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CATE – CENTRO EDUCACIONAL TREINAMENTO ESPECIALIZADO MARCUS VINICIUS MANTOVANI SANTA CRUZ MARIANA DO COUTO PORTELA RAFAEL MARTINS AGUIRRE FABRICA DE CERVEJA RMV BIER S/A MARACAJU/MS 2012 CATE – CENTRO EDUCACIONAL TREINAMENTO ESPECIALIZADO MARCUS VINICIUS MANTOVANI SANTA CRUZ MARIANA DO COUTO PORTELA RAFAEL MARTINS AGUIRRE FABRICA DE CERVEJA RMV BIER S/A Trabalho apresentado ao Centro Educacional Treinamento Especializado como TCC, na Conclusão do Curso de Técnico em Química, sobre orientação dos professores: Marcelo, Carina Lutz, Vivian, Jéssica Prevital. MARACAJU/MS 2012 RESUMO Este trabalho tem intuito de mostrar os Processos de Fabricação da Cerveja. Como ela é produzida, desde a moagem do Malte até o seu Engarrafamento. Como são o funcionamento de uma empresa, os seus setores administrativos e industriais. As legislações para seu funcionamento, e os POP’s que garantem a qualidade de produto. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------- 5 2. EMPRESA ------------------------------------------------------------------------------------- 6 a. MISSÃO ---------------------------------------------------------------------------------- 7 b. VISÃO ------------------------------------------------------------------------------------ 7 c. VALORES -------------------------------------------------------------------------------- 7 3. RECURSOS HUMANOS -------------------------------------------------------------------- 8 3.1 Principais Departamentos Administrativos ----------------------------------------------- 9 3.2 Recrutamento e Seleção -------------------------------------------------------------------- 10 3.3 Assistência Social --------------------------------------------------------------------------- 11 3.4 Departamento Financeiro ------------------------------------------------------------------ 12 3.5 Segurança do Trabalho --------------------------------------------------------------------- 13 3.6 Medicina do Trabalho ---------------------------------------------------------------------- 14 3.7 Meio Ambiente ------------------------------------------------------------------------------ 15 3.8 Tecnologia e Informação ------------------------------------------------------------------- 16 3.9 Recepção/Telefonista ----------------------------------------------------------------------- 17 4. CARGOS E SALARIOS --------------------------------------------------------------------- 18 4.1 Despesas Terceirizadas --------------------------------------------------------------------- 19 5. BENEFICIOS AOS FUNCIONARIOS ---------------------------------------------------- 20 6. MATERIAS PRIMAS ------------------------------------------------------------------------ 21 7. PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CERVEJA ------------------------------------------- 24 7.1 Filtragem -------------------------------------------------------------------------------------- 26 7.2 Lavagem dos Resíduos do Malte ---------------------------------------------------------- 26 7.3 FERVURA ----------------------------------------------------------------------------------- 26 8. SEPARANDO OS SÓLIDOS --------------------------------------------------------------- 29 8.1 Como a Cevada Produzem Álcool e Dióxido de Carbono ----------------------------- 31 8.2 Engarrafamento e Preenchimento de Barris --------------------------------------------- 31 9. PRINCIPAIS POP’S ------------------------------------------------------------------------- 35 a. POP.1: ------------------------------------------------------------------------------------ 36 b. POP.2: ------------------------------------------------------------------------------------ 36 c. POP.3: ------------------------------------------------------------------------------------ 36 d. POP.4: ------------------------------------------------------------------------------------ 37 9.1 Como Devemos Higienizar as Mãos ------------------------------------------------- 37 10. DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS --------------------------------------------------- 39 10.1 Principais Sólidos --------------------------------------------------------------------- 39 11. ESTATISTICA ------------------------------------------------------------------------- 40 11.1 Valores Nutritivos --------------------------------------------------------------------- 42 12. CONCLUSÃO -------------------------------------------------------------------------- 46 13. ANEXOS 13.1 FIGURAS ------------------------------------------------------------------------------ 47 13.2 GRÁFICOS ---------------------------------------------------------------------------- 47 13.3 TABELAS ----------------------------------------------------------------------------- 47 13.4 LEGISLAÇÃO ------------------------------------------------------------------------ 48 13.5 RENDIMENTO ----------------------------------------------------------------------- 58 13.6 LAUDO FISICO-QUÍMICO DE ÁGUA ------------------------------------------ 59 1. INTRODUÇÃO A cerveja é uma bebida de ampla difusão e intenso consumo, sendo conhecida desde remota antigüidade em diversos países do mundo, principalmente nos Estados Unidos, Alemanha e a China. Tem como principal mercado consumidor a Europa, sendo que a Alemanha e a Dinamarca possuem o maior consumo per capto em litros por ano. O consumo da cerveja caiu após o ano 1650 com o aumento de impostos, o qual elevou excessivamente os preços e diminuiu a qualidade, na tentativa de reduzir os custos, além do advento de novas bebidas, como o próprio vinho, o chá e o gim. A cerveja chegou ao Brasil em 1808, trazida por Dom João VI. Até o século XIX ela era importada e foi privilégio dos nobres. Hoje o Brasil é o quarto produtor mundial, com um consumo per capto anual de 50 litros. Baseado na importância da cerveja, tanto econômica quanto nutricional, o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão bibliográfica com o intuito de conhecer os fatores que determinam a fabricação de cerveja e elaborar uma proposta para fabricação deste produto. A fabricação de cerveja passou de ser uma atividade artesanal e converteu-se em um ramo economicamente muito importante dentro da microbiologia industrial. Depois da legislação sobre pureza, que entrou em vigor em 1516 (Baviera - Alemanha), a cerveja só pode ser fabricado a partir de malte, cereais, lúpulo, água pura e leveduras. INDÚSTRIA CERVEJERA RMV BIEER S/A 2. EMPRESA Nome: RMV Bier S/A Situada na BR 264 / Km 15 - Zona rural s/nº Município: Maracaju/MS CEP: 71.170-000 CNPJ: 07.915.234/0001-05 Telefone: (67) 3666-1920 a. Missão A RMV Bier S/A está no mercado para oferecer excelência na fabricação de bebidas, buscando sempre aperfeiçoar a qualidade de seus produtos para satisfazer seus consumidores. Também buscamos a rentabilidade e satisfação de nossos distribuidores, parceiros e colaboradores. Ocasionando, dessa maneira, empenho e re- investimento de toda a cadeia. b. Visão A Cervejaria RMV Bier S/A possui uma meta de expansão nacional e conta com o trabalho de sua equipe de colaboradores diretos e indiretos para que a marca possa atingir os quatro cantos do país. c. Valores A CervejariaRMV Bier S/A além de primar pela excelência de seus produtos e serviços, valoriza a ética, a integridade e diversidade de seus funcionários, prezando o trabalho em grupo em busca de aumentar sempre a sua produtividade, ocasionando a lucratividade. 3. RECURSOS HUMANOS (RH) É responsável por melhorar o resultado da empresa, através do recurso “pessoas”. Ou seja, fazer com que os acionistas e a sociedade tenham suas necessidades atendidas, através do conhecimento, do trabalho e da atitude das pessoas de uma empresa. Nosso RH é responsável por uma série de atividades e processos, que, se forem resumir em uma frase, todos eles procuram fazer com que as pessoas alcancem as metas e objetivos propostos através de um tipo de comportamento, atitudes ou cultura. Sendo assim, na maioria das empresas, o RH cuida dos processos que selecionam as pessoas, treinam as pessoas, desenvolvem as pessoas e remuneram as pessoas. O RH também é responsável, junto com a direção da empresa, por definir em uma empresa sua cultura, sua identidade, seus valores que irão permear todas as ações de todas as pessoas em todos os processos. Para exercer toda essa gama de atividades, o RH se divide em áreas ou departamentos para que os profissionais possam se especializar em um dos tipos de conhecimento e oferecer para as pessoas e a empresa o que há de melhor. 