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borracha e seus aditivos

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BORRACHAS 
E SEUS 
ADITIVOS 
Componentes, Influências 
e Segredos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÉLYO CAETANO GRISON 
EMILTON JUAREZ BECKER 
ANDRÉ FRANCISCO SARTORI 
BORRACHAS 
E SEUS 
ADITIVOS 
Componentes, Influências 
e Segredos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Alegre 
2010 
 
 
© Copyright de 
Élyo Caetano Grison 
1ª edição: 2010 
 
 
Colaboradores: 
Emilton Juarez Becker 
André Francisco Sartori 
 
 
Capa: 
Sten Comunicação 
 
 
Editoração: 
editor@suliani.com.br 
F. (51) 3384.8579 
 
 
 
 
ISBN: 978-85-60776-53-5 
 
 
 
 
 
 
 
 
CYA 
Soluções Químicas 
cya.com.br 
Fone: +(55) (51) 3205.3535 
Fax: +(55) (51) 3205.3500 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
R. Veríssimo Rosa, 311 
90610-280 – Porto Alegre, RS 
Fone/fax: (51) 3384.8579 
www.letraevida.com.br – suliani@letraevida.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Senhor te abençoe e te guarde; 
O Senhor faça resplandecer 
o seu rosto sobre ti, 
e tenha misericórdia de ti; 
O Senhor levante sobre ti o seu rosto, 
e te dê a paz. 
 
Números 6, v 24-26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
O conhecimento humano atual é fruto de um trabalho acumulado ao 
longo dos séculos, em que pessoas das mais diferentes nacionalidades têm 
contribuído para o aprimoramento deste acervo, o qual deve estar disponível 
a todos que buscam soluções para os problemas da humanidade. 
Lendo a história da ciência, verifica-se que milhares de pensadores 
contribuíram com o pouco ou o muito que puderam, o que permitiu que 
ocorressem os grandes avanços do conhecimento humano. 
Após essas leituras, estou convencido de que não basta apenas adquirir 
conhecimentos, é necessário disponibilizá-los para que todos possam ter acesso 
a fim de melhorar seu aprendizado e tornar seu trabalho mais profícuo. 
Neste sentido, após mais de 40 anos envolvido com a indústria da bor-
racha, verifico ter atingido um bom nível de conhecimento neste setor, que 
desejo partilhar com todos os interessados. 
Hoje, com a facilidade que a informática disponibiliza, as informações 
desejadas tornaram-se acessíveis a quem as desejar. Contudo, informação 
não é tudo, pois ela só adquire valor quando decodificada (entendida) e 
posta em prática – o que significa transformá-la em conhecimento – que é o 
que realmente tem valor. 
Como sozinho é muito difícil produzir algo de real valor, muito cedo 
aprendi que para ser melhor é necessário juntar-se aos melhores. 
Por isso, logo que o esboço deste trabalho ficou delineado, procurei 
parceiros entre os melhores em atividade no mercado. O resultado desta 
parceria está em suas mãos. 
O objetivo desta obra é facilitar o acesso a informações da área de e-
lastômeros, de um modo resumido e direto quanto aos tópicos abordados, 
selecionados pelas experiências profissionais vividas neste setor. Assim, 
este trabalho não pretende ter ou indicar as soluções para os problemas da 
industrialização da borracha e sim indicar produtos e suas respectivas 
características, aplicações, fornecedores além de preservar o histórico de 
fabricantes e de marcas comerciais atuais e antigas. Muitas informações 
certamente serão de grande utilidade, e por isso estamos oferecendo aquilo 
que nos parece ser bom. Porém é necessário que cada profissional busque 
conhecer a fundo cada necessidade específica através de outras obras es-
pecializadas complementares. 
 
Porto Alegre, abril de 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
I – Elastômeros ou Borrachas / 21 
1 – Elastômero Natural – NR / 22 
2 – Elastômero de Estireno-Butadieno – SBR / 23 
3 – Elastômero de Polibutadieno – BR / 24 
4 – Elastômero de Etileno-Propileno – EPDM / 25 
 Polinorborneno / 26 
5 – Etileno-Vinil-Acetato – EVA / 27 
6 – Elastômero Butílico – IIR / 28 
7 – Elastômero Bromobutílico – BIIR / 28 
8 – Elastômero Clorobutílico – CIIR / 29 
9 – Elastômero de Policloropreno – CR / 29 
10 – Polietileno Clorado – CPE / 30 
11 – Polietileno Clorossulfonado – CSM / 31 
12 – Elastômeros de Acrilonitrila-Butadieno – NBR / 31 
13 – Elastômero Poliacrílico – ACM/EAM / 33 
14 – Elastômeros de Silicone – MQ / 33 
15 – Fluoroelastômeros – FKM / 35 
16 – Regenerado – Borracha Regenerada / 35 
17 – Regenerado Butil / 36 
18 – Elastômero de Poliuretano – PUR / 36 
19 – Elastoplásticos ou Elastômeros Termoplásticos – TPE / 37 
20 – Elastômeros Epicloridrina – CO / ECO / GECO / 38 
 
II – Tipos de Aditivos / 41 
1 – Abrasivos / 42 
2 – Aceleradores de Vulcanização / 43 
3 – Adesivos Metal-Borracha / 45 
4 – Agentes Antirreversão / 46 
5 – Agentes de Coesão / 46 
6 – Agentes de Cura / 47 
7 – Agentes de Escoamento – Flow / 48 
8 – Agentes de Pegajosidade – Tackfiers / 48 
9 – Agentes Hidrofílicos (Liófobos) / 49 
10 – Agentes Hidrofóbicos (Liofílicos) / 49 
 
 
11 – Amolecedores ou Softners / 50 
12 – Antichama / 50 
13 – Antiestáticos / 53 
14 – Antimigrantes / 53 
15 – Antioxidantes / 54 
16 – Antiozonantes / 55 
 Classificação Química / 56 
17 – Aromatizantes / 56 
18 – Ativadores / 57 
19 – Auxiliares de Processo / 59 
20 – Branqueadores óticos / 59 
21 – Cargas / 60 
22 – Coagentes de Cura Peroxídica / 62 
 Dosagem / 62 
23 – Desmoldantes / 63 
24 – Doadores de Enxofre / 64 
25 – Endurecedores / 65 
26 – Estabilizadores Dimensionais / 66 
27 – Estabilizantes Térmicos / 66 
28 – Expansores / 67 
29 – Factis ou Fátices / 68 
30 – Fibras / 68 
31 – Homogeneizadores / 69 
32 – Dispersantes / 70 
33 – Inibidores / 70 
34 – Isolantes Elétricos / 71 
35 – Lubrificantes / 72 
36 – Microbiocidas / 72 
37 – Mistura-padrão / 73 
38 – Neutralizadores de Acidez / 74 
39 – Normas de Controle de Qualidade / 75 
40 – Peptizantes / 78 
41 – Peróxidos Orgânicos / 79 
42 – Pigmentos / 82 
43 – Plastificantes / 83 
44 – Retardadores / 84 
45 – Silanos / 85 
46 – Solventes / 94 
 
 
 
III – Produtos / 97 
1 – Ácido Benzoico / 98 
2 – Ácido Esteárico / 98 
3 – Adesivo Metal-Borracha / 99 
4 – Alumina: Al2O3 . 6H20 / 99 
5– Aminox / 99 
6 – Asfalto / 100 
7 – Baquelite / 100 
8 – Bentonita Sódica / 100 
9 – BHT / 101 
10 – Bisfenol A / 101 
11 – Breu / 101 
12 – Carbonato de Cálcio – CaCO3 / 102 
13 – Carbeto de Silício / 103 
14 – Caulim / 103 
15 – CBS – N-Ciclohexil-Benzotiazil-Sulfenamida / 103 
16 – Cera de Carnaúba / 104 
17 – Cera de Polietileno / 104 
18 – Cortiça / 105 
19 – Dessecantes / 105 
20 – Diatomita / 106 
21 – Dióxido de Silício – SiO2 / 106 
22 – Dióxido de Titânio – TiO2 / 108 
23 – Dolomita / 109 
24 – Di-Octil-Ftalato – DOP / 109 
25 – Difenil-Guanidina – DPG / 109 
26– Ebonite / 110 
27 – Elementos Restritos / 110 
28 – EMCA Sol – quantiQ / 115 
29 – Enxofre – S / 116 
 Enxofre Insolúvel / 117 
30 – Estearato de Potássio / 118 
31 – Estearato de Sódio / 118 
32 – Estearato de Zinco / 118 
33 – ETU – Etileno Tiureia / 118 
34 – Farinha de Madeira / 119 
35 – Grafite em Pó / 119 
36 – HMT – Hexametileno Tetramina – Urotropina / 120 
37 – Kezadol / 120 
38 – Litargírio – PbO / 121 
 
 
39 – Litopônio / 121 
40 – MBS – 2-Morfolinotiobenzotiazol / 121 
41 – MBT – Mercaptobenzotiazol / 122 
42 – MBTS – Dissulfeto de Benzotiazila / 123 
43 – Mica / 124 
44 – Mínio – Pb3O4 / 124 
45 – Negros de Fumo – Carbon Black / 124 
46 – Nonox OD / 130 
47 – Octamine / 130 
48 – Óleo Plastificante Aromático / 131 
49 – Óleo Plastificante Parafínico / 131 
50 – Óleo Plastificante Naftenico / 132 
51 – Óleo de Rícino / 133 
52 – Óleo de Silicone / 133 
53 – Óleo Essencial de Pinho / 133 
54 – Óxido de Cálcio – CaO / 133 
55 – Óxido de Ferro – FeO / 134 
56 – Óxido de Magnésio – MgO / 135 
57 – Óxido de Zinco – ZnO / 136 
58 – Parafina / 137 
59 – Parafina Clorada / 137 
60 – Polietileno Glicol – PEG / 137 
61 – Pentaeritritol / 138 
62 – Plastificantes / 138 
63 – Plastificantes Poliméricos / 139 
64 – Pó de Borracha / 139 
65 – Pó de Teflon / 140 
66 – Quartzita – Pó de Quartzo Micronizado / 140 
67 – Resina Fenólica Reativa (tipo Novolaca) / 141 
68 – Resina Fenólica Não Reativa / 141 
69 – Resina de Cumarona Indeno / 141 
70 – Resina Taquificante / 142 
71 – PVI – Inibidor de Vulcanização / 142 
72 – S-6H / 143 
73 – Sillitin / 143 
74 – Struktol A-60 / 143 
75 – Struktol SU-95 / 144 
76 – Struktol WB-212 / 144 
77 – Struktol WB-300 / 144 
78 – Struktol WB-700 / 144 
 
 
79 – Struktol WB-900 / 1144 
80 – TAC Coagente / 145 
81 – TAIC Coagente / 145 
82 – Talco / 145 
83 – TETD / 147 
84 – THOR MD / 147 
85 – TMTD / 148 
86 – TMTM / 149 
87 – TRIM Coagente / 149 
88 – TSH – Tolueno-Sulfonil-Hidrazida / 150 
89 – OBSH – Oxibis-Benzeno-Sulfonil-Hidrazida / 150 
90 – Unilene / 150 
91 – Urotropina – HMT / 151 
92 – Vaselina / 151 
93 – Vulcacel BN 94 – DNPT / 151 
94 – Vulcatard A / 152 
95 – Vulcanox 4020 – 6PPD / 152 
96 – ZBDC / 152 
97 – ZDEC / 153 
98 – ZMBT / 154 
99 – ZMDC / 155 
100 – ZBEC / 155 
 
IV – Informações Gerais / 159 
1 – Densidade / 160 
2 – Correlação de ensaios entre normas / 162 
3 – Características dos Fluidos para ensaios ASTM D-471 / 163 
4 – Fatores de conversão de unidades / 163 
5 – Condutividade Térmica / 164 
6 – Transporte de Produtos Químicos Perigosos / 164 
7 – Propriedades físico-químicas dos elastômeros / 165 
8 – Tabela Periódica dos Elementos / 168 
9 – Tabela de temperaturas de trabalho dos elastômeros / 169 
 
V – Siglas e Símbolos / 173 
 
VI – Marcas Comerciais / 183 
 
VII – Referências / 203 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elastômeros ou Borrachas 21 
 
I 
 
 
ELASTÔMEROS 
OU 
BORRACHAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta primeira parte apresentamos os elastômeros mais comumente 
utilizados, tipos, características, para facilitar a escolha correta 
de acordo com a aplicação pretendida. 
 
