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Prova II de História-História do Brasil

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Prova II de História
1.1. Juscelino começou sua carreira política como chefe de gabinete do então governador de Minas, Benedito Valadares, que o nomeou para o cargo. Onde já demonstrou seu estilo de homem de ação. Logo depois em 1934 foi eleito o deputado federal mais votado de Minas, pelo Partido Progressista, que acabava de ser fundado. Exerceu seu mandato até o Golpe do Estado Novo, que culmino com o fechamento da Câmara. Em 1940 foi nomeado, também por Benedito Valadares, para assumir a prefeitura de Belo Horizonte, capital mineira. Juscelino ficou conhecido nesse momento, pelas grandes mudanças feitas por ele na cidade, entre elas grandes construções, incluindo a construção da Pampulha, grande centro de lazer de BH, projetada por Oscar Niemeyer. Com o fim do Estado Novo, perdeu seu cargo, juntamente com outros governantes, se reelegeu deputado federal por Minas em 1945, onde reafirmou e consagrou seu nome como um “político tocador de obras”, realizará articulações políticas bem planejadas. Em 1951 se elegeu governador de Minas, com um trabalho extremante grandioso no estado, construção de rodovias e pontes, criou a Companhia Energética de Minas Gerais, entre outros grandes feitos. Renunciou seu mandato em 1955, para concorrer há presidência do país.
1.2 O processo de sucessão política que acabou por lançar Juscelino Kubistchek como candidato a presidente da República, foi conturbado. Um momento político no Brasil de guerra iminente. O então presidente Getúlio Vargas, sofria fortes ataques de seus adversários e era pressionado para deixar o governo. Vargas havia sido eleito democraticamente, mas seus adversários radicais não se contentavam com seu retorno ao centro do palco político. Eram tempos de guerra fria, de permanente disposição intervencionista de parte das Forças Armadas Brasileiras, de guerra ideológica entre esquerda e direita, de radicalização e fanatismo. O golpe era latente há tempos, o clima político-militar era pesado e ameaçador. A situação do presidente Getúlio não era favorável, e já se via a hora de a situação culminar para o extremo. Neste contexto surge Juscelino, então governador de Minas, desenvolvimentista pragmático, homem de ação, não tinha valores políticos plenamente compatíveis com o nacionalismo varguista. Mas identificava-se plenamente com ele no compromisso democrático e na convicção da essencialidade do desenvolvimento econômico e da integração nacional. Cativara Vargas, com ele tinha amizade e lealdade pessoal, gratidão pelo seu apoio ao governo mineiro, além de um trunfo fortíssimo: Juscelino mostrava forte potencial eleitoral. Assim, podia não ser o melhor herdeiro ideológico, mas era um ótimo herdeiro eleitoral. O momento era de crise e em 22 de agosto, os brigadeiros aprovam proposta para comunicar ao presidente Vargas que deveria deixar o cargo, depois de meses de extremos ataques de seus inimigos. O que sucedeu adiante levou ao suicídio do presidente, que só sairia de sua posição morto. Seus aliados se reúnem após sua morte, e decidem pelo nome de Juscelino Kubistchek para disputar a eleição, através da aliança entre PSD e PTB. Aqui fica claro, que o apoio que receberá de Vargas anteriormente, teve papel de grande importância na escolha de seu nome, além de sua grande disposição para o cargo.
 2.1. A figura do gorila surge no Brasil, nos primeiros anos da década de 60, provavelmente importada da vizinha Argentina, que em 1962, viu um golpe militar derrubar seu presidente e assumir o poder. Ela é uma síntese perfeita da brutalidade e da estupidez, tudo o que a esquerda queria que fosse mostrado há população sobre os conservadores da direita. Através da construção do gorila, e do gorilismo, a esquerda zombou de seus adversários através do rebaixamento grotesco, representando a direita com um animal forte, mas de grande ignorância. Antiga presunção do pensamento progressista e de esquerda, de que à direita, encontram-se as forças do atraso, da ignorância e da repressão. Alguns nomes da política brasileira da época foram fortemente representados pela figura do gorila, entre eles Carlos Lacerda e seus seguidores. Além é claro, dos grupos de militares brasileiros.
 2.2. Este paradoxo de que “ora Jango é retratado como ingênuo e trapalhão... ora o criticavam por ser malicioso e ardiloso”, contribui para o acirramento da polarização ideológica que culminaria no golpe de 1964. Isto, por que levou a percepção tanto da esquerda, quanto da direita de que Jango impulsionaria a luta pelas reformas de classe. Herdeiro do vanguardismo/trabalhismo, além de nutrir laços com grupos de esquerda, era uma ameaça a direita conservadora do país. Pelo outro lado era visto pela esquerda com um político sensível as causas populares, preocupado com os problemas sociais que dilaceravam o país. Atraía simpatia em função de seu apoio às teses nacionalistas. Também era criticado por estes, mas por sua indecisão pelas questões reformistas e sua ambigüidade. A esquerda o atacava menos do que a direita, e no clima de polarização da época, tendiam a considerar Jango, mais um aliado do que um inimigo. Estas percepções dos atores políticos acerca de Goulart foram fatores decisivos na dinâmica dos acontecimentos, as imagens exploradas pelos caricaturistas, ajudavam a levantar os temores da direita sobre ele, e ajudavam a convencer a sociedade de que era legitimo retirar Jango do poder. O que culminou, juntamente com outros fatores para o golpe de 1964.

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