3.1 Principais Departamentos Administrativos - Recrutamento e Seleção - Assistência Social - Departamento Financeiro - Segurança do Trabalho - Medicina do Trabalho - Meio Ambiente - Tecnologia da Informação - Recepção/Telefonia 3.2 Recrutamento e Seleção A área de Seleção é uma das áreas mais estratégicas da empresa, e de recursos humanos. É responsável por definir uma metodologia eficiente para escolher a pessoa certa para a empresa. O impacto dessa atividade no negócio da empresa é altíssimo, já que uma decisão errada ou acertada pode mudar os rumos e a vida das pessoas. Na RMV Bier S/A, essa função é classificada como estratégica, tendo um peso maior do que as funções ligadas ao treinamento e desenvolvimento de pessoas. Apesar de ter todo esse peso estratégico, a área de seleção é, também, uma das áreas mais operacionais dentro de RH. Existem atividades como ligar para candidatos, agendar sala, preparar material para dinâmicas de grupo, responder e enviar e-mails, fazer anúncio da vaga, filtrar currículos, etc. Em contrapartida, é impagável a constatação de colocar a pessoa certa e ver o quanto isso gera de benefício para a empresa e para um grande número de pessoas. Dentro das atividades estratégicas, a área de seleção deve conhecer como ninguém, o negócio da empresa, deve ter no sangue a cultura e os valores da empresa, deve conhecer as pessoas e a dinâmica das equipes, o estilo de liderança de cada gestor. Além disso, deve dominar as metodologias de seleção de pessoas (a que a empresa usa e todas as outras), deve ter bons conhecimentos de psicologia e sociologia (adquiridos através de estudo formal ou não). 3.3 Assistência Social Na empresa RMV Bier S/A, o assistente social exerce o seu trabalho elaborando ou implementando projetos, realizando atendimentos aos funcionários, desenvolvendo treinamentos organizacionais e programas com ações preventivas e educativas, sempre pensando no bem-estar do indivíduo. Na área organizacional, o assistente social também atende a comunidade caso a organização esteja envolvida em algum trabalho com este. 3.4 Departamento Financeiro O departamento financeiro da cervejaria RMV Bier S/A, fica responsável por todo o patrimônio da empresa, elaborando administrando e acompanhando toda movimentação e fluxos de caixa, orçamentos de investimentos e de despesas correntes com funcionários e com investimentos na própria empresa, analisa projetos e ainda mantém contato com órgãos públicos e outros departamentos envolvidos diretamente com a empresa para informá-los sobre questões relativas à mesma. 3.5 Segurança do Trabalho As principais funções do Técnico em Segurança do Trabalho na RMV Bier S/A: - Inspecionar locais, instalações e equipamentos da empresa, observando as condições de trabalho, para determinar fatores e riscos de acidentes; - Estabelecer normas e dispositivos de segurança, sugerindo eventuais modificações nos equipamentos e instalações; - Elaborar relatórios para propor reparação ou renovação das medidas de segurança; - Investigar acidentes ocorridos para identificar suas causas e propor as providências cabíveis; - Orientar os funcionários da empresa sobre normas de segurança e demais medidas de prevenção de acidentes. 3.6 Medicina do Trabalho O médico do trabalho é responsável por avalizar um ambiente de trabalho salubre aos funcionários e, principalmente, detectar os pontos críticos. Ou seja, aquelas funções passíveis de resultar em doença ou acidente ocupacional. Assim, podemos nos antecipar com ações preventivas. O empregador é obrigado a abonar as faltas que por determinação legal, não podem ocasionar perda da remuneração, desde que formalmente comprovadas por atestado medico. A legislação determina alguns requisitos para que os atestados médicos tenham validade perante a empresa. No entanto, não são raros os casos de empregados que se utilizam atestados médicos para se ausentarem do trabalho, mesmo sem apresentar nenhuma patologia que justifique essa ausência. A legislação não prevê a questão do abono de faltas no caso do empregado que se ausenta do trabalho para acompanhar seu dependente em uma consulta médica ou internamento, independente de idade ou condição de saúde. 3.7 Meio Ambiente O engenheiro que atua nessa área desenvolve e aplica tecnologias para proteger o ambiente dos danos causados pelas atividades humanas. Sua principal função é preservar a qualidade da água, do ar e do solo. Para isso planeja, coordena e administra redes de distribuição de água e estações de tratamento de esgoto e supervisiona a coleta e o descarte do lixo. Também avalia o impacto de grandes obras sobre o meio ambiente, para prevenir a poluição de mananciais, rios e represas. Esse profissional é responsável pela prevenção contra a poluição causada por indústrias. Em agências de meio ambiente e em pólos industriais, controla, previne e trata a poluição atmosférica. 