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Manual de Contabilidade Publica

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Prévia do material em texto

MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
2º Ano 
Disciplina: CONTABILIDADE PÚBLICA 
Código: ISCED22-CONTCFE003 
Total Horas/2o Semestre: 125 
Créditos (SNATCA):5 
Número de Temas: 4 
 
 
 
INSTITUTO SUPER 
 
 INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA- ISCED 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
i 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), 
e contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou 
total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado, o infractor é passível a aplicação de processos 
judiciais em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Académica 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No212 Ponta - Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23323501 
Cel: +258 823055839 
Fax:23323501 
E-mail: isced@isced.ac.mz 
Website: www.isced.ac.m 
 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
ii 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece a colaboração dos 
seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
 
Autor Marisa Iva Abrão Malate Gobeia MSc 
Coordenação 
Design 
Financiamento e Logística 
Revisão Científica 
Linguística 
Ano de Publicação 
Local de Publicação 
 
Direcção Académica do ISCED 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Instituto Africano de Promoção da Educação a Distancia (IAPED) 
dra. Aldo Sanveca, licenciado em Contabilidade 
 
2016 
ISCED – BEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
iii 
 
Índice 
Visão geral 1 
Bem-vindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade Pública .............................................. 1 
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 1 
Como está estruturado este módulo ................................................................................ 2 
Ícones de actividade ......................................................................................................... 4 
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 4 
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 6 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 7 
Avaliação ........................................................................................................................... 8 
TEMA – I: ABORDAGEM CONCEPTUAL DA CONTABILIDADE PύBLICA 11 
Objectivos das unidades: ................................................................................................ 11 
Introdução ....................................................................................................................... 11 
1.1.1. Objecto, Objectivos e Finalidade da Contabilidade .............................................. 12 
1.1.2. Divisões Da Contabilidade ........................................................................... 13 
1.1.3. Objectos Da Contabilidade Pública ............................................................. 17 
1.1.4. Campo de Aplicação ................................................................................... 17 
1.1. Escrituração Contabilistica .......................................................................... 18 
1.2. Finalidades .................................................................................................. 18 
1.3. Informação Contabilistica ........................................................................... 19 
1.4. Controle ...................................................................................................... 19 
1.5. Análise ......................................................................................................... 19 
1.6. Período Administrativo ............................................................................... 19 
1.7. Exercício Financeiro .................................................................................... 20 
1.8. Regimes Contábilisticos .............................................................................. 21 
Sumário ........................................................................................................................... 21 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 22 
Rever objectivos específicos constantes da página 1 22 
Rever a parte final da página 9 (Introdução desta Unidade): 22 
Rever as páginas 10 a 12 22 
Rever o 6º parágrafo da página 13 (Introdução desta Unidade); 22 
Rever o ponto 1.1.1 da pagina 10. 22 
da página 15 a 16 último e primeiro parágrafo respectivamente. 22 
Rever Rever página 10; 22 
Rever ponto 1.1.4 parágrafo 2 da página 14 ; 22 
Rever os conteúdos da página 16 no ponto 1.9. 22 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
iv 
 
Rever os conteúdos da página 16 no ponto 1.9 penúltimo parágrafo. 22 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 23 
TEMA – II: Sistemas Contabilísticos e o património Público 26 
Objectivos: ...................................................................................................................... 26 
2.1.2. Sistema Financeiro ...................................................................................... 27 
2.1.3. Sistema Patrimonial..................................................................................... 27 
2.1.4. Sistema de compensação ............................................................................ 27 
1. 2.2. Conceito do Patrimônio 28 
2. 2.3. Estrutura do Patrimônio 28 
2.3.1. Aspecto Qualitativo 28 
2.3.2. ASPECTO QUANTITATIVO 34 
3. 2.4. RESULTADOS PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO 39 
4. 2.6. ESCRITURAÇÃO DOS FACTOS CONTABILÍSTICOS 39 
Sumário ........................................................................................................................... 42 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 43 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 44 
Sistema Patrimonia ............................................................................................... 45 
Tema III: Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 47 
5. Unidade 3.2. Objectivos e Instituições Obrigadas a usar o Plano 
oficial da contabilidade Pública 47 
6. Unidade 3.3. Demonstrações Contabilísticas 47 
7. Unidade 3.4. Estrutura do plano de contabilidade pública. 47 
8. Unidade 3.5. Contas De ResultadosPatrimonial Do Exercício 47 
9. Unidade 3.6. Plano de contas no sistema orçamentário 47 
Objectivos da Unidade: ................................................................................................... 47 
10. PLANO DE CONTABILIDADE PÚBLICA 47 
11. 3.1. Conceito de plano oficial de contabilidade pública (POCP) 47 
12. 3.2. Objectivos e Instituições Obrigadas a usar o Plano oficial da contabilidade 
Pública 49 
13. 3.3. Demonstrações Contabilísticas 50 
14. 3.4. ESTRUTURA DO PLANO DE CONTABILIDADE PÚBLICA. 50 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
v 
 
15. 3.5. CONTAS DE RESULTADOS PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO 52 
Sumário ........................................................................................................................... 55 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 57 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 58 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 59 
Tema IV: o plano de Contabilidade Publica em Moçambique regras e Funcionamento 60 
Objectivos da Unidade: ................................................................................................... 60 
16. 4.1. CONTAS E REGISTOS DA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL
 4.11. Despesas por pagar 74 
17. 4.12. Fase da receita 74 
18. 4.13. Fases da receita 75 
19. 4.14. Execução da Receita 80 
Sumário ........................................................................................................................... 81 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 82 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 83 
20. Perguntas de Reflexão da disciplina 85 
21. Bibliografia 89 
Anexos 90 
22. Anexo1: Classificador Econômico da Despesa 90 
23. ANEXO II. Estrutura Global da Classificação Económica das Despesas 96 
Fundamentação da criação do Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) 127 
 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
1 
 
Visão geral 
Bem-vindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade Pública 
 Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Contabilidade publica deverá 
ser capaz de: Descrever e caracterizar as principais normas de gestão 
financeira do Estado em Moçambique; Analisar as demonstrações 
financeiras do sector público; Conhecer as normas internacionais 
aplicáveis à contabilidade públicas; Aplicar os conceitos básicos da 
contabilidade pública no registro e apresentação das demonstrações 
financeiras Preparar as demonstrações financeiras do sector público à 
luz das normas internacionais 
 
Objectivos Específicos 
 Definir Contabilidade Publica e suas aplicações. 
 Fazer um breve percurso histórico da disciplina. 
 Compreender e aplicar os procedimentos contabilísticos como 
instrumento de planeamento, execução, controlo, avaliação e decisão 
na esfera governamental; 
 Aplicar os conceitos básicos da contabilidade pública no registro e 
apresentação das demonstrações financeiras 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 2º ano do curso de licenciatura 
em Administração Publica ISCED e outros como Gestão de Recursos Humanos, 
Contabilidade e Auditoria, etc. Poderá ocorrer, contudo, que haja leitores que 
queiram se actualizar e consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, esses 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
2 
 
