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CADERNO TUTELA DE URGÊNCIA

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a27/07/2012
TUTELA DE URGÊNCIA
Prof.ª Andreia Cunha
METODOLOGIA: Lei, Doutrina, Jurisprudência. “Exercícios para fixação da matéria”, relacionados com a matéria concluída.
AVALIAÇÃO: 02 provas parciais, sem segunda chamada. Todas com questões de concursos ou OAB, e geralmente a resposta não é letra da lei, mesmo com consulta. A prova inteira é dada em sala de aula.
1ª PARCIAL: 14/09
Devolutiva: 21/09
Objetiva com consulta.
2ª PARCIAL: 23/11
Devolutiva: 30/11
Objetiva sem consulta.
LIVROS: obra antes de 2009 já é velha. 
	MARINONI, Luiz Guilherme.
	THEODORO, Humberto
	WAMBIER
	ASSUNÇÃO, Daniel.
	STJ: Informativos de Jurisprudência – principais julgados da semana.
LIVRO I DO CPC
TUTELA DE COGNIÇÃO: 
	É a tutela do conhecimento. Quando se promove uma demanda, processo, em que o juiz tem que conhecer o que acontecer para depois dizer quem tem direito, está-se solicitando um processo de conhecimento. A maioria das demandas é de conhecimento, pois nem sempre se tem certeza do seu direito. É preciso dar informações para o juiz conhecer o direito. É promovida uma demanda (petição inicial) destinada a uma sentença. Os procedimentos para isso são o ordinário, sumário e extraordinário, e o procedimento é o caminho do processo. 
	Já que o juiz tem que conhecer o que aconteceu, tal processo é equilibrado pelo princípio contraditório e ampla defesa, que é uma “balança” para ter isonomia e equilíbrio para as partes no processo. *partes iguais*
RECURSOS: 
	Acontecem depois da sentença, em segunda instância, quando se recorre de decisões do processo de conhecimento.
LIVRO II DO CPC
TUTELA EXECUTIVA: 
	Quando o CPC criou a ideia da tutela executiva quis demonstrar que é tão diferente da tutela de conhecimento, tanto que possui até um livro próprio. Essencialmente sua diferença é que o legislador diz que já existe a certeza do direito e o juiz não tem que conhecer nada, mas tal certeza não é subjetiva, é objetiva, denominada pela lei de “título executivo”, que é todo pedaço de papel que a lei deu força executiva. Só existe certeza no direito quando a lei diz, que está no art. 585 do CPC. 
	Já que existe certeza do direito, a demanda será proposta (Petição inicial), e a execução do título caminhará para uma sentença que apenas efetive o direito que existe no título, que é o recebimento do crédito. Aqui o processo rege-se pelo princípio da efetividade, pois precisa ser efetivo para o autor já que este tem certeza do direito. *partes com direitos diferentes*
	Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais: 
	I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
	II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores;
	III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida; 
	IV - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
	V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
	VI - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial; 
	VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; 
	VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. 
	§ 1o A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.
	§ 2o Não dependem de homologação pelo Supremo Tribunal Federal, para serem executados, os títulos executivos extrajudiciais, oriundos de país estrangeiro. O título, para ter eficácia executiva, há de satisfazer aos requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e indicar o Brasil como o lugar de cumprimento da obrigação. 
Aqui não é regido pelo princípio do contraditório e sim o princípio da efetividade, pois o juiz não precisa conhecer da demanda e sim apenas garantir que haja efetiva satisfação do crédito ao credor (o direito já existe, é líquido, certo e exigível). O juiz age diferente: cite-se para pagar e, caso não cumpra, penhora, avaliação, utilização de todos os meios expropriatórios.
LIVRO III CPC
TUTELA CAUTELAR: 
	Consta no Livro III, e o legislador deixa claro que é diferente da tutela de conhecimento e de execução. Como todo processo terá petição inicial e sentença, mas será permeado por regras muito específicas. Iremos estudar as tutelas antecipatórias esse semestre (art. 273), que é quando o autor pede um direito antecipado que será conhecido na sentença, e as tutelas cautelares são criadas para atender ao autor que está em uma necessidade urgente. Todas tem por essência a URGÊNCIA.
	São as ações que tem por objetivo assegurar, acautelar, um bem da vida que necessidade de uma necessidade/provimento urgente.
03/08/2012
CASO EXAME DE ORDEM
Plano de saúde se nega a prestar atendimento domiciliar (home care) a paciente. Chega o cliente no seu escritório dizendo que precisa deste atendimento urgentemente. O que fazer então? O advogado deve promover uma demanda dizendo que se o plano se recusou a prestar este serviço, esta recusa é ilícita e se foi baseada em cláusula contratual, esta cláusula é abusiva. Devemos requerer a revisão do contrato do plano de saúde, porque a recusa é injusta, ilegal. Fazemos a PI, e distribuímos. E chega o cliente diz: quando terei o atendimento? Só quando o juiz proferir sentença. A OAB pediu que fizéssemos um requerimento dos efeitos de antecipação da tutela. 
TUTELA DE URGÊNCIA
Ações que tem por objetivo proteger, acautelar o direito do nosso cliente, um bem da vida que necessita de uma providência urgente.
São exemplos de tutela de urgência:
TUTELA ANTECIPADA DO ARTIGO 273
TUTELA ANTECIPADA DO ARTIGO 461: obrigações de fazer e não fazer e entrega de coisa. 
AÇÕES CAUTELARES: arresto, sequestro, busca e apreensão etc.
LIMINAR
O que é liminar?
	As medidas de urgência requerem uma ação rápida do juiz, através das liminares. Assim, liminares são “qualquer decisão judicial proferida pelo juiz no limiar (início) do processo”, isto é, antes da manifestação do réu. É um fato processual, uma decisão antes da resposta do réu.
	Exemplos: 
Antecipação dos efeitos da tutela este artigo diz a antecipação dos efeitos da tutela pode ser deferida no início do processo. 
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação.
Liminar de reintegração de posse: se houver uma invasão de área hoje, amanhã já tem liminar determinando a desocupação. Isso já sabemos que foi liminar, pois não havia demanda antes. 
Art. 928. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração; no caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.)
Antecipação das obrigações de fazer: exemplo dos planos saúde. Estes tem a obrigação de prestar o atendimento domiciliar. Nestas ações pedimos liminar, chamada de antecipação das obrigações de fazer.
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.)
A liminar é possível quando a lei permite, senão, dever-se-á esperar a sentença.Assim...
Tutela é todo o bem da vida buscado mediante uma ação judicial. 
Tutela de urgência são todas as ações judiciais em que se prevê as regras processuais para acolher uma urgência.
Toda vez que eu ajuízo uma demanda eu faço via PETIÇÃO INICIAL. A petição inicial contém a ação judicial, é instrumento da ação. Toda petição é apresentada pelo autor visando uma sentença. A doutrina diz que é na sentença que o juiz deferirá a tutela, dará o bem da vida.
LIMINAR: é um fato processual e indica toda decisão tomada no início do processo, no linear do processo, antes da manifestação do réu.
A parte consegue obter uma liminar quando as regras processuais permitem. O Processo Civil permite a liminar em várias hipóteses, por exemplo:antecipação dos efeitos da tutela, liminar de reintegração de posse, antecipação das obrigações de fazer, alimentos provisórios, busca e apreensão.
Outo exemplo de liminar, este descrito na Lei do MS, está descrito que é possível que a parte peça liminarmente a proteção do direito. Exemplo de mercadorias apreendidas na alfândega. 
Se a lei não permite, tenho que esperar a sentença. Se um advogado disser para você que foi deferida uma liminar em juízo, você já sabe que foi uma decisão proferida no início do processo. O que resta saber é que tipo de liminar, versava sobre o que?
Dentre estas medidas, iniciaremos com a tutela antecipada.
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ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA 
ou TUTELA ANTECIPADA – art. 273
	Este artigo diz que a tutela antecipada pode ser requerida, desde que presentes os requisitos do artigo 273, o que significa: parte, você pode antecipar o que a sentença vai lhe dar. No caso do exemplo do plano de saúde, a sentença vale para o autor se disser realmente que o contrato tem cláusulas abusivas e que o plano de saúde deve cumprir as despesas com o serviço de home care. É aqui que o juiz vai dar o bem da vida. Quando o artigo foi criado, foi permitido que o autor poderia receber parte ou tudo o que receberia em sentença.
        Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:
        I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou 
        II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 
§ 1o Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento. 
§ 2o Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. 
§ 3o A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o e 5o, e 461-A. 
