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AV TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Estacio (8)

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Aula 01 – Ciência, Tecnologia e Sociedade
Ao projetar, desenvolver ou implementar um novo sistema, software, processo, metodologia ou produto tecnológico é oportuno que o profissional compreenda o cenário global mundial, bem como a cultura regional e organizacional onde atua, identificando os impactos de sua atuação nesse contexto e percebendo suas relações, o estudante será capaz de estabelecer relações de causa e efeito e compreender a relação dialética entre eles, ou seja, as influências mútuas que vão determinar avanços sociais, científicos e tecnológicos no mundo atual e que contribuíram para a revolução digital, período que vivenciamos atualmente.
Ciência: Conjunto organizado de conhecimentos relativos a certas categorias de fatos ou fenômenos. Toda ciência, para definir-se como tal, deve necessariamente recortar, no real, seu objeto próprio, assim como definir as bases de uma metodologia específica: ciências físicas e naturais.
Sociedade: Reunião de homens, de animais, que vivem em grupos organizados; corpo social. Conjunto de membros de uma coletividade, sujeitos às mesmas leis. Cada um dos diversos estágios da evolução do gênero humano.
Nestas definições, podemos perceber claramente que a ciência está diretamente relacionada ao conhecimento, à sociedade, aos seres humanos e à tecnologia, às técnicas, aos métodos, processos e instrumentos.
Nas diferentes definições encontradas na literatura publicada sobre esses termos, com particular observação da proposta de definição da UNESCO, podemos destacar algumas características relevantes em cada uma:
Ciência: Constitui-se de um conjunto de conhecimentos organizados; Desenvolve-se através do tempo; Parte de mecanismos de causalidade dos fatos observáveis; Baseia-se no estudo objetivo de fenômenos empíricos; Está relacionada à comprovação de teorias; Está associada à publicação de artigos, teses, livros, etc.; Os conhecimentos criados são livremente veiculados e patrimônio da civilização.
Sociedade: Constitui-se por um conjunto de pessoas; Desenvolve-se através do tempo; Baseia-se em um sistema de relacionamentos entre as pessoas; Seus membros compartilham propósitos, interesses, preocupações e costumes e interagem entre si, constituindo uma comunidade; Seus membros constroem conhecimentos e desenvolvem tecnologia.
Tecnologia: Constitui-se de um conjunto de conhecimentos científicos ou empíricos; Desenvolve-se através do tempo; Baseia-se na aplicação dos conhecimentos na produção ou melhoria de bens e serviços; Está relacionada aos impactos socioeconômicos sobre uma comunidade; Seus resultados são obtidos a partir da aplicação de novos materiais, processos, métodos e produtos nos meios de produção; Está sintonizada com o desenvolvimento econômico e o bem-estar da sociedade; Seus produtos e processos são passíveis de negociação e de enquadramento como patentes.
Relação Dialética entre Sociedade, Ciência e Tecnologia.
Dizer que a relação entre sociedade, ciência e tecnologia é dialética significa dizer que:
Para entendermos melhor essa relação dialética ou de retroação entre ciência, tecnologia e sociedade, podemos tomar como exemplo o aparelho de telefone celular, tão difundido atualmente.
A sociedade necessitava se comunicar com mobilidade, de forma que o aparelho telefônico estivesse junto com o homem para essa comunicação.
Através da ciência, foram desenvolvidos os conhecimentos que suportassem a telefonia móvel e, por meio da tecnologia, foi desenvolvido o artefato do aparelho celular. Então, a sociedade demandou uma necessidade que foi atendida pela ciência e pela tecnologia, determinando a criação de um novo artefato para telefonia móvel.
Com o uso intensivo do aparelho celular, a tecnologia agregou novas funções a esse artefato, possibilitando o envio de mensagens de texto, por exemplo. Com a popularização do celular, os adolescentes passaram a ter acesso fácil a esse aparelho e, ao invés de falar ao telefone, começaram a utilizá-lo com mais frequência para o envio de mensagens. A tecnologia, então, passou a determinar mudanças no comportamento dos adolescentes e em sua forma de comunicação.
A partir do exemplo, podemos perceber que a sociedade demandou o desenvolvimento de novos conhecimentos através da ciência que, por sua vez, demandou o desenvolvimento de uma nova tecnologia. O aparelho celular, ao ser usado pela sociedade, determinou novas formas de comportamento e de comunicação, impulsionando, cada vez mais, a evolução desse meio de comunicação que, com a convergência tecnológica, possibilita atualmente: acessar a Internet, fotografar, enviar mensagens, ouvir e fazer download de músicas, enviar e fazer download de imagens, etc.
Desta forma, podemos perceber, com um exemplo simples, a relação dialética entre sociedade, ciência e tecnologia, expressa através de um relacionamento contínuo, recíproco e de determinação mútua.
A sociedade determinou a geração de uma nova tecnologia (telefone celular) através da ciência, tecnologia esta que determinou mudanças sociais (mudanças comportamentais a partir do uso do celular) que ocasionaram impactos na evolução da ciência e da tecnologia (novos aparelhos celulares com múltiplas funções), em um processo imbricado de interação e retroação, através do qual sociedade, ciência e tecnologia retroagem entre si, não necessariamente nessa ordem, orientando ou reorientando sua evolução.
Após conhecer as diferentes abordagens sobre a relação entre ciência, sociedade e tecnologia, é importante você compreender que cada uma reflete um momento histórico na evolução do homem contemporâneo e, como tal, estão impregnadas de crenças, valores, argumentos e conhecimentos próprios do cenário e do período evolutivo em questão. Entretanto, atualmente podemos chegar a algumas conclusões oportunas e importantes para o exercício profissional na área de TIC:
Há conceitos diferenciados sobre sociedade, ciência e tecnologia, variando de acordo com o período histórico, a cultura, o contexto e a abordagem que lhe são atribuídos. Sociedade, ciência e tecnologia mantêm uma relação dialética contínua entre si, em constante interação e determinação mútua de impactos em sua evolução.
Tecnologia: Estudo dos instrumentos, processos e métodos empregados nos diversos ramos industriais.
A revolução digital teve seu início marcado pelo surgimento da Internet e uso das novas tecnologias da informação e comunicação para apoiar as atividades econômicas, financeiras, governamentais, o comércio e a comunicação entre as pessoas. 
As tecnologias de informação e comunicação constituem-se em tecnologias e métodos para captação, transmissão e distribuição das informações em diferentes formatos (texto, som, vídeo etc) e para suportar a comunicação. Surgidas no contexto da Revolução Digital, desde a metade da década de 1970, desenvolvendo -se rapidamente até os dias atuais, são a base para o desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento. 
Ciência - Conjunto organizado de conhecimentos relativos a certas categorias de fatos ou fenômenos. Toda ciência, para definir-se como tal, deve necessariamente recortar, no real, seu objeto próprio, assim como definir as bases de uma metodologia específica: ciências físicas e naturais. 
Sociedade - Reunião de homens, de animais, que vivem em grupos organizados; corpo social. Conjunto de membros de uma coletividade, sujeitos às mesmas leis. Cada um dos diversos estágios da evolução do gênero humano. 
Tecnologia - Estudo dos instrumentos, processos e métodos empregados nos diversos ramos industriais. 
Nestas definições, podemos perceber claramente que a ciência está diretamente relacionada ao conhecimento, à sociedade, aos seres humanos e à tecnologia, às técnicas, aos métodos, processos e instrumentos. 
Nas diferentes definições encontradas na literatura publicada sobre esses termos, com particular observação da proposta de definição da UNESCO, podemos destacar algumas características relevantes em cada uma: 
Ciência:Constitui-se de um conjunto de conhecimentos organizados; Desenvolve-se através do tempo; Parte de mecanismos de causalidade dos fatos observáveis; Baseia-se no estudo objetivo de fenômenos empíricos; Está relacionada à comprovação de teorias; Está associada à publicação de artigos, teses, livros, etc.; Os conhecimentos criados são livremente veiculados e patrimônio da civilização. 
Sociedade: Constitui-se por um conjunto de pessoas; Desenvolve-se através do tempo; Baseia-se em um sistema de relacionamentos entre as pessoas; Seus membros compartilham propósitos, interesses, preocupações e costumes e interagem entre si, constituindo uma comunidade; Seus membros constroem conhecimentos e desenvolvem tecnologia. 
Tecnologia: Constitui-se de um conjunto de conhecimentos científicos ou empíricos; Desenvolve -se através do tempo; Baseia-se na aplicação dos conhecimentos na produção ou melhoria de bens e serviços; Está relacionada aos impactos socioeconômicos sobre uma comunidade; Seus resultados são obtidos a partir da aplicação de novos materiais, processos, métodos e produtos nos meios de produção; Está sintonizada com o desenvolvimento econômico e o bem-estar da sociedade; Seus produtos e processos são passíveis de negociação e de enquadramento como patentes . 