serão bem-vindos, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá 
adquirir o manual. 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Contabilidade Publica, para estudantes do 2º ano do curso de 
licenciatura em Administração Publica, à semelhança dos restantes do ISCED, 
está estruturado como se segue: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta 
secção com atenção antes de começar o seu estudo, como 
componente de habilidades de estudos. 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes caracteristicas: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e 
actividades práticas algunas incluido estudo de caso. 
 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
3 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio 
de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, 
apresenta uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu 
módulo para você explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na 
biblioteca do seu centro de recursos mais material de estudos 
relacionado com o seu curso como: Livros e/ou módulos, CD, CD-
ROOM, DVD. Para além deste material físico ou electrónico 
disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma digital 
moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus 
estudos. 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos 
exercícios de auto-avaliação apresentam duas características: 
primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de 
campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de 
correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame 
do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os 
exercícios de avaliação é uma grande vantagem. 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
4 
 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didáctico-
Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. 
Pode ser que graças as suas observações que, em goso de 
confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser 
melhorado. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das 
folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo de 
aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova 
actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a aprender. 
Aprenderaprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para facilitar a 
aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empenho, dedicação 
e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se conseguem com 
estratégias eficientes e eficazes. Por isso é importante saber como, onde e 
quando estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos 
que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, 
procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
5 
 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação crítica 
dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua aprendizagem 
confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as de estudo 
de caso se existirem. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido no início 
deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o 
ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em 
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de 
tarde/fins de semana/ao longo da semana? Estudo melhor com música/num 
sítio sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 
minutos, em cada hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado durante 
um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da matéria em 
profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já domina bem o 
anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e estudar, 
que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar o útil ao 
agradável: Saber com profundidade todos conteúdos de cada tema, no 
módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo 
superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10 (dez) 
a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-se descanso à mudança de 
actividades). Ou seja que durante o intervalo não se continuar a tratar dos 
mesmos assuntos das actividades obrigatórias. 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
6 
 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual obrigatório, pode 
conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento da aprendizagem. Por que o 
estudante acumula um elevado volume de trabalho, em termos de estudos, 
em pouco tempo, criando interferência entre os conhecimento, perde 
sequência lógica, por fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai 
em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma avaliação. 
Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda sistematicamente), não 
estudar apenas para responder a questões de alguma avaliação, mas sim 
estude para a vida, sobre tudo, estude pensando na sua utilidade como futuro 
profissional, na área em que está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que matérias 
deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir 
como o utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao 
estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma 
necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A 
colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de modo 
que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e Pode escrever 
conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode também 
utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados com o que está 
a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão 
do texto e não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre 
que surja um conceito cujo significado não conhece ou não lhe é familiar; 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o material 
de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como falta de clareza, 
alguns erros de concordância, prováveis erros ortográficos, falta de clareza, 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
7 
 
fraca visibilidade, páginas trocadas ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte 
os serviços de atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos 
(CR), via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta 
participando a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes (Pedagógico e 
Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua aprendizagem com 
qualidade e sucesso. Dai a relevância da comunicação no Ensino a Distância 
(EAD), onde o recurso as TIC se torna incontornável: entre estudantes, 
estudante – Tutor, estudante – CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a 
oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com tutores ou 
com parte da equipa central do ISCED indigitada para acompanhar as sua 
sessões presenciais. Neste período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos 
de natureza pedagógica e/ou administrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do tempo 
de estudos a distância, é muita importância, na medida em que permite lhe 
situar, em termos do grau de aprendizagem com relação aos outros colegas. 
Desta maneira ficará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos 
colegas. Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados com os 
conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade 
temática, no módulo. 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é importante 
que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas semanas antes das 
sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento 
dos prazos de entrega, implica a não classificação do estudante. Tenha sempre 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
8 
 
presente que a nota dos trabalhos de campo conta e é decisiva para ser 
admitido ao exame final da disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os mesmos 
devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os 
mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do 
autor. 
O plágio1é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es).Uma transcrição 
à letra de mais de 8 (oito) palavras do texto de um autor, sem o citar é 
considerada plágio. A honestidade, humildade científica e o respeito pelos 
direitos autorias devem caracterizar a realização dos trabalhos e seu autor 
(estudante do ISCED). 
Avaliação 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, estando eles 
fisicamente separados e muito distantes do docente/tutor? Nós dissemos: Sim 
é muito possível, talvez seja uma avaliação mais fiável e consistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um mínimo 
de 90% do total de tempo que precisa de estudar os conteúdosdo seu módulo. 
Quando o tempo de contacto presencial conta com um máximo de 10%) do 
total de tempo do módulo. A avaliação do estudante consta detalhada do 
regulamento da avaliação. 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e aprendizagem no 
campo, pesam 25% e servem para a nota de frequência para ir aos exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e decorrem 
durante as sessões presenciais. Os exames pesam no mínimo 75%, o que 
adicionado aos 25% da média de frequência, determinam a nota final com a 
qual o estudante conclui a cadeira. 
 
1Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade intelectual de 
outras pessoas, sem prévia autorização. 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
9 
 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) trabalhos e 1 
(um) (exame). 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como 
ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em consideração 
a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, a forma de 
conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das referências 
bibliográficas utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de Avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
11 
 
TEMA – I: ABORDAGEM CONCEPTUAL DA CONTABILIDADE PύBLICA 
Unidade 1: O Sector Público em Moçambique, Caracterização da 
Contabilidade Pública 
Unidade 1.1 Breves noções sobre Contabilidade Publica 
Unidade 1.1.1. Objecto, Objectivos e Finalidade da Contabilidade 
Unidade 1.1.2 Divisões Da Contabilidade 
Unidade 1.1.3. Objectos Da Contabilidade Pública 
Unidade 1.1.4. Campo de Aplicação 
Unidade 1.2. Escrituração Contabilística 
Unidade 1.3. Finalidades 
 Unidade 1.4. Informação Contabilistica 
Unidade 1.5. Controle 
Unidade 1.6. Análise 
Unidade 1.7 Período Administrativo 
Unidade 1.8. Exercício Financeiro 
Unidade 1.9. Regimes Contábilisticos 
 Unidade temática 1.10. EXERCÍCIOS deste tema 
 Objectivos das unidades: 
 Dominar o conceito de contabilidade Publica; 
 Conhecer o seu objecto identificar os objectivos; 
 Dominar as suas finalidades, e ser capaz de estabelecer os 
regimes contabilísticos 
Introdução 
Antes de falarmos da contabilidade publica e importante abordar 
sobre o conceito de contabilidade, seu objeto e finalidade, pois todo o 
processo de arrecadação da receita e execução de despesa tem como 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
12 
 
suporte os princípios, técnicas e regras de contabilidade. 
Segundo Perreira (1980:23) “a Contabilidade é uma ciência de 
natureza econômica cujo objecto é a realidade econômica passada, 
presente e futura, de qualquer entidade pública ou privada, analisada 
em termos quantitativos e por métodos específico com o fim de obter 
informações econômico-financeiros indispensáveis à gestão dessa 
entidade, nomeadamente ao conhecimento da situação patrimonial e 
dos resultados obtidos e ao planeamento e controle da sua 
actividade”. 
 
1.1.1. Objecto, Objectivos e Finalidade da Contabilidade 
Objecto de estudo 
O objecto de estudo da Contabilidade é a realidade econômica 
passada, presente e futura de qualquer entidade pública ou privada. 
Ou seja, o Patrimônio2 das entidades. 
Objectivos da Contabilidade 
Produzir informações úteis a gestão para tomada de decisões, 
designadamente, elaboração do Balanço e Demonstração dos 
resultados. Ou seja, produzir as demonstrações financeiras que sirvam 
de suporte para a tomada de decisões pelos gestores das 
organizações. 
Finalidade da Contabilidade 
 Servir de suporte na tomada de decisões, isto é, a obtenção de 
informações úteis para todos os interessados para ter uma 
visão racional na tomada de decisão. 
 
