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Relações de trabalho no Brasil – escravidão
Introdução:
O trabalho escravo no Brasil ainda existe e atinge milhares de pessoas em todo o território nacional e não existe apenas nas propriedades rurais distante dos grandes centros, mas ocorre também nas grandes cidades. O Brasil foi a última nação do mundo ocidental a abolir o trabalho escravo de forma oficial, o que ocorreu no final do século XIX. No entanto, em termos práticos, esse problema continua a existir nos dias atuais. Informações recentes estimam a ocorrência de 200 mil trabalhadores no país vivendo em regime de escravidão, segundo dados do Índice de Escravidão Global, elaborado por Organizações Não Governamentais (ONGs) ligadas à Organização Internacional do Trabalho (OIT). É importante o estabelecimento da definição do que seja considerado, propriamente, o regime de escravidão. Segundo a OIT, é considerado escravo todo o regime de trabalho degradante que prive o trabalhador de sua liberdade. Isso ocorre no Brasil, em maior parte, em espaços rurais distantes de centros urbanizados e rotas de transporte para fuga, onde os trabalhadores são geralmente coagidos a continuarem laborando sobre a alegação da existência de dívidas com fazendeiros. Em outras palavras, o trabalho escravo no Brasil é aquele que viola os direitos fundamentais do homem e colocam em risco a saúde e a vida do trabalhador em flagrante incompatibilidade com a dignidade humana.
Dsenvolvimento: 
a) O trabalho no Brasil e suas raízes históricas
I. A definição do conceito de trabalho
O conceito de trabalho foi sendo alterado e se fundindo com a história da humanidade e de suas civilizações, garantindo novos domínios políticos, valores e técnicas. “Marx via o trabalho como uma contínua interação entre as pessoas, a natureza e o produto de trabalho. Marx também declara que trabalho é um ato ligado ao ser humano por natureza. Ele permite a elaboração de um mundo de objetos úteis e concretos, mas também favorece a interação entre as pessoas que estão em evolução dentro e fora de suas atividades profissionais. Para Le Goff (1992), é impossível definir trabalho sem levar em consideração a pessoa, que está relacionada a uma atividade definida por valores sociais. Trabalho é então esse fenômeno inter-subjetivo, que ocorre quando indivíduos estabelecem uma relação direta com o ambiente humano, organizacional e técnico de seus trabalhos. Trabalho não pode ser compreendido apenas como O trabalho era um elemento essencial no desenvolvimento da personalidade humana, logo a completa realização pessoal pressupunha um desenvolvimento rico e completo das relações dos indivíduos com os meios de produção e com o produto. No capitalismo, porém, o trabalhador é separado tanto do fruto do trabalho como das  ferramentas de produção pertencentes ao capitalista. Impede-se que o indivíduo e sua personalidade se desenvolvam plenamente. O resultado é um alienação que se apodera das pessoas e desumaniza todas as relações pessoais e sociais.”
II. O conceito de escravidão
Pode-se dizer que a escravidão é um processo que se utiliza da mão de obra humana, sem o consentimento da pessoa e através da coerção, recebendo uma remuneração pequena ou mesmo nenhuma. Nisso, a pessoa se tranforma não em uma mão de obra, mas como um objeto. Assim, ela se tornaria equivalente a um robô numa linha de produção. Apesar da escravidão ser representada pelas suas várias formas de aplicação, seu conceito é único e infringe qualquer tipo de liberdade quando relacionada aos Princípios Fundamentais da República, presentes no art. 1º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, como os da dignidade da pessoa humana, cidadania e dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Desta forma, a escravidão nada mais é, que o ato mais covarde de submissão, que um homem, através de violência e domínio, pode submeter outro.
