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Anotações das aulas do curso de Procuradoria 2018.1

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DIREITO EMPRESARIAL
MARCELLO IACOMINI
TEORIA GERAL
Conceito de empresário
	Aquele que com profissionalismo exerça atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens ou serviços – art. 966 do CC.
Elementos que caracterizam o empresário
- Profissionalismo
	Atividade exercida reiteradamente e em nome próprio. 	
	OBS.: a prática de atos isolados, mesmo que natureza empresarial, não caracterizam o sujeito como empresário.
	OBS.: o sócio e o acionista não podem ser considerados tecnicamente empresários, pois estes não praticam atividade empresarial em nome próprio.
- Econômico
	Toda a atividade empresarial deve visar o lucro.
- Atividade
	Toda atividade empresarial deve visar à produção ou circulação de bens ou serviços.
	OBS.: a Teoria da Empresa substituiu Teoria dos Atos do Comércio. Segundo a Teoria da Empresa, toda atividade que visar à produção ou circulação de bens é a princípio empresarial. Esta teoria ampliou o campo de incidência do Direito Empresarial moderno considerando como empresarial atividades que outrora não eram consideradas empresariais, tais como prestador de serviços e a compra e venda de bens imóveis.
	OBS.: o jurista italiano chamado Alberto Asquini estudando o tema “Empresa” no direito italiano chegou a seguinte conclusão: o termo empresa pode ser entendido como sinônimo de sociedade empresária (perfil subjetivo da empresa), p. ex., Lei 8934/94, essa lei utiliza empresa no perfil subjetivo; o termo empresa também pode ser utilizado como sinônimo de conjunto de bens, p. ex., quando o CPC cuida da penhora da empresa; o termo empresa deve ser utilizado como sinônimo de atividade empresarial (ou produção ou circulação de bens ou serviços).
- Organização
	É considerada organizada toda atividade que tiver a presença de quatro elementos: mão-de-obra, capital, tecnologia e insumos (matéria-prima).
	OBS.: empresário no Brasil quem pratica atividade econômica organizada mesmo que não esteja inscrito na Junta (art. 966 do CC). O registro na Junta, portanto, tem natureza meramente declaratória, ou seja, só declara algo que já existe ou que existirá. O art. 967 do CC que obriga a inscrição na Junta Comercial antes do início da atividade, não considera a inscrição como um elemento caracterizador do empresário, apenas quer deixar expresso que se o empresário não se inscrever ele não terá direito aos privilégios legais, p. ex., art. 48 da Lei 11101/05 (só tem direito à Recuperação Judicial quem estiver previamente inscrito na junta há pelo menos dois anos).
Não são empresários (lato sensu)/atividades empresariais
- Atividades que não visam o lucro
	Associações, fundações, ONG etc.
- Cooperativas (art. 1053 do CC)
	Embora a Lei 8934/94 obrigue a cooperativa a registrar o seu ato constitutivo na Junta Comercial ela é considerada não empresarial.
- Sociedade Simples (art. 997 do CC)
- Art. 971 e 984 do CC – Atividade Rural
	Não é atividade empresarial, salvo quando os exercentes da atividade se registrarem na Junta. O registro para o empresário rural tem natureza constitutiva.
- Atividade intelectual (art. 966, parágrafo único, do CC)
	Não é atividade empresarial a atividade intelectual de natureza científica, artística ou literária, ainda que haja colaboradores, salvo se o exercício for um elemento da atividade empresarial.
	Atividade intelectual não é empresarial, no entanto, quando a atividade intelectual for prestada juntamente com outros serviços (estes de natureza empresariais) a atividade intelectual será tutelada pelo Direito Empresarial, ou seja, a atividade intelectual passa a ser empresarial, p. ex., Hospital.
	OSB.: o exercício da advocacia nunca será considerado empresarial.
Espécies de empresário
- Empresário (art. 972 do CC)
	Empresário é a pessoa física que exerce atividade empresarial em nome próprio, respondendo com todo o seu patrimônio pelas obrigações que vier a contrair.
	Para ser empresário o sujeito deve está de pleno gozo da capacidade civil e não pode haver impedimento legal.
	O incapaz nunca pode iniciar a atividade como empresário, mesmo que seja representado, a vedação visa proteger o patrimônio do incapaz impedindo que ele exerça a atividade empresarial.
	OBS.: alguns doutrinadores entendem que não existe mais a incapacidade absoluta em virtude da doença mental, sendo que hoje não existe mais esta incapacidade (EPCD). Entendendo assim, esta pessoa poderia exercer atividade como empresário.