2 Conjunto de valores (bens, direitos e obrigações) pertencentes a uma determinada unidade 
económica sob uma gestão orientada para o alcance de certos objectivos. 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
13 
 
 Controlar o patrimônio das entidades (entidade é qualquer 
pessoa física ou jurídica detentora de um patrimônio) 
 1.1.2. Divisões Da Contabilidade 
Há semelhança do que acontece em todas outras ciências, também no 
tronco comum da contabilidade podemos contemplar vários ramos 
disciplinares. O tronco comum é constituído pela Contabilidade geral 
que compreende os conceitos básicos, as regras e os princípios 
contabilísticos (teoria da contabilidade) e as formas de representação 
que são as regras de funcionamento ou seja a escrituração 
propriamente dita (que corresponde à técnica contabilística geral). 
 
 
 
 
 
 
As ramificações do tronco comum em seu conjunto correspondem à 
aplicação da contabilidade geral (teoria e técnica) às unidades 
econômicas de variada natureza, dimensão e objectivos, com distinta 
necessidade de informação. 
Assim podemos distinguir a contabilidade aplicada às unidades 
econômicas privadas (empresas famílias e outros organismos), às 
unidades econômicas públicas (Estado, Autarquias e organismos 
autônomos) e ao respectivo conjunto (nação). 
Pela contabilidade aplicada podemos ter a Contabilidade Pública ou 
Privada. São divisões da contabilidade privada a contabilidade 
financeira, contabilidade de custos ou analítica, contabilidade 
CONTABILIDADE 
GERAL 
TEORIA DA 
CONTABILIDADE 
TECNICA 
CONTABILISTICA 
GERAL 
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14 
 
bancária, contabilidade orçamental, contabilidade agrícola, entre 
outras. Pela contabilidade aplicada as unidades econômicas públicas 
resulta a contabilidade pública e ou nacional 
Interessa por enquanto centrarmo-nos no estudo da contabilidade 
aplicada as unidades econômicas privadas, concretamente às 
empresas. 
Contabilidade da empresa 
 Na contabilidade da empresa podemos distinguir : 
 A contabilidade das relações com o exterior( contabilidade 
financeira); 
 A contabilidade do movimento interno ou da produção 
(contabilidade de custo ou analítica); 
 Contabilidade de controlo e planeamento (contabilidade 
orçamental 
 etc. 
 
 Divisões da contabilidade 
C
O
N
TA
B
IL
ID
A
D
E 
C
O
N
TA
B
IL
ID
A
D
E 
G
ER
A
L 
TEORIA DE 
CONTABILID
ADE GERAL 
C
O
N
TA
B
IL
ID
A
D
E 
A
P
LI
C
A
D
A
 CONTABILID
ADE 
PRIVADA 
EMPRESA 
Contabilida
de 
Financeira 
Contabilida
de De 
Custos Ou 
Analítica 
De 
Produção 
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15 
 
Contabilida
de 
Bancária 
Contabilida
de 
Orçamenta 
FAMILIA Contabilida
de Agrícola 
TECNICA 
CONTABILIS
TICA 
CONTABILID
ADE 
PÚBLICA 
PESSOASCOLECTIV
AS 
PÚBLICAS 
(Estado , 
Autarqui
as, 
Organism
os 
Autónom
os) 
Contabilida
de 
Administra
tiva 
CONTABILID
ADE 
NACIONAL 
Contabilidade da 
Nação+ Contabilidade 
Privada+Contabilidade 
Pública 
Fonte: Perreira (1980:25) 
 
Contabilidade Geral – também designada por Extrema ou financeira, 
compreende os conceitos básicos, as regras de funcionamento e os 
princípios contabilísticos (teoria da Contabilidade) e as formas de 
representação, isto é, a escrituração propriamente dita (técnica 
contabilística). 
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16 
 
Contabilidade Aplicada (Especial ou Especifica) – também designada 
por interna, compreende a aplicação da contabilidade geral a unidades 
econômicas, abrande diversas relações complementares que podem 
contribuir para uma gestão mais esclarecida e eficaz. 
A Contabilidade aplicada constitui uma aplicação da Contabilidade 
Geral, às unidades econômicas de variada natureza, podendo 
distinguir: 
Contabilidade Privada – a usada às unidades privadas (familiares, 
empresas e outros organismos). 
Contabilidade Publica – a usada a unidades econômicas públicas 
(estado e autarquias). 
A Contabilidade Nacional – ao respectivo conjunto. Respeita as 
informações inerentes ao produto, rendimento e despesas. É também 
designado por Macro contabilidade. É relativa a unidades econômicas 
complexas (regiões, nação...) 
A contabilidade publica ira ocupar todo o nosso curso e referente a 
execução orçamental. 
 a execução do orçamento e feita meio de um instrumento que se 
chama contabilidade publica 
 
A Contabilidade Pública é o ramo da Ciência Contábil que aplica na 
administração pública as técnicas de registro dos actos e factos 
administrativos, apurando resultados e elaborando relatórios 
periódicos, levando em conta as normas de Direito Financeiro publico 
os princípios gerais de finanças públicas e os princípios de 
contabilidade. 
 Ou seja, a contabilidade Publica e uma ciência que estuda e controla o 
patrimônio, evidenciando, as suas variações e seus resultados. 
 
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17 
 
Actos admistrativos- são acontecimentos que ocorrem nas entidades 
publicas e que não provocam variações no patrimônio; 
 
Factos admistranistrativos- são acontecimentos que ocorrem nas 
entidades publicas e que provocam variações da estrutura ou do valor 
do patrimônio; 
 
A Contabilidade Pública registra a previsão da receita e a fixação da 
despesa estabelecida no orçamento público aprovado para o exercício, 
escritura a execução orçamentária, faz a comparação entre a previsão 
e a realização das receitas e despesas, revela as variações 
patrimoniais, demonstra o valor do patrimônio e controla: 
– as operações de crédito; 
– a dívida activa; 
– os créditos; e 
– as obrigações. 
 1.1.3. Objectos Da Contabilidade Pública 
Sendo o patrimônio publico, pertecentes as entidades ( ou pesssoas 
jurídicas) de direito publico, entao , objecto de estudo da 
contabilidade publica são essas pesssoas jurídicas de direito publico: 
Estado, Municípios ou Autarquias, Fundos e Fundações. 
 
Entende-se por patrimônio o “conjunto de direitos e bens, tangíveis ou 
intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, 
recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que 
seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, 
inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica 
por entidades do setor público e suas obrigações.” 
 1.1.4. Campo de Aplicação 
De acordo com a lei 9/2002 de 12 de fevereiro, sobre o Sistema De 
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18 
 
Administração Financeira Do Estado (SISTAF), Manual de 
Administração Financeira e Procedimentos Contabilisticos (MAF), 
estão sujeitos todos os serviços de administração publica e autarquias 
as normas e preceitos da contabilidade publica. 
Ela tem um campo de aplicação muito vasto tendo em conta as 
relações que se estabelecem com os outros ramos da contabilidade e 
também com varias disciplinas jurídicas, essencialmente o direito 
Administrativo,direito Financeiro,direito Constitucional,entre outros. 
 
1.1. Escrituração Contabilistica 
A contabilidade matem os registos analíticos e sintéticos dos 
bens,direitos e obrigações integrantes do patrimônio dos órgãos e 
instituições do Estado. Tendo por base a classificação contábil 
estabelecida em um plano de contas, o registro tem por objetivo 
apontar os fatos ocorridos e tornálos, tempestivamente ou em data 
futura, uma prova em favor da entidade e de outros interessados 
pelas informações, tais como: credores, devedores, financiadores, 
fiscalizadores, acionistas, etc. São documentos de registro o livro 
diário e o razão, entre outros. 
 