3.8 Tecnologia da Informática São atividades de um profissional de informática: • Garantir o funcionamento dos sistemas de informática, como instrumento de apoio á execução das atividades da empresa; • Gerenciar a manutenção e segurança das informações, dos servidores e dos equipamentos da rede; • Realizar a atualização do home Page de softwares, e assessorar no processo de aquisição dos equipamentos de informática; • Estudar sempre as melhorias pratica de TI, de fato – o bom gerente deve aprender tudo relativo à sua rotina de trabalho; • Desenvolver softwares que sejam identificados como necessários para a empresa, após aprovação da Diretoria Executiva; • Subsidiar a aquisição, locação, contratação, instalações e a manutençãodos recursos de informática; 3.9 Recepção/Telefonia Recepcionar / controlar visitantes. Encaminhar visitantes para os funcionários da empresa. Responder perguntas gerais sobre a empresa ou direcionar as perguntas para outros funcionários qualificados a responder. Enviar e receber correspondências ou produtos. Processar a correspondência recebida (pacotes, telegramas, faxes e mensagens), organizá-los e distribuir para o destinatário. Executar arquivamento de documentos. Organizar viagens. Marcar reuniões. Controlar as chaves. Registrar informações. Utilizar o computador e impressoras da recepção. Utilizar pagers, inter-comunicadores, rádios e sistema de alto-falantes. Utilizar a máquina copiadora. Utilizar o fax. Manter atualizado os livros de registros de correspondência e registro de fax. Telefonista - Efetuar telefonemas, atender telefone e transferir chamadas telefônicas. 4. CARGOS E SALARIOS 02 Diretores: Financeiro e Industrial ------------------------------------------- R$ 16.045,00 01 Gerente: Geral ----------------------------------------------------------------- R$ 15.096,00 01 Eng. Químico ------------------------------------------------------------------ R$ 9.245,00 01 Recrutamento ------------------------------------------------------------------ R$ 2.789,00 01 Assistente Social -------------------------------------------------------------- R$ 2.911,09 01 Analista Financeiro ----------------------------------------------------------- R$ 1.987,00 01 Eng. Segurança do Trab. ----------------------------------------------------- R$ 3.554,32 03 Tec.Seg. Trabalho ------------------------------------------------------------- R$ 1.745,36 01 Medico do Trab. --------------------------------------------------------------- R$ 6.246,12 01 Enfermeira ---------------------------------------------------------------------- R$ 3.248,00 03 Tec. Enfermagem -------------------------------------------------------------- R$ 1.889,32 01 Eng. Ambiental ---------------------------------------------------------------- R$ 4.249,12 02 Analistas de Suporte ----------------------------------------------------------- R$ 2.448,56 01 Recepcionista/Telefonista --------------------------------------------------- R$ 1.105,00 02 Analistas de Folha de Pag. --------------------------------------------------- R$ 1.576,00 01 Assistente ADM -------------------------------------------------------------- R$ 979,00 03 Sup. De Processo ------------------------------------------------------------- R$ 5.232,00 27 Tec. Química ------------------------------------------------------------------ R$ 1.978,00 39 Operadores -------------------------------------------------------------------- R$ 1.255,00 01 Comprador -------------------------------------------------------------------- R$ 2.023,00 03 Almoxarifes ------------------------------------------------------------------- R$ 1.100,00 03 faturistas ----------------------------------------------------------------------- R$ 1.105,00 01 Eng. da Automação --------------------------------------------------------- R$ 7.474,00 4.1 Despesas Terceirizadas Limpeza: RH Morena ---------------------------------------------------------- R$ 20.500,00 Refeição: Sapore --------------------------------------------------------------- R$ 35.000,00 Transporte: Cruzeiro do Sul -------------------------------------------------- R$ 45.500,00 Consultoria Contabil: MS Contabil ------------------------------------------ R$ 2.445,00 Vigilância: Fortesul ------------------------------------------------------------ R$ 15.000,00 Logística: Ponto-Friu ---------------------------------------------------------- R$ 45.000,00 5. BENEFICIOS AOS FUNCIONÁRIOS Assistência Médica Assistência Odontológica Assistência Farmacêutica Vales Transporte Vales Refeições 6. MATERIAS PRIMAS Malte/Cevada - O termo técnico malte define a matéria-prima resultante da germinação, sob condições controladas, de qualquer cereal. Quando não há indicação, subentende-se