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relatório análise fármacos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CURSO DE FARMÁCIA - SEMESTRE 18.1
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS - CCS
ANÁLISE DE FÁRMACOS E MEDICAMENTOS – CIF5311 – TURMA 04102D
PROFESSORA: LILIAN SIBELLE CAMPOS BERNARDES
ALUNOS: JAINARA ALBUQUERQUE DE MENEZES, MARCEL AFONSO PROVENZI
 Relatório: Análise Farmacêutica de uma Amostra Desconhecida
Florianópolis, 21 de junho de 2018
INTRODUÇÃO
Foi realizada em laboratório uma atividade prática avaliativa de análise de uma amostra farmacológica desconhecida distribuída, na qual utilizou-se métodos químicos e físicos a fim de descobrir sua identidade química e outros dados químicos e físicos referentes a sua ação farmacológica. Este relatório relata a obtenção dos dados descobertos através de tais métodos de identificação até a identificação final da amostra.
OBJETIVOS
Obter identidade final da amostra farmacológica desconhecida e analisar suas propriedades químicas.
Realizar e compreender as técnicas de busca de identidade ensinadas e repassadas durante todo o semestre em sala de aula e realizadas no laboratório.
MATERIAIS E MÉTODOS
Primeiramente foi realizado em sala de aula a criação de um fluxograma para esquematizar os processos analíticos a serem utilizados na identificação da amostra: 
 
Amostra desconhecida
Características Organolépticas
Solubilidade em água
pH e ponto de fusão
Solubilidade ácido e base
Ensaio da chama (cátions)
(se +)
Testes de confirmação
Pesquisa de ânions
Testes de identificação de grupos funcionais
Analisar espectro infravermelho
Cromatografia em camada fina
Identidade da amostra
 Após a esquematização, nos dirigimos ao laboratório e recebemos a amostra identificada como Amostra 18, na qual iniciamos os testes de identificação.
3.1 Características Organolépticas
 Observamos aspectos da amostra como cor, odor, brilho e textura para, a partir dessas características, utilizar na identificação do fármaco com base na literatura consultada.
3.2 Solubilidade em Água
 Para a avaliação da solubilidade, foi pesado em uma balança analítica 0,1g da amostra da substância desconhecida em um papel filtro, e transferida para um béquer de 100 mL. A partir do quadro de classificação quanto à solubilidade em água, encontrado na farmacopéia brasileira, começou-se a dissolução da amostra para determinar sua solubilidade.
Tabela 1 - Classificação quanto à solubilidade encontrada na Farmacopéia Brasileira 5ed (Ajustada para 0,1g de amostra)
	Termo descritivo
	Solvente (Água destilada)
	Muito solúvel
	< ou igual a 0,1 mL
	Facilmente solúvel
	0,1 mL a 1 mL
	Solúvel
	1 mL a 3 mL 
	Ligeiramente solúvel
	3 mL a 10 mL
	Pouco solúvel
	10 mL a 100 mL
	Muito pouco solúvel
	100 mL a 1000 mL
	Insolúvel
	> ou igual a 1000 mL
3.3 Solubilidade em Ácido e Base
 Em 2 tubos de ensaio, coletou-se uma alíquota da solução saturada da amostra preparada durante o teste de solubilidade e despejou-se porções aproximadamente equivalentes em cada tubo de ensaio com o auxílio de uma pipeta pasteur. Em seguida, gotejou-se algumas gotas de HCl no primeiro tubo, e NaOH no segundo tubo. Observamos se houve precipitação ou dissolução da substância com o intuito de avaliar sua solubilidade em ácido e base e identificar grupos ácidos ou básicos em sua estrutura. 
3.4 pH
 O pH foi meço a partir de tiras de papel de tornassol, na qual foram introduzidas na solução saturada da amostra, realizada anteriormente para avaliação da solubilidade.
3.5 Ponto de Fusão
 O ponto de fusão foi meço em um aparelho digital de ponto de fusão. Uma pequena quantidade da amostra foi depositada sobre uma lamínula e posta no centro do aparelho, no qual eleva a temperatura gradativamente em ºC/min. Foi observada então através do aparelho a faixa de fusão da substância (início da fusão até o término da fusão).
