamente trata do benefício de 
ordem) 
Responsabilidade Objetiva, independe de culpa do agente. 
 
 I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; 
 II - os tutores e curadores, pelos tributosdevidos por seus tutelados ou 
curatelados; 
 III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por 
estes; 
 IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; 
 V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou 
pelo concordatário; 
 **Administrador judicial, pelos tributos devidos na 
recuperação judicial e falência! 
 VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos 
devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu 
ofício; 
 VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. 
 Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de 
penalidades, às de caráter moratório. 
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 * Quanto às penalidades, os responsáveis solidários só 
respondem pelas moratórias. 
 
 Art. 135. São pessoalmente responsáveis* pelos créditos 
correspondentes a obrigações tributárias [tributos ou multas (tributárias ou 
não tributárias), e dívidas não tributárias, de qualquer natureza – Lei 6.830, 
art. 2º, § 4º] resultantes de atos (dolosos, fraudulentos) praticados com 
excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: 
 I - as pessoas referidas no artigo anterior; 
 II - os mandatários, prepostos e empregados; 
 III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de 
direito privado. 
* A responsabilidade pessoal pode ser exclusiva, subsidiária ou solidária. 
* A obrigação do responsável decorre de conduta imposta pela lei ao 
responsável; não decorre de um bem dado em garantia real. 
* Pressupõe atuação culposa. 
Se o nome do sócio constar da CDA, ele pode ser executado. 
Se não constar o nome do sócio na CDA, para fazer o redirecionamento da 
execução contra ele, a Fazenda deve demonstrar os requisitos do 135. 
Não se aplica a prescrição qüinqüenal para créditos não tributários da FP. 
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53 
Multas meramente administrativas impostas no exercício do poder de polícia 
da administração incluem-se na dívida ativa da FP e devem observar os 
mesmos prazos de prescrição da DAT, sem prejuízo de norma especial. 
 
A) PREVISÃO DE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS SÓCIOS 
 
 Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da 
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente* com este 
nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: 
 VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. 
 Art. 135. São pessoalmente responsáveis* pelos créditos 
correspondentes a obrigações tributárias [tributos ou multas (tributárias ou 
não tributárias), e dívidas não tributárias, de qualquer natureza – Lei 6.830, 
art. 2º, § 4º] resultantes de atos (dolosos, fraudulentos) praticados com 
excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: 
 III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de 
direito privado. 
 
 O 134 traz um caso muito restrito de responsabilidade dos sócios, 
enquanto o 135 traz a regra geral da responsabilidade dos sócios. 
 
 134, VII � caso específico “Liquidação de sociedade de pessoas” 
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54 
 Atos culposos ou omissivos; responsabilidade subsidiária; 
só penalidade moratória 
 
 135, III �regra geral 
 Em cima desse dispositivo, ocorrem as grandes 
discussões jurisprudenciais 
 
 
B) ART. 135, III, CTN 
 
 Duas condições cumulativas para a responsabilidade do sócio: 
� O sócio deve praticar os atos previstos no caput 
� O sócio deve ter poder de gestão 
= não pagamento do tributo 
 
Discussões jurisprudenciais: 
 
� Primeiro debate: 
Em relação à caracterização dos atos previstos no caput. O que significa praticar 
ato com excesso de poder, infração da lei, do contrato social ou estatutos? 
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55 
� O que significa cometer um ato em infração à lei? 
� O que significa dissolução irregular da sociedade? Gera responsabilidade pessoal 
do sócio? 
 
� Debate no STJ: 
� Ônus da prova – de quem é o ônus de provar que essas condições aconteceram 
(as condições do 135, III)? 
 