§ 4o A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 	
§ 5o Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento. 
§ 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. 
§ 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado.
	Na antecipação dos efeitos da tutela, a parte pode antecipar total ou parcialmente o que a sentença vai conceder.
	A tutela antecipada pode ser deferida qualquer momento do processo, isto é, pode ser deferida antes ou depois da resposta do réu, durante ou depois a audiência, depois do laudo pericial, assim, em qualquer momento. Se a tutela antecipada for deferida antes da resposta do réu ela será uma liminar, porém se for deferida depois da audiência, continuará sendo uma tutela antecipada, mas não será liminar.
	O art. 273 vai ser sempre uma liminar? Não. Se a antecipação de tutela for deferida antes da resposta do réu, será uma tutela antecipada liminar. Mas, se for depois da resposta do réu continuará sendo tutela antecipada, mas não será liminar.
	O Art. 273 foi inserido no CPC em 1994, sendo criado para urgências, sendo um artigo CURINGA, isto é, quando uma ação não tiver previsão na lei de uma forma de antecipar o que o juiz vai dar na sentença, a parte se utiliza do art. 273. 
***Não se usa o art. 273: no mandado de segurança, nas obrigações de fazer, na reintegração de posse.***
	Exemplo de tutela antecipada: inscrição indevida no SPC/SERASA. Ajuíza-se uma ação no juizado especial, pois tal inscrição está causando prejuízos ao autor. 
	Os pedidos buscados pelo autor:
Retirada do nome dos órgãos de proteção ao crédito;
Indenização por dano material e/ou moral.
	Ajuizada a demanda, devido a sua urgência (hoje quase tudo depende de CPF regular), podemos pedir que ao menos um dos pedidos sejam antecipados, por exemplo, a retirada da inscrição indevida dos cadastros do SPC/SERASA. Se eu conseguir o deferimento antes da resposta do réu, será então uma liminar. Se conseguir depois, continua tutela antecipada, só que não mais liminar. 
	Outro exemplo é a prestação de home care.
	Na tutela antecipada, pode-se pedir um ou mais pedidos constantes no processo, que a sentença possivelmente pode conceder, com o objetivo de proteção de um bem da vida.
FORMA DE REQUERIMENTO
	“O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial"
	
	Onde são formulados os pedidos de tutela antecipada?
	Na petição inicial estarão todos os pedidos do autor, e um ou alguns desses pedidos podem ser solicitados antecipadamente, e tal pedido é feito na própria PETIÇÃO INICIAL, normalmente. 
	Mas, tal pedido não precisa ser apenas na inicial, podendo ser também em qualquer petição dentro dos autos, no curso do processo, devendo-se tomar cuidado: a tutela antecipada busca antecipar o que se quer na sentença, que está na inicial, e mesmo que o pedido de antecipação seja feito posteriormente à inicial, não se pode pedir nada que não conste na petição inicial, podendo solicitar a antecipação apenas do que já foi pedido, respeitando o “princípio da estabilidade objetiva da demanda”, pois uma vez proposta a demanda os pedidos não pode ser alterados. O pedido posterior só poderá versar total ou parcialmente sobre os pedidos que estão na inicial. Não podemos inovar nos pedidos!
	Conforme o citado princípio, a ação deve ser estável nos pedidos, pois não se pode surpreender o réu, pois ele sabe do que se está falando a partir da petição inicial.
	Exemplo: se o advogado faz a petição inicial e esquece de pedir o efeito antecipado, poderá solicitar tal efeito posteriormente.
Exemplo:
O advogado promoveu a demanda revisional do contrato de plano de saúde. E nos pedidos:
Quero que o cliente tenha a prestação do serviço de home care;
Quero que seja revisto o contrato.
	E aí o advogado esquece-se de pedir a tutela antecipada na PI, ainda pode pedir? Pode sim, através de uma petição que vai pedir para antecipar os pedidos já formulados na PI.
	
	* O juiz não pode deferir a tutela antecipada “ex officio”, sem requerimento da parte.
		* O autor que poderá solicitar a tutela antecipada. O réu só poderá pedir nas seguintes situações:
Reconvenção é quando o réu ajuíza uma ação contra o autor. 
E no procedimento sumário, dentro da contestação o réu pode apresentar pedido contraposto (Art. 277 e 278). 
	Assim, quando o réu apresentar reconvenção ou pedido contraposto poderá solicitar antecipação de tutela, pois neste caso, seria autor. 
	O Ministério Público pode pedir antecipação de tutela se for autor, porém se atuar como fiscal da lei não poderá.
CABIMENTO
	Toda vez que a ação específica não tiver previsão na lei de antecipação da tutela, se utilizará o Art. 273, que seria como um artigo “coringa”.A antecipação de tutela cabe em todas as demandas, seja do procedimento ordinário, sumário ou especial, inclusive o Juizado Especial Cível. Só o utilizaremos se a lei não fizer menção a tutela específica.
QUEM PODE PEDIR:
	“a requerimento da parte... no pedido inicial”
	Quem formula o pedido inicial é o autor, portanto, somente o autor pode solicitar a antecipação dos efeitos da tutela(“a requerimento da parte”). O autor é quem pede ao juiz, portanto, só ele pode pedir que seus pedidos sejam antecipados.
E o réu, pode pedir tutela antecipada?
	O réu pode pedir o efeito antecipado da tutela quando:
PEDIDO CONTRAPOSTO: o réu poderá formular pedido de tutela antecipada, mas quando for autor, e ele será autor no pedido contraposto, no procedimento sumário, que é a ação judicial do réu contra o autor. Conforme o art. 277 e 278. 
RECONVENÇÃO: E, também o réu pode pedir tutela antecipada quando apresentar a reconvenção, que á a ação judicial promovida por réu, no procedimento ordinário. É quando, além de se defender, o réu quer a condenação do autor (é exercício do direito de ação).
	O Ministério Público só pode pedir efeitos antecipados quando autor, e não pode quando for custus legis, isto é, quando é apenas fiscal da lei.
	
	Na contestação também não se pode pedir efeitos antecipados, exceto se for ação de reconvenção.
	
	No litisconsórcio, um dos litisconsortes pode pedir efeito antecipado, e tal pedido só irá atingir os demais litisconsortes se tiverem ligação no processo, caso contrário, só influenciará sua parte da ação.
LITISCONSÓRCIO ATIVO: pluralidade de autores.
LITISCONSÓRCIO PASSIVO: pluralidade de réus.
	Um dos litisconsortes autor da demanda pode formular pedido de tutela antecipada? 
	Sim, porque é autor. 
	Agora este pedido pode beneficiar os outros litisconsortes? 
	Se o pedido tiver ligação entre eles sim. A regra é que cada um aja individualmente, mas nada impede que atinjam o mesmo objetivo. 
	*** A regra é que sendo autor, pode pedir a antecipação de tutela. ***
Artigos de pedido contraposto:
	Art. 277. O juiz designará a audiência de conciliação a ser realizada no prazo de trinta dias, citando-se o réu com a antecedência mínima de dez dias e sob advertência prevista no § 2º deste artigo, determinando o comparecimento das partes. Sendo ré a Fazenda Pública, os prazos contar-se-ão em dobro. 
	§ 1º A conciliação será reduzida a termo e homologada por sentença, podendo o juiz ser auxiliado por conciliador. 
	§ 2º Deixando injustificadamente o réu de comparecer à audiência, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados na petição inicial (art. 319), salvo se o contrário resultar da prova dos autos, proferindo o juiz, desde logo, a sentença. 
	§ 3º As partes comparecerão pessoalmente à audiência, podendo fazer-se representar por preposto com poderes para transigir. 
	§ 4º O juiz, na audiência, decidirá de plano a impugnação ao valor da causa ou a controvérsia sobre a natureza da demanda, determinando, se for o caso, a conversão do procedimento sumário em ordinário. 
	§ 5º A conversão também ocorrerá quando houver necessidade de prova técnica de maior complexidade. 
	Art. 278. Não obtida a conciliação, oferecerá o réu, na própria audiência, resposta escrita ou oral, acompanhada de documentos e rol de testemunhas e, se requerer perícia, formulará seus quesitos desde logo, podendo indicar assistente técnico. 
	§ 1º É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, desde que fundado nos mesmos fatos referidos na inicial. 
	§ 2º Havendo necessidade de produção de prova oral e não ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 329 e 330, I e II, será designada audiência de instrução e julgamento para data próxima, não excedente de trinta dias, salvo se houver determinação de perícia. 