3.6 Ensaio da Chama (identificação de cátions: , ,,)
 Para a realização do ensaio, depositou-se uma alíquota seca da amostra desconhecida em um vidro relógio e algumas gotas de SR. Com o auxílio de uma alça, coletou-se essa solução na qual foi exposta à chama, produzida por um bico de bunsen, e feita a leitura de acordo com a cor característica produzida:
: Chama de coloração violeta;
: Chama de coração amarelada;
: Chama de coloração vermelha intensa;
: Chama de coloração vermelha alaranjada.
Ao expormos a amostra ao calor, os elétrons excitados saltam para um nível de energia superior, e ao retornar para o estado basal libera energia, sendo possível o acompanhamento através da luz visível (cor).
3.7 Reações para Detecção de Ânions (, , ,,)
 3.7.1 Reação com Ácido Sulfúrico R (, , ): Em um tubo de ensaio grande foi adicionado uma alíquota a seco da amostra e algumas gotas de ácido sulfúrico R. Colocou-se então, na boca do tubo de ensaio, uma tira de papel filtro umedecido em amônia. O tubo então foi aquecido em banho maria e observou se houve o desprendimento de vapores de coloração característica para cada ânion:
Reação positiva para : Os brometos reagem com ácido sulfúrico concentrado originando vapores de bromo e ácido bromídrico, de coloração marrom-avermelhada. 
Reação positiva para : Os cloretos originam vapores de cloro e ácido clorídrico, que após o contato com amônia R (da tira de papel de filtro) adquirem coloração esbranquiçada. 
Reação positiva para : Os iodetos originam vapores de iodo (violeta) e de ácido iodídico (incolor). 
 
 3.7.2 Reação com nitrato de prata (, , ): Em um tubo de ensaio adicionou-se uma alíquota da amostra, uma gota de ácido nítrico R e algumas gotas de nitrato de prata SR, e observou se ocorreu formação de alguma coloração característica: 
 Reação positiva para : Os brometos reagem com nitrato de prata SR em meio nítrico, originando brometo de prata , um precipitado caseoso branco-amarelado.
Reação positiva para : Os cloretos originam cloreto de prata, de coloração branco-caseoso, insolúvel em ácido nítrico, mas solúvel em pequeno excesso de hidróxido de amônio.
Reação positiva para : Os iodetos reagem com nitrato de prata originando iodeto de prata (precipitado amarelo-caseoso).
 3.7.3 Reação com Hipoclorito de Sódio: Em um tubo de ensaio, adiciona-se a uma solução da amostra algumas gotas de hipoclorito de sódio e algumas gotas de clorofórmio. Agita-se então o tubo e observa-se a coloração: 
Reação positiva para : Os brometos reagem originando bromo, que confere coloração alaranjada ao clorofórmio.
Reação positiva para : Os iodetos desprendem iodo, originando coloração violeta na fase clorofórmio.
3.8 Reações de Detecção de íons para carbonatos, bicarbonatos, sulfatos, fosfatos
 3.8.1 Reação com ácidos minerais diluídos: Adicionar a uma solução da amostra algumas gotas de ácido mineral diluído (HCl SR) e observar o desprendimento de borbulhas de gás carbônico.
Reação positiva para carbonatos e bicarbonatos: Origina-se dióxido de carbono
Reação positiva para sulfatos e fosfatos: Não origina-se dióxido de carbono
 3.8.2 Reação com sulfato de magnésio: Adicionar a uma solução da amostra algumas gotas de sulfato de magnésio (SR), observar a formação de precipitado. Aquecer e observar a solubilidade.
Reação positiva para bicarbonatos: Origina-se bicarbonato de magnésio, solúvel, e após o aquecimento, há formação de carbonato de magnésio, insolúvel.
Reação positiva para carbonatos: Os carbonatos reagem com sulfato de magnésio formando carbonato de magnésio, insolúvel.
 3.8.3 Reação com cloreto de bário (SR): Adicionar a uma solução da amostra algumas gotas de cloreto de bário (SR), observar a formação de precipitado. Dividir o precipitado em dois tubos e testar a solubilidade em ácido mineral diluído (HCl SR) e ácido acético SR.