22 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
 01 Elastômero Natural – NR 
 
Nome usual: Borracha Natural 
A borracha natural é o único elastômero extraído de fonte perene, a 
seringueira: Hevea brasiliensis. 
Todas as demais são borrachas sintéticas, obtidas a partir, em sua 
maioria, de derivados do petróleo. Seguem no quadro abaixo os tipos 
mais comuns de borracha natural. Além destes, existem muitos outros 
tipos disponíveis no mercado. 
Para maiores informações consultar norma NBR 11.597 disponível 
no site da ABNT (www.abnt.org.br). 
 
Padrões Brasileiros 
GEB Granulado Escuro Brasileiro 
CEB Crepe Escuro Brasileiro 
GCB Granulado Claro Brasileiro 
CCB Crepe Claro Brasileiro 
Padrões Internacionais 
RSS-1 
 
SAR 
Ribbed Smoked Sheet (Retalhos de Folha Fumada) 
 
Standard African Rubber (Borracha Natural Padrão Africa) 
SIR Standard Indonesian Rubber (Borracha Natural Padrão Indonésia) 
SMR Standard Malaysian Rubber (Borracha Natural Padrão Malásia) 
SSR Standard Singapore Rubber (Borracha Natural Padrão Singapura) 
SVR 
 
Standard Vietnam Rubber (Borracha Natural Padrão Vietnam) 
 
TSR Technically Specified Rubber (Borracha Natural Tecnicamente Especificada) 
TTR Thailand Technically Specified Rubber 
Quadro 1 – Tipos de borracha natural mais comuns no mercado. 
 
A borracha natural é a mais elástica, chegando a atingir alongamento 
de 900% em relação ao comprimento inicial. 
A flexibilidade e resiliência são outras propriedades características. 
Juntando à borracha natural uma boa percentagem de polibutadieno se 
consegue os melhores valores de resiliência, que é a capacidade de de-
volver energia mecânica recebida. 
 
 
 
Elastômeros ou Borrachas 23 
A NR não resiste aos derivados de petróleo (solventes, óleos, com-
bustíveis, lubrificantes) nem ao ozônio, à radiação solar (UV) e ao in-
temperismo (luz, variação de temperatura, gases, poeiras, umidade). 
A faixa de temperatura que o produto de borracha natural suporta vai 
de -20°C a +70°C. A vulcanização é feita a 145°C. A temperaturas aci-
ma desta, o material decompõe-se formando resíduo pegajoso. Para evi-
tar esse fenômeno, basta adicionar 20 partes de polibutadieno, podendo-
se assim trabalhar sem problemas com temperaturas até 150°C. 
Por sua alta insaturação (sítios reativos), requer alto teor de enxofre 
(2,5 phr) e baixa dosagem de acelerador (1 phr) para obter bom nível de 
vulcanização. 
A borracha natural é compatível com a maioria dos elastômeros ou 
borrachas. 
As melhores propriedades mecânicas da borracha ocorrem quando 
ela tem a menor aditivação de componentes. 
Quanto maior a quantidade de produtos a ela incorporados menor a sua 
resistência, resiliência, flexibilidade e elasticidade. Como ela se degrada 
facilmente sob o efeito da luz e do calor, esta é aditivada com agentes de 
proteção: antioxidantes e antiozonantes que garantem longa durabilidade. 
 
 
 02 Elastômero de Estireno-Butadieno – SBR 
 
Nome usual: SBR 
O Elastômero de SBR é sintético, mas é bastante parecido com a 
borracha natural, embora menos elástico, é mais homogêneo. 
A vulcanização é feita a temperaturas que vão desde 120°C a 170°C. 
A dosagem normal de enxofre é de 2,0 phr e de 1,5 a 2,0 phr de ace-
lerador. 
A melhoria das propriedades físico-mecânicas é obtida com a adição de 
cargas reforçadoras: negros de fumo das séries 200 e 300 e sílicas precipitadas. 
O SBR é compatível com a maioria dos elastômeros, ou seja: mistu-
ra bem com outros tipos de borracha. 
O SBR não resiste a derivados de petróleo, ozônio, radiação UV. 
A faixa de temperatura para uso normal vai de -5°C a +75°C. 
É a borracha mais consumida no mundo porque é utilizada na fabri-
cação da maior parte de pneus, além de grande quantidade de artefatos 
para as mais variadas aplicações. 
 
24 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
A borracha SBR é obtida pelo processo de emulsão e por isso pode 
conter um teor de umidade de até 0,5%. 
Quando obtida pelo processo em solução é identificada como SSBR 
e não contém umidade. 
SBR 1502  SSBR 4525 
SBR 1712  SSBR 4525A 
Os SBR e SSBR comuns apresentam aproximadamente 23% de esti-
reno e 77% de butadieno. 
Produtos com alto teor de estireno apresentam combinação inversa: 
S-6H tem 83% de estireno e apenas 17% de butadieno. 
 
Marcas comerciais: Elastômero Estireno-Butadieno 
Produto Fabricante 
Krylene Bayer (atualLanxess) 
Polysar Bayer (atual Lanxess) 
Krynol Bayer (atual Lanxess) 
Buna SE Lanxess 
Cariflex SBR Shell 
Duradene Firestone 
Hycar B. F. Goodrich 
Nitrigum Nitriflex (grau alimentício) 
Nitrisum Nitriflex (grau alimentício) 
Petroflex SBR Petroflex (atual Lanxess) 
Buna SB Dow 
Europrene Enichem (atual Polimeri Europa) 
Arpol PASA 
Polimer ISP 
Quadro 2 – Marcas comerciais: Elastômero Estireno-Butadieno. 
 
 
 03 Elastômero de Polibutadieno – BR 
 
Nome usual: BR 
O polibutadieno é o elastômero mais resiliente, embora suas proprie- 
dades mecânicas sejam discretas. Adicionado à NR melhora a resiliência 
e viabiliza a vulcanização acima de 145°C sem que ocorra a decomposi-
ção da borracha natural. 
Não resiste a derivados de petróleo, ozônio e radiação UV (radiação 
solar). 
 
Elastômeros ou Borrachas 25 
É compatível com NR, SBR, SSBR, CR e NBR. Em alguns tipos de 
misturas que aderem fortemente aos cilindros do misturador aberto, é 
adicionado (10 a 20 partes) para soltar a banda. 
O BR melhora a resistência à abrasão, mas interfere na adesão dimi-
nuindo a coesão. 
Marcas comerciais: Elastômero Polibutadieno BR 
Produto Fabricante 
Ameripol B. F. Goodrich 
Budene Goodyear Chemical 
Buna CB Bayer (atual Lanxess) 
Butarez CTL Phillips Petroleum Co. 
Butofan Basf 
Cariflex BR Shell Química 
Cisdene BR Stauffer 
Coperflex BR Petroflex/Coperbo (atual Lanxess) 
Diene BR Firestone 
Duragene General Tire Rubber Co. 
Europrene Enichem (atual Polimeri Europa) 
Intene Enichem (atual Polimeri Europa) 
JSR-BR Japan Synthetic Rubber Co. 
PET CIS CBR Petrokimya 
Buna CIS Dow 
Quadro 3 – Marcas comerciais: Elastômero Polibutadieno. 
 
 
 04 Elastômero de Etileno-Propileno – EPDM 
 
Nome usual: EPDM 
O EPDM é um elastômero sintético não resistente a derivados de pe-
tróleo, mas resistente a ozônio, intemperismo, radiação UV e temperatu-
ras em condições de trabalho até 140°C. Faixa de temperatura de uso: 
-20°C a +140°C. 
O EPDM é compatível com CR, IIR, BIIR, CIIR, CPE. Para mistu-
rar EPDM com NR ou com SBR usam-se compatibilizantes: asfalto (em 
misturas pretas) ou resina Unilene A 80 (10 phr) em misturas de cor 
clara. Outros homogeneizantes também podem ser utilizados. 
O EPDM é o elastômero com maior capacidade de incorporar car-
gas. A cura pode ser peroxídica (2,5 phr de peróxido puro ou 6,0 phr de 
peróxido 40%) ou com doadores de enxofre. 
A vulcanização (cura com enxofre) é mais viável sempre que o teor de 
ENB (comonômero Etileno-Norborneno) é igual ou maior de 7,5% em peso 
 
26 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
e quando somente há EPDM no composto como elastômero. Quando mis-
turar EPDM com NR ou SBR, a vulcanização ocorre normalmente a 150°C 
com 1,5 phr de MBTS, 0,5 phr de TMTD e 2,0 phr de Enxofre. 
O EPDM requer temperaturas de cura acima de 150°C e normalmente 
é feita entre 160°C e 175°C. Este elastômero, por ter elevado teor de olefi-
nas (polietileno, polipropileno), não apresenta boas características de ade-
são. 
Com a inclusão de CR no composto (15 a 20 partes) este problema 
fica satisfatoriamente resolvido. 
A mistura mais importante feita com EPDM foi desenvolvida pela 
Uniroyal e levou o nome Royaltherm. O Royaltherm é uma mistura de 
EPDM com 40% de Elastômero de Silicone. A cura é feita com peróxi-
do, com ou sem coagente, a 165/175°C. O produto final é resistente ao 
ozônio, intemperismo, UV e temperatura um pouco acima de 150°C. 
Pelo seu elevado teor de poliolefinas (etileno + propileno), tem resis-
tência à ação de vasta gama de solventes usuais, como acetato de etila. 
 
Marcas comerciais: Elastômero EPDM 
Produto Fabricante 
Buna EP Bayer (atual Lanxess) 
Dutral Enichem (atual Polimeri Europa) 
Epcar B.F.Goodrich 
Epsyn Copolymer Rubber 
Esprene Sumitomo 
Keltan DSM 
Nordel Dow 
Royalene Uniroyal (atual Lion) 
Royaltherm Uniroyal (atual Lion) 
Royaltuf Uniroyal (atual Lion) 
Trilene (EPDM líquido) Uniroyal (atual Lion) 
Vistalon Enjay Chem (atual Exxon Mobil Chemical) 
Quadro 4 – Marcas comerciais: Elastômero EPDM. 
 