DIALÉTICA - Do grego “dia” (troca) e “lekticós” (apto à palavra) o termo dialética tem a mesma raiz de diálogo. 
É uma forma de discurso entre duas ou mais pessoas que possuem diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto, mas que pretendem estabelecer a verdade através de argumentos fundamentados e não simplesmente vencer um debate ou persuadir o opositor. Embora o ato em si seja fundamental na formação da filosofia, o termo foi popularizado apenas com o advento dos diálogos socráticos de Platão.
Para estabelecer a dialética, Sócrates encontrou na Verdade o maior valor, propondo que a verdade poderia ser descoberta através da razão e lógica em uma discussão.
O propósito do método dialético é resolver os desacordos através de discussões racionais, e, em última análise, a busca pela verdade. A forma herdada de Sócrates para proceder tal discussão é mostrar que uma dada hipótese leva a contradições, então, forçar a retirada da hipótese como candidato a verdade. Desta forma, teríamos de encontrar outro candidato a verdade, para verificar se este também estaria comprometido com uma contradição, de tal forma que pudesse ser eliminado. Aquele candidato a verdade que por todos os meios não pudesse ser refutado, manter-se-ia como tal.
Relação Dialética - Significa uma contínua relação recíproca, na qual nada pode ser entendido isoladamente, fora da realidade à sua volta e sem relações constantes de determinação mútua. Tudo e todos pertencem a uma "totalidade dialética" e fazem parte de uma estrutura. 
Significado de Dialética
A dialética tem origem na palavra grega dialektiké, que quer dizer a arte do diálogo, de debater, a arte de persuadir e raciocinar.
No geral a dialética consiste em apresentar um posicionamento e depois contradizê-lo, método muito utilizado pelos gregos para dividir ideias e assim facilitar o debate de vários temas.
No campo da filosofia a dialética é muito dominante, sendo o método amplamente debatido por diversos filósofos ao longo da história como Aristóteles, Sócrates, Hegel, Platão, Marx, entre outros. Alguns deles classificavam a dialética como a filosofia em si, uma vez que ela gera discussão acerca de vários temas procurando diversas formas de debatê-lo.
Relação Dialética entre Sociedade, Ciência e Tecnologia: Uma contínua relação recíproca, na qual nada pode ser entendido isoladamente: 
A sociedade determina impactos na ciência e na tecnologia. 
A ciência determina impactos na sociedade e na tecnologia. 
A tecnologia determina impactos na sociedade e na ciência. 
EMPIRISMO
Todo conhecimento só pode ser obtido por meio da experiência.
Quando nascemos, não sabemos o que é uma maçã, mas formamos a ideia de maçã a partir dos sentidos. Vemos a sua cor, sentimos o seu aroma, tocamos sua casca e mordemos a fruta. Cada uma dessas sensações simples nos faz ter a ideia de maçã. A partir da sensação, há a reflexão. Dessa forma, nossas ideias são um reflexo daquilo que nossos sentidos perceberam do mundo.
O empirismo é o conhecimento que resulta da própria experiência. Também se trata de um sistema filosófico baseado, precisamente, nos dados da experiência.
Para a filosofia, o empirismo é uma teoria do conhecimento que dá ênfase ao papel da experiência e da percepção sensorial na formação de ideias. Para que o conhecimento seja válido, deve ser provado através da experiência, convertendo-se assim na base de todos os conhecimentos.
Da mesma forma, o empirismo na filosofia da ciência sugere que o método científico deva dispor de hipóteses e teorias comprovadas através da observação do mundo natural. O raciocínio, a intuição e a revelação ficam subordinados à experiência.
O Inglês John Locke (1632-1704) foi o primeiro a formular explicitamente a doutrina do empirismo. Locke considerava que o cérebro de um bebé recém-nascido é como uma tábua rasa, onde as experiências deixam marcas. Como tal, o empirismo considera que os seres humanos não têm ideias inatas. Nada pode ser entendível sem alusão à experiência.
Assim sendo, o empirismo filosófico opõe-se ao racionalismo, o qual sustenta que o conhecimento se obtém através da razão, para lá dos sentidos ou da própria experiência.
O filósofo escocês David Hume (1711-1776) acrescentou ao empirismo um ponto de vista séptico, permitindo-lhe contrariar os princípios em que acreditavam Locke e outros pensadores. Para Hume, o conhecimento humano divide-se em duas categorias: a relação de ideias e a relação de factos.
POSITIVISMO
O positivismo busca a partir da razão, formular leis para conhecer e ordenar a realidade. 
O positivismo defende o uso da ciência a fim de governar as relações humanas.
O positivismo é a corrente de pensamento que entende que o conhecimento verdadeiro só é possível por meio da observação e da aferição empírica do mundo.
A autoria do termo positivismo é geralmente atribuída ao filósofo Augusto Comte (1798-1857) e é comumente entendida como a linha de pensamento que entende que o conhecimento científico sistemático é baseado em observações empíricas, na observação de fenômenos concretos, passíveis de serem apreendidos pelos sentidos do homem. Não apenas isso, o positivismo é a ideia da construção do conhecimento pela apreensão empírica do mundo, buscando descobrir as leis gerais que regem os fenômenos observáveis. Dessa forma trabalham as ciências naturais, como a biologia ou a química, que se debruçam sobre seus objetos de estudo em busca de estruturação das “regras” que constituem as formas de interação entre organismos e seus compostos no mundo biológico observável ou das interações entre diferentes reagentes químicos.
Para Comte, a busca pelo conhecimento positivo constituiria a principal forma de construção de conhecimento do homem. Diante disso, os estudos das áreas das ciências humanas deveriam tomar esse mesmo rumo, de forma a produzir um real conhecimento com o objetivo último de compreender as leis que constituem e regem as interações entre indivíduos e fenômenos no mundo social, independente do tempo ou do espaço no qual se encontram.
O pensamento de Augusto Comte se construía em paralelo aos acontecimentos históricos de sua época. A revolução francesa e a crescente industrialização da sociedade trouxe à tona novos problemas e novas formas observáveis de processos de mudanças profundas na vida da sociedade tradicional da época. Comte buscava a criação de uma ciência da sociedade capaz de explicar e compreender todos esses fenômenos da mesma forma que as ciências naturais buscavam interpelar seus objetos de estudo. Ele acreditava ser possível entender as leis que regem nosso mundo social, ajudando-nos a compreender os processos sociais e dando-nos controle direto sobre os rumos que nossas sociedades tomariam, acreditando serpossível dessa forma prever e tratar os males sociais que nos afligiriam tal como trataríamos um corpo enfermo.
A construção do conhecimento positivo só seria possível, então, por meio da observação dos fenômenos em seu contexto físico, palpável, ao alcance dos nossos sentidos e submetidos à experiência. Este seria o papel da ciência, a compreensão dos fenômenos passíveis de observação sensorial direta, com o intuito de entender, por meio da experiência, as relações entre esses fenômenos, de forma a abstrair as leis que regem as interações para que, assim, seja possível predizer como os acontecimentos envolvidos em determinado fenômeno se darão. A ciência e o método científico são a síntese das ideias positivistas.
BIOTECNOLOGIA - define-se pelo uso de conhecimentos sobre os processos biológicos e sobre as propriedades dos seres vivos, com o fim de resolver problemas e criar produtos de utilidade. 
NANOTECNOLOGIA - é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos que divididos em pedaços mantenham as características do átomo principal, ela busca inovar invenções, aprimorando-as e proporcionando uma melhor vida ao homem. 
Aula 02 – As Abordagens usadas na Evolução Cientifica e Tecnológica do Homem Contemporâneo
Durante muito tempo, no processo de evolução científica e tecnológica do homem contemporâneo, estabeleceu-se uma visão de determinismo, ora social ora tecnológico, ou seja, em um período histórico, acreditava-se que:
A sociedade determinava os rumos da ciência e da tecnologia (C&T), não sendo por estas afetada (determinismo social).
Em um outro período, acreditava-se que a ciência e a tecnologia seguiam seu próprio rumo, não sendo diretamente influenciadas pela sociedade (determinismo científico e tecnológico).
Para a primeira abordagem, que aqui denominamos “com foco na sociedade”, o caráter da C&T, e não apenas o uso que dela se faz, é socialmente determinado e, devido a essa funcionalidade entre a C&T e a sociedade na qual foi gerada, tende a reproduzir as relações sociais e até mesmo a inibir a mudança social.
A segunda forma de abordagem, que aqui denominamos “com foco na C&T”, caracteriza-se pela suposição de que a C&T avança contínua e inexoravelmente, seguindo um caminho próprio, podendo ou não influenciar a sociedade de alguma maneira. Essa abordagem gerou dois conceitos amplamente difundidos durante o período da Sociedade Industrial: o da neutralidade da C&T e o do determinismo tecnológico.