	Os impedimentos legais decorrem da função/cargo (juiz de direito, promotor de justiça, funcionários públicos, procuradores com dedicação exclusiva ou tempo integral) ou sentença judicial (falidos).
	Aqueles que forem legalmente impedidos de exercer a atividade empresarial, caso a exerçam ficarão responsáveis pelas obrigações contraídas (art. 973 do CC).
	Art. 974 do CC – o legislador permitiu que o incapaz pudesse continuar o exercício da atividade por meio de um representante em duas situações: a) incapacidade superveniente; b) morte do empresário que deixa herdeiros e sucessores incapazes. Para que a continuidade seja possível devem está presentes três requisitos:
a) o representante deve solicitar ao juiz competente autorização;
b) art. 974, §1º, do CC: o juiz deverá avaliar os riscos da atividades para o incapaz levando em conta a situação patrimonial do incapaz, bem como a conveniência na continuidade;
c) art. 974, §2º, do CC: se o juiz autorizar ele deverá separar o patrimônio do incapaz; irá separar do risco da atividade todos os bens que não estiverem vinculados ao exercício da atividades.
- Sociedade empresária (art. 981 do CC)
a) Noções gerais
	Personalidade jurídica: a sociedade adquirirá personalidade jurídica quando o seu contrato social for levado a registro na Junta Comercial (art. 985 do CC). OBS.: o surgimento da sociedade é um fenômeno que ocorrerá antes do registro; pode se dizer que a sociedade surge ocorre o acordo de vontades entre os sócios. No momento em que o acordo de vontades é instrumentalizado por escrito já temos sociedade.
	Efeitos da personalidade jurídica:
a) processual: a sociedade passa a ser sujeito de direito, ou seja, pode está ativa ou passivamente em juízo e também pode participar de negócios jurídicos; no art. 75 do CPC o legislador elenca uma série de entes que não tem personalidade jurídica e não obstante isso possa está ativa ou passivamente em juízo. Logo, a Sociedade em Comum prevista no art. 986 do CC, mesmo não personificada pode acionar ou ser acionada;
b) material: a sociedade, com sua personificação, não se confundirá mais com a figura dos sócios. O patrimônio da sociedade não se confunde com o patrimônio individual dos sócios (princípio da separação patrimonial existente no direito societário).
b) Classificações das sociedades
	Quanto à responsabilidade dos sócios:
a) limitadas: os sócios respondem até o montante da sua contribuição para o capital social:
	1) LTDA (art. 1052 do CC);
	2) S/A (Lei 6404/76);
b) ilimitadas: os sócios respondem com seu patrimônio particular por dívidas contraídas pela sociedade:
	1) sociedade em comum (art. 986 do CC);
	2) sociedade em nome coletivo (art. 1039 do CC);
c) mistas: haverá sócios que terão responsabilidade limitada e outros terão responsabilidade ilimitada: 
	1) sociedade em comandita simples (art. 1045 do CC);
	2) sociedade em comandita por ações (art. 1090 do CC)
	A sociedade em conta de participação (art. 991 do CC) não entra na classificação acima.
	Quanto ao elemento preponderante para a constituição da sociedade:
a) de pessoas: o elemento preponderante para sua constituição é o aspecto subjetivo dos sócios (religião, profissão etc.), ou seja, os sócios só aderem ao contrato social, pois eles conhecem o elemento pessoal dos demais sócios. As sociedades disciplinadas no CC são de pessoas (sociedade comum, sociedade em conta de participação, nome coletivo, comandita simples, sociedade limitada). Nessas sociedades podemos apontar quatro características:1) não é livre alienação das cotas (art. 1057 do CC);
	2) em caso de morte as cotas são liquidadas (art. 1028 do CC – paga para os herdeiros, mas eles não ingressam);
	3) impenhorabilidade das cotas (art. 1026 do CC);
	4) é possível excluir um sócio quando houver quebra da affectio societatio;
b) de capital: o elemento essencial para a constituição da sociedade é a contribuição do sócio/acionista para o capital social. Temos a sociedade anônima e a comandita por ações. Apontando quatro características:
	1) é livre a alienação da participação societária;
	2) caso haja morte do acionista o herdeiro ingressa;
	3) penhorabilidade das ações;
	4) não há exclusão de acionista por quebra da affectio societatio.