REQUISITOS PARA CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA:
	Para que o juiz antecipe o que só daria na sentença é necessário o preenchimento de alguns requisitos.
	Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: 
	O requisito do caput significa prova inequívoca da verossimilhança (o que parece verdade) das alegações. – Uma prova que dê pelo menos bons indícios de que o autor está falando a verdade. Exemplo: estou com meu nome no Serasa indevidamente, mas possuo um boleto comprovando que já paguei a dívida.
	A doutrina e a jurisprudência criticam a palavra inequívoca, pois o juiz não teria a certeza de nada no início. O juiz não precisa ter certeza para deferir a tutela antecipada, deve apenas ter alguma prova. 
	A tutela antecipada é deferida a partir de uma cognição rasa, é um conhecimento superficial do que aconteceu, é uma cognição sumária. Apenas na sentença o juiz conhecerá profundamente o processo, onde terá cognição exauriente. A decisão da tutela antecipada é PROVISÓRIA, temporária, pois o juiz ainda não tem certeza de nada.
“existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação”
Aqui caracteriza a tutela antecipada assecuratória, destinada a assegurar uma situação. Nestas hipóteses a lei exige como requisitos o “caput” do art. 273 + inciso I.
	É difícil preencher o requisito ‘prova inequívoca da verossimilhança da alegação’, segundo a doutrina, pois deve ter uma prova que demonstre que o que o autor alega é bem próximo da verdade.
	Prova inequívoca, no contexto da tutela antecipada, é uma prova robusta, que não pode ser rasa ou fraca, e tal prova não precisa ser contundente, mas deve ter traços de verdade. 
	Quando se busca a tutela antecipada assecuratória caberá ao autor provar também o inciso I, devendo provar que a não concessão da tutela causará danos irreparáveis ou de difícil reparação ao autor. A jurisprudência diz que a parte nem precisa prova os danos irreparáveis, pois estes são notórios.
	Exemplo: o pedido de home care pelo plano de saúde é um exemplo de dano que seja irreparável ou de difícil reparação.
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou 
Aqui é a tutela antecipada punitiva, que possui como requisito o “caput” + o inciso II do Art. 273.
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 
Esta hipótese trabalha a idéia do abuso do direito de defesa do réu. (Ex. o réu que foge do oficial de justiça; réu que apresenta muitos recursos para enrolar o processo). É possível que o autor verifique que o réu está só protelando o processo e peça a antecipação da tutela. 
	Esta idéia veio dentro da idéia de que o autor suporta um ônus, o ônus do tempo do processo. O autor, ao ajuizar a demanda terá o ônus do tempo do processo, até ter uma decisão a seu favor, que o afeta diretamente, pois o réu só se defende. 
	Ainda que o autor ganhe, até a decisão ser favorável, pode-se passar tanto tempo que nem caracterizará mais uma vitória, sendo isso considerado “danos materiais”, o “ganhou, mas não levou”. 
	Assim, quando o réu apresentar uma contestação sem prova, sem substância, e ainda apresenta recurso, pede audiência para acordo e não comparece, etc. O juiz percebe que o réu está procrastinando o processo, assim, o autor poderá solicitar a antecipação dos efeitos da tutela, e o juiz a concederá como punição, ocorrendo a distribuição do ônus do tempo do processo, cabendo ao réu realizar uma obrigação que seria sua só ao final, pois ele abusou do seu direito de defesa. 
	Mas, é raro o juiz conceder a antecipação dos efeitos conforme o inciso II, pois existe a vedação ao cerceamento de defesa, além dos princípios do contraditório e da ampla defesa, sendo difícil conceder o juiz que está ocorrendo abuso do direito de defesa.
TEORIA DOS DANOS MARGINAIS: 
Esta teoria diz que existem danos à margem do processo, ligados a duração do processo, que ainda que o autor ganhea ação, demorou tanto tempo para que usufruísse desse ganho que acaba não mais sendo aproveitável. Exemplo: o autor ganhou a demanda, porém só após 15 anos, onde com tanto tempo, o réu sumiu. Ou seja, o autor ganhou, mas não levou.
Em razão disso, o legislador criou a segunda hipótese de cabimento de tutela antecipada. É quando o autor demonstrar que o réu apresentou uma contestação sem fundamento nenhum, com alegações superficiais, pífias e, além disso, apresenta recursos etc. aqui o juiz percebe que o réu está apenas protelando o feito e vai distribuir entre as partes, não mais apenas o autor sofrerá, o ônus do tempo do processo. Aqui o juiz poderá determinar que o réu cumpra algo que só cumpriria após o trânsito em julgado da sentença. 
Regra de distribuição do ônus do tempo do processo: isso é raríssimo de o juiz deferir. É muito difícil dizer que o réu está abusando do seu direito de defesa e se o juiz estiver até convencido, não é usual e ele fica constrangido de deferir. Não existe muita aplicabilidade prática. Esta tutela antecipada não poderá ser deferida de ofício. A doutrina defende que isso desequilibraria a ampla defesa e o contraditório.
Obs.: A tutela antecipada do art. 273 NÃO PODERÁ SER CONCEDIDA DE OFÍCIO, pois “O juiz poderá, a requerimento da parte”, pois, segundo a doutrina, a concessão de oficio desequilibraria o contraditório e a ampla defesa.
Assim, são DUAS A S ESPÉCIES DE TUTELA ANTECIPADA DO ART. 273: 
ASSECURATÓRIA: serve para assegurar uma situação de emergência, que tem os requisitos do caput e do inciso I;
PUNITIVA: tem os requisitos do caput e do inciso II;
FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO:
	§ 1o  Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento.
	O art. 93, IX da CF diz que “toda decisão deve ser devidamente fundamentada”, quanto mais a decisão do juiz que antecipa um efeito deve ser devidamente fundamentada, pois o juiz está antecipando um efeito que seria somente da sentença.
	Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
IX. todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
O juiz deve justificar onde de fato viu o preenchimento dos requisitos. 
	§ 2o Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. 
	§ 3o A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o e 5o, e 461-A. 
MODIFICAÇÃO E REVOGAÇÃO DA TUTELA ANTECIPADA
        § 4o  A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 
	Se o juiz verificar que os requisitos da concessão não estão mais presentes, poderá revogar a tutela antecipada no curso da demanda. Isto significa que a decisão da tutela antecipada é uma decisão TEMPORÁRIA, e só será confirmada na sentença, e poderá revogada a qualquer momento, tanto no decorrer do processo como também na sentença. Só é decisão definitiva quando o juiz a conheceu a fundo o processo, conhecendo todo o processo, sendo a cognição exauriente, e esta só ocorre na sentença.
	Assim, mesmo que o autor consiga o que quer no processo, como o home care, precisa continuar com a demanda, pois tal concessão é temporária.
	Exemplo: no caso da antecipação do pedido de retirar o nome do SPC/SERASA, através de um deferimento parcial que foi provado por uma compra paga e inscrita indevidamente, o réu comprovou que o autor tinha outra divida, assim, o juiz poderá revogar a antecipação da tutela, pois não há mais o requisito de inequívoca verossimilhança da alegação do autor. Porém, no curso do processo eu faço outra compra e não pago. Com isso, sumiu o requisito.
	Pode-se entrar com recurso de AGRAVO contra decisão interlocutória que concede os efeitos ou revoga os efeitos.
        Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:
        I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou 
        II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 
        § 1o  Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento.
        § 2o  Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado.
        § 3o A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o e 5o, e 461-A. 
        § 4o  A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 
        § 5o  Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento. 
        § 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. 
        § 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado. 
REVISÃO DE TUTELA ANTECIPADA:
A tutela é o acolhimento dos pedidos da inicial. 
A lei diz que é possível dentro de qualquer demanda o juiz proferir decisão no inicio do processo, e isto é liminar.
A lei diz também que é possível antecipar o que a sentença vai dar para o inicio do processo, e isso é antecipação dos efeitos da tutela, conforme o art. 273, que pode ser deferida liminarmente ou em qualquer outro momento do processo.
O pedido de tutela antecipada só pode ser formulado pelo autor, e pelo réu no pedido contraposto e na reconvenção. E o MP só como autor, e não como custus legis.
A tutela antecipada não pode ser concedida de oficio, e apenas a requerimento da parte.
A tutela antecipada assecuratória pode ser concedida quando presentes os requisitos “existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação”.
E a tutela antecipada punitiva desde que presentes os requisitos “existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu”.
O pedido de tutela antecipada é formulado em regra na inicial, mas pode ser feito durante o processo, desde que obedeça os pedidos da petição inicial.