que é feito de cevada; em qualquer outro caso, acrescenta-se o nome do cereal. Assim, tem-se malte de milho, de trigo, de centeio, de aveia e de outros cereais. É uma das matérias-primas fundamentais, o qual se sujeita o cereal a um processo de germinação sob condições controladas. Esta operação (denominada maltagem) permite, numa fase posterior do processo de produção de cerveja, o desdobramento dos hidratos de carbono e das substâncias azotadas pelas enzimas formadas no processo de germinação. Variando as condições de maltagem (temperatura e umidade) obtêm-se diferentes tipos de malte que conferem diferentes cores e características aromáticas à cerveja. A princípio, qualquer cereal pode ser maltado. A escolha, entretanto, leva em consideração, entre outros fatores, o poder diastásico e o valor econômico de cada cereal. Entre os de maior poder diastásico encontram-se, pela ordem: cevada, centeio, trigo, aveia, milho e arroz. O valor econômico é definido pelo tipo de uso; há cereais utilizados em alimentação humana e animal. O cereal adequado para maltagem, do ponto de vista econômico, é aquele utilizado em alimentação animal. No Brasil elege-se o milho, na Europa a cevada. Nos Estados Unidos ambos são utilizados. Uma vez feita à escolha do cereal, devem ser levadas em conta as seguintes características, que constituem métodos de avaliação do potencial de maltagem. Lúpulo - É uma planta aromática que confere à cerveja aroma e amargos característicos. Contribui para a formação de uma boa espuma e protege a cerveja contra contaminações microbiológicas. Hoje, a sua utilização industrial é feita através de extratos desta planta, obtidos de forma a preservar as suas capacidades. Conforme a quantidade de resina e de óleos essenciais, as variedades de lúpulo são classificadas em variedades de amargo e variedades de aroma. A planta do lúpulo, Hummulus lupulus, é dióica, isto é, possui flores masculinas e femininas em plantas diferentes. As flores femininas são agrupadas em cachos e contêm material resinoso denominado lupulina. Esses cachos são usados em cervejaria e as flores não devem ser fertilizadas para conservar o máximo de seu poder aromático, razão pela qual a planta feminina é propagada por estacas. O lúpulo de melhor qualidade vem da Alemanha Ocidental (região da Bavária, Tchecoslováquia, Estados Unidos e Inglaterra). O lúpulo pode ser comercializado na forma de pó, pellets e em extrato. As duas últimas são mais adequadas por proporcionar maior densidade e, portanto menos volume a ser transportado. Levedura - As leveduras mais utilizadas em cervejaria são duas espécies do gênero Saccharomyces, S. Cerevisiae e S.uvarum (S.carlsbergensis). A cerveja americana e a alemã Pilsener do tipo Lager são produzidas pela fermentação profunda (baixa), por cepas de S. Uvarum. São consideradas como de alta atividade fermentativa e de menor capacidade respiratória que a S. Cerevisae. As cervejas inglesas Porter ou Stout do tipo Ale são em geral produzidas por fermentação superficial (alta), realizadas por cepas de S. Cerevisiae. Outras leveduras, como as dos gêneros Schizosaccacharomyces, Hansenula, Pischia, Torulopsis, Candida, Brettanomyces assim como algumas outras espécies Saccharomyces estão relacionadas com a deterioração da cerveja e são normalmente denominadas leveduras “selvagens”,no sentido de ser diferentes das cultivadas. Elas proporcionam sabor e aroma anormais, razão por que são consideradas como infecções perigosas e representam sério risco a qualidade da cerveja. Exames microbianos de rotina devem ser feitos para esses contaminantes, assim como para bactérias, a fim de que seja mantida a qualidade da cultura do fermento utilizado. Leveduras são utilizadas na indústria cervejeira graças à sua capacidade de transformar açúcar em álcool. Especificamente, a levedura utilizada em cervejaria é a espécie Saccharomyces Cerevisiae e cada cervejaria possui sua própria cepa (o leigo pode entender cepa como raça). Embora todas as cepas façam basicamente o mesmo trabalho de transformar açúcar em álcool e gás carbônico, o sabor do produto obtido difere de uma cepa para outra, em função de pequenas diferenças de metabolismo e conseqüente formação de substâncias capazes de conferir aroma e sabor ao produto, mesmo estando presentes em quantidades muito pequenas. O fermento é, portanto elemento essencial para a produção de cerveja. Água - É um fator importante a ser considerado e praticamente define o local de instalação da cervejaria. Por muito tempo sua composição foi