Polinorborneno 
É um elastômero de elevada massa molar e grande compatibilidade 
com plastificantes e facilmente misturado com outros elastômeros, so-
bretudo do tipo EPDM. 
Tem boas propriedades dinâmicas que possibilitam a obtenção de 
produtos de baixa dureza (15 Shore A). 
Pode ser utilizado na produção de componentes automotivos ou ou-
tras aplicações industriais. 
 
Elastômeros ou Borrachas 27 
Apresenta excelente resistência mecânica, boas propriedades a baixa 
temperatura, baixa deformação, boa resistência a temperaturas até 90°C, 
excelente resistência à água, moderada resistência ao óleo, boa resistên-
cia ao ozônio e excelente adesão ao metal. 
Como aplicação, podem-se citar usos nos segmentos automotivo, 
naval, elétrico, construção civil, calçados e outros. 
No mercado este produto é encontrado sob marca comercial Norso-
rex, sendo o fabricante a NIPPON-ZEON. 
 
 
 05 Etileno-Vinil-Acetato – EVA 
 
Nome usual: EVA 
O EVA pode ser industrializado como plástico (filmes) ou como 
elastômero. Como plástico é adequado para a produção de filmes trans-
parentes, resistentes e impermeáveis (líquidos e gases); à medida que 
aumenta o teor de acetato. Apresenta blocking muito intenso e para di-
minuí-lo mistura-se PEBD, conseguindo-se eliminar quase totalmente o pro- 
blema. Com 0,25 pcr de erucamida, elimina-se completamente o blocking. 
Como elastômero, o EVA é expandido com azodicarbonamida e 
curado com peróxido, sendo utilizado para fabricação de placas para 
calçados, forro para vestuário de inverno, roupas de mergulho, tapetes, 
pisos, pastas, flutuadores, pranchas. 
Nos compostos de NR, SBR e EPDM, uma partição de 20 phr de 
EVA desenvolve no produto uma compactação e brilho final de interesse 
pelo bom visual. 
 
Marcas comerciais: EVA 
Produto Fabricante 
Tritheva Petroquímica Triunfo 
Elvax Du Pont 
Evatane Elf Atofina (atual Arkema) 
Levamelt Bayer (atual Lanxess) 
Levapren Bayer (atual Lanxess) 
Petrothene Poliolefinas (atual Braskem) 
Ultrathene Poliolefinas (atual Braskem) 
Vynathene U.S.T Chemicals 
Copolímero de EVA Braskem 
Copolímero de EVA Quattor (atual Braskem) 
Quadro 5 – Marcas comerciais: EVA. 
 
28 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
 06 Elastômero Butílico – IIR 
 
Nome usual: Borracha Butil 
O elastômero butílico começou a ser produzido em 1941 durante a II 
Grande Guerra. Por apresentar alta impermeabilidade ao ar, passou a 
substituir a borracha natural nas câmaras de ar dos pneus. 
Tem baixa resistência mecânica, mas resiste a altas temperaturas. É 
compatível com EPDM. Pode ser curado com peróxido ou vulcanizado 
com doadores de enxofre. Apresenta baixo grau de insaturação, por isso 
sua vulcanização é difícil e exige um sistema fortemente reativo, já que 
seu índice de insaturação vai de 0,7 a 2,2%. 
 
Marcas comerciais: IIR 
Produto Fabricante 
Bucar Cities Service Co. Columbian Div. 
Butyl Rubber Columbian Carbon Co. (1960) 
JSR Butyl JSR Corporation 
Exxon Butyl Exxon Mobil Chemical 
Polysar (atual Lanxess Butyl) Bayer (atual Lanxess) 
Quadro 6 – Marcas comerciais: IIR. 
 
 
 07 Elastômero Bromobutílico – BIIR 
 
Nome usual: Borracha Bromobutil 
A B. F. Goodrich foi a primeira empresa a comercializar a borracha sin-
tética bromobutil, mas ficou inviável no mercado pelos custos de produção. 
Em 1971, a Polysar lançou no mercado a Bromobutyl X2 produzida 
em processo contínuo. 
A BIIR tem baixa permeabilidade ao ar, alta resistência ao ozônio, 
intemperismo e radiação UV. Não apresenta boa resistência a derivados 
de petróleo. 
Ela pode ser curada com 3 phr de óxido de zinco e 7 phr de resina 
SP-1045 da Schenectady/CRIOS. Pode ser vulcanizadacom doadores de 
enxofre a 165°C e tem resistência mecânica intermediária. Pode, ainda, 
ser curada com peróxidos com ou sem coagentes. 
A BIIR é compatível com IIR, CIIR, EPDM, CR. 
 
 
 
Elastômeros ou Borrachas 29 
Marcas comerciais: BIIR 
Produto Fabricante 
Polysar (atual Lanxess Bromobutyl) Bayer (atual Lanxess) 
Exxon Bromobutyl Exxon Mobil Chemical 
JSR Bromobutyl JSR Corporation 
Quadro 7 – Marcas comerciais: BIIR. 
 
 
 08 Elastômero Clorobutílico – CIIR 
 
Nome usual: Borracha Clorobutil 
A borracha clorobutil foi lançada no mercado em 1960 pela Exxon 
Chemical Company. Ela contém em torno de 1,8% de cloro. Possui as 
mesmas propriedades das outras borrachas butílicas (IIR, BIIR) e pode 
ser curada com peróxido ou vulcanizada com doadores de enxofre. 
Para absorver o cloro lábil, é recomendado incluir um phr de óxido 
de magnésio na fórmula da composição. 
 
Marcas comerciais: CIIR 
Produto Fabricante 
Polysar (atual Lanxess Chlorobutyl) Bayer (atual Lanxess) 
Exxon Chlorobutyl Exxon Mobil Chemical 
JSR Chlorobutyl JSR Corporation 
Quadro 8 – Marcas comerciais: CIIR. 
 
 
 09 Elastômero de Policloropreno – CR 
 
Nome usual: Policloropreno 
Há dois tipos básicos de policloroprenos: 
– tipos de uso geral: industrializados por extrusão, calandragem, in-
jeção, moldagem por compressão. São representados pelas letras G, W e 
T (Du Pont), contratipos, respectivamente 610, 210 e 215 (Lanxess); 
caracterizam-se pela baixa cristalização; 
– tipos adesivos: que são identificados pelas letras AD, AF, CG (Du 
Pont) e C 320, ALX 350 e ALX 253 (Lanxess); se caracterizam pela alta 
cristalização que simula elastômero curado. 
Os policloroprenos resistem bem ao ozônio, intemperismo, radiação 
UV. Resistem regularmente a derivados de petróleo. Podem ser utiliza-
dos em ampla faixa de temperatura: -30°C a + 100°C. 
 
30 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
São compatíveis com NR, BR, SBR, SSBR, NBR, EPDM, IIR, BI-
IR, CIIR. A cura é feita com 5 phr de óxido de zinco, 4 phr de óxido de 
magnésio e 0,25 phr de ETU. A adesão a metal é muito boa e o proces-
samento, relativamente fácil. 
Para obter boa moldagem, basta incorporar 10 a 20 partes de EPDM 
ou elastômero CIIR. 
Exposto ao intemperismo, o CR desenvolve coloração amarelada. 
 
Marcas comerciais: CR 
Produto Fabricante 
Baypren Bayer (atual Lanxess) 
Butaclor Distugil (atual Polimeri Europa) 
Denka Chloroprene Denka U.S. 
Neoprene Du Pont 
Quadro 9 – Marcas comerciais: CR. 
 
 
 10 Polietileno Clorado – CPE 
 
Nome usual: CPE 
O CPE começou a ser comercializado em 1971 pela Dow Chemical 
com o nome Tyrin. O teor de cloro do CPE varia entre 25% e 42%. Au-
mentando o teor de cloro, aumenta o poder de barreira a gases (imper-
meabilidade). 
O CPE é facilmente processado em cilindro pré-aquecido, ou quan-
do for previamente misturado com DOP. Ao formar massa gelatinosa 
homogênea, pode ser processado em misturador aberto. Para absorver o 
cloro lábil, convém incluir na fórmula de composição cerca de 10 phr de 
óxido de magnésio. 
O teor de peróxido 40% é de 8 phr, o que significa 3,2 phr de peró-
xido puro. A cura é feita a 150°C/165°C com ou sem coagente. 
 
Marcas comerciais: CPE 
Produto Fabricante 
Tyrin Dow 
Elaslen Showa Denko Elastomers 
Quadro 10 – Marcas comerciais: CPE. 
 
 
 
 
Elastômeros ou Borrachas 31 
 11 Polietileno Clorossulfonado – CSM 
 
Nome usual: Hypalon 
Foi em 1952 que a E. I. Du Pont ofereceu ao mercado o Hypalon. Os 
teores de cloro variam entre 23% e 43%. 
O Hypalon apresenta boas propriedades mecânicas e resiste bem ao 
intemperismo, ozônio e UV. É impermeável a gases, tem excelente fle-
xibilidade e resistência à abrasão. Tem propriedades de autoextinção ao 
ser afastado da chama. 
Por causa dos grupos sulfônicos, os cloros na cadeia polimérica são 
menos lábeis do que ocorre em outros polímeros halogenados, por isso 
não desenvolve cor amarela ao ser exposto ao intemperismo. 
Contudo, o Hypalon apresenta um ponto fraco: é atacado por vapor 
de água (a quente). O Hypalon 4085 (36% Cl2) resiste bem a óleos plas-
tificantes aromáticos aquecidos a 100°C, a ácidos oxigenados (HNO3), a 
hidrocarbonetos aromáticos (BTX) e alcoóis. 
Pode ser curado de várias maneiras: aceleradores, Litargírio, Magné-
sio, Pentaeritritol. 
Utilizado na produção de adesivos, exposto ao intemperismo, não al-
tera a cor, desde que estabilizado e protegido contra absorção de água. 
 
 
 12 Elastômeros de Acrilonitrila-Butadieno – NBR 
 
Nome usual: Borracha Nitrílica 
Durante muito tempo foi conhecido pelo nome Buna N. A família de 
elastômeros NBR é muito grande e pode ser vista de várias maneiras. 
I – Diferentes teores de acrilonitrila (ACN): 
Baixo teor ACN<30% 
Médio teor 30% >ACN <40% 
Alto teor ACN>40% 
O teor de ACN responde pela resistência a derivados de petróleo e o 
teor de butadieno responde pela flexibilidade. 
II – NBR Carboxilada: 
XNBR é um NBR carboxilado que tem baixo teor de ACN e apre-
senta melhor resistência à abrasão do que os NBR normais. 
 
32 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
III – NBR Hidrogenada – HNBR: 
Nome usual: Therban 
O elastômero nitrílico hidrogenado (HNBR), além da resistência a 
derivados de petróleo, intemperismo, radiação UV, também apresenta 
resistência a temperaturas elevadas (150°C). 
IV – NBR + PVC 
Os elastômeros nitrílicos são muito compatíveis com PVC e no mer-
cado são comercializados vários tipos. 
 