 
� Primeiro debate: caracterização dos atos previstos no caput. 
� O que significa cometer um ato em infração à lei? 
O simples fato de o sócio não pagar o tributo devido pela PJ gera a 
responsabilidade pessoal do sócio. 
A fazenda diz que basta o não pagamento para que haja responsabilidade do 
sócio. Basta o simples inadimplemento, que já caracteriza infração à lei. 
O STJ examinou essa tese e, já há algum tempo, diz que essa postura da Fazenda 
está errada, porque infração à lei, nos termos do 135, implica a prática de atos 
fraudulentos, atos dolosos e, portanto, não basta o simples inadimplemento. 
Devo ter um inadimplemento vinculado/decorrente da prática dos atos dolosos. 
Embargos de divergência: 174.532 e 494.887, STJ. 
Ex.: sócios que desviou recursos da empresa para não pagar o tributo. 
STJ súmula 430 
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56 
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a 
responsabilidade solidária do sócio-gerente. 
� O que significa dissolução irregular da sociedade? Gera responsabilidade pessoal 
do sócio? 
Casos em que há o encerramento da PJ sem o cumprimento das obrigações 
pendentes. 
STJ: a dissolução irregular é hipótese de infração à lei � responsabilidade pessoal 
do sócio-gerente. 
STJ: existe um caso em a dissolução irregular é presumida � responsabilidade 
pessoal do sócio-gerente. É a situação em que o Fisco vai até a empresa (in loco), 
vai no endereço em que a empresa está inscrita e não encontra a empresa. Às 
vezes, o contador esquece de atualizar os dados no fisco... Presume-se a 
dissolução irregular gerando a responsabilidade pessoal do sócio. Se é uma 
presunção, ela deve ser afastada pelo próprio sócio, mostrando que com a 
empresa está tudo certo: caso de inversão do ônus da prova. 
STJ súmula 435 
Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu 
domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o 
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. 
 
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57 
STJ: 2 situações de INVERSÃO (sócio tem dever de provar): 
 
C) DISSOLUÇÃO IRREGULAR 
 
S. 435, STJ � presunção de dissolução irregular 
 
D) SÓCIO CONSTA DA DÍVIDA ATIVA COMO RESPONSÁVEL 
Lançamento PJ + cobrança administrativa � não pagamento � a Fazenda vai 
adotar medidas para a cobrança judicial. 
A cobrança judicial se dá via execução fiscal, cujasmedidas preparatórias são 
• Inscrição do débito em dívida ativa 
• Emissão da CDA 
Apenas depois destas medidas é que a Fazenda poderá ajuizar a Execução Fiscal. 
Após inscrever o débito em dívida ativa, a Fazenda consolidará o débito. Ao 
consolidar o débito, a Fazenda indicará quem é o devedor. Nesta indicação, pode 
haver a indicação do contribuinte (PJ) ou do responsável tributário (sócio). Diante 
dessa possibilidade de indicar o contribuinte e o responsável, a Fazenda indica o 
sócio como responsável. Ao colocar o nome do sócio como responsável no 
momento da inscrição em dívida ativa, o STJ diz que esse ato gera a inversão do 
ônus da prova. Ele tem que provar que não agiu fraudulentamente, que não 
praticou os atos do 135, III. Basta que a autoridade queira, não precisa de outro 
requisito. A justificativa para isso é: uma vez inscrito o débito em Dívida Ativa, 
será emitida a CDA, espelho da inscrição em Dívida Ativa. Sendo o espelho da DA, 
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serve como título executivo que embasará a Execução Fiscal, de forma que, se o 
sócio está indicado como responsável na DA, estará indicado também na CDA. O 
STJ diz que esses instrumentos possuem uma presunção de liquidez e certeza e, 
além dessa presunção, têm o efeito de prova pré-constituída. Se tem este efeito, 
cabe ao devedor desconstituí-la. O fundamento deste entendimento do STJ é o 
CTN 204. 
 
 Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o 
efeito de prova pré-constituída. 
 Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa (juris tantum) e pode ser 
ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. 
 
STJ, 1ª Seção, 14/03/2007, EREsp 635.858. Item 2. 
 
Inversão do ônus da prova � conseqüência prática: 
O sócio naturalmente terá que produzir provas e, produzir provas, no contexto de 
uma execução fiscal. Qual é o único instrumento pelo qual o sócio pode produzir 
provas no contexto de uma execução fiscal? Embargos à execução fiscal, o que 
pressupõe o ônus do oferecimento de garantia. Apenas o âmbito dos Embargos a 
dilação probatória é possível. Outra possível saída, que muitos advogados 
tentaram, é a apresentação de uma Exceção de Pré-executividade, que é apenas 
uma petição apresentada nos autos da execução fiscal, sem garantia, não é 
cabível nos casos em que há necessidade de dilação probatória (produção 
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probatória). Então, não cabe Exceção de Pré-executividade, diante da 
necessidade de dilação probatória. 
STJ súmula 393 
A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às 
matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória (que não 
precisem de prova, ex. prescrição). 
E) ART. 4º, LEI 8.397/92 
 
