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WEBER, ACAO SOCIAL E DIREITO

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AULA 16/09
REVISÃO SOLIDARIEDADE – DURKHEIM
WEBER
EXERCÍCIOS E
CORRIGIR EXERCÍCIOS AULA ANTERIOR
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SÍNTESE DAS RELAÇÕES SOCIEDADE-SOLIDARIEDADE-DIREITO
DURKHEIM
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Sendo uma regra, não pode ser transgredida, pois como o próprio autor diz "... devemos nos guiar...". Ele não fala em pode guiar, e sim que devemos nos conduzir de acordo com ela, acentuando, de certa forma, o caráter coercitivo na norma jurídica. 
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WEBER
Idealista
Método compreensivo
Ética protestante e o capitalismo
Tipo ideal
Ação social
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Tipo ideal
os tipos ideais são instrumentos que são utilizados pelo sociólogo para compreender a realidade
eles não são “conceitos”, não são “expressões da realidade”
construções subjetivas que são instrumentos para se utilizar na análise da realidade empírica
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Ação Social
quando existe referência ao comportamento de outros na elaboração do sentido da ação. Ex: piscar o olho (tramando alguma coisa contra um terceiro -a ação é social)
sentido de minha ação (piscar o olho) tem a ver com o fato de que quero me comunicar com a outra pessoa
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a ação social se define pela participação de outros na elaboração de seu sentido, não importa o tipo de participação
a ação social pode ser “boa” ou “má”. Dar um soco na cara de alguém é uma ação social. O sentido do ato “dar um soco” tem a ver com a presença do outro e com alguma coisa que ele fez ou deixou de fazer. 
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Ação social: conduta humana dotada de sentido 
Diferenciação entre ação social e relação social:
a ação é orientada pela conduta do outro
relação social - ação é orientada pelo sentido compartilhado reciprocamente por um grupo de agentes.
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Tipos de Ação Social
Ação racional com respeito a fins = determinada pelo cálculo racional que estabelece fins e organiza os meios para alcançar um fim. Ex: engenheiro
É o tipo de ação mais frequente na sociedade moderna. 
É a ação do empresário capitalista, é a ação do político que leu Maquiavel, é a ação do crime organizado, é a ação de Auschwitz.
 
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Ação racional com respeito a valores = A diferença em relação à primeira é que o fim é um VALOR que pode ter conteúdo ético, moral, religioso, político ou estético. 
O que dá sentido à ação é a sua racionalidade quanto aos valores que a guiaram. A ação é orientada pela fidelidade aos valores que inspiram a conduta. 
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Essa ação pode tender para a irracionalidade tanto mais quanto maior for a adesão aos valores absolutos. 
Ex: Rigor religioso - o crente que prefere pregar para as paredes a fazer alguma adaptação de suas idéias de acordo com o gosto do público. 
o artista que prefere não vender nenhuma obra a fazer concessões
o político que prefere perder as eleições a renegar a sua ideologia.
 
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Ação afetiva ou emocional = Não é racional. É a ação inspirada por emoções imediatas tais como vingança, desespero, admiração, orgulho, medo, inveja ou entusiasmo. 
Na ação afetiva o agente segue um impulso e não elabora as consequências da sua ação, diferente da ação por valores.
É a ação de quem larga tudo por amor
Ex: É a ação de quem dá um tiro na mulher quando descobre que foi traído. É a ação de quem larga o emprego porque foi xingado pelo chefe
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Ação tradicional= também não é racional 
Ocorre quando o agente cumpre hábitos e costumes arraigados simplesmente porque é o que sempre foi feito
quando o grau de automatismo é muito alto, o comportamento pode deixar de ter um sentido subjetivo para o agente, deixaria de ser ação
Ex: a ação daquelas pessoas que se casam na igreja e batizam os filhos sem nunca terem sido religiosas, apenas porque todo mundo faz assim. 
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Sociedade
a sociologia weberiana concebe a sociedade como um eterno fluir
um conjunto inesgotável de acontecimentos que aparecem e desaparecem
está sempre em movimento devido a um elemento básico: a ação social 
que implica uma concepção do homem como indivíduo ativo a partir de um processo de conexão valorativa do homem visando o real.
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DURKHEIM E WEBER
Durkheim estuda o direito, que já está lá (é intrínseco), então pode ser previsto, é no direito que encontra a regulamentação para a vida social (leis). 
Durkheim é o homem da previsibilidade a partir do empírico e dele chega às análises 
Weber parte do substrato cultural para poder fazer alguma previsão 
uma sociedade pode ser racional tendo valores subjetivos, o que faz essa mediação entre indivíduo e sociedade são as instituições, 
a ação racional é pensada tanto no pessoal quanto no individual. 
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Dominação
a probabilidade de encontrar obediência a uma ordem de determinado conteúdo
 