muito valorizada. Atualmente, se for imprópria é possível lançar mão de correções por meio de produtos químicos, sendo uma condição imprescindível a de que seja potável. Por essa razão, o mais importante é, sem dúvida, a quantidade, pois a indústria cervejeira consome grandes volumes de água. Em geral, para cada 100 litros de cerveja há um consumo de 1000 litros de água (incluindo água de fabricação e industrial). Outro quesito a ser considerado é o pH. Se for alcalina, poderá dissolver grandes quantidades de matérias indesejáveis das cascas e do malte. A reação ácida é necessária para obter a máxima atividade de enzimas amilolíticas e proteolíticas. O carbonato de cálcio, na presença de fosfato diácido de potássio, reduz a acidez da água formando fosfatos monoácidos de cálcio e potássio, e gás carbônico. O pH se eleva, diminui a atividade enzimática, as amilases atuam menos e sobram mais dextrinas. Há menos proteólise e maior extração de cor e substâncias amargas. A dureza temporária da água é dada por bicarbonatos e a fervura provoca a precipitação dos mesmos. A dureza permanente é dada por sulfatos e cloretos de cálcio e magnésio. As águas levemente duras, que contêm de 450 a 500 mg/ml de sulfato de cálcio, são as mais indicadas para fabricação de cerveja tipo Lager, como a Pilsen, e para as tipo Ale mais leves como a Burton. A partir do sulfato de cálcio e fosfato monoácido de potássio, podem-se formar fosfato diácido de potássio e sulfato de potássio, e precipitar fosfato de cálcio diminuindo o pH. A acidez torna-se maior, o que favorece a ação enzimática, com maior rendimento em maltose, maior teor alcoólico e menor extração de cor. A água com teores elevados de carbonatos, de 200 a 300 mg/ml, leva a obtenção de cervejas de cor mais escura e sabor mais forte, que são característica das cervejas tipo Munique, porque o pH mais alto favorece a extração das substâncias corantes (ácidas), taninos e resinas amargas do malte e do lúpulo. De maneira geral, pode-se caracterizar a água ideal para fabricação de cerveja por pH entre 6,5 e 7,0; menos de 100 mg/litro de carbonato de cálcio ou magnésio; traços de magnésio, de preferência na forma de sulfatos; de 250 a 500 mg/litro de sulfato de cálcio; de 200 a 300 mg/litro de cloreto de sódio; e menos de 1 mg/litro de ferro. 7. PROCESSO DE FABRICAÇÃO DA CERVEJA A mistura é o processo que transforma os amidos da cevada maltada em açúcares fermentáveis. Na cervejaria, eles começam espremendo a cevada maltada entre cilindros para quebrar a semente. Há uma troca no processo dos cilindros: quanto mais a semente é quebrada, mais açúcares podem ser extraídos dos grãos; mas se elas estiverem muito quebradas, a casca da semente pode esfarelar o que pode prender a mistura. Se a semente for quebrada somente o necessário, quando a mistura acabar, todas as cascas formam um filtro que captura quaisquer sólidos que estejam no líquido; mas se as cascas estiverem muito quebradas, elas entopem e não deixam o líquido passar: uma mistura presa. Fig. 1 Moedor de Malte A seguir, os grãos espremidos passam por um cano de alimentação para o cuba - filtro da mistura. Este vasilhame separado tem um dispositivo chamado de hidratante, que espirra água quente nos grãos conforme eles chegam o que elimina quaisquer elementos secos na mistura. Elementos secos significam açúcares desperdiçados. Os grãos úmidos ficam no cuba - filtro da mistura por uma hora. Uma vez que o vasilhame é separado, a temperatura permanece em aproximadamente 65°C. Fig.2 Cuba-filtro da mistura O objetivo da mistura é transformar os amidos da cevada maltada em açúcares fermentáveis, que possam ser usados na próxima etapa do processo de fabricação da cerveja. Amidos são séries de muitas moléculas de glicose encadeadas: estes encadeamentos precisam ser quebrados em cadeias de apenas duas ou três moléculas de glicose antes de poderem ser fermentadas. Pois a cevada maltada contém enzimas que podem quebrar o amido. Existem dois tipos diferentes de enzimas na cevada maltada: alfa-amilase e beta- amilase. As enzimas alfa quebram os longos encadeamentos dos amidos dividindo-os na metade. As enzimas betas quebram os amidos cortando-os em pares, a partir do final da cadeia. A conversão só acontece se estas duas enzimas trabalharem juntas durante um tempo razoável. Mas há um problema: as enzimas alfa são mais ativas de 65° a 67°C e as beta são mais ativas de 52° a 62°C, portanto, a temperatura e duração da mistura precisa ser cuidadosamente controlada para se obter uma boa transformação. As últimas etapas necessárias para completar a mistura são a filtragem e a lavagem dos resíduos do malte. O líquido é tirado do fundo da cuba - filtro da mistura e recolocado na parte de cima, para ser filtrado pelas cascas dos grãos. É colocada então mais água quente nos grãos (processo chamado de lavagem dos resíduos do malte), para garantir que todos estes açúcares sejam removidos. A mistura é um processo incrível. Antes de seu início, os grãos não são doces, mas o líquido que é retirado deles no final da mistura é bem doce e pegajoso. Este líquido, que agora contém a maioria dos açúcares fermentáveis, vai para a fervura. 