O conceito da neutralidade do conhecimento científico ou da tecnologia tem sua origem nas próprias condições de seu surgimento como tal, a partir do século XV, como uma oposição ao conhecimento (ou pensamento) religioso.
O Iluminismo foi o primeiro movimento importante que, ao mesmo tempo e não por acaso, questionou o pensamento religioso e potencializou a ideia da neutralidade.
O Positivismo, a partir do final século XVIII, e tendo como base o pensamento de Bacon e Descartes, contribuiu para reforçar a ideia de neutralidade.
O princípio dessas correntes baseia-se na ideia de que a subjetividade deve ser contida dentro dos limites da objetividade na tentativa de reproduzir a realidade “assim como ela é”.
Ganha força a crença de que a ciência é a expressão de uma verdade absoluta, aumentando a confiança na ciência como fonte, senão única, privilegiada do saber “verdadeiro e universal”.
Com base nesses princípios, só existiria uma única Ciência e Tecnologia (C&T) “verdadeira”. As diferenças contextuais geográficas, culturais, éticas, entre outras, ficariam em um plano secundário.
Assim, as contradições se resolveriam naturalmente através de caminhos iluminados pela própria ciência, com novos conhecimentos e técnicas que superariam racionalmente os antigos, sem que se colocasse em questão a ação e os interesses dos atores sociais no processo inovativo.
Sob essa ótica, a ciência e a tecnologia não são boas ou más, são neutras, e sua evolução seria o resultado do seu progressivo desvelamento e da contínua descoberta da verdade e, por isso, único, universal e coerente com o progresso.
Conceito de Determinismo Tecnologico:
O conceito de determinismo tecnológico foi criado pelo sociólogo americano Thorstein Veblen (1857-1929) e cultivado e aperfeiçoado por Robert Ezra Park, da Universidade de Chicago. Em 1940, Park declarou que os dispositivos tecnológicos estavam modificando a estrutura e as funções da sociedade, noção que serviu de ponto de partida para uma corrente teórica em todos os aspectos, inovadora.  
De acordo com os deterministas tecnológicos, as tecnologias são consideradas como a principal causa das mudanças na sociedade, “... e são vistas como a condição fundamental de sustentação do padrão da organização social”. 
Os deterministas tecnológicos interpretam a tecnologia como a base da sociedade no passado, presente e até mesmo no futuro. “Novas tecnologias transformam a sociedade em todos os níveis, inclusive institucional, social e individualmente. Os fatores humanos e sociais são vistos como secundários” (Chandler, Daniel, 2000).
Pelo Determinismo Tecnológico, as tecnologias são apresentadas como autônomas, como algo fora da sociedade e são consideradas forças independentes, autocontroláveis, autodetermináveis e auto expansíveis. São vistas como algo fora do controle humano, mudando de acordo com seu próprio momento e moldando inconscientemente a sociedade.
Esse efeito, nos ambientes de TI, é chamado de “Frankenstein” e significa que o homem cria uma máquina ou um sistema para um propósito particular e limitado.
Quando a máquina ou o sistema está em ação, nós temos a impressão, sempre para nossa surpresa, que ela(e) tem vida própria, não podendo ser controlada(o) e sendo capaz de mudar nossos hábitos e formas de pensar e agir.
É claro que, por trás de um sistema, há um ou mais cérebros de seres humanos que o desenvolveu e cuja paralisação ou falhas são responsabilidade de seus construtores ou de fatores externos relacionados ao seu funcionamento e não do próprio sistema, que não tem vida própria, apesar de toda ficção da inteligência artificial a que fomos expostos durante os últimos anos.
Tanto o conceito de neutralidade quanto o de determinismo tecnológico ainda se mantêm em nossa sociedade e estão disseminados enquanto "senso comum” no imaginário social, apesar da existência de debates, divergências e controvérsias que indiquem outras visões, como é o caso da visão dialética.
Conceito de Associação em Rede:
Uma visão que vem sendo difundida nos últimos anos é a da associação em rede. Segundo essa visão, a tecnologia é inserida em uma rede de relações para a qual concorrem os diferentes aspectos da vida em sociedade tendo como protagonistas diferentes atores, que se movimentam em redes, movidos por interesses específicos.
A tecnologia e a mudança tecnológica são, desse modo, interpretadas em sua dimensão mais ampla, envolvendo os vários campos da atividade humana, incluindo o técnico, o científico, o econômico, o político, o militar e o organizacional, os quais se associam em redes para a construção e operação de fatos e artefatos tecnológicos.
Como exemplo, temos o relato de Thomas Hughes que, ao analisar as mudanças de configuração dos sistemas de produção e distribuição de energia elétrica em sociedades ocidentais no período de 1880 a 1930 (USA, Alemanha e Inglaterra), viu-se envolvido com aspectos que não seriam explicáveis ou logicamente aceitáveis sob o ponto de vista exclusivamente técnico, o que o levou a considerar que esses sistemas são artefatos culturais.
Para Hughes, os sistemas de produção e distribuição incorporam os recursos físicos, intelectuais e simbólicos da sociedade que os constrói. Em cada sociedade e em momentos históricos distintos, esses sistemas “envolvem certos componentes técnicos básicos e conexões, mas variações no essencial básico revelam frequentemente variações em recursos, tradições, arranjos políticos e práticas econômicas de uma sociedade para outra e de um tempo para outro. 
Nesse sentido, sistemasde produção e distribuição elétrica, como muitas outras tecnologias, são ambos causa e efeito de mudança social. Nesse exemplo, a tecnologia não é vista de forma fragmentária ou isenta, mas impregnada dos valores de uma sociedade.
Após conhecer as diferentes abordagens sobre evolução científica e tecnológica do homem, é importante compreender que cada uma reflete um momento histórico e que todas estão impregnadas de crenças, valores, argumentos e conhecimentos próprios do cenário e do período histórico e evolutivo em questão.
Podemos usar esses conceitos para inferir algumas oportunas e importantes considerações para o exercício profissional na área de TI:
A ciência e a tecnologia, bem como seus fatos e artefatos, não são neutros e universais, cabendo ao profissional avaliar antecipadamente os impactos de sua ação no contexto regional e organizacional de sua atuação, adotando uma postura ética e sustentável.
A abordagem da associação em rede nos traz uma visão mais ampla das relações entre sociedade, ciência e tecnologia com atores protagonistas que, em sua atuação em rede, geram fatos e artefatos tecnológicos, de acordo com interesses específicos, direcionando a evolução científica e tecnológica em um determinado momento.
DETERMINISMO - É a teoria filosófica de que todo acontecimento é explicado pela determinação, ou seja, por relações de causalidade (causa e efeito). 
NEUTRALIDADE - É a teoria de que a ciência é imparcial e que é construída a partir da simples observação de fatos e experimentos, dos quais se tiram as conclusões científicas. É dito "Mito" pois o que de fato corre é que a ciência não é tão imparcial assim. 
DETERMINISMO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO - Nesta teoria o desenvolvimento da C&T é considerado como uma variável independente e universal que determinaria o comportamento de todas as outras variáveis do sistema produtivo e social; são consideradas forças independentes, autocontroláveis, autodetermináveis e auto expansíveis 
EFEITO FRANKENSTEIN - Situação em que o homem cria uma máquina ou um sistema para um propósito particular e limitado. Mas assim que a máquina ou o sistema está em ação, nós temos a impressão, sempre para nossa surpresa, que ele(a) tem vida própria, não podendo ser controlado e sendo capaz de mudar nossos hábitos e formas de pensar e agir. 
ASSOCIAÇÃO EM REDE - Visão segundo a qual a tecnologia é vista como inserida numa rede de relações, para a qual concorrem os diferentes aspectos da vid a em sociedade tendo como protagonistas diferentes atores, que se movimentam em redes, movidos por interesses específicos. 
Aula 03 – A Sociedade da Informação e do Conhecimento
Vivenciamos uma nova sociedade baseada em transformações estruturais nas relações de produção, na economia, nas formas de poder, na tecnologia, nos meios de interação, entre outros aspectos. Nessa sociedade, denominada Sociedade da Informação e do Conhecimento, nos relacionamos usando novas formas de espaço e tempo e somos protagonistas de uma nova cultura.
Aliadas ao conhecimento, as tecnologias da informação e comunicação são base dessa nova sociedade. Portanto, é fundamental que o profissional de TI conheça as características dessa sociedade, suas ferramentas e seu papel, bem como sua atuação pode desencadear mudanças e trazer melhores condições de vida de forma regional e global.
Globalização, Sociedade da Informação e Revolução Digital são termos comumente usados para denominar o momento de transição que vivenciamos da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento.
Uma nova sociedade surge a partir de transformações estruturais observadas nas relações de produção, de poder e de experiência que conduzem a uma modificação substancial das formas sociais de espaço e tempo e ao aparecimento de uma nova cultura.