	Duas sociedades podem ser de pessoa ou de capital: LTDA e S/A fechadas, ou seja, são híbridas.
c) Natureza jurídica do ato constitutivo
	As sociedades são constituídas, segundo Tulio Ascarelli, por meio de contratos denominados plurilaterais. O legislador adotou a teoria contratualista de acordo com o art. 981 do CC. Segundo Ascarelli, é um contrato plurilateral, pois neste negócio jurídico podem figurar mais de duas partes e mesmo que este contrato seja reduzido a apenas uma parte ele subsistirá por um certo prazo.
	OBS.: a sociedade anônima tem como ato constitutivo o estatuto social que tem natureza jurídica de ato institucional.
	Requisitos do contrato plurilateral:
a) gerais: art. 104 do CC:
	1) agente capaz: o incapaz pode ser sócio, mas desde que se trate de LTDA ou SA, no entanto, para o incapaz possa ser sócio da LTDA o capital social precisa está integralizado e o incapaz não pode ser o administrador;
	2) objeto lícito: os fins almejados pela sociedade não devem contrariar o ordenamento jurídico;
	3) forma prescrita ou não defesa em lei: o contrato societário é de forma livre, pode ser elaborado verbalmente. No entanto, se o contrato não for reduzido a escrito não haverá possibilidade de seu registro na junta comercial;
b) específicos:
	1) pluralidades de partes: nosso ordenamento jurídico não admite a chamada sociedade unipessoal originária. A única exceção é a sociedade subsidiária integral (art. 251 da Lei 6404/76), pois ela terá como único acionista outra sociedade, sendo que esta terá que ser de nacionalidade brasileira. A unipessoalidade derivada é aquela que adveio após a regular constituição da sociedade, p. ex., uma sociedade limitada com dois sócios e que um vem a falecer, sendo que o art. 1033 do CC determina que o sócio remanescente tem o prazo de 180 dias para reconstituir o número legal. O parágrafo único do art. 1033 do CC permite que o sócio remanescente possa transformar a sociedade em empresário ou em EIRELI mediante simples requerimento;
	2) obrigatoriedade da composição do capital social: o capital social é a primeira contribuição que os sócios fazem para que a sociedade possa iniciar as suas atividades, o capital social não se confunde com o patrimônio da sociedade. O capital social, segundo a doutrina, serve de garantia dos credores; portanto, o capital social é regido pelo princípio da intangibilidade, ou seja, não pode ser aumentado ou diminuído salvo nas hipóteses previstas em lei, estas hipóteses estão nos artigos 1081-1082 do CC; o capital social pode ser integralizado com bens, dinheiro ou títulos, não se admite a integralização com serviços. OBS.: capital social subscrito é aquilo que foi prometido pelos sócios para serem entregue à sociedade; capital social integralizado é o que foi efetivamente integre pelos sócios para a sociedade;
	3) affectio societatis: é o vínculo subjetivo que une os sócios entre si para a consecução do fim social (Ulpiano). A doutrina entende que só é possível excluir um sócio por quebra da affectio por meio de uma demanda judicial e quando se tratar de sociedades de pessoas; alguns autores entendem que o art. 1085 do CC seria a possibilidade de se excluir um sócio extrajudicialmente quando houvesse quebra da affectio societatis. Os tribunais estaduais entendem que para excluir um sócio, nas sociedades de pessoas, basta a alegação da quebra da affectio societatis, não havendo necessidade de se estabelecer uma justa causa para essa exclusão. Uma corrente minoritária (Priscila Correia da Fonseca), no entanto, entende que permitir a exclusão sem justa causa seria arbitrário. O STJ recentemente entendeu que a quebra da affectio societatis não seria motivo para excluir um sócio, mas seria um motivo para o sócio se retirar da sociedade;
	4) participação nos lucros: art. 1008 do CC – todos os sócios terão direito de participar dos lucros; trata-se de um direito essencial.
- EIRELI (art. 980-A do CC) 
SOCIEDADES EM ESPÉCIES
Sociedade em Comum (art. 986-990 do CC)
	É uma sociedade não personificada, não tem nome empresarial. 
	Possui um patrimônio especial do qual os sócios são co-titulares em comum.
	Não tem personalidade jurídica, mas pode figurar ativa e passivamente em juízo.
	Possui um contrato social que não foi levado a registro e, portanto, os sócios possuem responsabilidade solidária e ilimitada, embora eles tenham direito ao benefício de ordem, salvo aquele que contratou pela sociedade.
	OBS.: o benefício de ordem é a prerrogativa dos sócios de exigirem que os credores primeiro tenham que acionar a sociedade para somente depois eles poderem ser responsabilizados.
	OBS.: o administrador, aquele que assinou pela sociedade, não tem direito ao benefício de ordem. Ele, portanto, pode ser acionado antes mesmo da sociedade.