1.2. Finalidades 
Um sistema contábil eficaz, nas aziendas públicas, deve: 
a) possibilitar a escrituração do patrimônio e de suas variações; 
b) ensejar o controle sobre os agentes administrativos, com vistas à 
apuração de suas responsabilidades patrimoniais; 
c) mostrar os resultados da gestão através dos balanços e das 
prestações de contas; 
d) facilitar as tarefas relacionadas com as previsões da receita e 
despesa e, pois, a organização dos orçamentos; 
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19 
 
e) facilitar o controle dos limites autorizados no orçamento; 
f) tornar possível o registro sistemático da receita e despesa nas suas 
diferentes fases, possibilitando o confronto entre as operações 
previstas e realizadas; 
g) possibilitar a avaliação e interpretação dos resultados e da situação 
econômico-financeira; 
h) fornecer dados para a organização do orçamentos; 
i) evidenciar as obrigações, os direitos e os bens da entidade; 
j) exercer o controle interno. 
 
1.3. Informação Contabilistica 
É a interpretação das demonstrações contábeis e dos registros com 
base nas classificações dos fatos, transparecendo o resultado das 
ações administrativas sobre o patrimônio da entidade. 
1.4. Controle 
É aplicação dos métodos de acompanhamento e fiscalização dos atos, 
fatos e das demonstrações oriundas destes, buscando o 
aperfeiçoamento e integridade da entidade. 
1.5. Análise 
É o exame de cada parte e do todo contábil, mediante a aplicação de 
procedimentos próprios ou externos, buscando o conhecimento da 
natureza dos fatos, das proporções, da evolução e involução dos 
resultados, propiciando a tomada de decisão pelos gestores públicos. 
 
1.6. Período Administrativo 
É a unidade de tempo em que se divide a vida da entidade para 
apuração parcelada da gestão. Em Moçambique, o período 
administrativo corresponde a 12meses, coincidindo com o ano civil. 
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20 
 
1.7. Exercício Financeiro 
O exercício financeiro corresponde ao conjunto de operações 
financeiro que ocorrem em cada período administrativo. 
 
Princípios e regras específicas 
A Contabilidade Pública respeita, de entre outros, os seguintes 
princípios geralmente aceites: 
a) Consistência, na base do qual os procedimentos contabilísticos de 
um exercício para ooutro não devem ser alterados; 
b) Materialidade, a informação produzida apresenta todos os 
elementos relevantes que permitem o acompanhamento de utilização 
dos recursos públicos, 
c) Comparabilidade, em conformidade com o qual o registo das 
operações as normas determinadas ao longo da vida dos respectivos 
órgãos ou instituições, por forma a que possam ser comparados ao 
longo do tempo e do espaço os dados produzidos. 
d) Oportunidade, pelo qual a informação deve ser produzida em 
tempo oportuno e útil de forma a apoiar a tomada de decisões e 
análise da gestão 
e) Do registo do valor original, que obriga ao registo das componentes 
do patrimônio pelo valor original com o mundo exterior e expressos 
em moeda nacional. 
 
Princípio de gráfico 
O critério utilizado para registo de factos e actos administrativos, no 
âmbito do SISTAF, é o princípio digráfico ou método das partidas 
dobradas 
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21 
 
1.8. Regimes Contábilisticos 
O registo contabilistico adoptado e o regime misto, aplicando-se para 
receitas de caixa e para as despesas o regime da competência . 
Regime de Caixa – destaca como receitas e despesas todas as entrada 
e saídas de recursos financeiros ou não, recebidos e pagos, arrecadas 
ou recolhidos, efetivamente durante o exercício financeiro, 
independente de referir-se a créditos ou a débitos de outros 
exercícios. 
Regime de Competência – destaca-se com as movimentações 
orçamentárias pertencentes a fatos geradores efetivamente realizados 
dentro de um exercício, com o reconhecimento e a apropriação nesse 
exercício, repercutindo financeiramente no exercício seguintes. 
Regime Misto - O regime contábilistico em Moçambique é o misto, 
isto é adota-se ao mesmo tempo o regime de caixa e o regime de 
competência. 
Moeda a escrituração dos factos e actos administratrativos é 
efectuada em moeda nacional. 
Sumário 
Nesta Unidade temática 1 estudamos e discutimos fundamentalmente 
oito itens em termos de Abordagem Conceptual á disciplina de 
Contabilidade Publica: 
1. Conceito 
2. Objecto 
3. objectivos 
4. Campo de aplicação 
5. Escrituração contabilística 
6. Finalidades, 
7. Informação Contabilistica, e 
8. regimes contabilisticos 
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22 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
GRUPO-1 (Com respostas detalhadas) 
1. Enuncie, pelo menos, 4 objectivos específicos desta disciplina 
2. Debruce o conceito de contabilidade restringindo ao conceito de 
empresa 
3. Fale das divisões da ciência contabilística. 
4. Defina a Contabilidade Pública e faça referência ao seu objecto 
5. Enuncie o principal objectivo da Contabilidade. 
6. Qual é a importância do estudo da Contabilidade 
7. Qual é o campo de Aplicação da Contabilidade Pública 
8. Enuncie, pelo menos, 5 princípios da Contabilidade Pública. 
9. Refira-se aos tipos de registos que possam ser efectuados na 
contabilidade Publica 
10. Qual é o regime adoptado pelo sector Publico Moçambicano 
 
Respostas: 
Rever objectivos específicos constantes da página 1 
 Rever a parte final da página 9 (Introdução desta Unidade): 
Rever as páginas 10 a 12 
Rever o 6º parágrafo da página 13 (Introdução desta Unidade); 
Rever o ponto 1.1.1 da pagina 10. 
da página 15 a 16 último e primeiro parágrafo respectivamente. 
Rever Rever página 10; 
Rever ponto 1.1.4 parágrafo 2 da página 14 ; 
Rever os conteúdos da página 16 no ponto 1.9. 
Rever os conteúdos da página 16 no ponto 1.9 penúltimo parágrafo. 
 
 
 
 
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23 
 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
GRUPO-2 (Com respostas sem detalhes) 
1. Qual das instituições abaixo constituem o sector publico 
moçambicano no âmbito do campo de aplicação da 
contabilidade? Só uma das seguintes respostas é correcta 
a) Empresas públicas, Autarquias locais e ministérios 
b) Empresa privada 
c) Pessoa jurídica 
d) Empresas mistas 
 
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24 
 
2. A contabilidade Publica e um ramo da contabilidade: 
Só uma das seguintes respostas é correcta. 
a) Contabilidade Financeira/ geral; 
b) Contabilidade Interna; 
c) Nacional 
d) Privado 
 
3. Quais dos seguintes dados são da contabilidade: 
a) Informações de natureza econômico-financeira; 
b) Informações de natureza física e; 
c) Informações sobre productividade, 
d) Informações sobre a efectividade dos trabalhadores 
 
4. O princípio da Consistência é um princípio: 
a) Contabilístico 
b) Por Competências 
c) Da Oportunidade. 
d) Económico 
 
GRUPO-3 exercícios de Aplicação prática 
1. O que entende por sector Publico Moçambicano? 
2. Quais são as finalidades de Contabilidade? 
3. Mencione, pelo menos, 2 objectivos cruciais da Contabilidade? 
4. Diferencie um acto administrativo de facto administrativo? 
5. Qual á natureza da informações prestadas pela contabilidade? 
6. Investigue a lei que regula a Contabilidade Publica em Moçambique 
debruce sobre os regimes contabilísticos Estudados 
7. Escolha um sector de Actividade no sector público e desenvolva o seu 
historial bem como a sua tutela 
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25 
 