Marcas comerciais: NBR 
Produtos Fabricantes 
Arnipol Pasa 
Chemigum Goodyear 
Krynac Bayer (atual Lanxess) 
Nipol Zeon 
Nitriflex N Nitriflex 
Nysyn Copolymer Rubber 
Paracryl Uniroyal (atual Lion) 
Perbunan Bayer (atual Lanxess) 
Thoran Petroflex (atual Lanxess) 
Europrene N Polimeri Europa 
JSR N JSR Corporation 
NBR LG Chem Ltd 
Nancar Nantex Industry Co. 
Quadro 11 – Marcas comerciais: NBR. 
 
 
Marcas comerciais: NBR/PVC 
Produtos Fabricantes 
Arnipol OZO Pasa 
Nitriflex N. 7400 N. 7800 Nitriflex 
Thoran N-OZO Petroflex (atual Lanxess) 
JSR N JSR Corporation 
Europrene N-OZO Polimeri Europa 
Nipol Zeon 
Quadro 12 – Marcas comerciais: NBR/PVC. 
 
 
Marcas comerciais: HNBR 
Produtos Fabricantes 
Therban Bayer (atual Lanxess) 
Zetpol Zeon 
Quadro 13 – Marcas comerciais: HNBR. 
 
 
Elastômeros ou Borrachas 33 
 13 Elastômero Poliacrílico – ACM/EAM 
 
Nome usual: Borracha Poliacrílica 
A borracha poliacrílica tem alta resistência ao calor e a derivados de 
petróleo. Coube à B. F. Goodrich lançá-la no mercado em 1948 com a 
marca comercial Hycar. 
O grau de insaturação é baixo: de 1,0 a 5,0%. A faixa de temperatura 
de uso vai de -40°C a +204°C. 
Resiste bem a ozônio, solventes alifáticos, mas tem baixa resistência 
à tração (7 a 15 MPa, no máximo). 
Marcas comerciais: Borracha Poliacrílica 
Produtos Fabricantes 
Cyanacryl American Cyanamid 
Hicryl (não mais produzida) Petroflex 
Hycar B. F. Goodrich 
Hytemp Zeon 
Vamac Du Pont 
Quadro 14 – Marcas comerciais: Borracha Poliacrílica. 
 
 
 14 Elastômeros de Silicone – MQ 
 
Nome usual: Silicone 
Os elastômeros de silicone caracterizam-se pela resistência à ampla 
faixa de temperaturas, ou seja, de -20°C a +180°C, com eventuais picos 
de 250°C. Não resistem a derivados de petróleo, álcalis e ácidos concen-
trados, mas resistem bem ao intemperismo, ozônio, radiação UV e tem-
peraturas elevadas. 
Os silicones têm propriedades mecânicas intermediárias (10MPa) e 
são adequados para produtos em contato com alimentos. São curados 
com peróxidos do tipo: peróxido de dicumila; 2,5 – Dimetil – 2,5 Di 
(terc-butil-peróxido) hexano; peróxido de Di (2,4-dicloro-benzoila). A 
dosagem usual é em torno de 0,8 phr, mas com peróxidode Di (2,4-
dicloro-benzoila) a dosagem pode ser menor. 
A pós-cura é feita a 200°C durante aproximadamente uma hora para 
eliminar resíduos da reação de cura e torná-los inodoros, insípidos e não 
tóxicos, portanto, adequados para contato com alimentos. 
Como aditivos de SBR e EPDM, os silicones melhoram o escoamen-
to, o aspecto e o acabamento superficial. São fornecidos em diversas 
durezas, que variam de 20 a 80 Shore A. 
 
34 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
O desmoldante para silicone é um tensoativo (do tipo lava-louças). 
Aplicando emulsão de silicone ao molde, o composto tende a aderir, 
para tanto são utilizados semipermanentes adequados para este fim. 
Nas moléculas de borracha de silicone, a presença dos grupos metil 
e silanol são fundamentais, no entanto, a substituição de pequena quan-
tidade dos grupos metil por grupos fenil e/ou vinil e/ou flúor pode gerar 
famílias de silicones com diferentes variações de propriedades. 
Os Fluoro-silicones apresentam excelente resistência a hidrocarbo-
netos, combustíveis, óleos sintéticos e minerais, graxas e todos tipos de 
fluidos hidráulicos. A temperatura típica de operação atinge faixa de 
-60°C a 180°C, ou 250°C intermitentes. É largamente utilizado para 
selos estáticos em sistemas de combustível aeroespacial. Sua maior utili-
zação é limitada por causa da alta permeabilidade a gases, baixa resis-
tência à tensão de ruptura e pobre resistência ao rasgo e à abrasão. 
A ASTM estabeleceu a seguinte designação para os elastômeros de 
silicone: 
– MQ = Metil-Silicone; 
– VMQ = Vinil-Metil-Silicone; 
– PMQ = Fenil-Metil-Silicone; 
– PVMQ = Fenil-Vinil-Metil-Silicone; 
– FVMQ = Fluoro-Vinil-Metil-Silicone. 
 
Marcas comerciais: Silicone 
Produtos Fabricantes 
Silicone Guandong Charming Co, Ltd. 
Baysilone Bayer 
Elastosil Wacker 
Powesil Wacker 
Rhodorsil Rhodia (atual Bluestar Silicones) 
RTV GE (atual Momentive) 
HT-1 Aditivo para altas temperaturas Dow Corning 
Silastic Dow Corning 
Silcoset ICI 
Silicone SWS Siliconer Corp. 
Silicone Union Carbide 
Silmate GE (atual Momentive) 
Silopren Bayer 
Sylgard Dow Corning 
Tufel GE (Grau alimentício) 
Silicone KE Shin-Etsu Silicones 
Quadro 15 – Marcas comerciais: Silicone. 
 
 
Elastômeros ou Borrachas 35 
 15 Fluoroelastômeros – FKM 
 
Os fluoroelastômeros são especiais por apresentarem excepcional 
desempenho frente a severas condições de uso. Resistem a derivados de 
petróleo, temperaturas elevadas (200°C), meio agressivo (ácido). Não 
curados, são solúveis em ésteres e cetonas. 
Os agentes de cura normalmente vêm incorporados ao elastômero. 
Temperatura de cura: 170/180°C e pós-cura: 200°C (de 1 a 72 horas) 
conforme o caso. A pós-cura é importante porque, além de eliminar re-
síduos da reação, alivia tensões internas do produto, aprimorando suas 
propriedades para melhor desempenho em sua utilização. 
Faixa de temperatura: -40°C a +200°C. A carga mais utilizada é o 
Negro de Fumo Thermax N-990. A Columbian também produz um Ne-
gro de Fumo CD 7061 para esta aplicação. 
 
Marcas comerciais: Fluoroelastômeros 
Produtos Fabricantes 
FKM 3F 
Levatherm Lanxess 
Aflas Asahi Glass Co. 
Dyneon 3M 
Fluorel 3M 
Gabroflon Solvay 
Tecnoflon Solvay 
Viton Du Pont 
Quadro 16 – Marcas comerciais: Fluoroelastômeros. 
 
 
 16 Regenerado – Borracha Regenerada 
 
Os pneus velhos até pouco tempo se constituíam em lixo muito incô-
modo. Hoje, com o desenvolvimento de unidades de reciclagem, eles se 
constituem numa fonte inesgotável de matéria prima de consumo garantido. 
O pneu reduzido a pó (pó de pneu) é utilizado como carga em com-
postos moldados por compressão. 
Graças aos novos sistemas de regeneração, o pó é tratado quimica-
mente, podendo recuperar parte do elastômero, o qual representa em 
torno de 45% em peso no pneu. O regenerado é um material de baixo 
custo que pode ser utilizado na produção de novos artefatos, desde que 
não tenham contato com alimentos. 
 
36 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
O regenerado, com o novo sistema de vulcanização, atinge normal-
mente 60 Shore A de dureza. 
A caracterização mais importante do Regenerado é o RHC – Rubber 
Hydrocarbon Content, ou seja, teor de hidrocarbonetos borracha, pois o 
óleo plastificante, embora seja hidrocarboneto, não pode ser considerado 
borracha. 
Um bom regenerado precisa ter um RHC de pelo menos 45%. Em 
alguns casos, o regenerado se constitui em excelente aditivo para pro-
mover a estabilidade dimensional do produto. 
 
 
 17 Regenerado Butil 
 
O Regenerado Butil é obtido através da reciclagem de câmaras de ar. 
Não é um material compatível com SBR, porém, em mistura com 
EPDM, além de ser altamente compatível, melhora as propriedades em 
relação à resistência ao calor. 
Por ser um material com quase nenhum sítio ativo, é utilizado como 
carga em composição de EPDM. Embora o aspecto visual indique que se 
trata de material bem refinado, não significa que propicie perfis extrusa-
dos lisos. 
Além de conferir boas propriedades de resistência ao calor, ozônio, 
radiação UV, ainda contribui para a estabilidade dimensional do produto 
acabado. 
 
 
 18 Elastômero de Poliuretano – PUR 
 
Nome usual: PU 
Há dois tipos de PU elastômero: poliéter e poliéster. As diferenças 
não são muito pronunciadas. 
O PU apresenta alta resistência à tração, à abrasão, aos derivados de 
petróleo, ozônio e intemperismo. 
O PU é atacado por álcalis concentrados a frio e álcalis diluídos a 
quente. A adesão a metal é excelente se o metal for fosfatizado com 
fosfato ferroso e pintado com adesivo Ty Ply da Lord ou um contratipo. 
A cura pode ser feita com peróxido de dicumila com ou sem coagen-
te a 170°C/180°C. Temperatura de uso menor de 100°C. 
 
Elastômeros ou Borrachas 37 
Marcas comerciais: PU 
Produtos Fabricantes 
Adiprene Uniroyal (atual Chemtura) 
Millathane TSE Industries, Inc. 
Urepan Bayer 
Vibrathane Uniroyal (atual Chemtura) 
Quadro 17 – Marcas comerciais: PU. 
 
 
 19 Elastoplásticos ou Elastômeros Termoplásticos – TPE 
 
Os elastoplásticos ou elastômeros termoplásticos são produtos in-
termediários entre os elastômeros convencionais e os plásticos. 
Os primeiros TR – Thermoplastic Rubber – surgiram timidamente há 
muitos anos e, através de trabalhos persistentes de muitas empresas, foram 
evoluindo e ganhando espaço, de tal modo que hoje ocupam um amplo 
campo em aplicações antes feitas com borrachas ou com plásticos. 
Pela sua versatilidade (muitos tipos) e pelo processamento mais 
simples, os elastômeros termoplásticos estão ampliando cada vez mais o 
seu campo de aplicação. 
O grande problema que esses materiais enfrentavam era o custo ele-
vado, contudo, considerando que os processos tradicionais oneram de-
masiadamente a planilha de custos, verificou-se que, embora o preço da 
matéria-prima seja maior, há uma compensação satisfatória no processo 
de transformação, que viabiliza técnica e economicamente a utilização 
desses materiais. 
Há no mercado uma ampla gama de produtos que vão desde: 
– Copoliésteres: como COPA (copolímero de poliéster); 
– Copolímeros em bloco de poliéteres: do tipo PEBA (poliéter poli-
amida), poliuretânicos do tipo TPU (poliuretano termoplástico) e polia-
mida; 
– Copolímeros em bloco de estireno: como SBS (estireno-butadieno-
estireno), SEBS (estireno-etileno-butadieno-estireno), SEPS (estireno-
etileno-propileno-estireno), SIS (estireno-isopreno-estireno), SEP (esti-
reno-etileno-propileno); 
– Poliolefínicos: não reticulados do tipo TPO (termoplástico poliole-
fínico) e reticulados do tipo TPV (termoplásticos vulcanizáveis), exem-
plo EPDM/PP; NBR/PP; NR/PP. 
– PVC plastificado e ligas (blendas) de PVC. 
 
