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Manual de identificação de percevejos da soja

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Manual de 
identificação
de percevejos 
da soja
Autor: Paulo Edimar Saran
Paulo Edimar Saran
Manual de 
identificação
de percevejos 
da soja
S u a s a t i v i d a d e s p r o fi s s i o n a i s t i v e r a m 
i n í c i o e m 1 9 9 0 e m l a v o u r a s d e a l g o d ã o 
n o E s t a d o d o P a r a n á . N e s s e p e r í o d o , f o i 
p r e m i a d o p o r d o i s a n o s c o n s e c u t i v o s 
c o m o p a d r ã o e m “ M o n i t o r a m e n t o 
d e p r a g a s n a c u l t u r a d o a l g o d ã o ” n o 
E s t a d o d o P a r a n á .
D e 1 9 9 4 a 2 0 0 5 , a t u o u e m a s s i s t ê n c i a 
t é c n i c a , p e s q u i s a , d e s e n v o l v i m e n t o 
d e m e r c a d o e m a r k e t i n g n o s e s t a d o s 
d o P a r a n á e d e S ã o P a u l o ( 1 9 9 4 a 
1 9 9 7 ) , m i g r a n d o p a r a a s r e g i õ e s d e 
c e r r a d o , o n d e a t u o u n o s e s t a d o s d e 
M a t o G r o s s o , G o i á s , M a t o G r o s s o d o 
S u l , B a h i a e M a r a n h ã o ( 1 9 9 7 a 2 0 0 5 ) . 
P a u l o E d i m a r S a r a n
As diversidades entre as regiões e as 
várias atividades realizadas foram 
fundamentais para o acúmulo do 
conhecimento técnico atual.
Desde 2005, atua como consultor 
técnico em lavouras de algodão e 
soja na região oeste da Bahia, onde 
é proprietário da empresa Solo e 
Planta Consultoria Agronômica, e 
desenvolve treinamentos técnicos 
para profissionais iniciantes e 
reciclagem técnica para profissionais 
experientes nas culturas do algodão 
e da soja.
Para a execução e o aprimoramento 
dos treinamentos técnicos e confecção 
dos manuais técnicos, acumula 
um acervo particular de milhares 
de fotos sobre os temas abordados 
(insetos, pragas e benéficos, doenças 
e fisiologia de plantas) que são 
renovadas constantemente.
 
A g r a d e c i m e n t o s
a o s f a m i l i a r e s
A l z i r a C a t a r i n a B . S a r a n
( M ã e )
J o ã o S a r a n
( P a i )
J o ã o S a r a n
( F i l h o )
M a u r o E d s o n S a r a n
( I r m ã o - i n m e m o r i a n )
S e l m a F . d o s S a n t o s S a r a n
( E s p o s a )
Introdução .................................... 02
Apresentação ............................... 04
Períodos e épocas 
de ocorrência ................................ 08 
Percevejo castanho ...................... 10
Percevejo verde............................ 14
Percevejo pequeno ...................... 18
Percevejo marrom ....................... 23
Percevejo asa preta ...................... 28
Percevejo barriga verde .............. 31
Registros fotográficos ................. 35
Bibliografia ................................... 35
Sumário
O b s e r v a n d o a s m u d a n ç a s d e 
c o m p o r t a m e n t o d a s p r a g a s n o c u l t i v o 
d a s o j a n o s ú l t i m o s a n o s , o n d e a s 
p r a g a s s u g a d o r a s c o m o o s p e r c e v e j o s 
v ê m c r e s c e n d o d e i m p o r t â n c i a e m 
r e l a ç ã o à s m a s t i g a d o r a s , e x e m p l o 
a s l a g a r t a s , m o n t a m o s u m m a n u a l 
p r á t i c o d e b o l s o p a r a a u x i l i a r n a r á p i d a 
i d e n t i fi c a ç ã o d o s p e r c e v e j o s .