A sociedade está sempre em constante mutação e evolução e, até chegarmos ao período atual, podemos perceber claramente quatro fases principais de evolução da sociedade:
Sociedade Primitiva:
Baseada na economia de subsistência.
Uso do fogo e de armas.
Tribos nômades.
Linguagem oral e figurativa.
Sociedade Agrícola:
Fixação à terra.
Produção agrícola.
Comércio.
Valorização da terra e posses.
Forte influência da igreja e das religiões.
Linguagem oral e manuscrita.
Sociedade Industrial:
Revolução industrial.
Produção em série.
Concentração em cidades.
Processos industriais.
Valorização do capital.
Desenvolvimento de máquinas.
Noção de mercado.
Imprensa e livros.
Invenção do rádio.
SOCIEDADE PRIMITIVA: 
Tecnologias da informação.
Geração do conhecimento como  atividade principal.
Noção de espaço virtual.
Informação e tecnologia como fonte de riqueza.
Mercado globalizado.
Desenvolvimento intensivo de hardware e software.
Era das parcerias, da interação e do relacionamento.
Internet e realidade virtual, redes digitais, redes de conhecimento, redes de relacionamento.
A sociedade contemporânea, da informação e do conhecimento está inserida num processo de mudanças constantes, baseadas nas novas tecnologias de informação e de comunicação.  Os bens mais valiosos dessa sociedade são a informação e o conhecimento, disponibilizados através da Internet.
O desenvolvimento social e econômico da sociedade do conhecimento está baseado na informação como meio de criação de conhecimento, o qual desempenha papel fundamental na produção de riqueza e na contribuição para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos.
Novas profissões vem surgindo a partir das novas formas de produção da sociedade da informação e do conhecimento, como: gerente de memória institucional, gerente de inovação, gerente de e-commerce, gestor de conteúdo de websites, entre outras. Faça uma busca na Internet e conheça melhor essas e outras novas oportunidades de atuação para os profissionais da área de TI.
Sociedade em Rede:
O conceito de Sociedade em Rede foi bastante difundido através das obras de Manuel Castells e pode ser compreendido como:
“Uma sociedade em que as estruturas sociais e as atividades principais estão organizadas em torno das redes de informação eletronicamente processadas. ”
É possível que você faça parte de alguma rede social, como: facebook, twitter, orkut, linkedin, entre outras.
O conceito de redes sociais vem sendo muito discutido em nossa sociedade, sob diferentes perspectivas.
Uma rede social é formada por uma estrutura social constituída por pessoas ou organizações, que estão conectadas com base em algum tipo de relação ou interesse, que partilham valores e objetivos comuns. Uma rede social é aberta, pode se fazer e desfazer com rapidez e possibilita relacionamentos não hierárquicos entre as pessoas.
Numa rede social podem ser compartilhados informações e conhecimentos, interesses, ações para o alcance de objetivos comuns etc.
O uso de redes sociais pode ser benéfico quando possibilita: aprendizado, interação social ou profissional, criação de rede de contatos, exposição positiva de imagem, divulgação de trabalhos, conhecimentos, produtos ou idéias, troca de opiniões e compartilhamento de diferentes visões sobre um mesmo tema, mobilização social, entre outros.
Entretanto, seu uso de forma indevida pode gerar exposição demasiada ou negativa de imagem, facilitar crimes como pedofilia e estelionato, compulsão, redução na produtividade quando utilizado em demasia durante a jornada de trabalho etc.
Reestruturação Produtiva e Sociedade
O conceito de reestruturação produtiva está relacionado à:
Nova forma de organização da produção possibilitada pelas tecnologias da informação e comunicação.
Nesse novo modelo são utilizadas estratégias para reestruturar a produtividade. Uma delas é a utilização do emprego de tecnologia sobre as relações de trabalho; a outra é a redução dos riscos de  uso dos equipamentos com novas relações de trabalho de forma mais horizontal, menos hierarquizada. Veja no material didático alguns exemplos que facilitarão sua compreensão.
Cadeia de Negócios:
Algumas sociedades adotaram:
O modelo americano de Sociedade da Informação,baseado nas empresas para organização da cadeia de negócios.
Nesse modelo, as redes de negócios baseiam-se em grandes empresas líderes em parceria com universidades para desenvolvimento de projetos. O foco passa a ser no cliente e os produtos e serviços passam a ser adequados a ele e aos seus desejos. A inovação é a mola mestre nesse modelo, em que fornecedores e empresas líderes se aliam em cadeias de negócios para consolidar posição no mercado.
OCDE:
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma organização internacional e intergovernamental que agrupa os países mais industrializados da economia do mercado, com sede em Paris, França.
Através da OCDE, os representantes dos países membros se reúnem para trocar informações e definir políticas para maximizar o crescimento econômico e o desenvolvimento desses países na atual Sociedade da Informação e do Conhecimento.
O Livro Verde:
As sociedades organizaram cada qual uma proposta de Sociedade da Informação.
No Brasil, foi elaborado o Livro Verde, um documento que tem o propósito de elucidar os objetivos do projeto e de uma proposta política, traduzindo uma oferta de desenvolvimento da informática e da Internet.
Nessa sociedade, há uma combinação de redes sociais e de meios que dão forma à sua organização e às estruturas importantes em todos os níveis: individual, organizacional e societal. Também há uma lógica própria do trabalho em rede que modifica substancialmente a operação e os resultados nos processos de produção. As redes transformaram-se nas unidades básicas da sociedade contemporânea.
• Baseada na economia de subsistência. • Uso do fogo e de armas. • Tribos nômades. • Linguagem oral e figurativa. 
SOCIEDADE AGRÍCOLA: • Fixação à terra. • Produção agrícola. • Comércio. • Valorização da terra e posses. • Forte influência da igreja e das religiões. • Linguagem oral e manuscrita. 
SOCIEDADE INDUSTRIAL: • Revolução industrial. • Produção em série. • Concentração em cidades. • Processos industriais. • Valorização do capital. • Desenvolvimento de máquinas. • Noção de mercado. • Imprensa e livros. • Invenção do rádio. 
SOCIEDADE DO CONHECIMENTO: • Tecnologias da informação. • Geração do conhecimento como atividade principal. • Noção de espaço virtual. • Informação e tecnologia como fonte de riqueza. • Mercado globalizado. • Desenvolvimento intensivo de hardware e software. • Era das parcerias, da interação e do relacionamento. • Internet e realidade virtual, redes digitais, redes de conhecimento, redes de relacionamento. 
A sociedade contemporânea, da informação e do conhecimento está inserida num processo de mudanças constantes, baseadas nas novas tecnologias de informação e de comunicação. Os bens mais valiosos dessa sociedade são a informação e o conhecimento, disponibilizados através da Internet. 
O desenvolvimento social e econômico da sociedade do conhecimento está baseado na informação como meio de criação de conhecimento, o qual desempenha papel fundamental na produção de riqueza e na contribuição para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos. 
SOCIEDADE EM REDE: “Uma sociedade em que as estruturas sociais e as atividades principais estão organizadas em torno das redes de informação eletronicamente processadas.” Manuel Castells. 
REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: nova forma de organização da produção possibilitada pelas tecnologias da informação e comunicação. 
OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma organização internacional e intergovernamental que agrupa os países mais industrializados da economia do mercado, com sede em Paris, França. 
LIVRO VERDE - Um documento que tem o propósito de elucidar os objetivos do projeto e de uma proposta política, traduzindo uma oferta d e desenvolvimento da informática e da Internet. 
A ORIGEM DO LIVRO VERDE - Cerca de 150 especialistas, distribuídos em 12 Grupos Temáticos, elaboraram ao longo de 13 meses de trabalho, publicado em setembro de 2000 . 
Aula 04 – A Revolução Digital
A revolução digital teve seu início marcado pelo surgimento da Internet e uso das novas tecnologias da informação e comunicação para apoiar as atividades econômicas, financeiras, governamentais, o comércio e a comunicação entre as pessoas. 
Para compreender suas características vamos nos aprofundar nessa aula em temas como: Internet, Negócios Digitais, Conhecimento Digitalizado, Tecnologia e Exclusão Digital.
Revolução Digital
As TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) permitem que a informação e o conhecimento, atualmente, sejam acessados de forma rápida e fácil através da Internet. O acesso, o armazenamento, a recuperação, o tratamento, a manipulação, a localização, o compartilhamento e a difusão da informação e do conhecimento ficaram bastante facilitados.
A convergência tecnológica nos possibilita acessar às informações de qualquer lugar e através de qualquer meio de comunicação por uma interface única.
A revolução digital está apoiada nas novas TIC e na forma como possibilitam a interação social, os negócios e o comércio eletrônico, o governo eletrônico, as formas de produção, entre outros aspectos da Sociedade da Informação e do Conhecimento.
Internet 
A Internet atualmente está baseada no conceito de rede de arquitetura aberta. Assim, escolhemos livremente um provedor que nos possibilita entrar em rede com outras redes, numa interconexão entre redes.