38 Grison, Becker, Sartori  Borrachase seus aditivos 
 20 Elastômeros Epicloridrina – CO / ECO / GECO 
 
Os elastômeros identificados pela ASTM D2000 sob a sigla CO são 
homopolímeros da epicloridrina: 
 
 
 
 
 
Já os identificados pela sigla ECO são copolímeros da epicloridrina 
com o óxido de etileno: 
 
 
 
 
 
O terpolímero formado pela epicloridrina com óxido de etileno e um 
terceiro monômero a ASTM D2000 identifica-o como GECO: 
 
 
 
 
 
As propriedades físicas destes elastômeros se mantêm boas em am-
pla faixa de temperatura (-30°C a +135°C). 
Esses elastômeros são mais impermeáveis aos gases de que os elas-
tômeros butílicos. 
As demais características se mantêm intermediariamente às dos elas-
tômeros de acrilonitrila (NBR), policloropreno (CR) e poliacrílicas 
(ACM/AEM). 
Apresentam boa resistência ao intemperismo e mantêm a alta resi- 
liência e flexibilidade a baixas temperaturas, por isso são apropriados 
para aplicações onde os graus de exigências são vários simultaneamente. 
 
Marcas comerciais: Elastomeros Epicloridrina 
Produtos Fabricantes 
Hydrin Zeon 
Herclor Hercules 
Epichlomer Daiso Co. 
Quadro 18 – Marcas comerciais: Elastômeros de Epicloridrina 
 
 
Elastômeros ou Borrachas 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de Aditivos 41 
 
II 
 
 
TIPOS 
DE 
ADITIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os produtos que podem ser utilizados na elaboração de uma fórmula 
de composição de borracha são tantos que para assegurar a obtenção 
de melhores resultados foram reunidos em grupos de acordo 
com a função principal que desempenham no composto. 
O mesmo aditivo pode ter várias funções e para saber como tirar melhor 
proveito é necessário conhecê-los muito bem. Ganha mais quem é 
competente, isto é, quem consegue mais qualidade com menor custo. 
 
42 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
 01 Abrasivos 
 
Abrasivo é todo material que pode provocar desgaste por atrito. Os 
abrasivos estão por toda a parte e são utilizados para lixar, esmerilhar, 
polir, rebaixar, asperar, remover controladamente porções indesejáveis 
num produto. 
Os abrasivos naturais mais comuns são: o diamante, o carbeto de si-
lício, a areia, pó de safira, quartzo, trípoli, pedra-pomes, os dióxidos de 
silício, o óxido de alumínio e muitos outros mais. 
Quanto mais duro (resistente) o abrasivo, maior a vida útil do poli-
dor. A tenacidade (friabilidade: quebra durante utilização) tem relação 
com a durabilidade do produto. 
As variáveis do abrasivo dizem respeito à dureza, tamanho, forma e 
textura superficial, bem como às características de fratura e concentra-
ção no aglomerante. 
Os tamanhos de partícula (granulometria) são especificados pela 
ANSI (American National Standard Institute – Instituto Nacional Ame-
ricano de Padrões) e pela FEPA (Fédération Europeenne dês Abrassifs – 
Federação Europeia de Produtos Abrasivos). 
A ANSI mede a granulometria pelo número de fios por polegada de 
peneira. Assim quando se tem ANSI # 100 significa que a peneira tem 
100 fios por polegada linear tanto na urdidura como na trama. 
A FEPA # 100 significa que a peneira tem 100 furos por polegada 
linear tanto na trama como na urdidura. 
Granulometrias maiores proporcionam maior vida útil e maior abra-
sividade. A granulometria mais fina admite tolerâncias menores e me-
lhor acabamento superficial. 
 
 
 
Tipos de Aditivos 43 
Tamanho médio das partículas Malha da peneira 
Mesh ou # mm μm nm Angstrons 
20 0,85 850 850.000 8.500.000 
40 0,40 400 400.000 4.000.000 
60 0,25 250 250.000 2.500.000 
80 0,20 200 200.000 2.000.000 
100 0,15 150 150.000 1.500.000 
140 0,10 100 100.000 1.000.000 
200 0,075 75 75.000 750.000 
250 0,060 60 60.000 600.000 
300 0,050 50 50.000 500.000 
350 0,040 40 40.000 400.000 
400 0,035 35 35.000 350.000 
500 0,025 25 25.000 250.000 
1000 0,015 15 15.000 150.000 
Tabela 1 – Abrasivos: malha da peneira x tamanho das partículas. 
 
 
 02 Aceleradores de Vulcanização 
 
Aceleradores são substâncias que se adicionam às composições de 
borracha para aumentar a velocidade de vulcanização ou diminuir o 
tempo necessário para atingir o índice satisfatório de cura. Este é o con-
ceito tradicional. 
Atualmente pode-se dizer que os aceleradores de vulcanização são 
substâncias adicionadas às composições de elastômeros para controlar a 
reação de modo a obter um índice satisfatório de cura, no tempo e tem-
peratura desejada, melhorando as propriedades físico-mecânicas. 
Os aceleradores são classificados de acordo com a sua composição 
química e/ou pela sua velocidade de ação na vulcanização. 
Abaixo segue relação dos aceleradores mais usuais com sua respec-
tiva velocidade de ação. 
 
1 – Mercaptos/Tiazóis (ação média/rápida) 
MBT 2-mercaptobenzotiazol 
MBTS 2,2’-ditiobis (benzotiazol) ou Dissulfeto de benzotiazila 
ZMBT 2-mercaptobenzotiazolato de Zinco 
2 – Sulfenamidas (rápida com ação retardada) 
CBS N-ciclohexil-2-benzotiazolsulfenamida 
TBBS N-tert-butil-di(2 bezotiazolsulfenamida) 
MBS 2-(4-Morfolinotio)benzotiazol 
DCBS N-diciclohexil-2-benzotiazolsulfenamida 
 
44 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
3 – Tiurans (ação rápida) 
TMTD Dissulfeto de tetrametiltiuram 
TMTM Monossulfeto de tetrametiltiuram 
TETD Dissulfeto de tetraetiltiuram 
DPTT Tetrassulfeto de dipentametiltiuram 
TBzTD Dissulfeto de tetrabenziltiuram 
4 – Ditiocarbamatos (ação super-rápida) 
ZBEC Dibenzilditiocarbamato de zinco 
ZDBC Dibutilditiocarbamato de zinco 
ZDEC Dietilditiocarbamato de zinco 
ZDMC Dimetilditiocarbamato de zinco 
TeDMC Dimetilditiocarbamato de telúrio 
5 – Guanidinas (ação lenta) 
DPG N,N’-difenilguanidina 
DOTG Diortotolilguanidina 
6 – Doadores de enxofre 
MBSS 2-benzotiazil-N-morfolildissulfeto 
DTDM 4,4’- ditiomorfolina 
7 – Tiureia 
ETU 2-mercaptoimidazolina (etileno tiureia) 
8 – Aldeído-aminas (ação lenta) 
HMT Hexametilenotetramina (urotropina) 
 
Abaixo segue relação das principais famílias de aceleradores. 
 
1 – Aldeído-aminas 
2 – Amidas 
3 – Aminas 
4 – Carbamatos 
5 – Compostos sinergéticos (misturas) 
6 – Dioximas 
7 – Dissulfetos 
8 – Ditiocarbamatos (doadores de enxofre) 
9 – Específicos (aceleradores especiais) 
10 – Guanidinas 
11 – Mercaptos 
12 – Monossulfetos 
13 – Morfolinas 
14 – Polissulfetos 
15 – Polivalentes 
16 – Salinos 
17 – Sulfenamidas 
18 – Tiazóis 
19 – Tiurans (doadores de enxofre) 
20 – Tiureias 
21 – Xantatos (doadores de enxofre) 
 
Tipos de Aditivos 45 
 03 Adesivos Metal-Borracha 
 
Camada única: Chemlok 250 
Chemlok 205 – Primer NR 
Camada dupla: 
Chemlok 220 – Adesivo 
Camada única: Chemlok 250 
Chemlok 205 – Primer SBR 
Camada dupla: 
Chemlok 220 – Adesivo 
Camada única: Chemlok 250 
Chemlok 205 – Primer BR 
Camada dupla: 
Chemlok 220 – Adesivo 
Camada única: Chemlok 250 
Chemlok 205 – Primer EPDM 
Camada dupla: 
Chemlok 238 – Adesivo 
Camada única: Chemlok 250 
Chemlok 205 – Primer CR 
Camada dupla: 
Chemlok 220 – Adesivo 
Camada única: Chemlok 205 ou 250 
Chemlok 205 – Primer NBR 
Camada dupla: 
Chemlok 220 – Adesivo 
IIR, BIIR, CIIR Camada única: Chemlok 250 
Silicone Camada única: Chemlok 608 
Fluoroelastômeros Camada única: Chemlok 607 
PU Camada única: Ty-Ply 
Quadro 19 – Borrachas x nº de camadas x adesivos. 
 
 
Marcas comerciais: Adesivos Metal-Borracha 
Produtos Fabricantes 
Cilbond Norton (Dalton Dynamics) 
Chemitac Reichold 
Chemlok LordChemosil Henkel 
Vulcabond TX ICI 
Quadro 20 – Marcas comerciais: Adesivos Metal-Borracha. 
 
 
 
46 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
 04 Agentes Antirreversão 
 
A reversão é um fenômeno que ocorre na vulcanização da borracha 
natural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 01 
 
Durante a reação, o grau de vulcanização chega a um ponto (b) que 
seria satisfatório e para alguns polímeros cai a nível insuficiente (c), não 
atingindo boas propriedades. Isso é reversão. 
Produtos antirreversão impedem que tal fenômeno ocorra. 
Antigamente, quando não existia produto específico para solucionar 
esse problema, contornava-se adicionando 20 partes de regenerado de 
BR ou de SBR. Atualmente são oferecidos vários produtos eficazes para 
prevenir esse problema. 
 
 
 05 Agentes de Coesão 
 
Agentes de coesão têm como função reforçar a adesão entre duas 
superfícies unidas por adesivos. A adesão metal-borracha melhora quan-
do o composto contém resina fenólica novolaca (+ ou – 3 phr) do tipo 
Schenectady/CRIOS SP-1068 e o metal é adequadamente preparado: 
jato + pintura ou fosfatização com sulfato ferroso grão médio + pintura 
 
Tipos de Aditivos 47 
de adesivo camada única ou bicamada (conforme indicação do fornece-
dor do produto para cada tipo de elastômero). A pressão na moldagem é 
um fator fundamental na coesão metal-borracha. 
Produtos: 
Resinas fenólicas; sílicas e silicatos; isocianatos; NR em composi-
ções de SBR; CR em composições de NBR e EPDM. 
 