P e r c e v e j o s s ã o i n s e t o s s u g a d o r e s 
c o m c o m p o r t a m e n t o c a r a c t e r í s t i c o e 
g r a n d e p o t e n c i a l d e d a n o n a c u l t u r a 
d a s o j a . C o m a b r a n g ê n c i a n a c i o n a l 
e o c o r r ê n c i a n a s p r i n c i p a i s r e g i õ e s 
p r o d u t o r a s d o p a í s .
O c o n t r o l e q u í m i c o c o m o f e r r a m e n t a 
d o m a n e j o d e p r a g a s n a c u l t u r a d a 
s o j a é u m a d a s p r i n c i p a i s e s t r a t é g i a s 
c a p a z e s d e e v i t a r o u r e d u z i r o s d a n o s 
c a u s a d o s p e l o s p e r c e v e j o s . A c o r r e t a 
i d e n t i fi c a ç ã o d o s p e r c e v e j o s é m u i t o 
i m p o r t a n t e p a r a d e t e r m i n a r o s n í v e i s 
d e i n f e s t a ç ã o e a s s i m d e fi n i r a é p o c a 
e a p r á t i c a m a i s a d e q u a d a s p a r a 
o c o n t r o l e .
I n t r o d u ç ã o
2
Este manual foi elaborado com 
o objetivo de munir técnicos, 
agrônomos e produtores interessados 
em conhecer melhor os principais 
pecevejos de ocorrência na soja e seus 
estágios de desenvolvimento.
Com foco em solucões para manejo de 
pragas, a FMC busca contribuir com 
a geração de informação técnica de 
forma prática e acessível.
Gustavo Canato
Gerente de Produto Inseticidas
FMC Agricultural Products
3
O s p e r c e v e j o s r e p r e s e n t a m u m d o s 
g r u p o s m a i s i m p o r t a n t e s d e i n s e t o s 
n o c i v o s à c u l t u r a d a s o j a . D e n t r e o s 
p e r c e v e j o s , o s d e m a i o r i m p o r t â n -
c i a p e r t e n c e m à f a m í l i a p e n t a t o m i d a e 
q u e s u g a m o s r a m o s , h a s t e s e v a g e n s 
e m f o r m a ç ã o e o s g r ã o s , i n j e t a n d o 
t o x i n a s e i n o c u l a n d o f u n g o s q u e 
c a u s a m m a n c h a s , s e g u i d o s p e l o 
p e r c e v e j o c a s t a n h o , q u e p e r t e n c e à 
f a m í l i a c y d n i d a e , q u e s u g a a s r a í z e s .
O s p e r c e v e j o s p e n t a t o m í d e o s q u a n d o 
s u g a m o s r a m o s e h a s t e s p r o v o c a m a 
r e t e n ç ã o f o l i a r e d i fi c u l t a m a c o l h e i t a ; 
q u a n d o s e a l i m e n t a m d a s v a g e n s 
e m f o r m a ç ã o , p r o v o c a m v a g e n s 
c h o c h a s e s e c a s s e m f o r m a ç ã o d e 
g r ã o s ; e q u a n d o a t i n g e m d i r e t a m e n t e 
o s g r ã o s p r o v o c a m m u r c h a m e n t o , 
m á - f o r m a ç ã o e m a n c h a s , a f e t a n d o 
a p r o d u t i v i d a d e e a q u a l i d a d e d a s 
s e m e n t e s .
A p r e s e n t a ç ã o
4
A cada nova safra são observadas 
populações crescentes desses 
insetos, fruto de monitoramentos 
inadequados e de aplicações 
que não atingem o alvo ou são 
realizadas de forma indiscriminadas 
e que provocam a tolerância ou 
resistência e rápidas reinfestações 
dos percevejos. 
Tão importante quanto identificar 
a presença de percevejos adultos 
nas lavouras é conhecer seu ciclo 
biológico, identificando também 
as posturas e as fases das ninfas 
(composta por cinco estádios 
ou instares) e entender seu 
comportamento no ambiente em 
que se encontra, seja ele lavouras 
cultivadas ou plantas hospedeiras 
(involuntárias ou silvestres), que 
muitas vezes são as principais 
fontes das infestações primárias das 
lavouras de interesse econômico.