Assim configurada, a Internet tornou-se novo meio multifacetado de massa, possibilitando a interação entre pessoas e a disponibilização da informação e do conhecimento, independente do espaço geográfico ou temporal.
Fica imperceptível ao usuário, mas vários atores (humanos ou tecnológicos) participam da cadeia de valor da Internet.
Negócios Digitais
A partir do entendimento da cadeia de valor da Internet é possível compreender os negócios digitais na sociedade da informação e do conhecimento. 
Você já deve ter visto ou ouvido falar em negócios B2B, B2C, C2B, C2C, entre outros. Estas são categorias de transação na Internet que compõem a arquitetura do ambiente de negócios eletrônicos.
A partir da possibilidade dos negócios eletrônicos, muitas oportunidades foram criadas com base na Internet, subvertendo a lógica de funcionamento dos mercados existentes, entre elas:
Um caso de sucesso de comércio eletrônico no Brasil é o das Lojas Americanas.
Há uma tendência atual das pessoas preferirem se relacionar virtualmente, para buscar informações sobre um produto ou serviço antes fechar um negócio, bem como para manifestar sua insatisfação com as empresas. 
Percebemos através desse comportamento do consumidor um crescente acesso à informação e ao conhecimento digitalizado, que demanda uma nova forma de configuração dos processos de negócios, que passam a ser também digitalizados. Como exemplos desses processos digitalizados, temos:
BI - Business intelligence (inteligência de negócios).
KM - Knowledge Management (gerenciamento de conhecimento).
SCM - Supply Chain Management (gerenciamento de cadeia de suprimentos).
CRM - Customer Relationship Management (gerenciamento de relacionamento com consumidores).
ECR - Efficient Consumer Response (resposta eficiente aos consumidores).
Com a digitalização dos processos de negócios, na área de TI evoluímos cada vez mais para a integração da cadeia e do sistema de valor por inteiro, abrangendo as camadas de fornecedores, canais e clientes. Esse tipo de integração demanda o uso de aplicações colaborativas, que possibilitam a colaboração entre os vários atores nessa cadeia virtualizada dos processos de negócios.
Conhecimento digitalizado:
Você pode perceber que o conhecimento está relacionado a mente das pessoas e como elas processam as informações.
Desta forma, digitalizar o conhecimento é um processo complexo e que exige ferramentas tecnológicas apropriadas, de forma que o conhecimento possa ser explicitado, armazenado, indexado, recuperado, compartilhado e difundido para a sociedade.
Como você pode verificar na leitura do materialdidático, a lista de recursos em TI para permitir a digitalização do conhecimento é ampla e não exaustiva, pois ferramentas novas surgem a todo o momento. 
É muito importante que o profissional de TI conheça essas ferramentas e seu potencial, para que possa atuar também na área de Gestão do Conhecimento (GC), que vem se desenvolvendo continuamente permitindo que cada vez mais organizações digitalizem seu conhecimento e implantem Sistemas de Gestão do Conhecimento (SGC).
Tecnologia Onipresente
A base da Revolução Digital são as ferramentas que permitem a digitalização do conhecimento e a convergência tecnológica.
Cada vez mais a comunicação, as atividades de produção, os serviços e outras atividades estão baseadas na mobilidade. Novos dispositivos móveis surgem no mercado com funções complexas e que possibilitam um leque de possibilidade para as organizações e a sociedade como um todo.
Os jovens que ingressam atualmente no mercado de trabalho são nativos digitais, ou seja, já nasceram no bojo da revolução digital e lidam com os artefatos tecnológicos com naturalidade e desembaraço. Utilizam as redes sociais e os blogs para comunicação, interação e diversão. Essa geração de nativos digitais possui algumas características importantes, como:
Inclusão e Exclusao Digital
A Revolução Digital trouxe muitos benefícios para a sociedade, porém ainda há muitas pessoas no Brasil que estão a margem e que não utilizam as TIC. Essas pessoas pertencem ao grupo de excluídos digitalmente.
Entretanto, a exclusão digital está diretamente relacionada aos índices de miséria e de analfabetismo, ainda muito altos no Brasil.
POBREZA E EXCLUSAO DIGITAL ESTAO DIRETAMENTE RELACIONADAS.
Para utilizar as TIC em seu benefício e para ingresso ou permanência no mercado de trabalho é importante não somente saber utilizá-las mas também conhecer suas vantagens e desvantagens e ter uma consciência crítica sobre seu uso.
GUERRA FRIA (1962): centros de pesquisas militares nos EUA começaram a pensar numa rede de computadores que interligasse pontos considerados de interesse estratégico para o país. 
EM 1969 - Foi inaugurada a primeira versão da rede pela ARPA (Advanced Research Projects Agency) do Departamento de Defesa dos EUA, que conectava apenas quatro pontos. 
EM 1980 - Essa rede foi dividida em ARPANET (utilização civil) e MILNET (fins militares). A interligação dessas redes deu origem à Defense Advanced Research Projects Agency Internetwork, nome que foi abreviado posteriormente para Internet. 
EM 1983 - Foi estabelecido o TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol), até hoje o protocolo (conjunto de regras) de comunicação usado pelos computadores que fazem parte da rede. 
EM 1989 - O inglês Tim Berners- Lee inventa a "teia do tamanho do mundo", conhecida pela sigla www (World Wide Web). 
INTERNET - É um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dado. 
NEGÓCIOS ELETRÔNICOS - “qualquer forma de transação na qual as partes interagem eletronicamente, ao invés de compras físicas ou contato físico direto”. 
NEGÓCIO-A-CLIENTE - Conhecido também como B2C, está a maior parte das vezes relacionado com esquema de vendas ou estabelecimento de lojas virtuais. 
NEGÓCIO-A-NEGÓCIO - Conhecido Também como B2B, tem o foco corporativo e está relacionado com a interação comercial entre duas organizações na concretização de alguma transação de compra ou venda. 
GOVERNO-A-NEGÓCIOS - conhecido também como G2B, compreende ações como a transferência para a Internet de grande parte dos processos eletrônicos de compra dos governos. 
GOVERNO-A-CIDADÃO - Conhecido também como G2C, atende a vida do cidadão com serviços de licenciamento de veículos e pagamento de IPVA dentre outros como pagamento de impostos pelo ReceitaNet, o cidadão está cada vez mais interagindo com o governo de forma eletrônica. 
E-BANCO - O modelo e-banking é a evolução do home banking, que exigia programas locais nos computadores que o acessavam. 
REVOLUÇÃO DIGITAL - Teve seu início marcado pelo surgimento da Internet e uso das novas tecnologias da informação e comunicação para apoiar as atividades econômicas, financeiras, governamentais, o comércio e a comunicação entre as pessoas. 
CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA – Utilização de uma única infraestrutura de tecnologia para prover serviços que, anteriormente, requeriam equipamentos, canais de comunicação, protocolos e padrões independentes. 
Aula 05 – Tecnologia da Informação e Comunicação
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) constituem-se em tecnologias e métodos para captação, transmissão e distribuição das informações em diferentes formatos e para suportar a comunicação. Surgidas no contexto da revolução digital, desde a metade da década de 1970, desenvolvendo-se rapidamente até os dias atuais, são a base para o desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento.
O profissional da área de TI, em seu ambiente de trabalho, vai utilizar ou desenvolver novas TIC em organizações que têm a TI como atividade meio ou fim. Portanto, necessita, a partir de uma visão dialética dessa relação, conhecer os impactos das TIC na sociedade e seu papel como ator e decisor nas organizações, definindo qual, quando e como as TIC devem ser utilizadas no desenvolvimento de aplicações para as diversas áreas e setores da sociedade.
Conceito de TIC.
A Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) constitui-se num conjunto de recursos tecnológicos de informação e comunicação, utilizados com fins específicos e de forma integrada.
Esses recursos baseiam-se, geralmente, no desenvolvimento de hardware e software para dar suporte e permitir a operacionalização da comunicação e dos processos relativos aos ambientes virtuais.
Impactos das TIC na sociedade.
A interação em rede, baseada em recursos como e-mail, chat, fóruns, comunidades virtuais, web cam, etc., proporcionou e vem demandando novos sistemas de comunicação e informação, impactando na forma de relacionamento e comunicação social.
O trabalho cooperativo baseado nas TIC possibilitou que profissionais geograficamente distribuídos pudessem se comunicar e desenvolver projetos em equipe, reduzindo custos e tempo de locomoção na geração e compartilhamento de novos conhecimentos, bem como o desenvolvimento de novas competências, valiosas na Sociedade do Conhecimento.
A difusão das TIC facilitou o processo de automação, a flexibilidade na produção, gestão, industrialização, comercialização, etc., auxiliando na redefinição de fluxos de trabalho e na comunicação organizacional.
Relação dialética entre a sociedade e as TIC.