Reação positiva para carbonatos e fosfatos: Os carbonatos e os fosfatos reagem comcloreto de bário, originando carbonato e fosfato de bário, insolúvel em água fria (precipitado branco floculoso) e solúvel em ácidos minerais diluídos e em ácido acético SR.
 
Reação positiva para bicarbonatos: Os bicarbonatos reagem com cloreto de bário, originando bicarbonato de bário, insolúvel em água fria (precipitado branco fino).
Reação positiva para sulfatos: Os sulfatos reagem com cloreto de bário originando sulfato de bário insolúvel em ácidos minerais e ácido acético.
 3.8.4 Reação com cloreto de cálcio (SR): Adicionar a uma solução da amostra algumas gotas de cloreto de cálcio (SR) e observar a formação de precipitado. Aquecer e observar. 
Reação positiva para bicarbonatos: Os bicarbonatos reagem com cloreto de cálcio, a frio, originando bicarbonato de cálcio, solúvel em água. Com o aquecimento, há liberação de dióxido de carbono e formação de carbonato de cálcio, insolúvel. 
Reação positiva para carbonatos: Os carbonatos reagem com cloreto de cálcio formando carbonato de cálcio, insolúvel. Em presença de dióxido de carbono e água, o carbonato de cálcio origina bicarbonato de cálcio, levando à solubilização do precipitado.
 3.8.5 Reação com nitrato de prata (SR): Adicionar a uma solução da amostra algumas gotas de nitrato de prata (SR), observar a formação de precipitado. Aquecer e observar. Dividir o precipitado em dois tubos de ensaio (A e B). No tubo A, testar a solubilidade do precipitado 16 em algumas gotas de ácido nítrico (SR); no tubo B, testar a solubilidade em hidróxido de amônio (SR).
Reação positiva para carbonatos: Os carbonatos reagem com nitrato de prata, a frio, originando carbonato de prata, insolúvel (precipitado branco). Após o aquecimento, há formação de óxido de prata (precipitado marrom) e dióxido de carbono.
 Reação positiva para fosfatos: Os fosfatos reagem com nitrato de prata originando fosfato de prata, insolúvel em água (precipitado amarelo), solúvel em ácido nítrico e em hidróxido de amônio diluídos. 
Reação positiva para sulfatos: Os sulfatos não formam precipitado.
3.9 Identificação de Grupos Funcionais
 
 3.9.1 Compostos Aromáticos: Em tubo de ensaio, colocar uma alíquota do fármaco a seco e adicionar, lentamente pelas paredes 1,0 mL de ácido nítrico (R) e 1,0 mL de ácido sulfúrico (R). Observar a coloração. 
 Reação positiva: amarelo a vermelho intenso ou marrom.
 3.9.2 Compostos Fenólicos: Colocar uma alíquota do fármaco a seco em tubo de ensaio, adicionando 2,0 mL de água destilada, 1,0 mL de etanol e algumas gotas de cloreto férrico (SR). Observar a coloração. Verter o resíduo em frasco coletor apropriado. 
 Reação positiva: cor azul a violeta.
 3.9.3 Ácidos Carboxílicos: 
 a) Observar, no caso de amostras pouco solúveis em água, há alteração da solubilidade ao se alcalinizar o meio.
 b.) Reação de liberação de CO2: Em tubo de ensaio, colocar uma alíquota do fármaco a seco, adicionando 2,0 mL de solução de NaHCO3 5%. Agitar suavemente o tubo de ensaio e observar a solubilização da amostra e a liberação de dióxido de carbono.
 3.9.4 Aminas primárias/secundárias aromáticas/alifáticas:
 A) Reação de Diazotação e acoplamento: Usar 2 tubos de ensaio em BANHO DE GELO:
Tubo 1: dissolver a alíquota da amostra em 1,0 mL de água, adicionar
aproximadamente 5 gotas de HCl 20% e 1,0 mL de nitrito de sódio 10% (NaNO2, SR).
Tubo 2: adicionar 2 mL da solução de β-naftol.
Em banho de gelo, verter o tubo 2 sobre o tubo 1. A formação de um produto de
coloração vermelha ou alaranjada intensa indica que a amostra apresenta uma amina
aromática primária. Filtrar se necessário. Verter o precipitado no frasco de resíduos salinos.