Na soja, a colonização se inicia no final 
da fase vegetativa (Vn) e início da fase 
reprodutiva (R1 e R2) com a migração 
dos hospedeiros alternativos.
5
A p a r t i r d a f a s e R 3 , i n i c i a - s e a 
r e p r o d u ç ã o n a s l a v o u r a s e u m 
e x p r e s s i v o a u m e n t o d o n ú m e r o d e 
n i n f a s .
A m a i o r s u s c e t i b i l i d a d e d a 
l a v o u r a a o a t a q u e d e p e r c e v e j o s 
p e n t a t o m í d e o s o c o r r e n a f a s e 
R 4 ( fi n a l d o d e s e n v o l v i m e n t o 
d a s v a g e n s ) e f a s e R 5 . 1 ( i n í c i o d e 
e n c h i m e n t o d o s g r ã o s ) , q u a n d o 
o c o r r e u m a u m e nt o d a s p o p u l a ç õ e s . 
A f a s e c r í t i c a s e e s t e n d e a t é a f a s e 
R 6 ( g r ã o v e r d e o u v a g e m c h e i a ) , 
q u a n d o o s p e r c e v e j o s a t i n g e m 
o p i c o p o p u l a c i o n a l , e t e n d e a 
d e c r e s c e r a p a r t i r d a f a s e R 7 ( i n í c i o 
d a m a t u r i d a d e ) .
N a f a s e R 8 ( d e s f o l h a n a t u r a l ) a t é R 9 
( m a t u r i d a d e p l e n a ) o c o r r e m o a c ú m u l o 
d e i n s e t o s e m a l g u m a s p l a n t a s c o m 
a t r a s o fi s i o l ó g i c o e a d i s p e r s ã o p a r a 
p l a n t a s h o s p e d e i r a s a l t e r n a t i v a s . 
A s d i f e r e n t e s d a t a s d e p l a n t i o e n t r e 
a s p r o p r i e d a d e s v i z i n h a s o u o s 
p e r í o d o s p r o l o n g a d o s d e p l a n t i o 
n a m e s m a p r o p r i e d a d e t a m b é m 
6
interferem na dinâmica da praga. 
As variedades precoces plantadas 
antecipadamente aos cultivos 
principais também antecipam 
as infestações de percevejos que 
migram para as variedades de ciclo 
médio ou tardio, aumentando assim 
o potencial de danos nas variedades 
plantadas posteriormente.
Portanto, os amostradores técnicos 
de campo devem monitorar as 
lavouras a fim de antecipar danos 
e evitar prejuízos, identificando 
todas as fases da praga (posturas, 
ninfas e adultos), e vistoriar as áreas 
destinadas ao plantio, identificando 
espécies nocivas à cultura a ser 
plantada. 
Este manual busca orientar de 
forma simples os profissionais 
envolvidos no processo produtivo, 
responsáveis pelas amostragens 
nas lavouras, e recomendar formas 
de controle para antecipar danos, 
evitando prejuízos aos produtores.
7
VC
V1
V3
VN
V9
R1
R2
R3
R4
R5.1
R5.2
R5.3
R5.4
R5.5
R6
R7
R8
R9
V2
M
igração de
insetos dos
hospedeiros ou
de diapausa
Período de
colonização
Período
de alerta
Período
crítico
Período de 
disperção
Pico
populacional
Períodos de ocorrência
de percevejos na soja
Nº de percevejos
8
Cultivar de 
ciclo precoce
Ciclo
 25 - 25 dias
Fase 
reprodutiva
120
Nº de dias
Cultivar de 
ciclo médio
30 - 50 dias 120 a 130
Cultivar de 
ciclo tardio
50 - 65 dias > 130
Vegetativo Reprodutivo
VC V1 V3 VN V9 R1 R2 R3 R4 R5.1 R5.2 R5.3 R5.4 R5.5 R6 R7 R8 R9V2
Variação dos 
períodos reprodutivos 
em relação aos ciclos
de cultivares de soja
9
O p e r c e v e j o c a s t a n h o p a s s a p e l a s 
f a s e s d e o v o , n i n f a e a d u l t o e t e m 
h á b i t o s s u b t e r r â n e o s . É e n c o n t r a d o 
n o s o l o a u m a p r o f u n d i d a d e d e 
2 0 a 4 0 c m , v a r i a n d o n o s p e r í o d o s 
c h u v o s o s e d e e s t i a g e n s . 