Podemos perceber que a rápida evolução tecnológica pode originar nas empresas: graus de incerteza na adoção de novas tecnologias, um ritmo muito acelerado de mudanças que afetam os processos de negócio, um gap de desenvolvimento da infraestrutura de TI, constante desatualização dos recursos tecnológicos da empresa e de seus profissionais, níveis de integração  de recursos cada vez mais complexos.
Exemplos:
Por outro lado, as formas de trabalho na área de TI também têm se modificado bastante com a adoção do teletrabalho, do e-learning, da terceirização, da mobilidade, entre outras, podendo ocasionar dificuldades de adaptação do profissional ou precarização das condições de trabalho.
A difusão das TIC pode causar problemas também em relação à privacidade dos indivíduos e ao seu direito ao uso das informações coletadas por instituições particulares ou públicas.
Entretanto, a democratização da informação, quando possibilita a inclusão digital, pode trazer aos cidadãos as mesmas oportunidades de acesso à formação e qualificação, bem como auxiliar no desenvolvimento de uma consciência crítica em relação ao uso das TIC, com proveito de suas vantagens e atenção às suas desvantagens para a sociedade.
Aplicações das TIC.
Como base do desenvolvimento da Sociedade do Conhecimento, as TIC são utilizadas nos diversos setores da sociedadee de diferentes formas.
Aula 06 – Aspectos Éticos e Legais relacionados ao exercício profissional na área de Tecnologia da Informação
O crescente e acelerado desenvolvimento tecnológico tem nos levado a refletir sobre os aspectos éticos e legais relacionados ao exercício do profissional da área de Tecnologia da Informação.
As novas relações decorrentes da interação entre a sociedade e as TIC trazem em seu bojo a necessidade de reflexão sobre o perfil do profissional de TI, sua atuação e sua postura, bem como sua formação para o mercado de trabalho.
Nessa aula vamos refletir sobre esses aspectos éticos e legais, de forma a reconhecer algumas situações positivas e negativas num cenário globalizado e multicultural.
O uso e a aplicação das TIC em diferentes contextos e situações da vida humana tem originado reflexões e debates sobre os aspectos legais relacionados, podendo ser citados, entre outros:
Direito privado a imagem e a direito público à informação;
Aspectos legais no mundo virtual;
“Pirataria” na Internet.
Os aspectos legais na área de TI vão envolver o profissional diretamente em questões como:
O mais importante para o profissional da área de TI é que conheça os aspectos legais no exercício de sua profissão. Em nosso curso essas questões serão bem aprofundadas na disciplina “Propriedade Intelectual, Direito e Ética. ”
Aspectos Éticos:
O desenvolvimento e o uso das TIC envolvem aspectos éticos, além da dimensão legal, e os limites dessa fronteira são muito tênues. Por exemplo, seria ético um empregador acessar o correio eletrônico ou os arquivos dos computadores de seus funcionários? Essa e outras questões nos remetem a pensar e refletir sobre a ética envolvida no uso e aplicação das TIC.
“a ética profissional tem por objeto o conjunto de valores que uma determinada classe profissional deve se orientar e seguir para alcançar um “agir profissional” correto e adequado para com a sociedade em que se insere e, no mais das vezes, materializa-se por meio de regras, expressas em códigos de ética, orientadores da conduta profissional de um dado segmento”. Segundo Jose Augusto Chaves Guimarães.
Estabelecer políticas de uso, compartilhamento, publicação e segurança da informação, além do estabelecimento de códigos de ética e de conduta, são ações extremamente oportunas e necessárias, auxiliando a sociedade e os profissionais de TI a reconhecerem prática ilegais e em desalinho com a ética profissional na área de TI, colaborando para:
Desenvolver um trabalho de educação para o uso da informação e das TIC é fundamental, visto que os problemas relacionados TIC são originados de deficiências culturais e sociais do cidadão contemporâneo.
Proteger os interesses dos profissionais em TI
Proteger empregadores que não têm conhecimento técnico da área de TI e mantém relação baseada apenas em confiança com seus colaboradores.
Proteger os interesses dos clientes, quando o profissional de TI é um consultor ou prestador de serviços e trata com clientes leigos.
Evitar que os profissionais da área de TI fiquem estereotipados e com uma visão negativa percebida pela sociedade, por atuação ilegal ou não ética de alguns poucos profissionais.
 Em relação ao profissional de TI é importante ressaltar alguns pontos muito relevantes e que devem pautar sua conduta ética e legal:
Não devemos utilizar nosso conhecimento em TI para:
- Prejudicar ou obter vantagens de terceiros;
- Interferir no trabalho de terceiros em TI sem autorização; 
- Vasculhar arquivos e pastas de terceiros; 
- Realizar crimes ou atos não éticos; 
- Prestar falso testemunho ou omitir informações sigilosas solicitadas por órgãos judiciais;
- Utilizar ou copiar software sem direito ou autorização para tal;
- Utilizar os recursos de TI de terceiros sem autorização;
- Apropriar-se do trabalho intelectual de terceiros.
A ÉTICA PROFISSIONAL tem por objeto o conjunto de valores que uma determinada classe profissional deve se orientar e seguir para alcançar um “agir profissional” correto e adequado para com a sociedade em que se insere. 
Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) - RJ 
Divisão de Repressão aos Crimes de Alta Tecnologia (DICAT) – DF 
Aula 07 – Tecnologia da Informação: Mercado de Trabalho na Área de TI
Nesta aula, vamos discutir a dinâmica e as tendências do mercado de trabalho na área de Tecnologia da Informação, suas peculiaridades e oportunidades, bem como as áreas férteis para que o profissional de TI estabeleça metas e horizonte para uma carreira bem-sucedida e desafiadora.
O mercado de trabalho para os profissionais de TI é próspero e apresenta muitas oportunidades. Mas é importante que o profissional se mantenha atualizado e desenvolva novas competências e habilidades, além do conhecimento técnico, para manter-se qualificado e apto a enfrentar os novos desafios.
O mercado de trabalho na área de TI está bastante aquecido e com déficit de profissionais qualificados. É uma área de evolução incessante, com perfil profissional diferenciado de outras áreas.
“O mercado de trabalho na área de TI é carente de profissionais. A indústria de tecnologia da informação opera com 100 mil pessoas a menos do que necessita para realizar projetos e atingir sua meta. Há tempos existe um déficit de mão de obra nesse setor e a lacuna só vem aumentando” 
(Dicas Info Exame - edição 70 Outubro/09).
Além de competências técnicas, o profissional da área de TI necessita desenvolver habilidades pessoais e sociais, como empreendedorismo, inovação, criatividade, proatividade, concentração, fluência na língua inglesa, boa relação interpessoal e interprofissional, capacidade de estabelecer networking, gosto por desafios, entre outras.
O mercado de trabalho como um todo e, mais especificamente na área de TI, é fortemente impactado pelo comportamento do consumidor, aumento na quantidade de fusões e aquisições, terceirizações em alta, proliferação de dispositivos móveis e crescimento do volume de dados armazenados.
Segundo publicações da Computerworld e da InformationWeek: 
“O desafio para os cursos na área de TI é imenso, e reconhece-se que não é possível ter um curso que ofereça o perfil completo exigido pelo mercado.”
Tendências e oportunidades do mercado de trabalho na área de TI
Para uma atuação evolutiva é necessário que o profissional entenda o mercado de trabalho e sua evolução, busque a complementação de conhecimento e habilidades com autonomia, preocupando-se constantemente com sua qualificação e atualização.
Algumas possibilidades de atuação com grande potencial para o profissional de TI estão relacionadas a atividades de liderança, gerência de projetos, reengenharia de processos de negócio, gerência de terceirização, planejamento e gerenciamento de segurança de TI, controle de qualidade e continuidade do serviço, business intelligence associadas com técnicas de Inteligência Artificial, programação, web design, infraestrutura, arquitetura Web e gestão eletrônica de documentos, entre outras.
A convergência tecnológica e a telefonia móvel aumentam a procura por desenvolvedores de aplicativos móveis, tanto em design como na produção de games. O desenvolvimento de conteúdo para aparelhos móveis cresce assustadoramente.
Algumas novas profissões na área de TI: bioinformática, desenvolvedor GIS, arquitetos Web, produtores de Vídeo Web, analista de Mídias Sociais, desenvolvedores para Mobile , ITIL.
Tendências como: Internet das Coisas, Tablet, Jogos em 3D, Livros Eletrônicos, Realidade Aumentada, Computação em Nuvens, Educação Móvel e na Ponta dos Dedos, TV Digital, Convergência Web para a TV, Robótica e Nanotecnologia vão incrementar o desenvolvimento de novas tecnologias e geração de oportunidades para os profissionais com visão de futuro e dispostos a investir em sua qualificação e desenvolvimento.