O juiz deve fundamentar o porquê da concessão da tutela antecipada.
Uma vez deferida, tal tutela antecipada pode ser revogada, uma vez que os requisitos não estejam mais presentes
O réu pode recorrer através de agravo, pois é uma decisão interlocutória.
	Obs.: o juiz NÃO tem prazo para decidir o pedido de tutela antecipada.
10/08/2012
Vimos duas grandes espécies de tutela antecipada prevista no 273:
Tutela antecipada assecuratória: para assegurar um dano.
Requisitos: prova inequívoca da verossimilhança das alegações e findado receio de dano irreparável. 
Tutela antecipada punitiva: Requisitos: prova inequívoca da verossimilhança das alegações e abuso do direito de defesa do réu. 
	Veremos o que é ser a tutela antecipada deferida a qualquer momento.	
	A demanda se inicia com uma PI e caminha até uma sentença, que defere a tutela. Antecipação de tutela é antecipar o que a sentença lhe daria, e, neste artigo (273), diz que a tutela antecipada pode ser deferida a qualquer momento.Se for deferida antes da resposta do réu, é chamada de LIMINAR (decisão proferida antes da manifestação do réu). 
	Para sintetizar, posso ter a tutela antecipada deferida:
Liminarmente;
Após a audiência;
Após apresentação do laudo pericial;
Antes da audiência de instrução;
E ainda dentro da própria sentença o juiz pode deferir a tutela antecipada. Neste caso, o CPC previu a possibilidade de a própria sentença dizer o seguinte: 
“ Condeno o réu ao pagamento de dano moral porque realmente o nome do autor está indevidamente inscrito no SERASA. e defiro a tutela antecipada para a retirada do nome no cadastro de devedores agora.”
	O juiz pode fazer assim, porque o CPC diz que quando o juiz simplesmente julga o pedido, mas não diz deferida a tutela antecipada, o recurso de apelação terá efeito devolutivo e suspensivo. Quando o juiz profere sentença, sem falar nada a respeito dos pedidos, não fala nada a respeito da tutela antecipada, esta sentença é válida só que não produzirá efeitos, porque o recurso de apelação tem efeito devolutivo e suspensivo.
Agora se o juiz disser o seguinte: “eu defiro os pedidos formulados pelo autor e também defiro o pedido de tutela antecipada.” Neste caso, o recurso de apelação não terá efeito suspensivo. Significa que a sentença, quanto a parte de tutela antecipada, já produzirá efeitos imediatamente. 
		Todas as sentenças no processo civil estão sujeitas ao recurso de apelação. 
Recurso de APELAÇÃO: 
	Art. 520 – em regra, não importa o que a sentença diz que o recurso terá efeito devolutivo (devolve a matéria ao tribunal), mas também terá efeitos suspensivos, não produzindo efeitos a sentença. Por mais que autor tenha conseguido o pagamento do réu, não conseguirá esse pagamento.
        Art. 520.  A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que:
I - homologar a divisão ou a demarcação; 
II - condenar à prestação de alimentos; 
III - (Revogado pela Lei nº 11.232, de 200
IV - decidir o processo cautelar;
V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; 
VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem. 
VII – confirmar a antecipação dos efeitos da tutela;
A antecipação de tutela pode ser deferida inclusive na sentença, caso a parte tenha, por exemplo, entrado com recurso com efeito suspensivo. Nisso, o juiz alega que o recurso de apelação não terá efeito suspensivo.
Efeito devolutivo: devolve a matéria para apreciação do tribunal;
Efeito suspensivo: significa que a sentença, por mais que tenha acolhido o pedido do autor, não produzirá efeitos. É como se ela ficasse guardadinha, no forno. Isso porque o processo civil diz que o recurso dá efeito suspensivo a ela. Então por mais que o autor tenha sentença favorável ao pagamento pelo réu de indenização moral no valor de 10 mil, este não poderá exigir o cumprimento de sentença agora, porque o recurso de apelação suspendeu a condenação. 
VII – confirmar a antecipação dos efeitos da tutela: quando o juiz disser na sentença que defere os pedidos formulados pelo autor e ainda falar que em relação a tal instituto, ele não só julga procedente, como já permite que seja efetivada agora (este pedido eu defiro a tutela antecipada). Então, poderá o juiz (se achar conveniente e presente os requisitos), na sentença deferir a tutela antecipada!!!
Exemplo: Imagina na inscrição indevida de nome no SERASA. Até o momento da sentença ele ainda não havia deferido o pedido de tutela antecipada. Na sentença é que sobreveio o seu convencimento de que realmente a inscrição é indevida, ele condena o réu ao pagamento de dano moral, condena a retirada imediata do nome no SERASA. Isso para que mesmo interposto recurso de apelação, essa parte (retirada) já produza efeitos imediatamente.
	A TUTELA ANTECIPADA, PORTANTO, SERÁ DEFERIDA A QUALQUER MOMENTO PROCESSUAL
	Art. 273 § 2o  Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado.
	A doutrina critica a redação deste parágrafo, porque toda decisão, por ser uma decisão, pode ser revertida, seja porque o próprio juiz mudou de ideia (juízo de retratação) ou porque foi interposto recurso. Quer dizer então que: TODA DECISÃO PODE SER REVERTIDA!!!
	O §2º quis dizer para o juiz não deferir a antecipação de tutela se a decisão dele não puder ser revertida no mundo real. Antecipação de tutela para pagamento de quantia em dinheiro normalmente não é deferida. 
	
	Exemplo: Os juízes não deferem tutela antecipada quando pedido versar sobre pagamento de quantia em dinheiro pelo réu ao autor. Isso porque provavelmente o autor sumirá com o dinheiro do réu.
	Não é comum, porque esta decisão é uma decisão provisória, rasa. Ele não sabe se realmente tem o direito e vai que lá na frente se reverte. Neste caso, o autor poderia já ter gastado o dinheiro.
	É bem diferente do deferimento no caso do SERASA, porque desta decisão pode haver a reversibilidade. Se retirou o nome, mediante tutela antecipada, ao final da sentença, sendo provado mesmo que o autor é devedor, será novamente reinserido no cadastro de devedores.
***Não se defere a tutela antecipada de pedido que importe no mundo dos fatos em irreversibilidade*.
Tal ideia sempre foi muito bem aceita, até ocorrerem situações excepcionais no Judiciário.:
	Exemplo: Exemplo da OAB. Serviço de home care. O autor queria que o plano de saúde já fornecesse seu atendimento domiciliar desde já. A demanda seria proposta com pedido de tutela antecipada para que o plano de saúde já fornecesse o serviço. Na prática, o plano de saúde forneceria o serviço e se caso o juiz, na sentença, percebesse que era o plano de saúde que tinha razão? O serviço já foi prestado, dá para reverter isso? 
	A jurisprudência disse: cuidado com o parágrafo 2º. A regra é:
Que o juiz só deferirá o pedido de tutela antecipada se não tiver perigo de irreversibilidade. Exemplo SERASA.
	Excepcionalmente, o juiz irá analisar a balança. Protejo o plano de saúde que terá apenas prejuízo financeiro ou protejo a vida e a saúde do autor. Mesmo que não haja possibilidade de reversão, o juiz vai ter que optar, prejuízo econômico ou saúde e vida do autor. E, neste caso, defira sim a tutela antecipada mesmo que o fato seja irreversível.
	Art. 273, § 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso.
	Pedido/fato incontroverso é aquele que não tem mais discussão, onde autor e réu concordam a respeito de algo. O réu pode se entregar, mesmo sem querer. Se o juiz verificar que determinado fato é incontroverso, não irá mais decidir, pois as partes já entraram em consenso. Tanto que as provas dos autos são de fatos controversos!
	Se o autor e réu concordam em uma parte do pedido, o juiz deve deferir a tutela antecipada, prosseguindo o processo com o restante. 
Exemplo: O autor pede 100 mil reais em dinheiro do réu. Nisso, o réu alega que não vai apagar tudo isso, pois só deve 60 mil reais. Os 60 mil reais é pedido incontroverso e já pode ser cedido como tutela antecipada, pois os dois concordam. O que autor e réu concordam o juiz não precisa nem julgar, nem de provas. A outra parte do pedido será julgada na sentença.
	Vamos supor que o juiz deu os 40 mil também na sentença e esta transitou em julgado. Até agora o autor não recebeu nada (nem da decisão interlocutória de mérito, nem da sentença). Quando o autor for executar, será de apenas 40 mil? Ele vai poder executar as duas. Por isso que a sentença diz que esta decisão interlocutória de mérito é “sentença”. 