 B) Reação de Simon: Adicionar a uma alíquota da amostra 1,0 mL de H2O, 1,0 mL de acetaldeído 5%, 1 a 2 gotas de nitroprusseto de sódio 10% e 4 a 5 gotas de bicarbonato de sódio 10%. Agitar. Em presença de aminas secundárias como a piperazina, a solução adquire coloração azul passando a verde e após laranja. 
 C) Teste da Lignina: Dissolva a amostra em etanol (solução saturada) e coloque uma gota da solução sobre papel jornal. Adicionar uma gota de HCl 20% (6 N): a formação de uma mancha 28 de cor amarelada ou alaranjada indica que a amostra é uma amina aromática primária ou secundária. Comparar a intensidade da cor observada com aquela verificada quando se pinga uma gota do ácido diretamente sobre o papel (sem amostra).
4.0 Infravermelho
O espectro do infravermelho foi diretamente fornecido e não obtido devido a necessidade de um profissional com experiência em seu manuseio e/ou indisponibilidade para uso devido o parecer das reações. Os dados interpretados do espectro pode ser consultado abaixo em Resultados e Discussão.
4.1 Cromatografia em Camada Delgada
Para a execução do cromatograma, após a suspeita de identificação do fármaco, consultou-se na literatura o sistema de fase móvel adequado para utilização no procedimento, juntamente com o solvente para diluição da amostra. Utilizamos uma placa de sílica e metal, com demarcações de 1 cm na sua parte superior e inferior, e , com ajuda de um capilar, aplicou-se um pouco da amostra diluída na marcação inferior da placa, juntamente com outra aplicação na lateral da substância padrão. Em seguida, a placa foi levada para um cuba contendo a fase móvel pesquisada, na qual permaneceu ali até a subida da fase móvel à demarcação superior. Logo após, aguardamos a secagem e revelamos a placa pelo método físico com luz ultravioleta e pelo método químico através de vapores de iodo. Mediu-se as distâncias e calculou-se então o índice de retenção (Rf).
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Para chegarmos então na identidade da substância, realizamos então os testes descritos em Materiais e Métodos, de forma sistemática, a fim de filtrar e selecionar possíveis compostos com base nas suas propriedades físicas e químicas. Recebemos a amostra número 18, e a partir dela iniciamos a análise:
Características Organolépticas: Ao observarmos a amostra, obtivemos características físicas do mesmo na forma de um pó fino, de coloração branca, sem odor característico. 
Solubilidade: De acordo com a tabela de classificação de solubilidade encontrada na Farmacopéia Brasileira, 5ª edição, a amostra foi classificada como muito pouco solúvel até possivelmente insolúvel, pois não houve solubilidade da amostra em 100 mL de água destilada, segundo a adaptação para 0,1g da amostra (Tabela 1, em Materiais e Métodos).
Solubilidade em Ácido e Base: A amostra apresentou uma maior solubilidade em meio ácido em comparação ao meio alcalino, no qual houve formação de grandes precipitados, nos indicando a presença de alguma característica básica da amostra.
Determinação do pH: O pH foi meço na solução preparada anteriormente na solubilização (0,1g da amostra em 100 mL de água destilada) com o papel indicador de pH, nos fornecendo um valor de pH entre 5,0 e 6,0.
Determinação do Ponto de Fusão: A partir da observação da fusão da amostra no aparelho de ponto de fusão, a faixa de fusão da amostra teve seu início em 152,3ºC e seu término em 161,0ºC.
Ensaio para Cátions: A partir do ensaio da chama, concluímos que a amostra não apresentou a presença de cátions (, ,,) pois não houve alteração visível da cor da chama no bico de bunsen.
Pesquisa de Ânions: A primeira vista nenhuma das reações foram confirmatórias para algum ânion, porém os íons cloreto, iodeto e brometo não foram descartados como negativos na análise através dos outros métodos executados devido ao resultado inconclusivo.
 Caracterização de Grupos Funcionais:
Presença de anel aromático: A partir da reação de nitração, a solução apresentou coloração característica amarelada, indicando que a amostra possui algum composto aromático em sua estrutura.
Compostos fenólicos: Teste negativo. Na reação de complexação com o cloretoférrico há presença de um coloração violeta intensa pela formação do complexo, o que não foi observado na coloração da reação produzida em laboratório.