Pegar artigo. 
Lei que disciplina a Medida Cautelar Fiscal – o que o STJ já falou sobre esta lei? 
A Medida Cautelar Fiscal é uma ação de titularidade da Fazenda, cujo objetivo é 
garantir a eficácia da Execução Fiscal. 
Como? 
Imagine o caso de uma empresa que tem um lançamento de R$ 400 milhões, 
valor altíssimo. 
Há grande probabilidade de a empresa acabar com os bens, requerendo a 
indisponibilidade de alguns bens, de forma que tenha garantia de que a Execução 
Fiscal tenha sucesso. 
Essa lei é obrigatória! 
Basta que haja o lançamento e a indisponibilidade pode ser requerida. 
A indisponibilidade dos bens pode ser estendida aos sócios-administradores. A 
única condição é ser sócio-administrador. O artigo 4º não menciona o 135, III. 
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Sem dúvida, extrapola o CTN, que estabelece as normas gerais para 
responsabilização. Se extrapola o CTN, deve prevalecer? Qual o entendimento do 
STJ? 
Entendimento antigo e com mais uma decisão recente, de 21/setembro/2010: a 
indisponibilidade de bens dos sócios-administradores deve observar os requisitos 
do CTN, norma geral que rege o assunto, que não pode ser tratado diversamente 
por uma Lei Ordinária. 
RESP 1.141.977/SC 
A Medida Cautelar Fiscal é acessória à Execução Fiscal, é uma medida 
preparatória. Então, não faz sentido exigir o requisito na Ação Principal e não na 
Cautelar. 
 
 
4.7 DENÚNCIA ESPONTÂNEA 
Abril/2010: Imagine que o sujeito pratica o fato, mas não faz o pagamento do 
tributo, porque não tem dinheiro. 
Outubro/2010: resolve pagar e comunica a Administração da existência do débito 
e, na seqüência, realiza o pagamento. 
1º faz uma denúncia – se auto-denuncia se o sujeito passivo age assim 
(naturalmente), antes que a Administração saiba que ele é devedor, 
espontaneamente, o sujeito passivo tem um benefício: vai pagar o tributo 
unicamente acrescido dos juros, ou seja, diante dessa situação, denúncia antes de 
qualquer fiscalização, o sujeito passivo terá por benefício a exclusão da multa. 
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Denúncia espontânea – requisitos: 
� comunicar a Administração a existência de uma infração 
� comunicação espontânea – antes de qualquer medida de fiscalização 
� benefício da exclusão da multa: pagamento de tributo + juros 
 
 Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, 
acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do 
depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do 
tributo dependa de apuração. 
 Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de 
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração. 
 
Existe caso de denúncia espontânea de infração sem o pagamento de tributo: ex. 
obrigação acessória, como não emissão de nota fiscal. Você percebe, faz a 
denúncia, não tem que pagar tributo, porque não resulta no pagamento de 
tributo. É uma pergunta capciosa para 1ª fase. 
Pode haver denúncia espontânea relacionada a descumprimento de obrigação 
tributária 
� Principal � denúncia espontânea + pagamento de tributo + juros 
� Acessória � denúncia espontânea, apenas. 
 
 
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62 
Pontos relevantes: 
 
� ART. 47, LEI 9.430/96 (TRIBUTOS FEDERAIS) 
O artigo fala que pode acontecer de uma determinada Pessoa Física ou Jurídica 
(vamos trabalhar com esta) receber uma notificação quanto ao início de uma 
fiscalização. O Fiscal chega na empresa e notifica o Sujeito passivo sobre o início 
da fiscalização, para analisar o recolhimento dos tributos. 
A lei diz: uma vez que você recebe a notificação de fiscalização, o sujeito passivo 
tem a prerrogativa de, nos 20 dias subseqüentes ao início da fiscalização, efetivar 
o pagamento de tributos com os benefícios da denúncia espontânea. Você sabe 
que será fiscalizado, que tem chance de eu encontrar alguma coisa, então pode 
dar uma arrumada na casa antes disso.

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