	Na verdade, o autor pode exigir os 60 mil no cumprimento de sentença, assim que o juiz reconhecer e o restante na sentença.
Assim, há uma decisão parcial da lide, ou, DECISÃO INTERLOCUTÓRIA DE MÉRITO OU RESOLUÇÃO PARCIAL DO MÉRITO, pois o juiz já acatou parcialmente o pedido.E, se o réu quiser promover a ação rescisória do exemplo acima? (é a ação que visa rescindir o julgamento por algum vício que a parte entender estar presente). 
Toda decisão de mérito está sujeita à ação rescisória. Toda decisão parcial do mérito está sujeita a ação rescisória! A ação rescisória tem prazo decadencial de 2 anos, sumulado pelo STJ, depois de transitada em julgado a última decisão do processo. Ainda que a decisão que reconhecer parte do pedido seja proferida há muito tempo, o prazo para sua rescisória só começa da ultima decisão.
	Decisão interlocutória de mérito ou resolução parcial do mérito da causa.
	MÉRITO É IGUAL A PEDIDO!!!
AÇÃO RESCISÓRIA: toda decisão de mérito está sujeita a ação rescisória. É aquela que visa rescindir o julgamento por algum vício que a parte entende estar presente. E a decisão interlocutória de mérito por apreciar pedido, é passível sim desta ação. Isso ninguém discute mais.
Mas, a partir de quando vai contar o prazo de ação rescisória contra a decisão interlocutória de mérito?
	Súmula 401: O prazo decadencial da ação rescisória só se inicia quando não for cabível qualquer recurso do último pronunciamento judicial.
	Então: ainda que a decisão que reconheceu parte do pedido tenha sido proferida ha muito tempo, o prazo para entrar com a rescisória desta decisão, só começará quando se esgotar o prazo da última decisão proferida nos autos. 
Obs.: SUMULA é o resumo do entendimento/posição de um tribunal a respeito de um determinado tema, em regra são orientações para a comunidade jurídica.
RESUMO DA AULA
Quando autor e réu concordarem com parte do pedido, isso é chamado de pedido incontroverso e o juiz poderá dar a tutela antecipada, ou seja, no curso da demanda. Isso serve para que o autor já possa exigir o pedido incontroverso.
PRECISA QUE O AUTOR PEÇA, MESMO SENDO ENTÃO PEDIDO INCONTROVERSO? Precisar não precisa, mas na prática, o juiz não percebe nada. O autor deve pedir então. Este não costuma deferir de ofício.
Mérito é significado de pedido. Por isso que vemos decisões “ sentença com resolução do mérito, ou seja, decisão que julgou o pedido”. “sentença sem resolução do mérito, ou seja, não analisou o pedido”.
Quando o autor formula seus pedidos a regra é que o juiz só vai efetivamente dizer: condeno, julgo procedente, lá na sentença. Agora havendo pedido incontroverso, pode deferir pedido ainda no curso do processo. A doutrina chama isso de decisão de mérito, pois analisou parte do pedido.
O que é decisão interlocutória de mérito? É parte do pedido e uma vez o juiz deferindo a tutela antecipada, o autor já poderá cobrar, porque é incontroverso.
E pode ainda o réu, via ação rescisória, reclamar da decisão. E o prazo é de 2 anos depois de esgotado a última decisão proferida no processo.
Exemplo
Decisão proferida em agosto de 2011 e a sentença proferida em abril de 2012. Desta foi interposto recurso de apelação para Tj. A apelação foi julgada em dezembro de 2013. O réu interpôs recurso especial para o STJ e só transitou em julgado em janeiro de 2015. E o prazo para a ação rescisória começa a partir do trânsito em julgado, ou seja, janeiro de 2017.
	O parágrafo 7º estudaremos depois.
	Foi falado que o artigo 273 é artigo coringa, se a ação que vamos interpor não tiver previsão específica de tutela antecipada, usamos este.
Há outro artigo que também tem a ideia de tutela antecipada genérica, que é o artigo 461.
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TUTELA ANTECIPADA DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER
	Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
Além do Art. 273, existe outro artigo curinga para a tutela antecipada: o art. 461, que é chamado de tutela inibitória. Ele disciplina as ações que tenham por objetivo as obrigações de fazer ou não fazer.
Exemplo: chega um cliente em meu escritório e diz que na semana que vem um jornal X irá publicar fotos da sua intimidade, e que quer que este jornal divulgue. Com isso, posso ajuizar uma ação para que o réu não publique as fotos no jornal.
Estas ações são chamadas de tutela inibitória, pois tem por objetivo INIBIR a prática de um ilícito ou a sua perpetuação.
Ação inibitória/ Tutela inibitória = Artigo 461
	A tutela inibitória poderá ser POSITIVA ou NEGATIVA. Tem por objetivo a inibição da prática de um ilícito ou de sua perpetuação, de forma:
POSITIVA: Se, para inibir o ato ilícito tiver que ser determina uma atividade positiva ao réu, que é de fazer alguma coisa, sendo uma tutela inibitória positiva. Exemplo: ordeno que o empreiteiro faça a edícula em minha casa que está atrasada e o mesmo já recebeu pelo serviço. OBRIGAÇÃO DE FAZER.
NEGATIVA: Se, para inibir o ato ilícito tiver que ser determina uma imposição ao réu, é uma proibição, uma tutela inibitória negativa. Exemplo: um jornal está em vias de publicas fotos da vida privada de uma pessoa, assim, impõe-se uma tutela inibitória negativa, proibindo sua publicação. OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER.
*** Essa tutela tem o nome de “inibitória” porque se presta a INIBIR a prática deu m ILICITO que ainda não aconteceu, ou a sua perpetuação, sendo uma demanda essencialmente PREVENTIVA, mas que determina uma prática positiva ao réu. ***
Toda ação com obrigação de fazer ou não fazer, poderá sim ter antecipação de tutela do Art. 461, sendo este também um artigo curinga. A ação de obrigação de fazer ou não fazer não é por si só antecipação de tutela, devemos pedir a antecipação!
No exemplo do home care, poderia ser embasado também no Art. 461. No exame da ordem, qualquer um dos entendimentos estaria correto, pois você pode entender que seria uma obrigação de custear o home care, ou então obrigação de FAZER o home care.
Exemplo 1: Contrato com empreiteiro para fazer um muro. Se passar este tempo e não fazer, existe um ilícito então. Peço juiz que para que se retire este inadimplemento, determine a obrigação de fazer. 
Exemplo 2: O cliente chega ao escritório e diz que na semana que vem o jornal Gazeta irá publicar fotos de sua vida íntima, que medidas irá tomar? O jornal está em vias de comete um ilícito. E para que não seja realizado este ato ilícito juiz, conceda a tutela inibitória negativa, ou seja, a obrigação de não fazer.
Agora, como toda demanda das obrigações de fazer e não fazer, se iniciam via PI e tem por objetivo a sentença. E é nesta sentença que será deferido o pedido. Só que dentro de uma semana esta sentença será proferida? Óbvio que não. Então preciso antecipar o que a sentença vai me dar, ou seja, devo pedir tutela antecipada das obrigações de fazer e não fazer (461).
No caso do exemplo 2, o gabarito da OAB era: deve ser apresentado o pedido de tutela inibitória negativa, impondo ao réu uma obrigação de não fazer, mas este pedido deve ser pleiteado a título de tutela antecipada, porque não adianta nada a sentença falar daqui a 5 anos que não era para publicar no jornal.
Esta é uma demanda estritamente preventiva.
CARACTERÍSTICAS:
A tutela antecipada inibitória pode ser deferida a qualquer momento, inclusive liminarmente.
MULTA: Para que o juiz realmente tenha certeza que vai ser cumprida a tutela antecipada, ele juiz pode fixar multa, inclusive de oficio, e a qualquer momento, como no art. 273.
O juiz pode fixar o valor e a periodicidade, por exemplo, pode ser mensal, diária, semanal. O juiz analisará no caso concreto qual o valor e a periodicidade. A depender do que se tratar, o juiz não só pode dar a multa de oficio quanto decidir sobre o tempo que ela será aplicada, em dias, horas, minutos; a periodicidade é a referente ao caso concreto. Exemplo: transmissão do Oscar por uma emissora de TV não autorizada, onde a multa poderia ser por minuto.
*** O juiz é livre para: fixar multa sem pedido da parte (ex officio),para fixar sua periodicidade e o valor. ***
É o juiz que define o valor de tal multa. Exemplo: a obrigação é de construir a edícula em um mês, e depois desse prazo incidirá a multa. 