 
Ácido Carboxílico: Teste negativo. A solubilidade em meio básico da amostra foi quase nula, e não houve produção de bolhas de gás carbônico na reação com o bicarbonato de sódio.
Aminas primárias e secundárias (aromáticas e alifáticas): Testes negativos. Nenhum dos testes apresentou coloração característica (reação de diazotação, reação de simon e teste da lignina).
Espectro do Infravermelho: Após a realização dos testes anteriores, recebemos o espectro do infravermelho da amostra 18, onde pesquisamos e analisamos as bandas características para melhor identificação da estrutura:
 ●Presença de uma banda intensa na região de 1631,78 , característica de carbonila (C=O)
 ●Presença de bandas na região 1600-1475, característica de ligações C=C de anel aromático;
 ●Presença de bandas na região de 3150-3000, característica de ligações H-C de anel aromático;
 ● Presença de padrão harmônico na região 2000-1800;
 ●Presença de bandas na região de 1000-1350 , característica de ligações C-O de éteres e ésteres e ligações C-N de aminas;
 ●Presença de bandas entre 1400-100,785-540e <667, característica de halogênios;
 ●Não há presença de bandas largas características de ligações O-H na região de 3400-3200;
 ●Não há presença de bandas largas características de ligações N-H na região de 3500-3100.
 Após a análise prévia do espectro da amostra, foi apresentado 20 estruturas químicas de fármacos, nos quais continham a estrutura referente a amostra analisada. A partir dos testes feitos anteriormente e do espectro da amostra, começou-se então a análises das estruturas apresentadas para encontrarmos a identidade da substância contida na amostra 18.
 A seleção foi feita primeiramente a partir dos grupos funcionais encontrados nos testes de identificação de grupos funcionais e na presença de cátions ou ânions. A primeira etapa de seleção foi feita pela presença de anel aromático sem a presença de um cátion em sua estrutura química. Após selecionarmos algumas estruturas, a segunda etapa de seleção foi feita pela exclusão de estruturas que continham ligações O-H e N-H, seguida da comparação do ponto de fusão e solubilidade na literatura. Para a terceira e última etapa de seleção, para os fármacos que tiveram sua estrutura, ponto de fusão e solubilidade condizentes, analisou-se na literatura (Clarke´s, 2011 e Farmacopeia Brasileira, 5ª ed) o espectro do infravermelho e comparou-se então com o analisado da amostra 18 para então chegarmos ao resultado final. 
 Após todas as etapas de seleção e revisão dos resultados encontrados nos testes realizados no laboratório juntamente com os dados da literatura, chegou-se então à estrutura referente ao Cloridrato de Amiodarona. Para confirmar sua estrutura, realizamos a cromatografia em camada delgada (CCD) com intuito de fortalecer nossa hipótese.
 Cromatografia em Camada Fina:
A base de dados utilizada para a escolha do sistema para a fase móvel foi o Clarke´s, 2011. A partir dos índices de retenção (Rf) fornecidos na literatura, escolheu-se o sistema com a fase móvel disponível para uso juntamente com um Rf em torno de 0,5 ~ 0,6. O solvente utilizado para a solubilização da amostra foi consultado na Farmacopéia Brasileira, 5ª ed, sendo escolhido cloreto de metileno. O sistema escolhido para a fase móvel foi o TAE, no qual possui um Rf de 0,54, utilizando como fase móvel apenas o metanol.
Ao executarmos a cromatografia para o cálculo do Rf, vimos que a substância percorreu uma distância menor em relação a fase móvel, ficando mais aderida a fase estacionária (Sílica), pelo fato da fase estacionária ser ácida e a amostra ter caráter básico.
Foi medido então a distância percorrida pela fase móvel e a distância percorrida da amostra e padrão, e calculado o Rf:
Padrão: = 0,50
Amostra: = 0,48
A comparação entre amostra e padrão resultou em um Rf dentro do padrão permitido de erro, confirmando a identidade final da amostra como cloridrato de amiodarona.
 CLORIDRATO DE AMIODARONA
 
Fórmula molecular: C25H19I2NO3. HCl
Peso molecular: 681.8 g/mol
Nome Químico (IUPAC): Cloridrato de (2-butil-3-benzofuranil)-[4-[2-(dietilamino) etoxi]-3,5-diiodofenil]-metanona. 