	OBS.: os sócios só podem provar a existência da sociedade em comum mediante apresentação do contrato social; se não tiver contrato social a sociedade será considerada de fato.
	OBS.: a sociedade em comum pode ter sua falência decretada e neste caso aplica-se o art. 81 da Lei 11101/05.
Sociedade em Conta de Participação (art. 991-996 do CC)
	É uma sociedade não personificada, não tem nome empresarial.
	Mesmo que o contrato social seja levado a registro, isto não conferirá personalidade jurídica para a sociedade (art. 993 do CC).
	Há duas categorias de sócios: 
a) ostensivo: obrigatoriamente precisa ser empresário ou uma sociedade empresária, pois é ele que pratica atividade empresarial em nome próprio, logo terá responsabilidade exclusiva e ilimitada;
b) participantes (ocultos): não precisa ser empresário ou sociedade empresária, porque ele não pratica atividade empresarial em nome próprio e, portanto, não tem nenhuma responsabilidade perante terceiros.
	OBS.: a sociedade em conta de participação não tem personalidade jurídica, pois, ela não irá exercer atividade empresarial em nome próprio. Logo, o contrato social não pode ser registrado na junta comercial, poderia se os sócios quiserem registrá-lo no Cartório de Títulos e Documentos.
	OBS.: o sócio participante não terá nenhuma obrigação perante terceiros por isso que a responsabilidade dos sócios não é mista.
	OBS.: caso o sócio ostensivo venha a falir, o eventual crédito do participante será considerado quirografário.
Sociedade em Nome Coletivo (art. 1039-1044 do CC)
	É uma sociedade personificada.
	Só pessoas físicas podem dela participar.
	A responsabilidade dos sócios é solidária e ilimitada, mas subsidiária.
Sociedade em Comandita Simples (art. 1045-1051 do CC)
	É uma sociedade personificada e a responsabilidade é mista. Sendo ilimitada do sócio comanditado e será limitada (ao valor das cotas) do sócio denominado comanditário (DICA: tudo que termina em “ário” é a parte mais fraca, ex. mutuário, locatário, estagiário).
	O comanditado é o administrador obrigatoriamente. O comanditário não pode participar da administração.
Sociedade Limitada (art. 1052-1087 do CC)
- Conceito e responsabilidade
É uma espécie de sociedade em que a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas cotas, mas todos terão responsabilidade solidária pela integralização do capital social (art. 1052 do CC). 
Se o capital social estiver subscrito e integralizado os sócios não respondem por dívidasda sociedade.
	Se o capital social não estiver integralizado os credores poderão acionar qualquer um dos sócios pelo montante faltante.
	OBS.: o art. 1055, §1º, do CC estabeleceu que se o capital social for subscrito com bens e estes bens não forem conferidos pela exata estimação que eles foram entregues (forem entregues por valores superiores a que realmente valem) todos os sócios responderão solidariamente pela exata estimação.
O incapaz pode participar de sociedade limitada desde que capital social esteja integralizado e que o incapaz não exerça a administração – art. 974, § 3º, do CC. 
Conforme o art. 1055, § 1º, do CC, o legislador atribuiu uma responsabilidade solidária aos sócios quando determinado bem for ofertado por um determinado sócio para constituir o capital social e este bem for ofertado por um valor maior do que ele realmente representa (estimado a mais / sobre valorado). Diante disto, não se pode admitir que o incapaz possa ingressar em uma Sociedade Limitada em que o capital social seja subscrito com bens. Ademais está solidariedade é pelo prazo de 05 anos contados da constituição da sociedade. 
- Exceções a regra da Responsabilidade Limitada 
Se a sociedade tiver passivo trabalhista os sócios respondem por este montante que não for pago pela sociedade (penhora bens do sócio e da sociedade, não tem critério, “penhora online”). 
Art. 50 do CC – quando os sócios utilizarem a personalidade jurídica da sociedade com abuso, desviando a sua finalidade ou quando houver confusão de patrimônios, os sócios que praticarem uma dessas condutas passaram a ter responsabilidade ilimitada. O ônus da prova caberá ao credor que por meio da Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica poderá imputar ao sócio responsável a responsabilidade pela obrigação. A responsabilidade ilimitada é apenas do sócio que praticou a conduta prevista no artigo 50 do CC. 