MULTA DO DIREITO CIVIL OU CLÁUSULA PENAL: é o boleto que recebemos em casa: pague o boleto, caso contrário incidirá juros de mora e multa de 2% a.m. Aqui há um limite para a sua cobrança, que é de no máximo o valor da obrigação principal, ou seja, se meu boleto é de 300, a multa será de até no máximo 300.
MULTA PROCESSUAL OU ASTREINTE: para esta não existe limite nenhum, pode ser fixada em qualquer valor, inclusive maior que o valor da obrigação principal. O seu objetivo é ser coercitiva, ser capaz de coibir o réu a realização da obrigação imposta pelo juiz. Não é punitiva, não é uma sanção ao réu. Por isso, o juiz deve analisar caso a caso. E, se o juiz se enganar, se fixar multa muito abaixo, a aponto de o réu não ligar ou a ponto de ficar tão pesada que o réu não conseguir realizar? Ele pode modificar de ofício o valor ou a periodicidade da multa. E, se ele modificar o valor, vai ter efeito retroativo? Se for para diminuir, sim. Agora se for para aumentar não, neste caso começa a contar este novo valor da decisão de sua modificação. 
A multa não tem objetivo de ser punitiva, mas sim coercitiva. Exemplo: se o valor não fizer nem “cócegas” no réu, o juiz pode modificar de ofício, como também se achar que for muito alto.
Se o juiz fixar a multa muito baixa ou muito alta, o juiz poderá rever o valor, retroagir, conforme o art. 461 - § 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva.
Pode-se cumular também a multa com perdas e danos, pois tem natureza diferente, sendo a multa coercitiva, já as perdas e danos reparação tem natureza de ressarcimento pelo inadimplemento do réu. § 2o  A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287).
Uma vez fixada a multa, quando que o autor pode exigir o seu pagamento? 
O STJ não sedimentou totalmente seu posicionamento, mas tem entendimento majoritário. A doutrina não tem posicionamento concreto. Mas, a posição majoritáriaé: cobra-se a multa após o transito em julgado e a decisão final deve ser no mesmo sentido da tutela antecipada.
	Decisão final no sentido da tutela antecipada: quer dizer que se eu mover uma ação em face do empreiteiro, porque não fez o muro e começou a incidir multa. Só que ele vem e diz que não fez porque nunca contratou comigo. Imagine se o juiz já tivesse fixado a multa e na sentença o juiz fala que realmente o réu não tinha obrigação nenhuma mesmo, não existia contrato de fato. Aqui a decisão final não foi no mesmo sentido da tutela antecipada, portanto, esta multa nunca poderá ser exigida pelo autor. Isso serve para qualquer lide cível.
	Súmula 410: “A prévia intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”. 
Para se exigir a multa após o transito em julgado, se a decisão final for igual a tutela antecipada, só será exigível se o réu que descumpriu a ordem for intimado PESSOALMENTE. Assim, não é só o advogado que deveria saber da multa, mas também o réu.
§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. 
§ 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 
        § 4o  O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. 
O juiz pode fixar a multa de ofício e é livre para também fixar o valor e a periodicidade de acordo com a obrigação que estiver analisando. 
§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. 
        § 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva. – se o juiz modificar o valor terá efeito retroativo se for para DIMINUIR o valor da multa. Se for para aumentar o valor, terá efeito ex nunc apenas.
17/08/2012
	Vamos entender o que é mesmo esta tutela antecipada.
TUTELA INIBITÓRIA:
	Tem este nome porque visa inibir a prática de um ilícito ou a sua perpetuação.
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
Analisando o caput do Art. 461 verificamos “tutela específica da obrigação”, “resultado equivalente ao adimplemento” e “perdas e danos”. Quando este caput foi inserido foi muito elogiado, pois permitiu que a ação, a ordem judicial proferida pudesse obrigar o réu a fazer o que já deveria ter feito ou a não fazer o que não pode fazer. 
	Ação de fazer ou não fazer: este artigo se trata deste tipo de ação.
Estas medidas serão solicitadas pelo autor na P.I: tutela específica da obrigação, resultado prático equivalente ou perdas e danos. Se pedir na PI, o juiz deverá apreciar estes pedidos na sentença. 
Qualquer um destes pedidos podem ser antecipados? Podem ser dados ao autor na sentença ou concedidos antecipadamente. 
Mas, o que exatamente são estas medidas? 
 “Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer o juiz concederá a tutela específica da obrigação” – TUTELA ESPECÍFICA DA OBRIGAÇÃO.
	“ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.” – MEDIDAS EQUIVALENTES AO ADIMPLEMENTO.
        § 1o  A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. - PERDAS E DANOS
	TUTELA ESPECÍFICA: "É quando o juiz ordena que se dê ao autor efetivamente o que a obrigação determinava, ordenando o réu a cumprir algo que já deveria ter cumprido”. O juiz, para que o réu cumpra sua obrigação, pode determinar multa por não cumprir. Aqui o objetivo é exigir que o réu faça o que deveria ter feito ou não faça o que não pode fazer.
A tutela específica da obrigação fará parte da petição inicial (ex. juiz determine que o réu faça a edícula). Se for pedido na petição inicial, o juiz deve dar a tutela na sentença. Pode-se pedir tutela específica da obrigação em tutela antecipada, pedindo para que o juiz adiante o que antes poderia dar na sentença apenas. É possível ainda pedir tutela antecipada com multa para que realmente se cumpra a tutela específica da obrigação.
	
Exemplo: A obrigação de um devedor pode ser:
			- Entrega de coisa (dar): o vendedor tem que entregar o carro, assim que receber o pagamento. 
			- Obrigação de fazer: o pedreiro tem o dever de construir o muro.
			- Obrigação de não fazer: e funcionário tem a obrigação de não revelar um segredo profissional da empresa. 
			Quando o pedreiro, que tem obrigação de construir um muro, a ação de obrigação de fazer ou tutela inibitória, terá o condão de obrigar que o réu faça o que já deveria ter feito como combinado. Será uma ordem judicial para cumprir o que já deveria ter cumprido. É uma ação que nada mais é que obrigar ao réu para fazer o que já tinha secomprometido. O juiz vai analisar a situação e determinar que o réu faça aquilo que se comprometeu.
			Dá para pedir isso antecipadamente (tutela antecipada de obrigação de fazer). Para que realmente o juiz convença o réu para cumprir o que deveria já ter cumprido, pode então fixar-lhe multa (astreinte).
PEÇA OAB
			Cadastro indevido SPC. O autor pagou a dívida e está sendo cobrado. O autor manda fax para empresa de telefonia com o comprovante do pagamento e dias após ao tentar efetuar uma compra de um automóvel, descobre sua inscrição no cadastro de proteção ao crédito.
			Este procura um advogado para que ingresse com ação para declarar a inexistência da dívida, cumulada com a indenização de danos morais. E ainda devemos pedir a antecipação de tutela para que seu nome seja imediatamente retirado do SPC. O gabarito foi baseado tanto no 273, como no 461 (obrigação de fazer). 
	Agora, mesmo com a imposição de multa processual, o réu não está cumprindo o que o juiz determinou na tutela antecipada, o autor pode requerer para que este ilícito processual não se perpetue: 
MEDIDAS EQUIVALENTES AO ADIMPLEMENTO
	Para evitar que o ilícito se perpetue, pois o réu não irá cumprir a obrigação nem pagar a multa, o juiz pode determinar “MEDIDAS EQUIVALENTES AO ADIMPLEMENTO”. Cabe ao juiz avaliar no caso concreto qual a melhor medida a ser aplicada, mas ele não precisa adotar exatamente o que o autor pediu. Nesta ação que visa extinguir o ato ilícito, o objetivo será provocar o adimplemento da obrigação.
O réu será citado para que faça a obrigação sob pena de multa. Mas, é possível que mesmo com multa o réu não o faça, sendo a sugestão do legislador que o juiz pode determinar o ‘resultado prático equivalente ao adimplemento’, ou seja, por exemplo, um terceiro construir a edícula, mas quem paga a conta é o réu. O resultado prático equivalente pode ser também objeto de tutela antecipada, inclusive com multa.
Imagine que o réu não faça mesmo com multa e não seja possível que um terceiro faça, então, neste caso, não resta alternativa a não ser perdas e danos. 
O autor também pode pedir perdas e danos, somente.