8. Escolha, pelo menos, dois Princípios da Contabilidade e desenvolva-os 
com base em casos concretos, que se observam no dia-a-dia ou no seu 
local de trabalho3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Parte de exercícios do TC a serem entregues no seu Centro de Recursos, até duas 
semanas antes das próximas sessões tutoriais. 
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26 
 
TEMA – II: Sistemas Contabilísticos e o património Público 
Unidade 2: Sistemas Contabilísticos e o património Público 
Unidade 2.1 Sistemas Contabilísticos 
Unidade 2.1.Sistema Orçamentário 
Unidade 2.1.2. Sistema Financeiro 
 Unidade 2.2 Patrimônio 
 Unidade 2.2.1. Estrutura do Patrimônio 
 Unidade 2.2.2 Aspecto Qualitativo 
 Unidade 2.2.2 Aspecto Quantitativo 
 Unidade temática 2.3 EXERCÍCIOS deste tema 
 
Objectivos: 
 Dominar a importância dos sistemas Contabilísticos e ser capaz 
de distingui-los 
 Dominar o conceito de Patrimônio e seus elementos 
 Conhecer a estrutura do patrimônio 
 
2. SISTEMAS CONTABILÍSTICOS 
A contabilidade pública é estruturada em quatro sistemas 
contabilísticos que interagem entre eles, com o objectivo de fazer o 
acompanhamento do orçamento, da composição financeira e 
patrimonial, bem como evidenciar os compromissos assumidos pela 
administração pública, nas contas de compensação. 
 
 2.1.1 Sistema Orçamentário 
Neste sistema, os registos contabílisticos, estão em função da lei 
orçamentária e devem evidenciar o montante dos créditos 
orçamentários vigentes, a despesa orçamentária programada e a 
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27 
 
despesa orçamentáriarealizada, a conta de créditos orçamentários e 
ainda as dotações orçamentárias disponíveis. Assim este sistema, no 
fina do período (exercício) apresenta resultados comparativos entre; 
- a previsão e a execução da receita orçamentária 
- a fixação e a execução da despesa orçamentária 
- Evidenciam assim o resultado orçamentário ocorrido no exercício 
financeiro, que pode ser nulo, superativo ou deficitário. 
 
 2.1.2. Sistema Financeiro 
Este sistema baseia-se nos fluxos de caixa, onde todos os 
recebimentos pertencentes a entidade são classificados como receita 
orçamentária e todos os recebimentos de terceiros que passam pela 
entidade são classificados com receitas extra-orçamentárias. E para 
fins do balanço financeiro são consideradas receitas do período as 
recitas orçamentárias e as extra-orçamentárias, que são somadas aos 
saldos das contas caixa e bancos do exercício anterior que passam 
para o exercício seguinte. 
 
 2.1.3. Sistema Patrimonial 
Este sistema regista todos os bens de carácter permanente com a 
indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de 
cada um deles e dos agentes responsáveis por sua guarda na 
Administração Pública. Assim, neste sistema, a Administração Pública 
regista os bens móveis e imóveis. 
 2.1.4. Sistema de compensação 
Neste sistema são registados nas contas de compensação os bens, 
valores e obrigações e situações não 
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28 
 
representados nos que compõem o activo e o passivo e que indirecta 
ou directamente possam vir afectar o patrimônio. Representam 
valores em poder de terceiros, ou recebidos de terceiros, valores 
nominais emitidos, contabilizados em contas de compensação apenas 
para efeitos de registo e controle, não alterando o patrimônio a 
quando do seu registo, mas que possam alterar no futuro 
 
2.2. Conceito do Patrimônio 
O patrimônio é conceituado como sendo um conjunto de bens, 
direitos e obrigações pertencentes a uma pessoa física ou jurídica. 
No caso do patrimônio do Público, este conceito também se aplica, 
como uma visão um pouco diferente do patrimônio de uma empresa, 
definindo-se da forma que se segue: 
O patrimônio do Estado constitui o conjunto de bens, valores créditos 
e obrigações de conteúdo econômico e avaliáveis em moeda que a 
Fazenda Pública possui e utiliza na consecução dos seus objectivos. 
 
 2.3. Estrutura do Patrimônio 
O patrimônio público (Estatal) deve ser analisado sob dois aspectos: 
qualitativo e quantitativo, aprofundados a seguir: 
2.3.1. Aspecto Qualitativo 
O aspecto qualitativo do patrimônio não indica o valor dos elementos 
patrimoniais, mas sim, a sua qualidade funcional, isto é, as formas e 
composição que melhor concorra para alcançar seus fins com a 
máxima economicidade e produtividade. Sob este prisma, o 
patrimônio é visto como o conjunto de elementos ou espécies de que 
é constituído (Bens, valores, Direitos e obrigações), que passaremos a 
analisar separadamente. 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
29 
 
I) Bens, o conjunto de meios pelos quais o Estado desenvolve suas 
actividades de prestação de serviços á comunidade. São subdivididos 
em: bens de uso comum, bens de uso especial, bens dominais ou 
dominicais. 
Bens de uso comum – São imóveis de domínio público e não são 
apropriados contabilisticamente ao Patrimônio Estatal, constituindo 
assim, o Patrimônio comunitário ou social e podem ser: 
a) b Naturais – praias, quedas de água, rios e lagos, etc 
b) Construídos pela acção do homem – ruas, estradas, pontes, praças, 
etc. 
Os bens de uso comum, apresentam as seguintes características: 
- não permanecem contabilizados após a entrega ao domínio público 
- não são inventariados ou avaliáveis 
- não podem ser alienados 
- o uso pode ser oneroso ou gratuito e 
- estão excluídos do patrimônio da instituição. 
 
Bens de uso especial- São destinados ao uso das repartições públicas, 
como instrumentos do Estado para a prestação de serviços á 
comunidade – hospitais, museus, bibliotecas, instalações militares, 
residências oficiais, prédios escolares, prédios administrativos, com 
seus mobiliários e/ou equipamentos, etc. São bens de uso duradouro e 
apropriáveis ao patrimônio, dividindo-se em: 
Bens Móveis - Mobiliários, utensílios, equipamentos, veículos, 
aeronaves, etc. 
Bens se moventes – Animais destinados á produção, ao trabalho, á 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
30 
 
reprodução, etc. 
Bens imóveis- terrenos urbanos, propriedades rurais, prédios, salas, 
etc. 
Os bens de uso especial tem as seguintes características: 
- são contabilizados 
- são inventariados e avaliados 
- Podem ser alienados nos casos e na forma que a lei estabelecer 
- Estão incluídos no patrimônio da instituição 
- Dão e podem produzir renda. 
Valores 
São estoques de materiais não permanentes (com menos de dois anos 
de vida útil) destinados ao consumo, transformação, venda ou 
revenda: acções, títulos de créditos, documentos representado 
valores, apólices, jóias, etc,. 
Créditos 
São créditos, como em qualquer outra entidade administráveis, o que 
o estado tem a dever para com terceiros e das mais diversas origens. 
 