 
 06 Agentes de Cura 
 
Agentes de cura são produtos que, misturados à massa polimérica, 
estabelecem ligações entre sítios ativos da mesma em todas as direções, 
estabelecendo uniões entre as macromoléculas. É o chamado “cross-
linking” – ligação através da massa macromolecular erroneamente tra-
duzida como “ligação cruzada”. 
É sabido que se formam “interligações” unindo sítios ativos vizi-
nhos de macromoléculas entre si, diminuindo a sua plasticidade e au-
mentando a elasticidade. 
Os peróxidos estabelecem ligações peroxídicas entre as macromolé-
culas do elastômero, sendo também chamados de agentes de cura. 
O ZnO + MgO estabelecem ligações nos elastômeros halogenados 
que caracterizam a reação de cura. 
A urotropina (HMT – hexametilenotetramina) adicionada à resina 
fenólica estabelece ligações que resultam numa reticulação característica 
de material termofixo ao ser aquecida a 150°C/165°C. 
A resina fenólica também reticula o elastômero bromobutil. 
O enxofre consegue ligar uma macromolécula à outra e esse tipo de 
cura é chamado vulcanização, pois as interligações são feitas por dois ou 
mais átomos de enxofre. Da mesma forma alguns superaceleradores 
(TMTD, ZMDC, ZBDC) conseguem fazer interligações com enxofre 
entre as macromoléculas e esta é a vulcanização com doadores de enxo-
fre. 
O Vibracure M – (Uniroyal) – é o agente de cura para poliuretano e 
sua composição química é orto-cloro-anilina ou 4-4’-metileno-bis-
diamina. 
 
 
 
 
48 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
 07 Agentes de Escoamento – Flow 
 
Os agentes de escoamento ou de fluxo são produtos que reduzem a 
viscosidade do composto, seja por lubrificação, seja por fusão sob aque-
cimento. Os produtos geralmente utilizados são ácidos graxos de alta 
massa molar, tais como: sabões de ácidos graxos superiores com metais 
alcalinos, ésteres de ácidos graxos e amidas de ácidos graxos. 
Também são consideradas agentes de fluxo, resinas de baixo ponto 
de amolecimento como: Unilene A-80, resina Protack, breu, breus modi-
ficados, resinas de cumarona-indeno, resinas terpênicas e politerpenos. 
 
Marcas comerciais: Flow 
Produtos Fabricantes 
Q-Flux Quisvi 
Struktol Struktol Company of America 
Adogen Sherex Chemical Co. 
Aflux Rhein Chemie 
Aktiplast Rhein Chemie 
Quadro 21 – Marcas comerciais: Flow. 
 
 
 08 Agentes de Pegajosidade – Tackfiers 
 
Agentes de tack ou de pegajosidade têm por finalidade facilitar a 
emenda entre segmentos ou adesão entre superfícies. 
São agentes de pegajosidade: 
– Breu e breus modificados; 
– Resinas de petróleo: unilene, asfalto; 
– Óleos plastificantes aromáticos; 
– Resinas sintéticas de baixo ponto de amolecimento; 
– Alcatrão de pinho (suspeito de provocar câncer); 
– Resina de cumarona-indeno. 
Os agentes de pegajosidade comprometem seriamente as proprieda-
des mecânicas, sobretudo a resistência à tração e abrasão. Alguns agen-
tes de pegajosidade interferem na taxa de vulcanização com tendência a 
retardar. Por isto são dosadas em baixa percentagem: 3 a 5 phr, a não ser 
que a pagajosidade seja o fator mais relevante e então se pode até ultra-
passar 20 phr. 
 
 
Tipos de Aditivos 49 
Marcas comerciais: Agente de Pegajosidade 
Produtos Fabricantes 
Q Resin T2 Quisvi 
Q Flux PB-E Quisvi 
Breu K e Breu X Diversos 
Breus modificados Hercules 
Koresin Basf 
Paragum N Parabor 
Plastikator FH Bayer 
Resina de Cumarona Neville 
Resina Hercurez Hercules 
Resina Protack IBR (atual Inoquímica) 
Resina SP 1068 Schenectady/CRIOS 
Resina Unilene Petroquímica União (atual Braskem) 
Struktol 40 MS Struktol 
Struktol 60 NS Struktol 
Quadro 22 – Marcas comerciais: Agente de Pegajosidade. 
 
 
 09 Agentes Hidrofílicos (Liófobos) 
 
Os agentes hidrofílicos ou liófobos são produtos que favorecem a 
molhabilidade e absorção de água no composto elastomérico. 
Os melhores agentes hidrofílicos são os elastômeros polares: NR, 
SBR e NBR. 
Os aditivos mais comuns são a sílica precipitada, o óxido de cálcio, sa-
bões de sódio e de potássio, detergentes, açúcar e cloreto de sódio (sal). 
Quando o produto puder ser expandido, nem que seja em grau mí-
nimo, o bicarbonato de sódio é o expansor ideal porque produz células 
abertas, favorecendo a absorção de água. 
O bicarbonato de sódio só se torna efetivo de 140°C a 160°C. 
 
 
 10 Agentes Hidrofóbicos (Liofílicos) 
 
Agentes hidrofóbicos ou liofílicos são produtos que adicionados ao 
composto elastomérico dificultam a absorção de água, sobretudo em 
produtos isolantes elétricos. 
Os melhores agentes hidrofóbicos são os elastômeros apolares 
(EPDM, butil e silicone). 
 
50 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
Aditivos sólidos: 
– Dióxido de titânio; 
– Sílica pirogênica hidrofóbica; 
– Estearato de zinco; 
– Litargírio; 
– Parafina e cera de polietileno. 
Aditivos líquidos: 
– Óleos plastificantes parafínicos; 
– Vaselinas líquidas. 
 
 
 11 Amolecedores ou Softners 
 
Quando um composto apresenta dureza acima do desejado, pode-se 
baixá-la adicionando mais elastômero; só que neste caso é necessário 
corrigir a aceleração. 
O que se faz usualmente é adicionar uma quantidade necessária de 
composto mais mole ou adicionar mais óleo plastificante. 
Entre os plastificantes utilizados como softners, podemos citar: 
– Óleos plastificantes parafínicos para: NR, IIR, BIIR, CIIR e EPDM. 
– Óleos plastificantes naftênicos para: NR, SBR e EPDM. 
– Óleos plastificantes aromáticos para: NR, SBR, SSBR, BR, NBR e CR. 
– Asfalto oxidado para quase todos os elastômeros. 
– Plastificantes sintéticos ésteres do tipo: DBP, DOP, DOA, DOS 
para SBR, NBR, CPE e PU. 
– Parafina clorada para CR, NBR, NBR/PVC, HNBR, CIIR e BIIR. 
– Factis para NR, SBR, EPDM, NBR e CR. 
– Óleo de silicone para silicone e para EPDM + silicone. 
– Plastificantes poliméricos para NBR, SBR e PU. 
– Vaselina líquida e cera de polietileno para EPDM e IIR. 
 
 
 12 Antichama 
 
Antichama são produtos que evitam a propagação do fogo, extin-
guindo a chama quando o produto é retirado do contato com a fonte de 
ignição externa. 
 
Tipos de Aditivos 51 
O PVC, CR, CPE, Hypalon, Teflon, Clorax 50 são materiais autoex-tinguíveis graças à presença de halogênios (cloro, bromo ou flúor). Adi-
cionados em dosagem conveniente aos compostos funcionam como re-
tardantes de chama. 
O trióxido de antimônio (Sb2O3), combinado com alumina hidratada, 
é um antichama não halogenado. 
Outro antichama também não halogenado é o Polifosfato de Amônio 
(APP), sal inorgânico do ácido polifosfórico e amoníaco. O comprimen-
to da cadeia (n) do composto polimérico é variável e ramificado, poden-
do ser superior a 1000 unidades méricas. Cadeias curtas e lineares pos-
suem n < 100 e são mais sensíveis à água (hidrólise) e menos estáveis 
termicamente do que cadeias com n > 1000, que mostram uma solubili-
dade muito baixa em água (< 0,1g/100ml). 
APP é um composto estável e não volátil. Em contato com a água 
lentamente começa a ser hidrolisado em fosfato monoamônico (ortofos-
fato). Temperaturas mais elevadas e de uma exposição prolongada à 
água irá acelerar a hidrólise. APP de cadeia curta começa a decompor-se 
em temperaturas superiores a 150°C. O de cadeia longa começa a de-
compor-se em temperaturas superiores a 300°C. Ambos formam ácido 
polifosfórico e amoníaco como produto de decomposição. 
Existem duas famílias principais de polifosfato de amônio: 
– APP Fase Cristalina I (APP I) é caracterizada por uma cadeia li-
near de comprimento variável, apresentando uma menor temperatura de 
decomposição (aproximadamente 150°C) e uma maior hidrossolubilida-
de que APP fase cristalina II do polifosfato de amônio. Em APP I, “n” 
(número de unidades de fosfato) é geralmente inferior a 100. A estrutura 
geral da APP Fase Cristalina I é dada abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
– APP Fase Cristalina II (APP II): A estrutura APP II está ramifica-
da conforme mostrado na figura abaixo. O peso molecular é muito maior 
do que APP I com “n” valor superior a 1000. APP II tem uma maior 
 
52 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
estabilidade térmica (decomposição começa a aproximadamente 300°C) 
e menor hidrossolubilidade do que APP I. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando os materiais que contêm APP estão expostos a um incêndio 
acidental ou calor, o retardante de chama começa a decompor-se, geral-
mente em polímeros de ácido fosfórico e amônia. O ácido polifosfórico 
reage com outros grupos de hidroxila ou um agente sinérgico não está-
veis para um éster de fosfato. Uma próxima etapa da desidratação do 
fosfato seguinte reinicia o processo. Uma espuma de carbono é construí-
da sobre a superfície contra a fonte de calor (charring). A barreira de 
carbono funciona como uma camada de isolamento, evitando novas de-
composições do material. 
Concentração usual de APP varia de 15 a 35% em peso. 
Marcas comerciais: Antichama 
Produtos Fabricantes 
68-Pb-Ferro Pyro-Check 
Alumina trihidratada Alcoa 
Antiblaze 19 Mobil Chemical 
Clorax 50 Bann Química 
Disflamoll Bayer (atual Lanxess) 
Dyphos Anzon 
Ethyl-Saytex Saytec 
Firebrake-(Borato de Zinco) U.S.Borax 
FR Dead Sea Bromine 
Fyrol Stauffer 
Levagard Bayer (atual Lanxess) 
Pyrovatex CP Ciba-Geigy 
PO-64P Great Lakes 
THP Chloride Albright & Wilson 
TRIS Velsicol 
Valentioxy (Sb2O3) Oxy Química 
Quadro 23 – Marcas comerciais: Antichama. 
 
Tipos de Aditivos 53 
 13 Antiestáticos 
 
Nas composições de borracha condutiva, a eletricidade estática ge-
rada pelo atrito com o metal é instantaneamente dissipada em contato 
com o equipamento NR, SBR, NBR, CR. 
Nas composições de elastômeros isolantes elétricos (EPDM, silico-
nes), a eletricidade se acumula e pode dar “choque” se o operador não 
estiver trabalhando com luvas adequadas. 
Quando no composto se utiliza carga condutiva (Condutex CD 7061, 
grafite), mesmo nos elastômeros isolantes, a eletricidade estática é pron-
tamente dissipada. 
A eletricidade estática é indesejável não só por causa do “choque”, 
mas também por atrair poeiras, que em certos casos, podem causar pro-
blemas. A utilização de um tenso-ativo como estearato de sódio (sabão) 
ou de potássio, ou ainda, um detergente catiônico (sal de amônio quater-
nário), mesmo em baixa dosagem (1 a 3 phr), ajudam a resolver o pro-
blema. 
 