Características Organolépticas: Pó fino, cristalino, branco ou quase branco.
Solubilidade: Praticamente insolúvel em água, muito solúvel em cloreto de metileno, solúvel em metanol, ligeiramente solúvel em etanol, muito pouco solúvel em n-hexano.
Faixa de fusão: 159 ºC a 163 ºC, com decomposição. 
Estrutura: 
 Encontra-se na forma de sal orgânico com presença do íon cloreto, sendo detectado nos testes para íons (reação com ácido sulfúrico e nitrato de prata). Possui também grupos funcionais como o Éter, tendo sua ligação C-O detectável no infravermelho para sua identificação, assim como o iodo tendo bandas na região dos halogênios no espectro e a amina terciária com sua ligação C-N, que também é detectada no espectro ultravioleta e confere basicidade à solução.
 Os anéis aromáticos encontrados na estrutura também podem ser identificados pela reação de nitração e pelo espectro do infravermelho.
Espectro ultravioleta:
Espectro do infravermelho:
 
Ensaio de Pureza:
Dentre vários testes descritos na literatura para verificação de pureza do cloridrato de amiodarona, um teste descrito é a cromatografia em camada delgada (CCD). utiliza-se sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de ácido fórmico, metanol e cloreto de metileno (5:10:85), como fase móvel. Aplica-se, separadamente, à placa, 5 μL de cada uma das soluções, recentemente preparadas e mantidas ao abrigo de luz direta, descritas a seguir:
Solução (1): dissolver 1 g da amostra em cloreto de metileno e completar para 10 mL com o mesmo solvente, obtendo solução a 100 mg/mL. 
Solução (2): diluir 0,5 mL da Solução (1) para 10 mL com cloreto de metileno, obtendo solução a 5 mg/mL. 
Solução (3): dissolver 25 mg de cloridrato de amiodarona SQR em cloreto de metileno e completar para 5 mL com o mesmo solvente, obtendo solução a 5 mg/mL. 
Solução (4): diluir 1 mL da Solução (2) para 10 mL com cloreto de metileno, obtendo solução a 0,5 mg/mL. 
Solução (5): diluir 5 mL da Solução (4) para 10 mL com cloreto de metileno, obtendo solução a 0,25 mg/mL.
Solução (6): dissolver 10 mg de cloridrato de (2-cloroetil) dietilamina em 50 mL de cloreto de metileno, obtendo solução a 0,2 mg/mL.
 Desenvolve-se então o cromatograma, remove-se a placa e deixe-a secar ao ar. Após, examina-se sob luz ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais intensa que aquela obtida com a Solução (4) (0,5%), e no máximo uma mancha é mais intensa que aquela obtida no cromatograma com a Solução (5) (0,25%). Nebuliza-se a placa com iodobismutato de potássio SR, e em seguida, com peróxido de hidrogênio a 3% (p/v) SR e examina-se imediatamente. Qualquer mancha correspondente ao cloridrato de (2-cloroetil)dietilamina obtida no cromatograma com a Solução (1) não é mais intensa que aquela obtida com a Solução (6) (0,2%).
6. CONCLUSÃO
Refletimos que na análise da amostra, todas as técnicas de identificação estudadas durante o semestre foram extremamente necessárias para chegar ao resultado final da estrutura da amostra desconhecida. Cada técnica implementada ajudou a eliminar dúvidas resultadas de outra técnica, formando um eixo de complementação essencial durante a investigação de uma amostra desconhecida.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Farmacopeia
Brasileira, volume 1. 5ª Ed. Brasilia,2010b.
ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. FarmacopeiaBrasileira, volume 2. 5ª Ed. Brasilia,2010b.
MOFFAT, A. C.; OSSELTON, M. D.; WIDDOP, B.; WATTS, J. Clarke’s Analysis
of Drugs and Poisons: in pharmaceuticals, body fluids and postmortem material.
London: Pharmaceutical Press. ed. 4, p. 1065, 2011.
Pavia, D.L., Lampman, G.M., Kriz, G.S., Vyvyan, J.R., Introdução à Espectroscopia, Cengage Learning, 2010.

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