O s a d u l t o s s ã o d e c o r c a s t a n h a e 
m e d e m a p r o x i m a d a m e n t e 0 , 8 m m 
d e c o m p r i m e n t o . A s n i n f a s s ã o d e 
c o r b r a n c a e d e t a m a n h o v a r i á v e l , 
i n f e r i o r e s a 0 , 8 m m .
A r e p r o d u ç ã o é s e x u a d a e a d i s p e r s ã o 
d o s a d u l t o s o c o r r e a t r a v é s d e 
r e v o a d a s . O p e r c e v e j o c a s t a n h o p o d e 
s e r e n c o n t r a d o n a s r a í z e s d e d i f e r e n t e s 
e s p é c i e s d e p l a n t a s , t a n t o c u l t i v a d a s 
q u a n t o s i l v e s t r e s e i n v a s o r a s .
A p r e s e n ç a d a p r a g a p o d e s e r 
i d e n t i fi c a d a p e l a e x i s t ê n c i a d e u m 
o d o r c a r a c t e r í s t i c o q u e e l a e x a l a .
P e r c e v e j o c a s t a n h o
S c a p t o c o r i s c a s t a n e a ( P e t r y , 1 8 3 0 )
( H e m í p t e r a : C y d n i d a e )
1 0
Os danos nas plantas atacadas são 
o crescimento retardado com cor 
amarelo-avermelhada e as raízes 
com manchas escuras. Durante 
o período de estabelecimento 
da cultura, reduz o estande por 
consequência da morte das plantas 
atacadas, e durante todo o ciclo da 
cultura afeta a produção devido à 
sucção continuada da seiva. 
PC (Sc) Fig 01: Adultos de percevejo 
castanho no solo após revoada.
11
1 2
P C ( S c ) F i g 0 2 : A d u l t o e n i n f a s 
d e p e r c e v e j o c a s t a n h o n o s o l o .
P C ( S c ) F i g 0 3 : A d u l t o d e p e r c e v e j o 
c a s t a n h o n o s o l o .
13
PC (Sc) Fig 04: Ninfa de p. castanho no solo.
PC (Sc) Fig 05: Ninfa de p. castanho no solo.
1 4
O s a d u l t o s s ã o d e c o r v e r d e - e s c u r a 
c o m a f a c e v e n t r a l m a i s c l a r a .
A s a n t e n a s s ã o m a r r o n s c o m 
m a n c h a s v e r m e l h a s n o s ú l t i m o s 
s e g m e n t o s .
O s o v o s s ã o d e p o s i t a d o s e m 
m a s s a , e m f o r m a h e x a g o n a l e s ã o 
d e c o r i n i c i a l a m a r e l a , t o r n a n d o -
s e m a r r o n s o u r o s a d o s q u a n d o 
p r ó x i m o d a e c l o s ã o d a s n i n f a s . S ã o 
e n c o n t r a d o s n a p á g i n a i n f e r i o r d a s 
f o l h a s .
A s n i n f a s p o s s u e m h á b i t o g r e g á r i o 
d u r a n t e o 1 º e 2 º i n s t a r e s .
D u r a n t e o 1 º i n s t a r s ã o a l a r a n j a d a s .