Art. 1080 do CC – quando os sócios deliberarem matéria que esteja vedada ou pela lei ou pelo contrato social, os sócios que expressamente aprovaram a matéria passarão a ter responsabilidade ilimitada. Exemplo: art. 1059, CC – a distribuição de lucros com prejuízo do capital social. OBS.: os sócios não respondem pelo passivo fiscal. A responsabilidade será do administrador desde que este tenha agido com abuso de poder ou infração a lei ou do contrato social – art. 135, inciso III, do Código Tributário Nacional. A jurisprudência é pacífica no sentido de que o simples não pagamento de tributo pela sociedade não enseja a responsabilidade do administrador (a fazenda tem que provar abuso ou confusão patrimonial). 
- Quando a Sociedade Limitada será considerada de pessoas ou de capital? 
A Sociedade Limitada será considerada de pessoas quando o contrato social for omisso quanto as regras subsidiárias que complementarão a Sociedade Limitada em suas omissões. 
Neste caso, utiliza-se a Sociedade Simples como regra subsidiária – art. 1053, CC, combinado com o art. 999 do CC. 
No entanto, a Sociedade Limitada será de capital quando o contrato social expressamente prever ou tiver previsão de que a Lei da S/A será utilizada supletivamente para suprir as lacunas da Sociedade Limitada.
	Sociedade Limitada:
a) de pessoas – art. 1053 do CC: sociedade simples (art. 999 do CC);
b) de capital – art. 1053, parágrafo único, do CC: SA (Lei 6404/96).
 
Sociedade Anônima – Lei 6.404/76 
- Conceito – art. 1º da Lei da S/A 
A Sociedade Anônima, também conhecida como Companhia, terá o seu capital social dividido em ações, o integrante é denominado de acionista e a responsabilidade deste é limitada as ações subscritas ou adquiridas. 
OBS.: não existe solidariedade entre os acionistas pela não integralização do capital social. 
OBS.: o incapaz pode participar da S/A. 
O art. 2º, § 1º, da Lei da S/A dispõe que independentemente do objeto a S/A é sempre empresarial. 
- Classificação da S/A 
A Sociedade Anônima poder ser classificada em aberta ou fechada. 
a) S/A Aberta 
A S/A aberta é aquela que objete autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários, Autarquia) e, portanto, está autorizada a negociar valores mobiliários tanto na Bolsa de Valores como no Mercado de Balcão. 
OBS.: o Mercado de Balcão é o mercado primário onde a Companhia vende as suas ações (IPO – Oferta Pública Inicial). Já a Bolsa de Valores é o mercado secundário onde acionistas negociam (vendem) suas ações. 
b) S/A Fechada 
A S/A fechada é aquela que não obtêm autorização da CVM e, portanto, não pode negociar os seus valores mobiliários com o público em geral. 
OBS.: a S/A fechada de acordo com o art. 36 da Lei da S/A (6.404/76) poderá limitar a circulação de suas ações com o intuito de impedir que estranhos ingressem nessa sociedade, quando isso ocorrer, a S/A fechada terá características de uma Sociedade de Pessoas, reconhecendo neste caso o STJ a possiblidade de excluir acionista por quebra da Affectio Societatis. 
- Constituição da S/A 
1º) ETAPA – Providências Preliminares – art. 80, incisos I, II e III da Lei da S/A. As providências Preliminares devem ser atendidas tanto pela S/A aberta quanto pela S/A fechada: 
a) todo o capital social deve ser subscrito por pelo menos duas pessoas, salvo a Sociedade chamada Subsidiária Integral prevista no art. 251 da Lei da S/A; 
b) 10% do capital social deve ser integralizado em dinheiro. OBS.: quando se tratar de banco (instituição financeira) 50% do capital social no mínimo deve ser integralizado em dinheiro;
 
c) os fundadores terão o prazo de 05 dias contados do recebimento destes valores para depositá-los no Banco do Brasil ou Instituições Financeiras reconhecidas pela CVM, sendo que, este depósito será feito em nome do subscritor e a favor da S/A. A Sociedade só terá acesso a este dinheiro depois que ela adquirir personalidade jurídica – art. 81 da Lei da S/A. 