 
 14 Antimigrantes 
 
Antimigrantes são aditivos que bloqueiam a migração para a super-
fície de algum componente incompatível na mistura. 
Migração de líquidos é chamada exsudação; migração de sólidos é 
chamada de eflorescência, também conhecida como blooming. 
Homogeneizadores como o asfalto e a resina Unilene contribuem pa-
ra diminuir a migração. 
Produtos com elevada atividade superficial (sílica, bentonita, diato-
mita) adsorvem muitos produtos e bloqueiam a migração. 
A aditivação correta para cada tipo de elastômero continua sendo o 
“aditivo” mais barato e eficaz para resolver o problema. 
A migração quando indesejada causa problemas, sobretudo de ade-
são, além de comprometer a qualidade do produto (aspecto visual), alte-
ração de dureza (migração do plastificante) e a alteração de cor. 
 
 
 
 
 
54 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
 15 Antioxidantes 
 
Antioxidantes são produtos que protegem os elastômeros contra a 
ação do oxigênio (O2). 
Quimicamente podem ser reunidos em seis grupos: 
1 – Amínicos – fortemente manchantes 
– Naftilaminas: PAN, PBN; 
– Difenilaminas: ODPA, SPDA; 
– Parafenilenodiaminas: IPPD, 6PPD, 77PD, DPPD, DTPD; 
– Condensado amina: cetona. 
2 – Fenólicos – não manchantes 
– Fenóis substituídos: BHT (sem nitrogênio); 
– Condensados aldeído – fenol: SPH e derivados; 
– Sulfitos fenólicos. 
3 – Fosfitos – não manchantes 
4 – Tioésteres 
5 – Quinoleinas – levemente manchantes 
– TMQ; 
– ETMQ. 
6 – Benzimidazóis – não manchantes 
– MBI; 
– ZMBI; 
– ZMTI; 
– ZMMBI. 
 
Considera-se manchante o produto que desenvolve cor sob ação da 
luz, calor ou tempo. Os antioxidantes que contêm nitrogênio em sua 
composição desenvolvem cor amarelada nos produtos de cor clara. 
Produto não manchante é aquele que não desenvolve cor, sobretudo 
em produtos claros. 
 
 
 
 
 
 
Tipos de Aditivos 55 
Marcas comerciais: Antioxidantes 
Produtos Fabricantes 
Vulcanox Lanxess 
Agerite Vanderbilt 
Alkanox Degussa (atual Evonik) 
Anox Degussa (atual Evonik) 
Banox Bann Química 
Cyanox Cytec 
Cyasorb Cytec 
Epsinox Satibrás 
Flectol Flexsys 
Lowinox Degussa (atual Evonik) 
Naftonox Chemetal 
Naugard Uniroyal (atual Chemtura) 
Nonox ICI 
Permanax ODPA Flexsys 
Rhenofit Bayer (Rhein Chemie) 
Rhenogran Bayer (Rhein Chemie) 
Santoflex Monsanto (atual Flexsys) 
Vanox Vanderbilt 
Wingstay Eliokem 
Quadro 24 – Marcas comerciais: Antioxidantes. 
 
 
 16 Antiozonantes 
 
Os antiozonantes são produtos que protegem os elastômeros contra a 
ação do ozônio (O3). O ozônio existe em pequenas quantidades no ar e 
se forma onde há faíscas elétricas (arco-voltaico): raios, motores, velas 
dos motores de combustão interna, solda elétrica. 
O ozônio ataca as ligações duplas das macromoléculas, fragmentan-
do-as e comprometendo as propriedades mecânicas das mesmas. 
Todos os antiozonantes químicos são manchantes. A parafina, o 
elastômero de silicone são antiozonantes físicos pois bloqueiam a ação 
do ozônio por proteção física. 
Sinergismo: quando é dosado um antioxidante, estima-se que tenha 
uma ação protetora de pelo menos 5 (de uma escala entre 1 a 10), dei-
xando que a proteção total seja obtida com o antiozonante: 5+5=10. Na 
realidade, se dobrarmos a quantidade e adicionarmos só um produto, o 
efeito protetor pode chegar a 10. Como a maneira de interagir do antio-
xidante é diferente, suas ações não têm efeito somado (5+5), mas multi-
 
56 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
plicado (5 x 5 = 25). Esse efeito protetor é chamado de sinergismo dos 
agentes de proteção.Vale lembrar que a maioria dos antiozonantes químicos também 
atuam como antioxidantes. 
 
Classificação Química 
1 – Antiozonante dialquil R-R, onde R é um radical alcoila, metila, 
etila. 
2 – Diaril R’-R’, onde R’ é um radical aromático: fenila, benzoíla, 
naftila. 
3 – Antiozonantes alquilaril: R-R’ 
4 – Antiozonantes sinergéticos: os que aumentam seu poder de pro-
teção quando misturados com antioxidante. 
5 – Antiozonantes poliméricos: são polímeros que por sua natureza 
resistem à ação do ozônio: EPDM, CR, PVC, HNBR, Silicone. 
6 – Multifuncionais: são antiozonantes que além de outras funções 
são ativos contra o ozônio: Parafina clorada. 
7 – Antiozonantes de ação física: parafina, dióxido de titânio (ação 
barreira a permeabilidade de gases). 
 
Marcas comerciais: Antiozonantes 
Produtos Fabricantes 
Vulcanox Lanxess 
Vulkazon AFD Lanxess 
Antozite Vanderbilt 
Ceras Antiozônio Lanxess 
Flexzone Uniroyal (atual Chemtura) 
Nonox ICI 
Santoflex Monsanto (atual Flexsys) 
Quadro 25 – Marcas comerciais: Antiozonantes. 
 
 
 17 Aromatizantes 
 
Aromatizantes ou odorantes são produtos adicionados a compostos 
de borracha para produzir aroma desejado (tutti-frutti) ou mascarar chei-
ro desagradável, ou ainda, eliminar todo cheiro deixando o produto ino-
doro. 
 
 
 
Tipos de Aditivos 57 
Produtos aromatizantes (odores): 
– Acetato de pentila – pera; 
– Butanoato de etila – abacaxi; 
– Citral – limão; 
– Etanoato de benzila – jasmim; 
– Etanoato de octila – laranja; 
– Formiato de etila – pêssego; 
– Formiato de isobutila – framboesa; 
– Geraniol – gerânio; 
– Heptanoato de etila – vinho, conhaque; 
– Limoneno – limão; 
– Mentol – erva menta; 
– 3-metilbutanoato de 3-metil-butila – maçã; 
– Nonilato de etila – rosa. 
 
Marcas comerciais: Aromatizantes 
Produtos Fabricantes 
Cânfora-cheiro característico Diversos 
Rodo-cheiro floral Vanderbilt 
Rubberol F-para borracha sólida Bayer 
Quadro 26 – Marcas comerciais: Aromatizantes. 
 
Eliminadores de cheiro: pós-cura para eliminar voláteis de odor de-
sagradável. 
Alfapineno: óleo essencial de pinho. Pequenas dosagens tornam o 
produto “praticamente inodoro”. 
 
 
 18 Ativadores 
 
Ativadores de vulcanização são substâncias que potencializam a 
ação dos aceleradores, tornando o sistema de aceleração mais efetivo, 
melhorando a sinergia do sistema acelerador+agente de vulcanização. 
 
 
 
 
 
 
 
58 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 02 
 
O ácido esteárico (2 phr) com óxido de zinco (5 phr), ao serem 
aquecidos, reagem entre si formando reversivelmente o estearato de 
zinco. Os radicais livres que se formam criam condições para que outras 
reações ocorram como a formação de radicais mono, di e polissulfeto. 
Estas reações irão promover interligações, unindo sítios ativos das ma-
cromoléculas com um ou mais átomos de enxofre. No uso do estearato 
de zinco no lugar do ZnO e do ácido esteárico, a reação de vulcanização 
também ocorre. 
Essas ligações ocorrem em todos os sentidos e formam ao final um 
retículo que pode ser deformado sob ação de uma força, mas volta ao 
estado original uma vez cessada a ação da força (elasticidade). 
O óxido de zinco dispersa melhor se for adicionado após ou simulta-
neamente com o ácido esteárico. 
Os absorvedores de umidade (CaO) e os neutralizadores de ácidos 
(DEG, PEG, TEA) também apresentam ação ativadora no sistema de 
cura com doadores de enxofre ou com aceleradores e enxofre. Isto se 
deve ao fato de que estes sistemas funcionam melhor em pH alcalino 
(pH>7,0) do que em pH ácido (pH<7,0). 
 
Tipos de Aditivos 59 
 19 Auxiliares de Processo 
 
Auxiliares de processo são componentes que favorecem o processa-
mento dos elastômeros, reduzindo tempos, economizando energia e me-
lhorando a qualidade do composto de acordo com as operações a que 
será submetido durante a fabricação. 
Os auxiliares de processo desempenham simultaneamente outras fun-
ções, mas podem ser enumerados e detalhados sob os seguintes títulos: 
– adesivo metal-borracha; 
– agentes isolantes antiblocking – desmoldantes externos; 
– agentes de coesão; 
– agentes de escoamento – flow; 
– agentes de pegajosidade – tackfiers; 
– amolecedores – softners; 
– antimigrantes; 
– ativadores; 
– cargas que melhoram a usinagem; 
– cargas que melhoram a condutividade térmica; 
– desmoldantes internos; 
– dispersantes; 
– estabilizadores dimensionais; 
– estabilizadores térmicos; 
– homogeneizadores; 
– inibidores; 
– lubrificantes; 
– peptizantes; 
– plastificantes; 
– retardadores. 
 
Os títulos acima serão tratados mais detalhadamente no decorrer da 
apresentação. 
 
 
 20 Branqueadores óticos 
 
Branqueadores óticos são produtos que intensificam a tonalidade 
branca dos artefatos. Um composto produzido com materiais incolores, 
 
60 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
ao receber adição de carbonato de cálcio, óxido de zinco e dióxido de 
titânio, fica branco, dependendo da quantidade dos aditivos. 
O branqueador ótico promove a diminuição da absorção da radiação 
no comprimento de onda da luz azul pelo artefato, promovendo uma 
percepção de maximização da intensidade do branco pelo olho humano. 
Hoje os sabões em pó para lavar roupas já possuem o branqueador 
ótico incorporado. 
Se ao composto branco for adicionado 0,1 phr de pigmento azul, o 
branco vai parecer mais branco do que o original. Se ao pigmento azul for 
adicionado 0,1% de pigmento vermelho, o branco fica mais branco ainda. 
Existem no mercado vários fornecedores de branqueadores óticos 
que permitem não só obter a cor branca satisfatória, mas conseguem 
preservá-la mesmo quando exposta à radiação solar. 
A escolha correta dos componentes da mistura pode contribuir deci-
sivamente para obter melhores resultados. 
 
Marcas comerciais: Branqueadores óticos 
Produtos Fabricantes 
Inbragen VB Inbra 
Unitex OB Ciba 
Quadro 27 – Marcas comerciais: Branqueadores óticos. 
 