D u r a n t e o 2 º i n s t a r , t o r n a m - s e 
p r e t a s e p o s t e r i o r m e n t e v e r d e s 
c o m m a n c h a s a m a r e l a s e v e r m e l h a s 
s o b r e o d o r s o .
D u r a n t e o 3 º i n s t a r , s ã o p r e t a s c o m 
m a n c h a s a m a r e l a s n o a b d o m e .
P e r c e v e j o v e r d e ( F e d e - f e d e )
N e z a r a v i r i d u l a ( L i n n a e u s , 1 7 5 8 )
( H e m í p t e r a : P e n t a t o m i d a e )
15
Durante o 4º instar, são verdes 
e pretas com manchas brancas, 
amarelas e vermelhas sobre o dorso.
Durante o 5º instar, são verdes 
com manchas brancas, amarelas e 
vermelhas sobre o dorso, podendo 
ser pretas na parte dorsal do abdome.
Ciclo biológico:
• Ovos: 12,7 dias
• Ninfa 1º instar: 7,0 dias
• Ninfa 2º instar: 8,9 dias
• Ninfa 3º instar: 7,9 dias
• Ninfa 4º instar: 8,9 dias
• Ninfa 5º instar: 12,8 dias
• Adultos (longevidade): 60 dias
1 6
P V ( N v ) F i g 0 1 : P o s t u r a d o p . v e r d e .
P V ( N v ) F i g 0 2 : N i n f a d o p e r c e v e j o v e r d e 
e m 4 º i n s t a r .
17
PV (Nv) Fig 03: Adulto do p. verde.
1 8
O s a d u l t o s s ã o d e c o r v e r d e c o m 
u m a l i s t r a d e c o r m a r r o m o u 
v e r m e l h a n a a l t u r a d o p r o n o t o . 
M e d e m a p r o x i m a d a m e n t e 1 0 m m 
d e c o m p r i m e n t o . P o d e m a p r e s e n t a r 
u m a c o l o r a ç ã o a m a r e l a d a n o fi n a l d a 
v i d a .
O s o v o s s ã o d e p o s i t a d o s e m m a s s a s , 
d i s p o s t o s e m c o l u n a d u p l a , v a r i a n d o 
d e 1 0 a 3 0 o v o s , t ê m f o r m a d e b a r r i l 
e s ã o d e c o r p r e t a . A s p o s t u r a s 
g e r a l m e n t e s ã o d e p o s i t a d a s n a s 
v a g e n s , m a s t a m b é m p o d e m s e r 
e n c o n t r a d a s e m f o l h a s , c a u l e e r a m o s .
A s n i n f a s r e c é m - e c l o d i d a s p o s s u e m 
a b d o m e a v e r m e l h a d o e c a b e ç a e 
t ó r a x p r e t o s ( n e s s e p e r í o d o , a s n i n f a s 
s ã o e n c o n t r a d a s e m g r u p o s p r ó x i m o sa o s o v o s ) ; p o s t e r i o r m e n t e , t o r n a m - s e 
d e c o r v e r d e c o m m a n c h a s v e r m e l h a s 
e p r e t a s n o d o r s o .
P e r c e v e j o v e r d e p e q u e n o
( V e r d i n h o )
P i e z o d o r u s g u i l d i n ü ( W e s t w o o d , 1 8 3 7 )
( H e m í p t e r a : P e n t a t o m i d a e )
19
Ciclo biológico:
• Ovos: 7 dias
• Ninfa 1º instar: 4 dias
• Ninfa 2º instar: 6 dias
• Ninfa 3º instar: 6 dias
• Ninfa 4º instar: 7 dias
• Ninfa 5º instar: 10 dias
• Adultos (longevidade): 35 dias
2 0
P V P ( P g ) F i g 0 1 : P o s t u r a d o p e r c e v e j o 
v e r d e p e q u e n o n a v a g e m .
P V P ( P g ) F i g 0 2 : N i n f a 1 º i n s t a r 
d o p . v e r d e p e q u e n o .