- Subscrição
	Subscrição pública (subscrição sucessiva) se refere à SA aberta (art. 82-87). A subscrição particular se refere à SA fechada (art. 88).
a) Subscrição pública
	A subscrição pública cuida da constituição da SA aberta. Os fundadores da companhia deverão obter autorização da CVM e para tanto deverão atender a alguns requisitos previstos na Lei da SA. Os fundadores deverão encaminhar três documentos para análise da CVM:
a) estudo da viabilidade econômica e financeira do empreendimento, elaborado por técnicos – a CVM poderá rejeitar o estudo alegando temeridade do empreendimento ou inidoneidade do fundador (art. 82, §2º);
b) prospecto contendo informações relevantes aos investidores (art. 84), p. ex., capital social, espécies de ações;
c) projeto do estatuto social – OBS.: o estatuto social é o ato constitutivo da companhia. A natureza jurídica do estatuto encontra dois fundamentos na doutrina: 1) para a doutrina clássica, o estatuto social seria o contrato plurilateral descrito por Tulio Ascarelli; 2) a segunda corrente, a moderna, entenda que a natureza jurídica do estatuto social não é contratual, mas cuida-se de uma instituição (teoria da instituição), entendendo que a companhia é uma instituição, o acionista controlador não deve entender apenas aos interesses dos acionistas, mas a companhia deve visar interesses maiores, tais como dos empregados e principalmente os interesses da coletividade onde ela atua. O fundamento utilizado pela doutrina institucionalista está no art. 116, parágrafo único. Vide art. 235 e 238 que cuidam da SEM.
	Estando em ordem a documentação enviada para a CVM, os fundadores poderão iniciar a venda das ações para os interessados, ou seja, a subscrição pública (agora tem início o chamado IPO que traduzindo quer dizer Oferta Pública Inicial).
	Todas as ações devem ser subscritas, sob pena de inviabilizar a constituição da SA (art. 86).
	Uma vez subscrito todo capital inicial, os fundadores deverão convocar uma assembleia de constituição prevista no art. 87, nesta assembleia serão eleitos os administradores bem como avaliado os bens que subscreveram o capital social. OBS.: os valores pagospelos investidores serão entregues aos fundadores que terão o prazo de cinco dias para depositá-los no banco em nome do subscritor e a favor da sociedade (art. 81), a sociedade só terá a disponibilidade desse dinheiro quando ela adquirir personalidade jurídica, ou seja, quando for escrita na junta comercial.
	OBS.: art. 87, §2º - na assembleia de constituição, o legislador determina que todos os acionistas, independentemente da espécie de ação terão direito de voto. Na assembleia de constituição, a maioria não tem poderes para alterar o estatuto social.
	A corrente majoritária entende que nem mesmo a unanimidade dos acionistas teria poderes para alterar o estatuto social. No entanto, uma corrente minoritária (Trajano de Miranda Valverde e Modesto Carvalhosa) entende que sendo a assembleia o órgão soberano dentro da companhia a unanimidade dos acionistas poderia sim alterar o estatuto social.
	
b) Subscrição particular
	A subscrição particular se refere à constituição da SA fechada.
	A SA fechada não precisa enviar nenhum documento para a CVM e ela pode ser constituída ou por uma assembleia de constituição ou por escritura pública lavrada pelos subscritores.
	OBS.: a única situação em que a SA fechada pode vender ações na bolsa de valores é aquela prevista no art. 107, II, que cuida do acionista remisso.
- Providência complementares (art. 94-99)
	Os fundadores deverão encaminhar o estatuto social e demais documentos para registro na junta comercial e deverão também dá publicidade a constituição da S.A. (art. 98), neste momento a sociedade adquire personalidade jurídica e poderá levantar os valores depositados na instituição financeira.
- Valores mobiliários
	São títulos emitidos pela S.A. com a finalidade de capitar recursos no mercado.
a) Ação
	A ação representa parcela do capital social e também atribui o status de acionista ao seu detentor.
	O art. 15 elenca três espécies de ações: ordinária, preferencial e fruição ou gozo:
a) ordinária: 
ação comum que atribui ao seu detentor apenas os direitos essenciais (art. 109). 
1) participar dos lucros: na companhia a distribuição de dividendos é obrigatório, se no estatuto social não tiver regra no tocante à distribuição dos lucros a companhia deverá distribuir obrigatoriamente aos acionistas 50% do lucro líquido obtido naquele exercício (art. 202), contudo, o estatuto poderá prever que a distribuição do lucro seja em percentual menor não inferior a 25% do lucro líquido;
2) participar do acervo caso a companhia seja liquidada: caso a companhia seja dissolvida, os acionistas terão direito de receber os valores de suas ações;
3) fiscalização: a fiscalização pode ser exercida diretamente ou indiretamente – a direta é aquela efetuada pelo próprio acionista, p. ex., art. 105; a indireta é aquela realizada pelo Conselho Fiscal (art. 161), é indireta porque os acionista elegem os membros do Conselho Fiscal;
4) direito de preferência na subscrição de ações ou de valores mobiliários que se converterão em ações: esse direito de preferência só subsiste quando a companhia for a emissora – o acionista terá direito de preferência na compra ou na aquisição das ações levando-se em conta a mesma proporção que ele já detém na companhia;
5) direito de recesso (de retirada): é o direito do acionista obrigar a companhia a lhe pagar o valor patrimonial de suas ações em virtude de certas deliberações da qual o acionista dissidente discordou. O direito de retirada só ocorre nas situações previstas no art. 136-137. A deliberação que reduz os dividendos obrigatórios é causa de retirada do sócio dissidente (art. 136, III c/c 137).
