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Trabalho I-História do Brasil/Rio Grande do Sul

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Resenha: O Rio Grande Do Sul e as elites gaúchas na Primeira República: guerra civil e crise no bloco do poder. Cláudia Wessermann
Questão: Quais os grupos políticos envolvidos na Revolução Federalista de 1893 e como o conflito se desenvolveu?
Considerações iniciais:
A autora discorre ao longo do texto sobre o período da Republica Velha no Rio Grande do Sul, que se tratou de uma época de grande prosperidade econômica para o estado, através do incremento do capitalismo no mesmo; e onde se observou a peculiaridade do Sul do país, no ponto de vista econômico, que estava voltado para o mercado interno, diferentemente de outras unidades da federação. E foi neste período que se viu surgirem duas guerras civis: a Revolução de 1823, entre 1823 e 1825, e anteriormente, a Revolução Federalista, entre 1883 e 1885. Guerras estas, que foram das elites gaúchas, as demandas do povo praticamente não estiveram presentes, e sua participação nas guerras se deu pelas convocações feitas pela classe dominante. 
A Revolução Federalista de 1883
 A Revolução Federalista de 1883 foi travada por razões políticas, e estourou logo após Júlio de Castilhos assumir a presidência do Rio Grande do Sul, perdurou por 31 meses, custou a vida de 1% da população masculina do Estado (cerca de 10 a 12 mil homens) e foi o maior confronto interno da história do país. De um lado da guerra estavam os republicanos positivistas, liderados por Castilhos, integrantes do PRR - Partido Republicano Rio- Grandense, os então pica-paus (mais tarde chimangos, depois da publicação de um poema de Ramiro Barcelos) e do outro aglutinavam- se todas as demais facções políticas do Rio Grande do Sul, unidas em torno dos federalistas PF – Partido Federalista, liderados por Silveira Martins, os maragatos, marcados pelo lenço vermelho.
O grupo liderado por Júlio de Castilhos, além de ter o apoio de Floriano Peixoto, estava unido pelos mesmos ideais positivistas, transformados quase em uma religião, através das habilidades de Castilhos. O grupo liderado por Silveira Martins, obtinha certa desvantagem, era demasiado heterogêneo reunindo monarquistas e republicanos, de tendência parlamentarista ou presidencialista, todos afastados do partido pelo sectarismo de Castilhos, assim, pouco eles tinham em comum, além do ódio a Castilhos. 
A Revolução foi sangrenta, disputada e vivida; sua crueldade ficou consagrada pela forma de execução, através da degola, que era um processo rápido e barato, comum a época. Os castilhistas degolaram antes e mais do que os federalistas. Assim se dava a “Revolução da degola”, com grande crueldade e brutalidade por parte dos envolvidos.
O seu início se deu logo após a imposição do governo de Júlio de Castilhos, inconformados com a imposição presidencial os federalistas pegaram em armas pra impor a anulação do governo castilhista, em fevereiro de 1893, sendo recebidos com uma rápida reação das tropas governamentais. Os federalistas eram bem articulados, invadindo diversas regiões do Estado, pegando os adversários de surpresa. Através desta boa articulação, os federalistas conseguiram avançar pelo país com suas tropas, tomando regiões em Santa Catarina e no Paraná. Ainda em 1893, a Revolta da Armada ocorrida no Rio De Janeiro, se uniu a causa dos federalistas. Durante o conflito, dois episódios causaram espanto, pelo número de mortos através da degola, foram os massacres do Rio Negro, que se deu em 27 de novembro de 1893, a poucos quilômetros de Bagé, onde foram degolados 300 republicanos, Joca Tavares, comandante em chefe do Exército Libertador, foi quem coordenou a operação com seus cerca de 3 mil homens; e o massacre do Boi Preto, em abril de 1894, nos arredores de Palmeira das Missões, os Republicanos degolaram 322 maragatos, liderados pelo comandante da 5¨ Divisão do Norte, Firmino de Paula. Quando a Revolta da Armada sucumbiu, por motivos internos, enfraqueceu- se também a Revolução Federalista, embora os federalistas tenham decidido continuar na luta, realizando um cerco a Bagé, em uma tentativa de retomar para si a cidade, e onde se viu também um importante episódio da guerra; o Cerco a Bagé durou 47 dias, e foi marcado pela fome que os castilhistas tiveram de enfrentar, ao final os reforços republicanos chegaram e os federalistas foram forçados a bater em retirada. Após diversos conflitos, e com a recorrente vitória dos Castilhistas, os federalistas viram seu golpe sucumbir ao poder do governo, e Maragatos e pica-paus depuseram suas armas em setembro de 1895.
Considerações Finais:
A Revolução federalista provocou efeitos muito importantes na sociedade, política e cultura sul-riogradenses, ainda hoje perceptíveis. A história desta importante Revolução necessita ainda, ser objeto de maiores estudos e análises, no que se refere a como ela teria ocorrido no sul do Estado, já que grande parte dos estudos realizados sobre o tema da Revolução Federalista, estão focados em seu viés político, e nos fatos ocorridos ao norte do Estado do Rio Grande do Sul.

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