 
 21 Cargas 
 
As cargas podem ser agrupadas de acordo com as melhorias das 
propriedades que proporcionam nos artefatos. 
1 – Cargas de uso geral 
– Alumina; 
– Carbonato de cálcio; 
– Sulfato de cálcio; 
– Sílica precipitada (SiO2); 
– Talco; 
– Mica; 
– Óxido de zinco; 
– Sulfato de bário; 
– Caulins tratados; 
– Negros de fumo; 
 
Tipos de Aditivos 61 
– Diatomita; 
– Bentonita. 
2 – Cargas retardantes de chama 
– Alumina; 
– Trióxido de antimônio; 
– Trióxido de arsênio; 
– Carbonato de magnésio; 
– Teflon em pó. 
3 – Cargas resistentes a radiações nucleares 
– Litargírio (óxido de chumbo); 
– Carbeto de boro. 
4 – Cargas que melhoram a usinagem 
– Sílica; 
– Carbonato de cálcio; 
– Polímeros orgânicos rígidos; 
– Talco. 
5 – Cargas que melhoram a condutividade térmica 
– Alumínio em pó; 
– Alumina; 
– Sílica precipitada; 
– Óxido de zinco; 
– Silicatos; 
– Caulim. 
6 – Cargas que melhoram a absorção de calor 
– Metais em pó; 
– Óxidos metálicos; 
– Sílica precipitada (SiO2); 
– Silicatos. 
7 – Cargas que melhoram a resistência elétrica 
– Alumina; 
– Sílica (SiO2); 
– Talco; 
– Mica; 
– Caulim; 
– Dióxido de titânio. 
 
62 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
8 – Cargas que melhoram a condutividade elétrica 
– Metais em pó; 
– Grafite; 
– Negros de fumo da série N-200; 
– Alguns óxidos metálicos. 
9 – Cargas que melhoram a resistência à tração 
– Negros de fumo em geral; 
– Sílica precipitada; 
– Fibras; 
– Materiais poliméricos. 
10 – Cargas que aumentam a resistência à compressão 
– Negros de fumo das séries N-200 e N-300; 
– Sílica precipitada (SiO2); 
– Materiais poliméricos. 
11 – Cargasque melhoram a resistência ao impacto 
– Cargas reforçadoras em geral (negros de fumo, sílica); 
– Materiais poliméricos elásticos; 
– Plastificantes. 
12 – Cargas que melhoram a resistência ao desgaste por abrasão 
– Negros de fumo alta estrutura; 
– Sílica; 
– Carbeto de silício. 
 
 
 22 Coagentes de Cura Peroxídica 
 
Sob o título de coagentes são reunidas as substâncias que, além de 
ativarem os peróxidos, são indispensáveis para que um elevado grau de 
reticulação seja obtido. 
São comercializados na forma pura ou diluídos em um veículo iner-
te, sob diversas concentrações. 
 
Dosagem 
A dosagem do coagente varia de acordo com o composto e o peróxi-
do utilizado. Inicialmente dosava-se um maior teor de peróxido e menor 
teor de coagente. Na prática, verificou-se que o inverso propicia melho-
 
Tipos de Aditivos 63 
res resultados, ou seja, menor teor de peróxido (iniciador) e maior teor 
de coagente (terminador). 
A dosagem depende da aplicação do artefato final. O conhecimento 
dos aditivos permite rapidamente fazer os ajustes visando obter resulta-
dos compensadores. 
Principais tipos e usos: 
TAC em NBR, EPDM, PU, EVA, FKM; 
TAIC é mais utilizado em FKM; 
TRIM em NBR, EPDM, PU, EVA; 
HVA-2 é mais utilizado em CSM; 
EDMA mais utilizado em EPDM, EVA. 
 
Marcas comerciais: Coagente de Cura Peroxídica 
Produtos Fabricantes 
Retilink Retilox 
Coagente Degussa (atual Evonik) 
Rhenogran Rhein Chemie (atual Lanxess) 
Rhenofit Rhein Chemie (atual Lanxess) 
Kettlitz Kettlitz 
Saret Sartomer 
Ricon Sartomer 
Perkalink Akzo Nobel 
Quadro 28 – Marcas comerciais: Coagente de Cura Peroxídica. 
 
 
 23 Desmoldantes 
 
Desmoldantes têm a função de facilitar a extração dos artefatos produ-
zidos, do molde, e podem ser aplicados de diversas maneiras: 
– Desmoldantes aplicados aos moldes: fluidos de silicone, sabões e 
detergentes, semipermanentes; 
– Desmoldantes incorporados ao composto: parafina, cera de polieti-
leno, estearato de zinco, grafite, pó de teflon, sabões, ácidos graxos, 
amidas de ácidos graxos, estearamida, erucamida (antiblocking em fil-
mês poliolefinicos). O BR e o EPDM também funcionam como desmol-
dantes em compostos muito pegajosos de NR, SBR e CR. 
– Desmoldantes aplicados externamente aos produtos semielabora-
dos ou acabados: talco, caulim, estearato de zinco. 
 
 
 
64 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
Marcas comerciais: Desmoldantes Internos 
Produtos Fabricantes 
Amidas de ácidos graxos Diversos 
Cera de polietileno Diversos 
Estearato de magnésio Diversos 
Estearato de potássio Diversos 
Estearato de sódio Diversos 
Grafite Diversos 
Pó de teflon Diversos 
Silicones Diversos 
Quadro 29 – Marcas comerciais: Desmoldantes Internos. 
 
Marcas comerciais: Desmoldantes Externos 
Produtos Fabricantes 
Perma-Mold Chem Trend 
Antitack Kettlitz 
Aquarex Du Pont 
Emulsões de silicone Diversos 
Levaform K Bayer 
Sabões de metais alcalinos Diversos 
Tensoativos (detergentes) Diversos 
Vulkastab ICI 
Quadro 30 – Marcas comerciais: Desmoldantes Externos. 
 
 
 24 Doadores de Enxofre 
 
Quando se quer evitar a migração de enxofre (blooming), utilizam-se 
doadores de enxofre, que além de serem mais eficazes, não afloram. Os 
doadores de enxofre são utilizados em dosagens de 1,5 a 2,5 phr, com 
pequena dosagem de acelerador primário (0,5 phr) sem enxofre. 
Doadores de enxofre também são importantes na formulação de arte-
fatos onde se deseja melhor desempenho na resistência térmica do arte-
fato, pois sua utilização em substituição ao enxofre reduz a ocorrência 
de ligações polissulfidicas. Estas ligações sob aquecimento se desfazem, 
promovendo ou a degradação da peça e redução das propriedades dinâ-
mico-mecânicas do artefato final e/ou aumento da dureza. 
Também pode ser utilizado para reduzir presença de enxofre em 
formulações para artefatos destinados ao contato com alimentos. 
Os principais doadores de enxofre são: 
TMTD – Dissulfeto de tetrametil tiuram; 
ZMDC – Zinco metil ditiocarbamato; 
 
Tipos de Aditivos 65 
ZBDC – Zinco butil ditiocarbamato; 
DPTT – Dipentametileno tiuram hexasulfeto; 
TETD – Dissulfeto de tetraetil tiuram; 
DTDM – 4,4’-Ditiobismorfolina. 
 
 
 25 Endurecedores 
 
Os elastômeros usuais aditivados apenas com o sistema de cura 
apresentam dureza em torno de 40 Shore A. 
Os NBR e CR apresentam dureza um pouco maior. 
O SBR 1712, que tem 37,5 partes de óleo plastificante aromático, dá 
uma dureza em torno de 25 Shore A. 
Para aumentar a dureza utilizam-se cargas reforçadoras. 
Negros de fumo reforçantes das séries N-200, N-300 aumentam a 
dureza aproximadamente em 1 Shore A a cada 2,0 phr. 
Negros de fumo semirreforçantes séries N-500, N-600 e N-700 au-
mentam a dureza aproximadamente em 1 Shore A a cada 2,5 phr. 
A sílica, a cada 2 phr, aumenta a dureza aproximadamente em 1 
Shore A. 
O carbonato de cálcio aumenta a dureza aproximadamente em 1 
Shore A a cada 10 phr. 
O caulim aumenta aproximadamente 1 Shore A a cada 5 a 8 phr, de-
pendendo da qualidade do mesmo. 
Quando se desejam durezas elevadas, pode-se utilizar uma resina de 
alto teor de estireno como resina S-6H. A S-6H aumenta aproximada-
mente 2 Shore A para 3 phr de resina. 
A resina fenólica reativa (com 10% de urotropina, HMT) aumenta 
consideravelmente a dureza, desde que a vulcanização seja feita a 155°C 
a 165°C. Em média se consegue um aumento na dureza de 1Shore A 
para 1 phr de resina. 
A fibra de vidro (fibra curta) pode ser usada como reforço endurece-
dor. 
Altas dosagens de enxofre (30 phr) e acelerador (8 phr TMTD) per-
mitem obter ebonite (90 Shore A). 
 
 
 
 
66 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos 
 26 Estabilizadores Dimensionais 
 
Compostos com altos teores de carga mineral geralmente apresen-
tam estabilidade dimensional satisfatória. 
Os negros de fumo, em geral, deixam a desejar neste aspecto. Po-
rém, basta adicionar algum tipo de carga mineral (sílica, caulim, diato-
mita, bentonita) que a estabilidade dimensional apresenta melhorias sen-
síveis. 
O sistema de cura é importante porque somente com índice elevado 
de vulcanização o produto de borracha estabiliza dimensionalmente. 
A utilização de fibras (de vidro, de Kevlar, de carbono, de Rayon), 
além de dar estabilidade, aumenta a dureza sem comprometer demasia-
damente a flexibilidade. 
Resinas de elevado ponto de amolecimento (fenólicas, S-6H) tam-
bém contribuem para a estabilidade dimensional. 
Polímeros em forma de pó, além de outros benefícios, promovem es-
tabilidade dimensional (PTFE em pó). 
No projeto de um molde é importante conhecer o índice de retração 
(encolhimento) do composto a ser utilizado para ajustar as cavidades, a 
fim de que o produto fique enquadrado nas tolerâncias concedidas no 
projeto. 
 
 
 27 Estabilizantes Térmicos 
 
Estabilizantes térmicos são produtos que propiciam estabilidade e 
durabilidade a artefatos que são submetidas ao calor. 
A vulcanização com doadores de enxofre favorece a estabilidade 
térmica do produto final. 
 
Marcas comerciais: Estabilizantes Térmicos 
Produtos Fabricantes 
Agente HP-S Vanderbilt 
Antioxidante AP Bayer (atual Lanxess) 
Antioxidante DNP Bayer (atual Lanxess) 
Flectol H Monsanto (atual Flexsys) 
HT-1 – Estabilizante térmico para silicone GE 
Nonox B, Nonox BLN, DN, OPPD, OD ICI 
Octamine Uniroyal (atual Chemtura) 
PBN e PAN Bayer (atual Lanxess) 
 
Tipos de Aditivos 67 
Permanax 49 HV Rhone Poulenc 
Plastabil e Markstab sólidos e líquidos para PVC Inbra 
Santoflex e Santowhite Monsanto (atual Flexsys) 
Quadro 31 – Marcas comerciais: Estabilizantes Térmicos. 
 
 
 28 Expansores 
 
A função dos agentes de expansão é produzir vulcanizados

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