O profissional de TI também enfrenta dificuldades para manter-se atualizado e produtivo, necessitando cuidar da saúde, da carreira e de todos os aspectos de sua vida social, afetiva, familiar e financeira.Pelas estatísticas do Observatório Softex Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Software o déficit de mão de obra no setor aumenta ano a ano. Em 2010, havia u ma carência de 75 mil profissionais e a previsão de entidades do segmento é de que esse número subirá para 92 mil pessoas em 2011. Elas estimam que até 2013 faltem aproximadamente 200 mil talentos no País. 
A indústria brasileira de TI é a oitava do mercado mundial. O setor cresce entre 11% e 14% ano , o dobro do Produto Interno Bruto (PIB). 
Aula 08 – Tecnologia da Informação: Regulamentação da Profissão
Conceito da regulamentação da profissão:
A regulamentação de uma profissão, seguindo os preceitos constitucionais do livre exercício da profissão no Brasil, deve ter um caráter de excepcionalidade para não ferir a liberdade de trabalho do cidadão.
A regulamentação de uma profissão acarreta na criação imediata de um conselho ou órgão profissional que se torna responsável pelo registro e fiscalização de indivíduos que exerçam a atividade relacionada.
A área de TI possui características particulares que devem ser consideradas quando se reflete e discute sobre a regulamentação da profissão:
A atividade de TI, em geral, é eminentemente técnico-científica, mas não possui, obrigatoriamente, alto grau de complexidade para seu exercício.
Não se verifica que o exercício profissional na área de TI possa causar dano socialmente relevante.
Os programas e sistemas de TI são altamente utilizados para manter sistemas críticos, mas o desempenho e a responsabilidade sobre os mesmos são das empresas contratadas para desenvolvê-los, implantá-los e fazer sua manutenção e não do profissional de TI isoladamente.
As atividades de TI são muito dinâmicas e requerem de seus profissionais atualização constante, apenas o diploma de nível superior não é suficiente para garantir a qualidade e a contemporaneidade de um profissional.
O profissional da área de TI necessita de uma formação multidisciplinar que abranja uma variedade de competências e habilidades para exercer a profissão, podendo citar, como exemplo, o processo de desenvolvimento de um software que demanda o envolvimento de profissionais de diversas áreas e não somente da área de TI.
A qualidade de produtos de TI deve ser avaliada por sua aplicação no mercado, observadas as características do segmento envolvido e as necessidades dos usuários, não estando somente relacionada à formação formal do profissional de TI, mas também a diversas outras competências e habilidades não técnicas e igualmente necessárias.
Se analisarmos a área de TI no mundo, observaremos que não há regulamentação da profissão na área de Tecnologia da Informação nos países de economia avançada, como: Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Japão, Itália e Canadá.
Nos EUA, por exemplo, a regulamentação foi amplamente discutida pela ACM e a conclusão a que chegaram foi que a regulamentação da profissão é prematura e não é uma forma efetiva de resolver os problemas de qualidade e confiabilidade de software, bem como entenderam que um registro profissional de TI poderia ser interpretado como uma garantia de capacidade e confiabilidade, o que não pode ser tão facilmente atestado nessa área devido às particularidades das atividades em TI.
A TI é um campo em que não se precisa de registro específico da área para exercer a profissão, o que poderia até causar estagnação da área, que envolve profissionais com diferentes formações e qualificações.
No Brasil, a discussão sobre a regulamentação da profissão existe desde o início das atividades em TI, sendo principais condutoras dos debates a Sociedade Brasileira de Computação e a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação – ASSESPRO.
ASSESPRO;
SBC;
Segundo informações publicadas no site da Sociedade Brasileira de Computação:
“A comunidade científica da computação brasileira vem discutindo a questão da regulamentação da profissão de Informática desde antes da criação da SBC em 1978. 
Fruto dos debates ocorridos ao longo dos anos, nos diversos encontros de sua comunidade científica, em relação às vantagens e desvantagens de uma regulamentação da profissão de informática, a SBC consolidou sua posição institucional em relação a esta questão pela formulação dos seguintes princípios, que deveriam ser observados em uma eventual regulamentação da profissão:
Exercício da profissão de Informática deve ser livre e independer de diploma ou comprovação de educação formal. 
Nenhum conselho de profissão pode criar qualquer impedimento ou restrição ao princípio acima.
A área deve ser Auto-Regulada.”
A REGULAMENTAÇÃO DE UMA PROFISSÃO, 
1) Constitui-se numa forma de proteção da sociedade em relação ao exercício profissional quando esse possa trazer danos relevantes à sociedade, como no caso da Medicina. 
2) Seguindo os preceitos constitucionais do livre exercício da profissão no Brasil, deve ter um caráter de excepcionalidade para não ferir a liberdade de trabalho. 
3) Acarreta na criação imediata de um conselho ou órgão profissional que se torna responsável pelo registro e fiscalização de indivíduos que exerçam a atividade relacionada. 
A área de TI possui características particulares que devem ser consideradas quando se reflete e discute sobre a regulamentação da profissão: 
A atividade de TI, geralmente, é eminentemente técnico-científica 
Não possui, obrigatoriamente, alto grau de complexidade para seu exercício 
Não se verifica que o exercício profissional na área de TI possa causar dano socialmente relevante 
Os programas e sistemas de TI são altamente utilizados para manter sistemas críticos, mas o desempenho e a responsabilidade sobre os mesmos são das empresas contratadas para desenvolvê-los, implantá-los e fazer sua manutenção e não do profissional de TI isoladamente. 
Aula 09 – Grau de Informatização das Empresas
Informatização na sociedade, nas organizações e nos indivíduos
SOCIEDADE
Modificação nas relações e na estrutura (em rede)
Necessidade de infraestrutura tecnológica para seu desenvolvimento
Forte comunicação de dados
ORGANIZAÇÕES:
Novas formas organizacionais (atuação em redes) e novos mercados (globalização)
Uso intensivo da informação.
Conhecimento como fonte de atração para consumidores e clientes
Tecnologia como instrumento gerencial.
TI inserida nas atividades operacionais internas, gestão e planejamento, relacionamento com clientes, fornecedores, governo e consumidores.
INDIVÍDUOS:
Conhecimentos e habilidades ligados ao uso da TI
Busca qualitativa de informações e conhecimentos
Atuação e interação em redes e comunidades
Atualização constante no uso das mídias
CONCEITO DE INFORMATIZAÇAO
INCLUSÃO DIGITAL
A necessidade de inclusão digital está diretamente relacionada ao nível de informatização da sociedade, que deve ter políticas bem definidas e estrutura de telecomunicações adequadas ao desenvolvimento do processo de informatização.
A educação é uma área sensível na inclusão digital que deve colaborar para ampliação dos níveis de informatização da sociedade, promovendo a inclusão digital.
A informatização e as organizações
O processo de informatização de uma organização está diretamente relacionado ao seu grau de amadurecimento no mercado, podendo estar no nível inicial da mera apropriação de recursos tecnológicos chegando até ao uso planejado e sistemático da TI em todas as funções da organização.
Criação de valor pelo uso das TIC
Visão macroeconômica: A TI cria excessos de retornos sobre outros tipos de investimentos;
Visão de Processos: Investimentos em TI geram vantagens competitivas ao melhorar a eficiência operacional de processos intermediários;
Visão de Recursos: Investimentos em TI criam vantagens competitivas sustentáveis por meio de capacidade e recursos estratégicos sem paralelo, singulares e peculiares ao contexto;
Visão da opção digital: Investimentos em TI criam valor ao fornecer opções e flexibilidade para empresa em contextos cada vez mais competitivos e incertos.
Criação devalor pelo uso das TIC
Desta forma, para avaliar o grau de informatização de uma empresa deve-se questionar se os recursos de TI estão sendo adequadamente utilizados para geração de valor, não bastando apenas fazer aquisição desse recursos e sim utilizá-los como ativos da empresa.
Perfil da empresa digital
O nível mais básico é o de buscar diferenciais competitivos através dos recursos de TI.
O nível intermediário é o de melhoria da qualidade das informações para apoiar o planejamento e o controle das operações.
O nível mais avançado é o de integração e coordenação das atividades da empresa em rede
A empresa digital é aquela que alcançou o terceiro nível e emprega e maximiza os recursos de TI para o desenvolvimento de todas as atividades da empresa: gestão, negócios, processo, relacionamento, qualidade, competitividade e criação de conhecimento, para alcance de eficácia em seus resultados.
Para análise do grau de informatização de uma empresa são adotadas quatro dimensões:
Ativos de TI
Uso organizacional da TI
Gestão da TI
Impactos da TI
VISÃO DE RECURSOS - Considera que os investimentos de TI criam vantagens competitivas sustentáveis por meio de capacidades e recursos estratégicos sem paralelo. 
VISÃO DA OPÇÃO DIGITAL - Argumenta que investimentos de TI criam valor ao fornecer opções e flexibilidade para as empresas em contextos cada vez mais competitivos e incertos. 