21
PVP (Pg) Fig 01: Ninfa 3º instar 
do p. verde pequeno.
PVP (Pg) Fig 02: Ninfa 5º instar 
do p. verde pequeno.
2 2
P V P ( P g ) F i g 0 1 : A d u l t o d o p . v e r d e p e q u e n o .
23
Os adultos medem cerca de 13 mm de 
comprimento, possuem expansões 
laterais do pronoto em forma de 
espinhos pontiagudos, são de cor 
marrom-escura com uma mancha 
branca em forma de meia-lua na 
extremidade do escutelo (acima da 
parte membranosa das asas).
Os ovos são colocados em pequenas 
massas na forma de coluna, são de 
cor amarela e em número de 6 a 15 
ovos. No início, os ovos são bege e 
de acordo com o desenvolvimento 
do embrião adquirem uma coloração 
rósea.
As ninfas inicialmente são de 
cor amarelada ou marrom-claro, 
tornando-se esverdeadas ou 
acinzentadas.
Percevejo marrom 
(Chifrudo, diabinho)
Euschistus heros (Fabricius, 1798)
(Hemíptera: Pentatomidae)
2 4
C i c l o b i o l ó g i c o :
• O v o s : 7 d i a s
• N i n f a 1 º i n s t a r : 3 d i a s
• N i n f a 2 º i n s t a r : 4 d i a s
• N i n f a 3 º i n s t a r : 4 d i a s
• N i n f a 4 º i n s t a r : 4 d i a s
• N i n f a 5 º i n s t a r : 7 d i a s
• A d u l t o s ( l o n g e v i d a d e ) : 7 8 d i a s
25
PM (Eh) Fig 01: Postura do percevejo marrom.
PM (Eh) Fig 02: Postura do percevejo marrom
2 6
P M ( E h ) F i g 0 3 : E c l o s ã o d o p e r c e v e j o 
m a r r o m n a f o l h a .
P M ( E h ) F i g 0 4 : N i n f a 4 º i n s t a r 
d o p e r c e v e j o m a r r o m .
27
PM (Eh) Fig 05: Adulto do p. marrom.
PM (Eh) Fig 06: Adultos do percevejo 
marrom (acasalando).
2 8
O s a d u l t o s m e d e m e n t r e 1 1 a 1 4 m m 
d e c o m p r i m e n t o . A s u a c o l o r a ç ã o 
é v e r d e , c o m e x c e ç ã o d a s a s a s , q u e 
s ã o e s c u r a s ( c o m h e m i é l i t r o p r e t o ) e 
d a s a n t e n a s e p e r n a s , q u e p o d e m s e r 
a m a r e l a d a s o u c a s t a n h a s .
O s o v o s s ã o d e p o s i t a d o s e m g r u p o , 
e m fi l e i r a s d u p l a s o u i s o l a d o s ; s ã o 
v e r d e - c l a r o s e e c l o d e m a l g u n s d i a s 
a p ó s a p o s t u r a .
A s n i n f a s s ã o a m a r e l a d a s c o m 
p a r t e s e s v e r d e a d a s e m a n c h a s 
a v e r m e l h a d a s , c i n z a s e p r e t a s s o b r e 
o a b d o m e . 
P e r c e v e j o a s a p r e t a 
( P e r c e v e j o d a S o j a )
E d e s s a m e d i t a b u n d a ( F a b r i c i u s , 1 7 9 4 )
( H e m í p t e r a : P e n t a t o m i d a e )
29
PAP (Em) Fig 01: Postura do percevejo
asa preta.
PAP (Em) Fig 02: Ninfa do percevejo
asa preta.
3 0
P A P ( E m ) F i g 0 3 : A d u l t o d o p . a s a p r e t a .
31
O percevejo barriga verde (Dichelops 
furcatus) é mais comumente 
encontrado no Sul do Brasil.
Com tamanho aproximado de 1 cm 
de comprimento, coloração marrom 
na região dorsal e abdome verde, 
possui nas laterais do protórax um 
par de espinhos que são da mesma 
coloração da cabeça e do pronoto.