	
	Exemplo: Na obrigação de entrega de coisa, o vendedor vendeu e não entregou a mercadoria. E, concedendo a tutela antecipada, o juiz faz sua citação para que entregue o carro em 3 dias (tutela específica da obrigação). E, ainda mesmo com a multa não o entregou. Qual medida seria igualzinha a isso? Como podemos dar ao autor especificamente o carro se o réu não o entrega? Neste caso, a medida equivalente seria ir buscar o carro, ou seja, o juiz determinaria a busca e apreensão do veículo. 
	Exemplo: Pedreiro construa o muro em 3 meses sob pena de multa. E este não o faz. O autor pede juiz: determine medida equivalente ao adimplemento e qual seria ela? Que outro o faça e o réu pague, por exemplo. 
	O objetivo desta medida é o adimplemento da obrigação. Temos que saber qual a obrigação principal para pensar qual seria a medida equivalente a ela. Cabe ao juiz então na análise do caso concreto, qual seria a medida equivalente.
	Estas demandas são muito comuns nas lides ambientais. A proteção deste é o meio ambiente equilibrado. Aqui em última análise não é o dinheiro que importa e sim a saúde e proteção do meio ambiente. 
	Exemplo: Ações civis públicas movidas pelo MP para que determinadas fábricas diminuam a quantidade de gases poluentes despejados na atmosfera. O juiz determina para a fábrica que crie opções de despoluição dos gases antes de sair para a atmosfera. 
	Só que o STJ: quantas vezes o MP pedia determinada obrigação para a fábrica cumprir e dizia: “Juiz, se você entender que não é o caso de instalar um filtro, determine então que não se use mais o produto químico causador da poluição” (medida equivalente). O MP formulava pedidos na demanda dentro da ideia da tutela específica da obrigação e dentro do que ele entendia ser medida equivalente ao adimplemento. O MP avaliava o caso e pedia determinado tipo de medida. 
	Começou a chegar estes pedidos no STJ e este começou a decidir assim: “olha MP, achamos que retirar o produto químico não é a melhor solução. Vou adotar outra medida: fábrica, passe a adotar tal produto que neutralize a emissão de gases tóxicos”. Só que quando estudamos o direito processual, sabemos que os juízes estão limitados aos pedidos da PI.
	Não podem decidir nem abaixo (infra petita), nem acima (ultra petita), nem fora do pedido (extra petita). É o princípio da congruência, os pedidos devem estar em conexão com a sentença. Os processualistas ficaram doidos, pois disseram que a lei trouxe esta expressão ampla para que os autores vissem qual a melhor medida equivalente para o adimplemento da obrigação principal e ainda que o juiz está atrelado aos pedidos.
	** O art. 461 é tanto para obrigações contratuais como para obrigações legais.**
	Quando o comando genérico for “medidas equivalentes ao adimplemento”, apresenta-se uma EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA, e podem ser deferidas na sentença ou antecipadamente, também sob pena de multa. Qualquer juiz pode determinar medida equivalente diversa da do autor formulada na PI, desde que claro dentro do que o autor espera. Só que não precisa estar limitada ao pedido da petição inicial.
	Esta medida equivalente pode ser deferida na sentença ou ainda na tutela antecipada, Também sob pena de multa. (Ex. fábrica que polui).
PERDAS E DANOS: 
	A lei diz que existe uma preferência e, só vai ser convertida em perdas e danos se o autor assim o requerer. 
§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. 
O autor vai pedir na PI:
Que o réu faça o que já deveria ter feito ( tutela específica);
Medida equivalente ao adimplemento;
Perdas e danos.
	Só vai para perdas e danos se, expressamente, o autor abrir mão.
Exemplo: Não quero mais que o réu entregue o carro. Não quero mais que o pedreiro construa o muro etc. 
Observação importante
	Assim, em regra, nas lides cíveis, a expressão “medida equivalente” é quando um terceiro vai fazer e quem paga a conta é o réu. Em regra é assim: pedreiro faça. Se não fizer, outro faz e você paga a conta. O exemplo clássico é o do pedreiro. 
Mas, existem algumas circunstâncias pontuais: nas obrigações personalíssimas, onde se pede direito perdas e danos. Exemplo: Se você contrata um pintor de quadros específico e ele não pinta o quadro que te prometeu, eu posso pedir é uma obrigação personalíssima. Pode-se mover ação de obrigação de fazer, para que este pinte o quadro sob pena de multa. E, se mesmo assim, este pintor se negar ainda? Não tem como obriga-lo. Pedimos então perdas e danos. 
	Agora se o autor:
Não quiser mais a tutela específica da obrigação;
Não quiser mais o resultado prático equivalente;
Pode então partir só para as perdas e danos.
		Aqui um a observação importante: se fosse no exame da ordem, seu cliente deveria falar expressamente que não queria mais as duas primeiras opções. Caso contrário advogado: deve fazer o raciocínio todo.
Obrigação de fazer e não fazer:
1º alternativa: TUTELA ESPECÍFICA DA OBRIGAÇÃO
2º alternativa: MEDIDA EQUIVALENTE AO ADIMPLEMENTO
3º alternativa: PERDAS E DANOS
PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA ou da ADSTRIÇÃO.
	Princípio da congruência ou adstrição refere-se à necessidade do magistrado decidir a lide dentro dos limites objetivados pelas partes, não podendo proferir sentença de forma extra, ultra ou infra petita .
	Esse princípio está previsto no art. 460 do CPC, nos seguintes termos: “É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado”.
	Conforme classificado pela doutrina, decisão extra petita é aquela proferida fora dos pedidos ou autor, ou seja, que concede algo além do rol postulado, enquanto a decisãoultra petita é aquela que aprecia o pedido e lhe atribui uma extensão maior do que a pretendida pela parte. Já a decisão infra petita, também conhecida como citra petita, deixa de apreciar pedido formulado pelo autor.
RESUMO:
Tutela inibitória: inibir pratica de ilícito ou sua perpetuação, sinônimo de obrigação de fazer ou não fazer.
Tutela específica: é a obrigação original contratada. Se não der certo, mesmo com multa, pede-se:
Medida equivalente ao adimplemento: O autor pede uma medida equivalente e o juiz também pode decidir por alguma. Quando não dá certo nenhum dos dois acima, pede-se:
Perdas e danos
REQUISITOS PARA A TUTELA ANTECIPADA DO ART. 461
§ 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada.
O risco de ineficácia é que a sentença pode ser tarde demais. O relevante fundamento da demanda seria por exemplo o direito a saúde, vida de uma pessoa.
Liminarmente: antes da resposta do réu.
Justificação prévia: é uma audiência que o juiz cita o réu e analisa os documentos. Ele não se sente seguro para apreciar o pedido. Chama as partes para que se justifiquem. O autor para dizer porque pediu isso e para que o réu diga porque não fez ainda. O juiz ante as partes, pode se sentir mais a vontade de decidir a tutela antecipada. Quando deferida, já não é mais uma liminar.
Este artigo também diz quais são os requisitos para a tutela antecipada 461:
RELEVANTE O FUNDAMENTO DA DEMANDA: o fundamento de direito deve ser relevante.
HAVENDO JUSTIFICADO RECEIO DE INEFICÁCIA DO PROVIMENTO FINAL: a sentença pode vir tarde demais, por isso a tutela antecipada é necessária. O relevante fundamento da demanda seria, por exemplo, o direito à saúde, direito à vida.
REVOGAÇÃO:
	A tutela antecipada pode ser revogada ou cancelada a qualquer momento, pois o conhecimento do processo por parte do juiz é muito superficial no momento do deferimento da tutela antecipada (cognição sumária). E como é assim, pode ser revogada e modificada a qualquer tempo.
MULTA
        § 4o  O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. 
Imposição de multa que independe de requerimento do autor. 
MEDIDAS EQUIVALENTES
        § 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. 
 § 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva. 
QUESTÃO PRATICA
	Carlos arquiteto famoso e extremamente talentoso assina um contrato de prestação de serviços com Marcelo, comprometendo-se a elaborar e executar um projeto de arquitetura em 06 meses. Marcelo contratou Carlos em razão dos seus serviços. Entretanto, passado o prazo estipulado, Carlos não realiza o serviço estipulado, não restando outra opção a Marcelo senão a ação judicial. Diante do caso concreto, responda de forma fundamentada. (Ação inibitória – obrigação de fazer infungível).
	No caso apresentado, trata-se de uma obrigação de fazer personalíssima, com fulcro no art. 461. Assim, Marcelo deverá ajuizar uma ação inibitória, para evitar a perpetuação do ilícito cometido por Carlos, que é a inexecução do serviço contratado, solicitando ao juiz, primeiramente, a tutela específica da obrigação, através da antecipação dessa obrigação de fazer positiva, juntamente com multa (§4º). Caso Carlos não cumpra com sua obrigação, Marcelo pode solicitar que se converta em perdas e danos (§1º).