	O direito de voto é essencial?: O direito de voto, também chamado direito político, não é considerado um direito essencial. Logo, pode haver ações que não atribuirão este direito ao seu detentor, como por exemplo a ação preferencial.
A ação ordinária sempre atribuirá o direito de voto. 
Acionista controlador: o legislador, no artigo 116, estabeleceu uma noção de quem é o acionista controlador. Na letra a, o conceituou como aquele que detém a maioria dos votos nas deliberações e, com isto, detém o poder de escolher a maioria dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria.
“Tag Along”: Cada ação ordinária possui um valor de negociação, sendo que este valor atribuído leva em conta a parcela do capital social que ela representa, além de fatores próprios do mercado. O acionista controlador é aquele que detém uma parcela considerável de ações ordinárias que lhe permite preponderância nas votações. 
Quando o acionista controlador for alienar esse conjunto de ações que, além de parcela do capital social, também atribuirão o direito de controlar a companhia, este conjunto de ações terão sobre-valor em relação à cada ação isoladamente considerada. 
O legislador impõe, como regra obrigatória, ao adquirente do poder de controle o dever de oferecer a todos os acionistas ordinaristas o valor de, no mínimo, 80% do que o adquirente está pagando por ação que integra o bloco de controle. Esta oferta é condição para que ele possa se tornar o acionista controlador.
Em suma, o “tag along” é o direito do acionista minoritário vender ou alienar suas ações e deixar a companhia quando o acionista controlador for alienar seu poder de controle. 
Esta regra dificulta a alienação do poder de controle quando a companhia detiver uma grande quantidade de ações ordinárias no mercado. 
No parágrafo 4º deste artigo, o legislador possibilitou ao adquirente oferecer um prêmio para o acionista que permanecer na companhia. Este prêmio consistirá na diferença entre o valor de negociação da ação e o valor da ação que integra o bloco de controle;
b) preferencial: 
É uma espécie de ação que atribui uma vantagem patrimonial ao seu detentor, que consistirá na prioridade do recebimento de dividendos, na prioridade do reembolso do capital, ou ambas as vantagens. 
O Estatuto Social poderá privar o preferencialista do direito de voto. O número de ações preferenciais sem direito de voto que a companhia pode emitir não pode ultrapassar 50% do capital social.
Art. 15, § 2º, da Lei 6.404/76 - O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinqüenta por cento) do total das ações emitidas. As ações preferenciais sem direito de voto terão este direito, excepcionalmente, em dois momentos: 
a) Assembléia de Constituição; 
b) Para eleição dos membros do Conselho Fiscal. 
No artigo 111, parágrafo 1º, o legislador determinou que se o acionista preferencialista sem direito de voto ficar privado por três exercícios consecutivos no recebimento de seus dividendos diferenciados, a partir do terceiro exercício ele adquire o direito de voto. O Estatuto poderá prever prazo menor.
Quando a vantagem pecuniária lhe for devolvida, perderá o direito de voto.
O acionista preferencialista tem o Direito de Voz, ou seja, possui o direito de pedir a palavra para o Presidente da mesa e se manifestar a respeito da matéria em discussão. 
“Golden Share”: Trata-se de uma ação preferencial que só pode ser detida pelos entes desestatizantes, ou seja, União, Estados ou Municípios, sendo que esta ação atribui ao ente o direito de vedar determinadas deliberações que são de interesse público. O Estatuto Social deve prever quais as matérias que podem ser vetadas por este ente. Exemplo: mudança do objeto social da VALE S/A. 
c) Ação de Fruição:
Esta espécie de ação é emitida pela companhia e oferecida para aqueles que detém ações ordinárias ou preferenciais, oferecendo o direito de amortização. 
A amortização é o direito do ordinarista ou do preferencialista que concordou com a troca, de receber imediatamente o valor que teria direito somente quando a companhia fosse liquidada. 