Os ovos são depositados nas folhas 
e vagens, são verdes e encontrados 
em grupos no formato de pequenas 
placas.
As ninfas são de cor marrom ou 
castanho com o abdome também 
verde e cabeça pontiaguda bastante 
semelhantes aos adultos.
Percevejo barriga verde
Dichelops furcatus (Fabricius, 1775)
 (Hemíptera: Pentatomidae)
3 2
D i c h e l o p s m e l a c a n t h u s ( D a l l a s , 1 8 5 1 )
( H e m í p t e r a : P e n t a t o m i d a e )
O p e r c e v e j o b a r r i g a v e r d e ( D i c h e l o p s 
m e l a c a n t h u s ) é m a i s c o m u m e n t e 
e n c o n t r a d o n a s r e g i õ e s S u d e s t e e 
C e n t r o - O e s t e d o B r a s i l .
P o s s u i c e r c a d e 1 c m d e 
c o m p r i m e n t o , c o l o r a ç ã o m a r r o m 
n a r e g i ã o d o r s a l e a b d o m e v e r d e , 
p o s s u i n a s l a t e r a i s d o p r o t ó r a x 
u m p a r d e e s p i n h o s c o m a s p o n t a s 
m a i s e s c u r a s d o q u e s u a c a b e ç a e 
p r o n o t o .
O s o v o s s ã o d e p o s i t a d o s n a s f o l h a s 
e v a g e n s , s ã o v e r d e s e e n c o n t r a d o s 
e m g r u p o s n o f o r m a t o d e p e q u e n a s 
p l a c a s .
33
PBV (Df) Fig 01: Ninfa 
do p. barriga verde (Dichelops furcatus).
PBV (Df) Fig 02: Adulto 
do p. barriga verde (Dichelops furcatus).
P B V ( D m ) F i g 0 3 : A d u l t o 
d o p . b a r r i g a v e r d e ( D i c h e l o p s m e l a c a n t h u s ) .
3 4
Registros fotográficos
Percevejo castanho PC (Sc) Fig 01 a PC (Sc) Fig 05
Percevejo verde PV (Nv) Fig 01 a PM (Nv) Fig 03
Percevejo verde pequeno PVP (Pg) Fig 01 a PV (Pg) Fig 05
Percevejo marrom PM (Eh) Fig 01 a PM (Eh) Fig 06
Percevejo asa preta PAP (Em) Fig 01 a PAP (Em) Fig 03
Percevejo barriga verde PBV (Df) Fig 01 a PBV (Df) Fig 02
PBV (Dm) Fig 03
35
Bibliografia
Pragas da soja no Brasil e seu manejo 
integrado / Clara Beatriz Hoffmann-
Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 
2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa 
Soja, ISSN 1516-7860; n. 30).
CORRÊA-FERREIRA, B.S.; PANIZZI, A.R. 
Percevejos da soja e seu manejo.
Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1999. 45p. 
(EMBRAPA-CNPSo. Circular Técnica, 24).
1. Soja - Inseto praga - Manejo. I. Panizzi, 
A.R. II. EMBRAPA. Centro Nacional de 
Pesquisa de Soja (Londrina, PR). III. Título. 
IV. Série. CDD 595.754.
3 5 0 E C
I d e n t i fi c a r u m p e r c e v e j o é t ã o i m p o r t a n t e q u a n t o 
s a b e r a n t e c i p a r a s s o l u ç õ e s p a r a q u e s e u s d a n o s 
s e j a m r e v e r s í v e i s . A c e s s e p e r c e v e j o s . c o m . b r 
e u t i l i z e e s t a g r a n d e a r m a q u e a F M C p r e p a r o u 
p a r a v o c ê c o n t r a e s s e s i n s e t o s . 
P e r c e v e j o i d e n t i fi c a d o , p l a n t a ç ã o s o b c o n t r o l e .
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