III. Como se deu a escravidão no Brasil
A escravidão no Brasil foi um dos principais pilares do período colonial, gerando lucros, exploração e constituindo peça fundamental na formação da população brasileira. Durante o Brasil Colonial, a mão-de-obra escrava foi de suma importância para a exploração das riquezas. Portugal – pretendendo dar sustentação ao seu modelo de colonização exploratória – buscou na exploração da força de trabalho dos negros uma rentável alternativa. Além de viabilizar a exploração das terras brasileiras, o tráfico negreiro potencializou o desenvolvimento de outras atividades econômicas. Ao contrário do que muitos imaginam, a questão da escravidão era inerente a algumas culturas africanas. Na grande maioria das vezes, os portugueses firmavam um tipo de acordo comercial com líderes tribais que se responsabilizavam pela obtenção de escravos. Depois de capturados, esses eram entulhados no porão de um navio negreiro onde passavam por lastimável situação. Muitos dos capturados acabavam falecendo no interior do navio devido à falta de mantimentos ou a superlotação.
Chegando ao Brasil, os africanos capturados eram tratados como “bens semoventes” a serem exibidos nos pontos de comercialização. Evitando a organização de uma possível rebelião, os comerciantes de escravos tinham o cuidado de separar os escravos que tivessem algum tipo de laço afetivo ou familiar. Ao serem obtidos por um grande proprietário de terras, esses escravos eram alocados em uma habitação coletiva chamada de senzala. A rotina de trabalho imposta aos escravos era extremamente pesada. Todo tipo de trabalho braçal era destinado a esses trabalhadores. Para fiscalizar o cumprimento de suas tarefas diárias, o fazendeiro contava com o auxílio de um capataz responsável pela vigilância e a punição dos subordinados. Os maus tratos, as excessivas horas de trabalho e a má alimentação faziam com que um escravo adulto tivesse uma expectativa de vida de, no máximo, dez anos. Uma minoria dos escravos não partilhava dessa dura realidade. Alguns escravos de maior confiança eram utilizados para as tarefas em ambiente doméstico e dormiam em instalações próprias. Nos centros urbanos também haviam os chamados “escravos de ganho”, que não eram utilizados em tarefas que exigiam esforço físico. Em geral, esses escravos eram responsáveis pela comercialização de bens manufaturados ou na administração de um pequeno comércio. A condição humilhante da grande maioria dos escravos motivava a realização de revoltas ou a adoção de outras estratégias de resistência. Muitos escravos organizavam fugas e procuravam formar comunidades independentes do poder do senhor de engenho. Essas comunidades eram mais conhecidas como quilombos e desafiavam o modelo de organização social imposto pela administração colonial. O mais famoso desses quilombos fixou-se na região de Alagoas com o nome de Palmares. Sendo uma experiência histórica que marcou o desenvolvimento de toda a sociedade brasileira, a escravidão ainda reverbera com bastante força na contemporaneidade. A questão do preconceito racial ainda reflete o sectarismo que definiu a posição subalterna reservada aos negros. Hoje em dia, movimentos de afirmação da identidade negra e ações governamentais tentam dar fim a esse processo de exclusão constituído ao longo de séculos.
b) O que é trabalho em condições análogas de escravidão, apresentando seus aspectos históricos
trabalho análogo à escravidão é a submissão a condições degradantes, como jornada exaustiva (acima de 12 horas), servidão por dívida e com riscos no ambiente de trabalho”. A principal diferença entre o trabalho escravo e o trabalho em condições degradantes está na existência ou não de cerceamento da liberdade (o direito de ir e vir). No caso do trabalho escravo, o empregado fica impedido de deixar o seu alojamento. Algo como ‘não pode sair daqui’, ou ‘só pode sair se acompanhado’ ou ‘só pode sair depois de quitar suas dívidas conosco’. Eles trabalham essencialmente para quitar a dívida, que por sua vez nunca diminui ou diminui apenas de maneira irrisória.
O salário vira uma espécie de conta corrente semprenegativa com o patrão. Em muitos casos, essas empresas ainda colocam capatazes/seguranças para impedir que o trabalhador ‘fuja’ sem quitar a dívida.
Nesses casos, a redução do trabalhador a condição análoga à de um escravo vira crime Já no trabalho em condições degradantes, o trabalhador não fica impedido de ir e vir. Mas ele presta serviços sob condições insalubres (calor excessivo e pouca ventilação, por exemplo), sem equipamentos de proteção e segurança (como capacetes, calçado apropriado, luvas etc), má alimentação etc.