As ações em geral também poderão ser classificadas quanto à forma, ou seja, quanto ao modo de circulação: 
a) Ações Nominativas: são representadas por meio de uma cédula. A sua transmissão somente se opera por meiode registro lavrado nos livros obrigatórios mantidos pela companhia (Livro de Registro de Ações Nominativas);
b) Ações Escriturais: não são representadas por meio de certificado. Sua transmissão se opera mediante simples operação de débito em nome do alienante, e de crédito em nome do adquirente, efetuada pela instituição financeira.A Lei 8.021/90 (Plano Collor) revogou os artigos 32 e 33 da Lei 6.404/76, acabando com as ações ao portador e com as ações endossáveis.
FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Sujeitos 
No Brasil pode falir tanto (i) pessoa física (empresário), quanto (ii) pessoa jurídica. 
No art. 2º da Lei 11101/05, o legislador elencou certas sociedades empresárias que, por motivos diversos, não se sujeitam à falência e à recuperação judicial. 
Não se sujeitam à Falência: 
a) sociedade de economia mista e empresa pública (art. 173, §1º, III, da CF/88) – Bens que pertencem a todos; O art. 2º, I, da Lei de Falências não é inconstitucional desde que se saiba de qual sociedade de economia mista e empresa pública estamos falando. OBS.: art. 2º, I, da Lei 11101/05 – Segundo alguns autores, esse dispositivo seria inconstitucional, sob o argumento de que fere o princípio da igualdade previsto no art. 173, §1º, III, CF/88. Segundo esse dispositivo, o legislador não poderá estabelecer privilégios para a sociedade de economia mista ou para a empresa pública que exerce atividade empresarial. 
No entanto, parte da doutrina entende que o art. 2º, I são seria inconstitucional pois a sociedade de economia mista ou empresa pública que não se sujeita à falência ou à recuperação judicial seria aquela que não tem por objetivo o fornecimento de serviços essenciais à coletividade. Ex) Fornecimento de gás, água, luz etc. Quando a sociedade de economia mista ou empresa pública exercer atividade empresarial, ela estará sujeita à falência e à possibilidade de requerer a recuperação judicial.
b) Instituições Financeiras, públicas ou privadas; OBS.: bancos estão parcialmente afastados do processo falimentar pois se sujeitam a um procedimento denominado extrajudicial de instituição financeira – Lei n. 6024/74. 
c) Consórcio; 
d) Cooperativas de Crédito; 
e) Seguradoras; 
f) Sociedades operadoras de plano de saúde; 
g) Institutos da previdência privada. 
Pressupostos
- Insolvência (art. 94, I, II e III da Lei n. 11.101/05) 
A insolvência se caracteriza por três situações previstas na lei, quais sejam: 
a) Impontualidade (art. 94, I) – para a caracterização da impontualidade, o credor deve estar na posse do título vencido, protestado e ultrapassados os 40 salários mínimos. Para atingir o valor mínimo necessário, os credores podem se reunir em litisconsórcio ativo;
b) Execução Frustrada (art. 94, II) – O empresário é citado em uma ação de execução e não deposita o valor, bem como não nomeou bens à penhora;
c) Atos de Falência (art. 94, III, “a” a “g”) – São situações elencadas na lei, situações em que se presume a insolvência.
Na letra “a” há a chamada “liquidação precipitada”, que é aquela em que o empresário começa a desmantelar seu patrimônio, vendendo todo o seu ativo, com o intuito de frustrar o pagamento dos seus credores. 
Pode-se pedir a falência com o título não vencido na hipótese em que o pedido tiver como fundamento atos de falência. 
- Sentença que decreta a Falência (art. 99)
A Sentença que decreta a falência tem natureza constitutiva: é ela que transforma o empresário em falido. 
A Fazenda Pública tem legitimidade ativa para requerer a falência (art. 97). 
Segundo o entendimento da doutrina majoritária, a Fazenda Pública não estaria legitimada ao requerimento falimentar, pois lhe faltaria o interesse de agir. 
Uma segunda corrente (Fábio Konder Comparato) entende que Fazenda Pública é legitimada, como qualquer outro credor, a requerer a falência. 
O interesse de agir da Fazenda Pública pode ser demonstrado através de alguns atos declarados ineficazes por meio de sentença familiar (art. 99, II, c/c art. 129, I) e não gere efeito para a massa falida. No art. 195 da Lei, também pode ser utilizado o interesse de agir da Fazenda quando se tratar de Falência de Concessionárias. 
No art. 83, encontramos o rol de credores concursas – 8 classes. Na segunda classe temos os credores com garantia real, por exemplo, os bancos. Na terceira classe, temos a Fazenda Pública, o que nos leva a concluir que os Bancos recebem antes da Fazenda Pública. 
Por fim, no art. 47 temos o procedimento de recuperação Judicial.

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