Há três níveis no processo de informatização da empresa que vão nos permitir inferir qual o seu perfil digital: 
O nível mais básico é o de buscar diferenciais competitivos através dos recursos de TI. 
O nível intermediário é o de melhoria da qualidade das informações para apoiar o planejamento e o controle das operações. 
O nível mais avançado é o de integração e coordenação das atividades da empresa em rede 
Para análise do grau de informatização de uma empresa são adotadas quatro dimensões: 
IMPACTOS DA TI – estão relacionados aos benefícios de efetividade e desempenho nas atividades e processos organizacionais obtidos pelo uso da TI. 
GESTÃO DA TI – está relacionada ao gerenciamento dos recursos de TI, à gestão de seu uso e ao planejamento e desenvolvimento de recursos de TI alinhados aos negócios da organização. 
USO ORGANIZACIONAL DA TI – está relacionada á extensão e intensidade do uso da TI na organização. 
ATIVOS DE TI - está relacionado aos recursos tangíveis e intangíveis de TI. 
Aula 10 – Sustentabilidade e Tecnologia da Informação Verde ou Computação Verde
Conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável
No final da década de 80 o conceito de sustentabilidade tornou-se mais corrente em nossa sociedade, principalmente nos países desenvolvidos, como uma forma de contestar o modelo de desenvolvimento econômico vigente.
O conceito de sustentabilidade é bem amplo e está relacionado ao atendimento das necessidades da sociedade presente sem comprometer o atendimento das necessidades das gerações futuras.
O desenvolvimento sustentável está diretamente relacionado a três principais pilares:
Quanto mais aumenta a interseção entre esses três pilares, maior será o índice de desenvolvimento sustentável, gerando indicadores socioeconômicos, socioambientais de ecoeficiência.
Estratégias de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável no mundo e nas organizações
Na reunião da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, que aconteceu 2002 em Johanesburgo, algumas estratégias para o desenvolvimento sustentável no mundo foram listadas numa agenda composta de cinco áreas de prioridade:
Até 2015 o número de pessoas sem acesso a instalações sanitárias deverá ser reduzido pela metade.
Os impactos negativos sobre a saúde das pessoas deverão ser minimizados.
A redução dos estoques de peixes em todo o mundo deverá ser interrompida.
A perda da biodiversidade deverá ser detida.
Estratégias sustentáveis deverão ser desenvolvidas.
Também houve definição de algumas estratégias localizadas, como exemplo, podemos citar a União Europeia que adotou sua própria estratégia de sustentabilidade, com as seguintes áreas de concentração:
A partir de então, quase todos os estados membros da União Europeia adotaram sua própria estratégia de sustentabilidade.
Esse movimento se deu, principalmente, pela responsabilidade assumida pelos vários atores em relação à sustentabilidade:
Atualmente é cada vez mais crescente o número de empresas que assumiram uma gestão empresarial voltada para a responsabilidade ambiental e social, desenvolvendo sistemas de gestão, controle e monitoramento, bem como estratégias para sensibilização de seus colaboradores, fornecedores e parceiros. A Global Reporting Initiative (GRI) elaborou padrões mundiais de sustentabilidade que as empresas podem utilizar em seus relatórios.
Melhores práticas e experiências em desenvolvimento sustentável
Como um tema novo e um processo ainda em fase de implantação nas organizações, as melhores práticas e experiências em desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo são publicadas em relatórios e documentos diversos.
Tais práticas e experiências, geralmente, estão vinculadas à responsabilidade social e ambiental e à sustentabilidade corporativa, baseadas em ações do tipo:
Práticas de desenvolvimento ambiental
Práticas de ética nos negócios
Práticas de envolvimento comunitário
Condições ambientais na cadeia de fornecimento
Condições sociais na cadeia de fornecimento
Conceito de tecnologia da informação (TI) verde ou computação verde.
Agora que você já compreendeu os conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável deve estar se perguntando:
E qual a relação da Tecnologia da Informação com o desenvolvimento sustentável? ”
A TI dá suporte ao desenvolvimento da sociedade, possibilitando o acesso à informação e ao conhecimento, sendo determinante nos processos de produção de bens e serviços. Esse processo de produção e inovação contínuo consome considerável gama de recursos naturais e energia, gera substâncias tóxicas ao ambiente e torna recursos obsoletos rapidamente, entre outros aspectos.
Desta forma, a TI é sempre considerada como grande responsável pelo consumo dos recursos naturais do nosso planeta, pelo aumento do consumo de energia e incrementos, sem que se pense que sua utilização está diretamente relacionada ao processo de produção e ao pilar econômico do “Triple Bottom Line “.
Estratégias de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável no mundo e nas organizações
O conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável em TI está relacionado à capacidade de uma organização gerir seus ativos tecnológicos de forma eficaz, buscando o equilíbrio sócio-econômico- ambiental.
Também chamada de Tecnologia Verde (TI Verde ou Green IT) ou Computação Verde, é um conceito amplo que busca integrar o desenvolvimento de tecnologias com o desenvolvimento sustentável.
Melhores práticas e experiências em TI verde ou computação verde
TI verde de incrementação tática 
Essa prática não modifica a infraestrutura de TI nem as políticas internas, apenas incorpora medidas de contenção de gastos elétricos excessivos. 
São exemplos, o uso de monitoramento automático de energia disponível nos equipamentos, o desligamento dos mesmos nos momentos de não-uso, a utilização de lâmpadas fluorescentes e a otimização da temperatura das salas. Estas medidas são simples de serem implementadas e não geram custos adicionais às empresas.
TI verde estratégica
Essa prática exige a convocação de uma auditoria sobre a infraestrutura de TI e seu uso relacionado ao meio-ambiente, desenvolvendo e implementando novos meios viáveis de produção de bens ou serviços de forma ecológica. São exemplos, a criação de uma nova infraestrutura na rede elétrica visando à sua maior eficiência e sistemas computacionais de menor consumo elétrico (incluindo novas políticas internas e medidas de controle de seus descartes). 
Além da preocupação com a retenção de gastos elétricos, o marketing gerado pelas medidas adotadas pela marca é também levadoem consideração.
Deep IT (TI verde “a fundo”)
Mais ampla que as duas primeiras práticas, incorpora o projeto e implementação estrutural de um parque tecnológico visando a maximização do desempenho com o mínimo gasto elétrico; isto inclui projetos de sistemas de refrigeração, iluminação e disposição de equipamentos no local com base nas duas primeiras estruturas anteriores (o que demanda um custo muito maior que as duas primeiras).
GOOGLE: Pratica ações que incluem desde o planejamento de seu datacenter à locomoção dos funcionários com veículos híbridos e o consumo de energia alternativa como a solar
YAHOO: Com plano ambiental agressivo que inclui desde a construção de datacenters com produção de acordo com as normas e exigências ambientais, o uso da virtualização de servidores, a gestão do consumo elétrico gerado pelo resfriamento de seus equipamentos até a extensão de medidas para o cotidiano dos funcionários.
Estado da arte da TI verde ou computação verde no mundo e no Brasil
A TI ou Computação Verde caminha como uma área bastante nova, tanto no Brasil quanto no mundo, sendo objeto de pesquisa e desenvolvimento pelos centros de pesquisa e pelas organizações. 
Algumas barreiras ainda existem para sua implantação:
Resistência a mudanças;
Falta de planejamento (estratégico) para TI e visão sistêmica;
Prioridade na solução dos problemas e não nas causas;
Adequação superficial às inovações.
SUSTENTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - Compreende as ações da empresa que visam elevar sua produtividade, melhorar seus produtos e métodos de gestão e contribuir para a preservação do meio ambiente. 
O conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável em TI está relacionado à capacidade de uma organização gerir seus ativos tecnológicos de forma eficaz, buscando o equilíbrio sócio-econômico-ambiental. 
AS PRÁTICAS DE TI VERDE PODEM SER DIVIDIDAS EM TRÊS NÍVEIS, SEGUNDO TAKAHASHI ET AL (2009): 
TI VERDE DE INCREMENTAÇÃO TÁTICA - Essa prática não modifica a infraestrutura de TI nem as políticas internas, apenas incorpora medidas de contenção de gastos elétricos excessivos. 
TI VERDE ESTRATÉGICO - Essa prática exige a convocação de uma auditoria sobre a infraestrutura de TI e seu uso relacionado ao meio-ambiente, desenvolvendo e implementando novos meios viáveis de produção de bens ou serviços de forma ecológica. 
DEEP IT (TI VERDE “A FUNDO”) - Mais ampla que as duas primeiras práticas, incorpora o projeto e implementação estrutural de um parque tecnológico visando a maximização do desempenho com o mínimo gasto elétrico; isto inclui projetos de sistemas de refrigeração, iluminação e disposição de equipamentos no local com base nas duas primeiras estruturas anteriores (o que demanda um custo muito maior que as duas primeiras).

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