7.1 Filtragem Após ter todo o amido transformado, a "pasta" formada (macerado), é levada ao filtro onde cascas e bagaço é separado do líquido açucarado chamado mosto, que já tem cor de cerveja. 7.2 Lavagens dos Resíduos do Malte Esta etapa separa o grão do mosto, a fim de evitar partes sólidas na fervura. A boa moagem facilita este processo, evitando entupimentos. A lavagem do malte consiste em circular a água na mesma temperatura do final da brassagem, extraindo assim o máximo de açúcares possíveis do malte. 7.3 Fervura A próxima etapa do processo de fabricação da cerveja é chamada de fervura. Quando a fervura terminar, teremos um mosto finalizado. Para começar, o líquido da mistura é colocado em uma enorme caldeira de cerveja. A usada na RVM Bier S.A agüenta mais de 4.270 litros. Ela é uma caldeira de cerveja de vapor tampada. Esta caldeira tem paredes duplas com um espaço entre elas, pelo qual o vapor circula. Isto produz muito mais calor, uma vez que o fundo e as laterais estão sendo aquecidas. A temperatura é elevada até que o líquido se transforme numa robusta fervura, sendo mantida assim por 90 minutos. Fig. 3 Um mosto fervendo No começo da fervura são colocados os lúpulos, que agora são chamados de lúpulos de fervura, e cuja tarefa é amargara cerveja. Os ácidos que produzem o amargor na cerveja não são fáceis de ser extraído dos lúpulos, motivo pelo qual precisam ser fervidos durante até 90 minutos. Os óleos que produzem o sabor e aroma do lúpulo são muito voláteis e evaporam rapidamente, portanto os lúpulos de fervura só contribuem para o amargor da cerveja (o sabor e o aroma são adicionados depois). Fig. 4 Caldeira de cerveja Dependendo do tipo da cerveja que está sendo fabricada, mais lúpulos podem ser adicionados perto do final da fervura: são os chamados lúpulos finalizadores. Geralmente, os lúpulos que são adicionados aproximadamente 15 minutos antes do final contribuem para o sabor da cerveja. Os que são adicionados apenas alguns minutos antes do final contribuem para o aroma da cerveja. Os óleos dos lúpulos que dão à cerveja um cheiro diferente são os mais voláteis, portanto só precisam ficar no mosto quente por alguns minutos, como as folhas de chá, para extrair os óleos. Algumas das cervejas fabricadas na RVM Bier S.A recebem seus lúpulos finalizadores em três tempos diferentes. Para que cada lote de cerveja tenha o mesmo gosto, exatamente a mesma quantidade do mesmo tipo de lúpulos precisa ser adicionada ao mesmo tempo durante cada fervura. 8. SEPARANDO OS SÓLIDOS Antes de o mosto ir para a próxima etapa, todos os sólidos precisam ser separados do líquido, o que é feito de forma muito limpa. O mosto é bombeado da caldeira e colocado novamente nela através de um jato. Este fluxo do líquido forma um redemoinho - se você já mexeu folhas de chá numa xícara, sabe que elas se movem para o centro do redemoinho. Quando este redemoinho é formado na caldeira de cerveja, todos os lúpulos e outros sólidos vão para o centro. A bomba então é desligada durante os próximos 20 minutos, o redemoinho pára gradualmente e os sólidos vão para o fundo, formando um cone sólido. Fig. 5 A bomba que provoca o redemoinho na cerveja Quando o mosto é drenado, os sólidos ficam na caldeira. A seguir, o mosto precisa ser resfriado até a temperatura adequada para a levedura, o que é feito num dispositivo de troca de calor de líquido para líquido. O mosto circula por um conjunto de tubos enquanto água resfriada circula em outro conjunto. Os tubos com o mosto quente transferem o calor para os tubos com a água resfriada. Fig. 6 Dispositivo de troca de calor A água é resfriada primeira, então o volume de água necessário para esfriar um lote inteiro de mosto é quase o mesmo do mosto. A água refreadora termina o processo numa temperatura de aproximadamente 76°C e é armazenada em um tanque separado para o próximo lote de cerveja. Desta forma, economiza-se água e a energia