Resíduos Financeiros 
a) Resíduos Financeiros (Crédito financeiro) – São créditos de origens 
diferentes das descritas nos itens anteriores. São considerados 
“Despesa extra – orçamentária”, na inscrição e “Receita Extra-
orçamentária”, no recebimento e/ou apropriação. Podem ser 
agrupados em: 
- Realizáveis- neste grupo, enquadram-se os resíduos da receita 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
31 
 
orçamentária (recursos a receber), débitos de agentes arrecadadores, 
depósitos bancários não creditados, pagamentos efectuados 
indevidamente e outros que deverão ser convertidos em numerários. 
Também neste grupo, são controlados os desembolsos que serão 
apropriados, oportunidade, á despesa orçamentária, como o 
“suprimento de Fundos e despesa a regularizar. 
- No patrimônio e a despesa a Regularizar. 
b) Dívida Activa (Crédito Não-Financeiro) – é um crédito oriundo 
basicamente de tributos lançados e não arrecadados dentro de 
exercício, inclusive aqueles relativos a autos de infracção não–
contestados pelo actuado até 31 de Dezembro. No entanto, podem 
também ter origem não tributária ou tributária, que apresentam 
outras características: 
- Está sujeita á cobrança judicial, acrescida de encargos financeiros e 
honorários para os advogados 
- Sua arrecadação constitui receita orçamentária do exercício em que 
se efectivar “Receita por Mutuações”. 
- No patrimônio, integra o Activo permanente e sua inscrição é 
considerada uma superveniência activa. 
A dívida activa com natureza tributária – representa créditos 
provenientes de obrigação legal relativa aos tributos mais os 
respectivo adicionais e multas. 
A Dívida activa de natureza não tributária – representa os créditos 
provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições 
estabelecidas em lei, multas de qualquer origem, excepto as 
tributárias, vendas de mercadorias, indeminizações, reposições, etc. 
Empréstimo Concedido (Crédito não Financeiro), embora não sendo 
comum, o Estado eventualmente, pode concederempréstimos a 
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32 
 
terceiros, como por exemplo, o crédito educativo. Suas principais 
características são: 
- Origina-se da execução da despesa orçamentária – “despesa por 
mutuações’. 
- Sua restrição aos cofres públicos constitui receita orçamentária 
(receita por mutuações), geralmente acrescida de juros e actualizações 
monetárias (Receita efectiva); 
- No patrimônio, integra, o activo permanente 
 
Obrigações 
As obrigações representam o conjunto das dívidas do estado para com 
terceiros, dividas em; 
- Dívida flutuante (extra-orçamentária) 
- Dívida Fundada (Orçamentária) 
a) Dívida Flutuante – que resulta de dívida extra – orçamentária – 
“restos a pagar” empréstimos por antecipação de receita 
orçamentária (débito de tesouraria) e depósitos recebidos ou 
consignados. Integra o passivo financeiro. 
- Não está sujeita a encargos financeiros, á excepção dos empréstimos 
por antecipação de receita orçamentária e neste caso, estes encargos 
constituirão despesas orçamentárias. 
- sua inscrição constitui receita “extra-orçamentária” e seu resgate, 
despesa “extra-orçamentária”. 
- O prazo de resgate, geralmente, não é um patrimônio muito bem 
definido, pois, no caso de restos a pagar processados, e suas 
derivações, é uma dívida vencida, já que o Estado compra através de 
“contra-apresentação de contas” e no 
 ISCED CURSO: Licenciatura em Administração Pública Disciplina/ Módulo: Contabilidade Publica 
33 
 
depósito, seu vencimento será á época de sua desobrigação que pode 
ser curto, médio ou longo prazo. 
b) Dívida Pública Fundada ou consolidada, respeita o montante total, 
apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do estado, 
assumidas em virtude de leis, contractos, convênios ou tratados e da 
realização de operações de créditos, para amortização a prazo, 
normalmente superior a doze meses. E pode ser: 
- Dívida interna – Quando assumidos com instituições que operaram 
no território nacional 
- Dívida externa – Quando assumidas com instituições que operam 
fora dos limites do território nacional. 
- Dívida Judicial – Assumidas por conta de sentenças judiciais 
transitadas em julgado. 
As principais características da Dívida fundada são: 
a) Normalmente originada da receita orçamentária (operações de 
Credito) receita por mutuações. 
b) Sua amortização ou registo constitui despesa orçamentária – 
despesa por mutuações; e está sujeita a encargos financeiros (Despesa 
efectiva), facto este que a distingue da dívida flutuante, que é 
amortizada via despesa extra-orçamentária. 
c) o prazo de resgate não é um parâmetro muito bem definido para 
caracterizar a dívida fundada, pois, em 31/12/XI, uma parcela a vencer 
no dia seguinte, 01/01/X2, continua sendo dívida fundada, o que 
difere da empresa, já que, por ocasião da elaboração do balanço, essa 
fracção deixa de ser exigível a longo prazo, para constituir passivo 
circulante. 
d) No patrimônio, integra o passivo permanente. 
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34 
 
Em alguns países, podemos ter as seguintes definições para as dívidas 
públicas 
Dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos 
emitidos pela união, inclusive os do Banco Central de Moçambique, do 
estado e do município. 
Operação de crédito, compromisso financeiro assumido em razão de 
mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição 
financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes 
da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras 
operações assemelhadas, inclusive como o suo de derivativos 
financeiros. 
- Conceito de garantia: compromisso de obrigação financeira ou 
contractual assumida por ente da Federação ou entidade a ele 
vinculada. 
Refinanciamento da dívida mobilíaria: emissão de títulos para 
pagamento do principal, acrescido da actualização monetária. 
 
2.3.2. ASPECTO QUANTITATIVO 
O aspecto quantitativo do patrimônio, em vez de indicar a 
funcionalidade do patrimônio, ele indica o valor dos elementos 
patrimoniais. Sob este prisma, o patrimônio é avaliado pelo seu saldo 
orçamental que é a diferença entre os respectivos activos e passivos, 
mas também este aspecto privilegia as variações do patrimônio, que 
somados ao saldo orçamental inicial, vão dar o resultado patrimonial 
do exercício. Assim, no aspecto quantitativo serão objectos de análise, 
o activo, o passivo, o saldo patrimonial, variações patrimoniais e 
resultado patrimonial do exercício. 
Sob o ponto de vista de variação e saldo patrimonial, o patrimônio é 
visto como um fundo de valores, ou 
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35 
 
seja, o agrupamento de vários componentes nos 3 elementos básicos 
da equação patrimonial (Activo – Passivo = Saldo Patrimonial), 
avaliados monetariamente. 
ACTIVO 
O activo representa o conjunto de elementos representativos das 
aplicações de recursos orçamentários e extra-orçamentários, ou seja, 
constitui os bens e direitos da entidade que representa a parte 
positiva do patrimônio, como afirmam alguns autores. Para ser activo, 
o bem ou direito precisa atender a 3 características a saber: 
a) ser da propriedade da entidade 
b) ter mensuração monetária, e 
c) Representar benefícios presentes e futuros para a entidade. 
Nas entidades de administração pública, o activo é subdividido em: 
- Activo financeiro – que é constituído do numerário, em caixa ou 
depositado em conta corrente bancária, das aplicações financeiras de 
curto e médio prazos, fundos de acções ou excedente de poupança, 
dos depósitos bancários vinculados a programas especiais ou 
importações (disponibilidades), dos créditos a serem convertidos em 
numerário e dos desembolsos financeiros a serem apropriados á 
despesa (realiável – créditos financeiros). 
Activo permanente ou Activo não Financeiro – que é constituído de 
bens (Móveis, Imóveis e Semoventes), dos valores (Almoxifarado, 
acções, títulos, etc) e dos créditos não financeiros (Dívida activa, 
Empréstimos não concedidos), etc. 
PASSIVO 
O passivo representa o conjunto de elementos patrimoniais, 
representativos das obrigações estatais para com terceiros, 
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36 
 
subdividido em: 
- Passivo financeiro – que é constituído pela Dívida Flutuante 
Restos a pagar: despesas empenhadas e não pagar 
Serviços da dívida a pagar: restos a pagar da dívida e encargos 
Depósitos: Consignações, retenção e cauções, etc. 
Depósito de tesouraria: Operação de crédito por antecipação da 
receita. 
Passivo Permanente – que é constituído pela Dívida Fundada: interna, 
externa e judicial (operação de crédito, dívida judicial (precatório), 
dívida mobiliária) 
SALDO PATRIMONIAL 
O Saldo patrimonial representa a situação patrimonial líquida, ou seja, 
a diferença entre o Activo e o Passivo (SP= A-P), que pode ser: 
- Activo Real líquido – quando o activo for maior que o passivo (A≥P) 
- Passivo real ou passivo a descoberta – quando o passivo for maior 
que o activo (A≥P) 
- Nulo – quando o activo for igual ao passivo (A=P). Esta situação é 
muito rara. 
 