dominação implica em dominantes (a presença efetiva de alguém mandando) e dominados (sujeitos submetidos a relações de dominação). 
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Tipos de dominação
Dominação legal - em virtude de estatuto, de uma regulamentação ou de normas. 
Ex: autoridade dos governantes, presidentes, diretores e chefes nas organizações empresariais.
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Dentre as diversas formas que a dominação legal pode assumir seu tipo mais puro é a dominação burocrática.
Dominação burocrática: aquele que emprega um quadro administrativo burocrático
Sua idéia básica é que qualquer direito pode ser criado e modificado mediante um estatuto sancionado
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Obs.: Nesse tipo de organização burocrática obedece-se não à pessoa, mas a regra estatuída, que estabelece tanto a quem se obedece como em que medida obedecer. 
O dever de obediência está graduado hierarquicamente através de cargos, havendo subordinação dos inferiores aos superiores, dispondo de um direito de queixa regulamentado. 
A base de seu funcionamento é a disciplina do serviço.
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Dominação carismática - devoção efetiva à pessoa do senhor e a seus dotes sobrenaturais (carisma) e, particularmente a faculdades mágicas, revelações ou heroísmo, poder intelectual ou de oratória.
	Ex: profetas, herói guerreiro e grande demagogo, Padre Cícero, Antônio Conselheiro, Getúlio Vargas.
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Dominação tradicional - em virtude da crença na santidade das ordenações e dos poderes senhoriais de há muito existentes.
	 Ex: senhor feudal, senhor de engenho (Brasil), autoridade dos pais sobre os filhos.
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Dentro da regularidade da conduta social podemos descobrir usos e costumes.
Usos = quando apresentam muita eficácia tornam-se costumes. 
Três bases do Direito: costumes, carisma e lei
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A dedicação ao líder e a confiança nele, pelas suas qualidades, garantiram e solidificaram-lhe a autoridade. 
A crença na autoridade de normas estabelecidas de modo racional criou condições para a cristalização do poder e a garantia de obediência. 
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Burocracia weberiana
elaborou o conceito de burocracia baseado em elementos jurídicos do século XIX
 
dentro dessa perspectiva jurídica, o termo era empregado para indicar funções da administração pública
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era guiada por normas, atribuições específicas, esferas de competência bem delimitadas e critérios de seleção de funcionários
Definição da época: 
aparato técnico-administrativo, formado por profissionais especializados, 
selecionados segundo critérios racionais e que 
se encarregavam de diversas tarefas importantes dentro do sistema. 
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Teoria da Burocracia nasceu da necessidade de definição rigorosa das hierarquias, das regras e regulamentos e das linhas de autoridade como forma de garantir a sobrevivência a longo prazo. 
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A burocracia no Estado moderno
Estado moderno e da ordem legal que a burocracia atingiu seu mais alto grau de racionalidade
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Segundo Weber, as principais características de um aparato burocrático moderno são: 
Funcionários que ocupam cargos burocráticos são considerados servidores públicos; 
Funcionários são contratados em virtude de competência técnica e qualificações específicas; 
Funcionários cumprem tarefas que são determinadas
por normas e regulamentos escritos; 
A remuneração é baseada em salários estipulados em dinheiro; 
Funcionários estão sujeitos a regras hierárquicas e códigos disciplinares que estabelecem as relações de autoridade.
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A divisão e distribuição de funções, a seleção de pessoal especializado, os regulamentos e a disciplina hierárquica são fatores que fazem da burocracia moderna o modo mais eficiente de administração
Leigo = em geral, costuma criticar o aparelho burocrático, devido à sua rigidez administrativa, inadequação das normas e grande quantidade de regulamentos
Problemas: a rigidez estrutural que defende (impedindo a inovação e a criatividade) e a morosidade que provoca nos processos. 
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Para Weber, a burocracia e a burocratização são processos inevitáveis e crescentes, presentes em qualquer tipo de organização, seja ela de natureza pública ou privada.
 A organização burocrática é condição sine qua non ("sem o qual não pode existir") para o desenvolvimento de uma nação, por ser indispensável ao funcionamento do Estado, gestor dos serviços públicos, e de todas as atividades econômicas particulares. 
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As vantagens da burocracia, para Weber, são:
Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização.
Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos deveres.
Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem e as ordens e papéis tramitam através de canais pré-estabelecidos.
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Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita
Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização, redução de custos e de erros
Continuidade da organização através da substituição do pessoal que é afastado. 
os critérios de seleção e escolha do pessoal baseiam-se na capacidade e na competência técnica.
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Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece aquilo que é exigido dele e quais são os limites entre suas responsabilidades e as dos outros
Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias
Subordinação dos mais novos aos mais antigos, dentro de uma forma estrita e bem conhecida, de modo que o superior possa tomar decisões que afetem o nível mais baixo.
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Confiabilidade, pois o negócio é conduzido de acordo com regras conhecidas, sendo que grande número de casos similares são metodicamente tratados dentro da mesma maneira sistemática. 
As decisões são previsíveis e o processo decisório, por ser despersonalizado no sentido de excluir sentimentos irracionais, como o amor, raiva, preferências pessoais, elimina a discriminação pessoal.
Existem benefícios sob o prisma das pessoas na organização, pois a hierarquia é formalizada, o trabalho é dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para se tomarem especialistas em seus campos particulares, podendo encarreirar-se na organização em função de seu mérito pessoal e competência técnica.
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Racionalização
conceito muito ligado à burocracia 
Weber = a racionalidade implica adequação dos meios aos fins, isto significa eficiência
um processo é racional se os meios mais eficientes são escolhidos para sua implementação
Weber = as metas coletivas da organização e não as dos seus membros individuais que são levadas em consideração
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Para Weber, a sociedade não “paira” sobre os indivíduos e nem lhes é superior. As regras e normas sociais são resultados de um conjunto complexo de ações individuais, nas quais os indivíduos escolheriam diferentes formas de conduta. Há portando um privilégio da parte (indivíduo) sobre o todo (sociedade)

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