Como regra geral, o trabalho escravo é realizado sobre condições degradantes, mas nem todo trabalho degradante é escravo. Mas sujeitar a pessoa a condição degradante é crime. Ssujeitar alguém a condições degradantes de trabalho, é reduzir alguém a condição análoga à de escravo. Escravidão para a lei penal é um conceito muito mais amplo do que apenas impedir de alguém de ir e vir.
Ou seja, embora tenham definições distintas do ponto de vista do direito do trabalho, têm as mesmas consequências do ponto de vista criminal.
c) Pesquisa sobre o trabalho forçado no Brasil, investigando:
I. Quais os estados brasileiros com maior taxa de trabalhadores em situação análoga à escravidão
II. Quais são os principais tipos de trabalho forçado realizados no país;
– TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violências física ou psicológica.
– JORNADA EXAUSTIVA: expediente desgastante que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.
– SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece cerceado por uma dívida fraudulenta.
– CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade, como destacamos abaixo
III. A existência dessa prática no estado em que você mora e, se possível, tente descobrir se existem trabalhadores nessas condições no seu município.
IV. Apresentar quais são as atuais políticas de combate a esse tipo de trabalho.
Por meio de uma política antiescravista aliada à repressão ao trabalho escravo O Ministério do Trabalho e Emprego criou o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM). coordenado pela Secretaria de Inspeção do Trabalho.Tem como finalidade de fiscalizar e de combater a prática da utilização de mão de obra escrava, conforme acima verificamos, atua o MTE através do GEFM. Todavia, tornam-se necessárias medidas de inclusão deste trabalhador, que visem sua reintegração ao meio social, bem como sua capacitação profissional, para que não se perpetue em um ciclo de exploração, resgate e exploração.
V. Apresentar propostas condizentes com os direitos humanos, que contribuam para a erradicação do trabalho forçado no Brasil.
d) Estabelecer relações sobre a categoria do trabalho e o Serviço social, refletindo sobre.
I. O trabalho e o desemprego enquanto expressões concretas da questão social;
II. O trabalho e o desemprego enquanto expressões das desigualdades sociais;
III. O trabalho e a nova legislação trabalhista - LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017. Seus impactos na vida do trabalhador assalariado brasileiro.
Conclusão: Neste trabalho analisamos a forma contemporânea de escravidão que ocorre no campo brasileiro, onde trabalhadores realizam tarefas árduas em condições desumanas, sem receber nada por seu trabalho e sem ter a liberdade de poder deixá-lo. A principal metodologia empregada é o mapeamento exploratório dos dados do trabalho escravo, permitindo uma melhor compreensão territorial do problema. Foram analisados dados de resgate de trabalhadores escravizados e de denúncias de casos de escravidão, sendo esses relacionados com fatores econômicos e sociais. Suas estruturas, padrões, fluxos e tendências foram analisados a partir deste mapeamento, o que permitiu compreender a distribuição do fenômeno no território brasileiro identificar situações que favorecem ou inibem o crime de escravização dos trabalhadores; construir índices sintéticos para medir o risco de presença de escravos e a vulnerabilidade ao aliciamento verificar também a dinâmica recente do problema no Brasil. Podendo através deste trabalho contribuir com a luta contra a escravidão contemporânea, facilitando tanto a repressão como a prevenção deste crime.
Referências: 
http://brasilescola.uol.com.br/brasil/trabalho-escravo-no-brasil-atual.htm
http://journals.openedition.org/espacoeconomia/804
http://www.leiturasdahistoria.com.br/o-conceito-de-trabalho/
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/escravidao-no-brasil.htm
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-trabalho-em-condicoes-analogas-ao-de-escravo-no-brasil,52310.html
http://periodicos.unesc.net/amicus/article/viewFile/881/835
http://direito.folha.uol.com.br/blog/condio-degradante-e-condio-anloga-de-um-escravo
http://escravonempensar.org.br/sobre-o-projeto/o-trabalho-escravo-no-brasil/
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=11299&n_link=revista_artigos_leitura

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