 
 
 
 
 
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37 
 
Representaçãodo Patrimônio Público (balanço) 
ACTIVO PASSIVO 
ACTIVO FINANCEIRO 
Disponível 
Realizável 
PASSIVO FINANCEIRO 
Restos a pagar 
Serviços da dívida a pagar 
Depósitos 
Débitos de tesouraria 
ACTIVO PERMANENTE 
Bens 
Valores 
Crédito 
PASSIVO PERMANENTE 
Dívida interna 
Dívida externa 
SALDO PATRIMONIAL 
Passivo real líquido 
 
 
 
Variações Patrimoniais 
As variações patrimoniais representam o conjunto das modificações 
sofridas pelo patrimônio, ou seja, as ocorrências que proporcionam o 
aumento ou diminuição nos elementos componentes do activo ou 
passivo e podem: 
Resultar da execução orçamental – que são os acréscimos ou 
decréscimos ocasionados pela execução orçamentária, subdivididos 
em: 
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38 
 
a) Variações patrimoniais activas, aquelas que proporcionam 
aumento patrimonial e são: 
- Receita orçamentária 
-Mutuações de despesa – aquisição de bens (materiais de consumo 
para stock e material permanente) e/ou valores, amortização, dívida 
fundada e concessão de empréstimos. 
b) Variações patrimoniais passivas, são aquelas que acarretam 
diminuição patrimonial: 
- Despesa orçamentária 
-Mutuações de receita – alienação de bens e ou valores, recebimentos 
de créditos e realizações de operações de crédito. 
Ser independentes da execução orçamentária, que são os acréscimos 
ou decréscimos verificados nos elementos activos e passivos, de forma 
fortuitas e ocasional, não relacionados as operações orçamentárias, 
subdividem-se em: 
a) Variações Patrimoniais Activas (VPA), são aquelas que 
proporcionam aumento patrimonial: 
Superveniências Activas – nascimento de somoventes, incorporação e 
ou valores, inscrição, encampação monetária de crédito. 
Insubsistência passiva- cancelamento da dívida em geral 
b) Variação patrimonial passiva (VPP), são aquelas que ocasionam 
diminuição patrimonial, 
Insubsistências Activa – morte de somoventes, desincorporação e/ou 
baixa residual de bens/valores, cancelamento de créditos. 
Superveniências Passivas – enampação e ou actualização Monetária 
da dívida em geral. 
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39 
 
2.4. RESULTADOS PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO 
Em face das variações patrimoniais, no fim do exercício temos o 
resultado patrimonial do exercício, também chamado de resultado 
econômico, representa as diferenças entre as Variações Patrimoniais 
activas (VPA) e as Variações Patrimoniais Passivas (VPP) podendo ser 
superavitário, deficitário ou nulo. 
Resultado Patrimonial (Sp) 
-Superavitario (VPA-VPP) 
-Nulo (VPA=VPP) 
-Deficitario (VPA≤VPP) 
VPA Comportamento das 
variações 
VPP 
Receita orçamentária Resultante da 
execução 
orçamentária 
Despesa 
orçamentária 
Mutação da despesa 
orçamentária 
Mutação da despesa 
orçamentária 
Superveniências 
Activas 
Independentes da 
execução 
orçamentária 
Insubsitências Activas 
Insubsitência passive Superveniências 
Passivas 
TOTAL VPA TOTAL VPP 
Deficitário Resultado 
Patrimonial 
Superavitário 
 
2.6. Escrituração dos factos contabilísticos 
As mutações qualitativas ou quantitativas do patrimônio das entidades 
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40 
 
públicas devem ser acompanhadas de um sistema lógico de registo, 
para que produzam uma informação fiável e utilizável para a gestão. O 
registo dos factos contabilísticos, diz-se lançamento e a técnica de 
registo desses lançamentos chama-se escrituração. 
O sucesso de uma escrituração depende da existência de: 
- Símbolos que representam as diversas componentes patrimoniais; 
- livros adequados a técnica contabilística 
-linguagem e métodos próprios 
- observância dos princípios e convenções usualmente aceites, e 
- documentação legal aprove a ocorrência do facto. 
A contabilidade pública, também usa o método de partidas dobradas, 
que se fundamenta no princípio de que não há origem sem aplicação 
correspondente, ou não há aplicação sem origem correspondente. 
Este princípio lógico é explicado pela relação: se A deve a B 10 000,00 
Mt, na contabilidade de B será registada a dívida de A e na 
contabilidade de A será registado um crédito de B, e a equação 
fundamental de contabilidade é: 
Activo = Passivo + Patrimônio líquido 
A = P +PL 
Para que esta equação seja permanentemente em equilíbrio, a todo o 
aumento do activo, corresponderá um aumento igual do passivo ou 
patrimônio líquido. Assim teremos: 
- A soma dos débitos é igual a soma dos créditos 
- A soma dos saldos devedores é igual soma dos saldos credores 
- O patrimônio líquido é igual a diferença entre a soma dos bens e 
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41 
 
direitos com a soma das obrigações 
- As receitas são sempre creditadas, pois aumentam o patrimônio 
líquido, e 
- As despesas são sempre debitadas pois reduzem o patrimônio líquido 
Quadro resumo dos lançamentos contabilísticos 
Contas patrimoniais 
Tipo de conta A débito A crédito 
Do activo Aumentos Diminuições 
Do passivo Diminuições Aumentos 
Património Líquido Diminuições Aumentos 
 
Contas de Resultados 
Tipo de conta A débito A crédito 
Receitas e variações 
patrimoniais activas 
Só no caso de estorno 
ou encerramento de 
contas 
Sempre creditada 
Despesas e Variações 
Patrimoniais passivas 
Sempre debitadas Só no caso de 
estorno ou aumento 
de contas 
 
 
 
 
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Sumário 
Nesta Unidade temática 2 estudamos e discutimos fundamentalmente 
três itens em termos de Sistemas Contabilísticos e o património 
Público : 
 Sistemas Contabilísticos conceito e os respectivos tipos 
 Noções e Estrutura do patrimônio e os seus respectivos 
elementos 
 Equação básica da Contabilidade e o respectivo impacto nos 
resultados 
 
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43 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
GRUPO-1 (Com respostas detalhadas) 
1. O que são Sistemas contabilísticos 
2. Quais são os tipos de sistemas contabilísticos por si estudados 
3. Defina o património 
4. Distinga o aspecto qualitativo e quantitativo do património 
5. Defina Activo e seus elementos 
6. Defina Passivo e seus elementos 
7. Enuncie a equação básica da contabilidade que equilibra o 
património 
8. Quais são os tipos de saldo que podemos ter partir da equação de 
equilíbrio 
9. Debruce sobre o conceito da divida e suas características 
10. Conceitue resultado do exercício 
 
Respostas: 
1. Rever a página 22 paragrafo 1 
2. Rever as páginas 22 a 23 (Introdução desta Unidade): 
3. Rever a página 23 
4. Rever as páginas 23 e 28 
5. Rever página 29 
6. Rever página 29; 
7. Rever a página 33 
8. Rever a página 33 
9. Rever os conteúdos das páginas 26 e 27 
10. Rever os conteúdos da página 32. 
 
