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02/12/2014 1 LE200- Química Geral Aulas 14 – Cinética Química Prof. Responsável: Dra. Alessandra Cremasco Alessandra.cremasco@fca.unicamp.br Cinética Química • A cinética é o estudo da velocidade das reações químicas. == s L/Mol tempo produtosou reagentes de ãoconcentraç da variação reaçãovelocidade A → B – Velocidade na qual o produto é formado – Velocidade na qual os reagentes são consumidos [ ] t A ∆ ∆ −=A a relação em médiavelocidade [ ] t B ∆ ∆ =B a relação em médiavelocidade Velocidade da reação Considerar Estequiometria da reação xx Velocidade das Reações Gráfico vaconcentração de reagente em função do tempo: - Velocidade é alterada durante a reação e diminui com tempo. - Velocidade media: inclinação de uma linha entre dois pontos. - Velocidade instantânea: inclinação da tangente da curva. Variação da velocidade com o tempo Velocidade das Reações exercício 1 • A conversão do ozonio em oxigênio foi estudada e a velocidade do consume de ozonio foi medida como 2,5 x 10-5 mol.L-1.s-1. Qual a velocidade de produção de O2neste mesmo experimento? (R=3,8 x 10-5 mol/L.s) 2)(3 32 OO g → Cinética Química: Fatores que influenciam a velocidade da reação • Depende da colisão entre as moléculas (↑colisão ↑ velocidade da reação) Energia suficiente e orientação apropriada. • Existem quatro fatores importantes que afetam as velocidades das reações: – Concentrações dos reagentes, – Temperatura – Presença de catalisador. – Estado físico do reagente (área superficial) )(2)(2)()(22 22 aqlaqaq IOHHIOH +→++ +−Reação com iodo: Vitamina C, reduz o iodo para I2 Quando a vitamina C tiver sido consumida, I2 permanece na solução e forma complexo azul com amido +− ++→+ HIOHCOHCI aqaqaqaq 22 )()(666)(686)(2 Cinética Química: Fatores que influenciam a velocidade da reação 02/12/2014 2 Velocidade das Reações – Efeito da Concentração • Em geral, a velocidade aumenta com o aumento das concentrações. – Se [NH4 +] duplica com a [NO2 -] constante, a velocidade dobra, – Se [NO2 -] duplica com a [NH4 +] constante, a velocidade dobra, )(2)(2)(2)(4 2 lgaqaq OHNNONH +→+ −+ •Conclui-se que: velocidade ∝ [NH4 +][NO2 -] • Para uma reação geral com a lei da velocidade • A ordem da reação é m para o reagente 1 e n para o reagente 2 e a ordem total é m + n • Os expoentes (ordens) são determinados experimentalmente. Eles não estão relacionados com a estequiometria. [ ][ ]−+= 24velocidade NONHk k = cte de velocidade ãoconcentraç unidade de velocidaunidadek = unidades Velocidade das Reações – Efeito da Concentração • Como determinar a lei das velocidades e constante de velocidade? Uso das velocidades iniciais. Velocidade das Reações – Efeito da Concentração Reação de ordem zero: a variação da concentração do reagente não produz nenhum efeito na velocidade. Reação de primeira ordem: ao dobrar a concentração, a velocidade também dobra. Reação de segunda ordem: ao dobrar a concentração, a velocidade aumentar em fator de 4 (2n). • Para a reação de decomposição de N2O5, considere os seguintes dadaos para a cinética desta reação: • Qual a lei da velocidade e a constante de velocidade para esta reação na temperatura deste experimento. Velocidade das Reações – Efeito da Concentração - exercício 2 Experimento [N2O5] inicial (mol/L) Velocidade Inicial da Reação (mol/L.s) 1 3,0 x 10-3 9,0x10-7 2 9,0 x 10-3 2,7x10-6 )(2)(2)(52 42 ggg ONOON +→ Variação da Concentração com o Tempo Lei de Velocidade Integrada • As concentrações das substâncias variam com o tempo, mas a equação da velocidade não permite visualizar esta alteração. Converter a lei de velocidade em uma equação para fornecer as concentrações como uma função do tempo. Reação de ordem zero: velocidade não depende da concentração dos reagentes. [ ] kAk t A == ∆ ∆ −= 0][ velocidade [ ] [ ]0AA +−= ktt Representação gráfica de [A]t versus t é uma linha reta com inclinação –k. Reação de primeira ordem: velocidade depende da concentração de apenas um reagente, sendo que a velocidade duplica quando a concentração de um reagente dobra. Uma representação gráfica de ln[A]t versus t é uma linha reta com inclinação -k e intercepta em ln[A]0. [ ] [ ]Ak t A = ∆ ∆ −=velocidade [ ] [ ]0AlnAln +−= ktt Variação da Concentração com o Tempo Lei de Velocidade Integrada 02/12/2014 3 • Um gráfico de 1/[A]t x t é uma linha reta com inclinação k e intercepta 1/[A]0 • Para uma reação de segunda ordem, um gráfico de ln[A]t x t não é linear. [ ] [ ]0A 1 A 1 += kt t [ ] [ ]2velocidade Ak t A = ∆ ∆ −= Reação de segunda ordem: velocidade depende da concentração dos reagentes, sendo que a velocidade aumenta em um fator de 4 quando a concentração de um reagente dobra. Variação da Concentração com o Tempo Lei de Velocidade Integrada A reação de decomposição do NO2 para formar NO e O2 foi estudada a 370 ºC e os seguintes dados foram obtidos: Com base nestes dados, determine a ordem