	RESPOSTA OAB: “Existem duas opções: a tutela específica da obrigação (que deverá ser cumprida pelo devedor visto se tratar de obrigação infungível, sendo possível aplicação de astreint), sendo possível também a resolução em perdas e danos, se assim o autor requerer ou se for impossível a obtenção da tutela específica, conforme o art. 247 e 248 do CC.	
- ART. 928 - LIMINAR DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE
Art. 928. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração; no caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.
- LEI DO MANDADO DE SEGURANÇA
24/08/2012
TRABALHO EM SALA
A tutela antecipada punitiva (punir atitude protelatória do réu) será concedida quanto:
A requerimento da parte, estejam presentes os requisitos da prova inequívoca da verossimilhança da alegação e fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação. 
R: ERRADO, aqui é o conceito de tutela antecipada assecuratória, ou seja, para assegurar a situação de dano a que o sujeito está sofrendo.	
Mesmo sem requerimento da parte, estejam presentes os requisitos da prova inequívoca da verossimilhança da alegação e fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
R: ERRADO, pois toda tutela antecipada depende de requerimento do autor.
A requerimento do autor, estejam presentes os requisitos da prova inequívoca da verossimilhança da alegação e o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
R: CERTO. Art. 273, caput + II
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 
É para punir o réu na ideia do ônus do tempo do processo. Em regra o autor sofre sozinho o ônus do tempo do processo e neste artigo, o legislador quis dizer que agora o réu também irá sofrer, tendo que cumprir um dos pedidos do autor antes da sentença.
A requerimento do réu, estejam presentes os requisitos da prova inequívoca da verossimilhança da alegação e o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
R: ERRADO, aqui é uma exceção, pois o réu só pode pedir tutela antecipada no pedido contraposto e na reconvenção.
 Assinale a alternativa incorreta:
Não se concederá a antecipação dos efeitos da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado
R: CERTO, é a regra do art. 273, caput e mesmo assim a doutrina tem a habitualidade de conferir nos casos concretos Ex: home care.
Concedida a antecipação da tutela, o processo será imediatamente extinto com resolução do mérito.
R: ERRADO. O processo segue, pois a tutela antecipada é uma decisão provisória.
Ainda que se antecipe um dos pedidos do autor, é uma decisão provisória, rasa, temporária e que pode ser modificada a qualquer tempo. 
Então é sim, precisa do processo até o final para se ter certeza do direito do autor. 
Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento.
R: CERTO, art. 93, IX, Cf. Par revogar uma decisão, o juiz precisa fundamentar.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudiqueo interesse público à informação;
E ainda para revogar, deve haver a fundamentação.
A tutela antecipada pode ser conhecida em qualquer procedimento, seja o comum ou o especial.
R: CERTO. Art. 272.
Existem dois tipos de procedimentos:
Comum: e este se subdivide em: comum ou ordinário e sumário.
Especial
Art. 272. O procedimento comum é ordinário ou sumário. 
Parágrafo único. O procedimento especial e o procedimento sumário regem-se pelas disposições que Ihes são próprias, aplicando-se-lhes, subsidiariamente, as disposições gerais do procedimento ordinário
A tutela antecipada concedida quando um ou mais dos pedidos mostrarem-se incontroversos:
É hipótese de resolução parcial do mérito.
R: CERTO. Com o consenso das partes, extingue-se parcialmente o mérito da causa.
É hipótese de resolução parcial do mérito.
No exemplo dado em aula o autor pede 100 mil e o réu diz que deve 60 mil. os dois concordam em 60 e o juiz nem precisa decidir.
Resolução de mérito é resolver parcialmente o pedido.
É decisão com natureza jurídica de sentença, segundo entendimento doutrinário majoritário.
R: ERRADO. Não porque tem natureza jurídica de decisão interlocutória de mérito. Porque é proferida no meio da demanda, esta ainda vai prosseguir. No exemplo acima, decidiu-se 60, mas ainda irá prosseguir a demanda pelos 40 mil. 
Transitará em julgado assim que esgotado o prazo recursal para impugnação da referida decisão, segundo entendimento do STJ.
R: ERRADO. Súmula 401 STJ “O prazo decadencial da ação rescisória só se inicia quando não for cabível qualquer recurso do último pronunciamento judicial.” É O PRAZO DA ÚLTIMA DECISÃO!!!
Não está sujeita a ação rescisória.
R: ERRADO. Está sim, porque toda decisão de mérito, não importa se é sentença ou decisão interlocutória está sujeita a ação rescisória.
Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar literal disposição de lei;
Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória;
Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar pronunciamento favorável;
VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença;
IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa;
§ 1o Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido.
§ 2o É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato.
 Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer:
Esta também é chamada de tutela inibitória, para inibir a prática de um ilícito ou a sua perpetuação.
Poderá ser fixada astreinte, a requerimento do autor. 
R: ERRADO. Esta é multa e pode ser requerida também pelo autor e de ofício
A indenização por perdas e danos dar-se-á em prejuízo da multa.
R: ERRADO. Perdas e danos se dá sem prejuízo da multa. § 2o.
A prévia intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.
R: CERTO. Súmula 410 STJ. O réu deve saber que está descumprindo a obrigação com multa.
SÚMULA 410 STJ “A prévia intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”
Mesmo o advogado sendo intimado, não afasta a necessidade de intimação pessoal do devedor. porque o réu se for descumprir, deve saber que tem multa, deve estar ciente.
A obrigação se converterá em perdas e danos.
R: ERRADO. Art. 461, §1º
Não necessariamente. Só em duas hipóteses: se for requerida expressamente pelo autor ou se não for possível a realização da obrigação ou do resultado prático equivalente.
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. 
§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.
Explique porque o art. 461, §5º é considerado exceção ao princípio da congruência.
É exceção ao princípio da congruência, pois o juiz pode, de ofício, determinar a realização de medidas equivalentes para garantir o resultado esperado, sem estar atrelado ao pedido.
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. 
§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. 
Princípio da congruência é quando os pedidos da PI devem refletir os pedidos. O juiz não deve decidir nem citra (abaixo), nem ultra (acima), nem extrapetita (é como se fosse uma edição extra de jornal, fora. Não está na edição normal). 
No entanto neste parágrafo 5º para o juiz chegar a um resultado prático equivalente, o juiz poderá fazer de ofício, adotando tais medidas num rol exemplificativo. A doutrina e a jurisprudência diz que se o juiz entender que ele consegue o resultado prático equivalente de outra forma do que aquela requerida pelo autor, não tem problema, o juiz poderá conceder o que ele entende mais adequado, se estiver no pedido da PI. 
O juiz deve estar atrelado ao objetivo do autor e, se este tem, por exemplo, um objetivo ambiental, a tutela equivalente deve estar dentro do objetivo do autor. Só que o juiz não está estritamente atrelado ao pedido do autor.
Explique o conceito de decisão liminar no processo civil e apresente exemplos de liminares.
	Liminar é toda decisão judicial proferida pelo juiz no início do processo, antes da manifestação do réu.
Se um advogado chegar para a gente e disser que obteve uma liminar, a única coisa que saberemos é que obteve um a decisão ainda no início do processo. 
Liminar envolve um monte de decisões e, só sabemos que é no início do processo. 
E, exatamente o que é o início do processo? É o início do processo até o momento que o réu venha se manifestar nos autos. Agora tem uma polêmica que aceita liminar até a citação do réu. Aqui não precisamos adentrar.
	Exemplos: antecipação dos efeitos da tutela, liminar de reintegração de posse, antecipação das obrigações de fazer, alimentos provisórios, busca e apreensão.
31/08/2012
Dentro da ideia da necessidade de três grandes processos:
No Livro I, o legislador criou o PROCESSO DE CONHECIMENTO, com o objetivo específico de dar ao autor o bem da vida buscado em juízo. E, devido à incerteza, esse processo é destinado a dar ao juiz elementos para que o juiz conheça o que aconteceu e dê o direito na sentença. É a maioria das demandas que conhecemos.
Exemplo: Revisional de contrato. O juiz deverá conhecer o que aconteceu para que lá na sentença ele dê o bem da vida. Bati meu carro. Busca-se o que aqui? A reparação de danos. E, portanto o juiz deve conhecê-lo para saber quem foi o causador do dano e que danos ocorreram, para que lá

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