 
 
 
 
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Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
 
 
GRUPO-2 (Com respostas sem detalhes) 
1. Os sistemas contabilísticos tem objectivo de: Só umadas 
seguintes respostas é correcta 
a) Acompanhar o orçamento, da composição financeira e 
patrimonial, bem como evidenciar os compromissos assumidos 
pela administração pública, nas contas de compensação 
Empresas pública, Autarquias locais e ministérios 
b) Acompanhamento das Empresas privadas 
c) Fazer a escrituração dos factos administrativos 
d) Fazer a escrituração de actos administrativos das Empresas 
2. Para ser activo, o bem ou direito precisa atender a 
características a saber: 
a) Ser da propriedade da entidade 
b) Ter mensuração monetária, e 
c) Representar benefícios presentes e futuros para a entidade 
d) Todas alíneas estão correctas 
 
 
 
 
 
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45 
 
 
3. Os bens de uso especial têm as seguintes características: 
a) São contabilizados e Estão incluídos no patrimônio 
da instituição 
b) São inventariados e avaliados Dão e podem produzir renda 
c) Podem ser alienados nos casos e na forma que 
a lei estabelecer 
d) Todas as alíneas estão incorrectas 
e) Alínea a), b) e c) estão correctas 
4. O sistema contabilistico patrimonial regista: 
a) Todos bens moveis e imóveis 
b) Bens de carácter permanente 
c) As alíneas a) e b) estão correctas 
d) Nenhuma das alternativas 
 5. O sucesso de uma escrituração depende da existência de: 
a) Símbolos que representam as diversas componentes 
patrimoniais; 
b) livros adequados a técnica contabilística 
c) Linguagem e métodos próprios 
d) Todas correctas 
 
Sistema Patrimonia 
 
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46 
 
GRUPO-3 exercícios de Aplicação prática 
 
1. Debruce sobre a equação de Equilíbrio Patrimonial 
2. Quais são as finalidades de um sistema Contabilístico no 
sector Publico? 
3. Mencione, pelo menos, 2 objectivos cruciais do sistema 
de Contabilidade? 
4. Diferencie um passivo de um Activo e dê exemplos 
5. Qual á natureza dos Saldos da situação Patrimonial 
 
 
 
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47 
 
 
Tema III: Introdução e caracterização do Plano Oficial de 
Contabilidade Pública (POCP) 
Unidade 3: Introdução e caracterização do Plano Oficial de 
Contabilidade Pública (POCP) l 
Unidade 3.1 Plano de Contabilidade Publica 
Unidade 3.2. Objectivos e Instituições Obrigadas a usar o Plano 
oficial da contabilidade Pública 
Unidade 3.3. Demonstrações Contabilísticas 
 Unidade 3.4. Estrutura do plano de contabilidade pública. 
 Unidade 3.5. Contas De Resultados Patrimonial Do Exercício 
 Unidade 3.6. Plano de contas no sistema orçamentário 
 
Objectivos da Unidade: 
 Dominar e caracteriza o Plano Oficial de Contabilidade Pública 
(POCP), 
 Conhecer a estrutura do POCP 
 
PLANO DE CONTABILIDADE PÚBLICA 
3.1. Conceito de plano oficial de contabilidade pública (POCP) 
O Plano de contas é o objecto responsável pela transparência dos 
lançamentos contabilísticos, demonstra as contas de forma 
escriturada, obedecendo os princípios contabilísticos geralmente 
aceites, e consegue com isso agrupar informações diversas, de acordo 
com a forma em que cada conta está sendo utilizada. 
Mas também podemos dizer que o plano de contas constitui uma 
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48 
 
estrutura ordenada e sistematizada das contas utilizadas numa 
entidade e deve conter as directrizes gerais e especiais que orientam 
os registos dos factos ocorridos e dos actos praticados na entidade. 
Deve também, ser flexível para permitir que sejam introduzidas ou se 
eliminem contas durante o exercício, sem prejuízo da sua estrutura 
básica. 
 Na contabilidade pública, o plano de contas, objectiva, evidencia e 
ordena os seguintes factos: 
- Estágios de receitas e despesa 
- Entradas e saídas financeiras 
- Factos contigentes e aleatórios que afectam o patrimônio; e 
- Registos de factos e operações que não produzem alterações 
patrimoniais 
Assim, o plano oficial de contabilidade pública é, pois, um guia, um 
estudo prévio dos factos administrativos que deverão ser registados, e 
constitui um documento no qual são estabelecidas as regras básicas 
para o registo sistemático desses mesmos factos. E o conjunto de 
contas que compõem um plano de contas, que hoje é adorado pela 
grande maioria dos estados e municípios, obedece a 4 sistemas de 
contas, orçamento, financeiro, patrimonial e de compensação. 
O plano de contas nas instituições públicas é criado de acordo com as 
reais necessidades dessas entidades, como por exemplo, para o 
sistema financeiro, patrimonial e compensação, temos o respectivo 
plano de contas e para o sistema orçamental, temos outro plano de 
contas. 
 
 
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49 
 
3.2. Objectivos e Instituições Obrigadas a usar o Plano oficial da 
contabilidade Pública 
Os objectivos da contabilidade pública são o de fornecer a informação 
econômica relevante para que cada usuário possa tomar as suas 
decisões e realizar os seus julgamentos com segurança. 
Ela deve evidenciar perante as instituições que valem pela 
contabilidade pública, a situação de todos os que arrecadam receitas e 
efectuam despesas ou administrem ou guardem bens a eles 
pertencentes ou confiados. 
Todas as instituições ou seja, pessoas jurídicas de direito público, tais 
como as uniões, estados, federações, províncias, distritos, autarquias, 
municípios, fundos e fundações, que arrecadam receitas e efectuam 
despesas ou administrem ou guardam bens a ele pertencentes ou 
confiados, são obrigados a usar o plano oficial de contabilidade pública 
(POCP), no registo dos factos e actos administrativos. 
Para o caso de Moçambique, o POCP, é designado por Plano Básico de 
Contabilidade Pública (PBCP) tem por objectivo a uniformização e 
sistematização do registo contabilístico dos actos e factos relacionados 
com execução orçamental, financeira e patrimonial do estado. O PBCP 
deve ser adoptado por todas as unidades do SISTAFE, sendo ele 
composto por lista de contas, Plano de objectos e Tabela de operações 
Contabilísticas. 
É da responsabilidade da unidade de segurança (US) do sistema de 
contabilidade pública (SCP) a normalização do PBCP, competindo-lhe: 
a) Criar, especificar, desdobrar, codificar e extinguir contas 
b) Criar e adequar o Plano de Objectos e a tabela de operações 
contabilística de modo a atender as necessidades de registo pelas 
unidades executoras dos actos e factos relacionados com execução do 
orçamento de estado 
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c) emitir instruções sobre a utilização do plano básico de contabilidade 
pública, contendo os procedimentos contabilísticos pertinentes 
d) proceder os ajustes no PBCP, sempre que julgado necessário, 
observada a sua estrutura básica determinada pela legislação em 
vigor. 
3.3. Demonstrações Contabilísticas 
O governo elabora, no fim de cada exercício econômico, o Balanço, 
Mapas de controlo orçamental, demonstração de resultados e o 
inventário contabilístico. 
Depósitos, constituídos por contas de cauções e fianças. 
Consignações, constituídos por contas

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