dessa reação e a constante de velocidade. Variação da Concentração com o Tempo Lei de Velocidade Integrada – Exercício 3 Tempo (s) [NO2] (mol/L) 0,0 0,300 5,0 0,0197 10,0 0,0100 15,0 0,0070 20,0 0,0052 25,0 0,0041 30,0 0,0035 • Meia-vida: tempo que a concentração de um reagente leva para diminuir para a metade do seu valor inicia Indica a velocidade que um reagente é consumido em uma reação. • Reação de 1ª ordem: t½ é o tempo gasto para [A]0 alcançar ½[A]0. Substituindo t1/2 é independente da concentração. Variação da Concentração com o tempo - Meia-vida 0][2 1][ AA t = 2 1 ][ ][ 0 = A A t ( ) kk t 693.0ln 21 2 1 =−= Uma possível reação para a degradação do pesticida DDT em um composto menos prejudicial foi simulada em laboratório. Descobriu-se que a reação é de primeira ordem, com k = 4,0x10-8.s-1. Qual a meia- vida para a degradação do DDT, em anos? Variação da Concentração com o tempo - Meia-vida – exercício 4 Temperatura e Velocidade Modelo de Colisão • A velocidade das reações aumenta com o aumento da temperatura: • Quanto > a temperatura, mais rápida é a reação. • Maior é a velocidade. Temperatura e Cinética: Modelo de Colisão • A lei da velocidade não contém termos de temperatura constante de velocidade depende da temperatura. Exemplo: • O efeito da temperatura é bastante dramático. Por quê? Causa maior movimentação da moléculas. As velocidades das reações são afetadas pela concentração e pela temperatura. CNCHNCCH 33 → Temperatura (ºC) Constante de velocidade (k) 190 0,252 x10-3 .s-1 250 3,16 x 10-3 .s-1 02/12/2014 4 • As moléculas que reagem devem colidir uma com as outras. o Quanto maior o número de colisões, maior a velocidade da reação. o Quanto mais moléculas estiverem presentes, maior a probabilidade de colisão e maior a velocidade. • As moléculas que reagem devem colidir com energia suficiente para quebrar as ligações. o Quanto mais alta a temperatura, mais energia disponível para as moléculas e maior a velocidade. Temperatura e Cinética: Modelo de Colisão Exemplo: Duas maneiras de colisão dos átomos de Cl com moléculas de NOCl. Uma é efetiva, mas a outra não. 2ClNONOClCl +→+ • As moléculas que reagem devem colidir com uma orientação que possa levar o rearranjo dos átomos. o Nem todas as colisões levam aos produtos, apenas uma pequena fração das colisões levam ao produto. Temperatura e Cinética: Modelo de Colisão Comportamento de Arrhenius: as moléculas devem possuir uma quantidade mínima de energiapara que elas reajam. Por quê? – As ligações devem ser quebradas nos reagentes para que se formem os produtos. – A quebra de ligação requer energia. • A energia de ativação, Ea, é a energia mínima necessária para iniciar uma reação química. Temperatura e Cinética: Energia de Ativação 22 CONOCONO +→+Exemplo: • Arrhenius observou que o aumento de v e o aumento de T não tem uma relação linear. • Velocidade da reação depende: quantidade de moléculas que tem energia ≥ Ea, do nº de colisões que ocorrem e do nº de colisões com orientação correta: • Equação de Arrhenius: RT Ea Aek − = Temperatura e Cinética: Equação de Arrhenius k: constante de velocidade R: constante dos gases (8,314 J/K mol) T: temperatura em K. Ea*: energia de ativação A*:fator de frequência (probabilidade de colisão favorável) *Específicos para uma determinada reaçãoFração de moléculas com mínimo de energia necessária para reagir • Pode-se determinar experimentalmente a energia de ativação (Ea) ou calcular a constante de velocidade (k) se a T e Ea forem conhecidas. • Reformulando a equação de Arrhenius: rearranjando: A RT Ek a lnln +−= A TR Ek a ln1ln + −= Gráfico de (ln k) traçado em função de (1/T) será uma reta com coeficiente angular (–Ea/R). Temperatura e Cinética: Equação de Arrhenius Calcule a Energia de ativação para a reação Temperatura e Cinética: Equação de Arrhenius – Exercício 5 222 22 ONON +→ Experimento Temperatura (K) K(L/mol.s) 1 1125 11,59 2 1053 1,67 3 1001 0,380 4 838 0,0011 02/12/2014 5 • Catalisadores aceleram a reação química, sem sofrer qualquer mudança química permanente. Exemplo: A adição sal de mangânes, iodeto ou enzima faz com que a reação ocorra rapidamente. • Os catalisadores podem ser: – Homogêneo: mesmo estado físico que os reagents. – Heterogêneo: estado físico diferente. Geralmente, os catalisadores atuam diminuindo a energia de ativação para uma reação. Catalisadores )(2)(2)(22 22 lgaq OHOOH +→ Extremamente lenta • Podem agir aumentando o número de colisões efetivas. • Os catalisadores aumentam k através do aumento de A ou da diminuição de Ea, podendo adicionar intermediários à reação. • Com o uso de catalisadores, as energias de ativação para as etapas devem ser mais baixas do que a energia de ativação para a reação não catalisada. Exemplo: Na presença de Br- Br2(aq) é produzido como um intermediário na decomposição de H2O2. Catalisadores
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