necessária para aquecê- la. Fig. 7 Tanques de armazenamento de água quente e fria É importante resfriar rapidamente o mosto, para que a levedura possa ser colocada logo em seguida e a fermentação comece. Isto reduz as chances de contaminação por leveduras soltas no ar. 8.1 Como a Cevada Produz Álcool e Dióxido de Carbono Quando a levedura entra em contato com o mosto pela primeira vez, as concentrações de glicose (C6H12O6) são muito altas, o que faz com que ela entre, através da difusão, na levedura (na verdade, ela continua entrando na levedura enquanto ainda houver glicose na solução). O produto da glicólise é um açúcar de três carbonos, chamado piruvato, e um pouco de ATP (trifosfato de adenosina), que fornece energia para a levedura, permitindo que ela se multiplique. Os dois piruvatos são então convertidos pela levedura em dióxido de carbono (CO2) e etanol (CH3CH2OH, que é o álcool da cerveja). 8.2 Engarrafamento e Preenchimento de0 Barris A coisa mais importante no processo de engarrafamento e preenchimento de barris é evitar que a cerveja seja contaminada por leveduras soltas e manter o oxigênio longe da cerveja. Estes são os principais fatores que reduzem o tempo de validade da cerveja. As maneiras como a cerveja é transferida para garrafas e barris são bastante parecidas, mas o engarrafamento tem algumas etapas a mais. A linha de engarrafamento da RVM Bier S.A preenche até 150 garrafas de 355 ml por minuto. Para começar o processo, as garrafas vazias são colocadas na linha de engarrafamento, onde primeiro são limpas com uma solução de cloro e depois submetidas a um jato de CO2 para retirar a solução. Fig. 8 Limpeza da garrafa: esta seção inverte as garrafas, limpa-as com solução, seca-a com CO2 e, então, coloca as garrafas em pé novamente A seguir, as garrafas entram num mecanismo parecido com uma torre, que comporta 12 garrafas. Cada garrafa gira em torno da torre uma vez, sendo limpas com CO2 várias vezes antes de ser preenchida. Isso impede que quando a cerveja for colocada faça muita espuma. Depois a pressão é lentamente diminuída até que a cerveja retorne à pressão do ambiente. Assim que cada garrafa sai da torre, outra vazia toma o seu lugar. Fig. 9 Estação de preenchimento de garrafas A seguir vem a máquina de fechamento, mas agora existe um pouco de espaço vazio na parte superior da garrafa que precisa ser limpo. Para tanto, a garrafa é passada sob um jato d 'água bem estreito e de alta pressão, produzindo espuma e retirando o ar da garrafa. A tampa então é colocada antes que qualquer ar consiga entrar na garrafa novamente. Fig. 10 Máquina de fechamento de garrafas Depois de colocada a tampa, o exterior da garrafa é limpo para retirar a cerveja que pode ter escorrido durante o processo. Fig. 11 Limpeza de garrafas: observe a espuma na garrafa Surpreendentemente, a parte mais difícil do processo de engarrafamento é a colocação da etiqueta na garrafa. Colar uma etiqueta numa garrafa molhada de cerveja fria não é uma tarefa fácil. As etiquetas são colocadas na máquina de etiquetagem, que tem um dispositivo giratório que passa cola nas etiquetas e então as gruda nas garrafas conforme elas vão passando. Se tudo correr bem, a etiqueta ficará corretamente posicionada e terá aderido bem à garrafa. Fig. 12 Máquina de etiquetagem Uma impressora de tinta especial imprime na etiqueta as datas de engarrafamento e vencimento da cerveja (três meses depois do engarrafamento). Fig. 13 Impressora de etiquetas 9. PRINCIPAIS POP’S A legislação exige, no mínimo, quatro Procedimentos Operacionais Padronizados, também chamados POP, relacionados a: • Higiene e saúde dos manipuladores • Higienização de instalações, equipamentos e móveis • Controle integrado de vetores e pragas urbanas • Higienização do reservatório de água Os procedimentos operacionais devem estabelecer de maneira objetiva, a descrição passo a passo para a realização das operações que garantam a segurança dos alimentos na empresa, de forma a prevenir, reduzir a níveis aceitáveis ou eliminar riscos de contaminação dos alimentos. Esses documentos devem obrigatoriamente: • Conter a freqüência de execução das operações; • Especificar o nome, o cargo e/ou a função dos responsáveis pelas atividades; • Ser aprovados, datados e assinados pelo responsável do estabelecimento. Assim como o Manual de Boas Práticas, os quatro procedimentos exigidos pela lei devem estar acessíveis aos colaboradores da empresa e disponíveis às autoridades sanitárias. Ao longo deste guia, serão destacados quadros com os procedimentos mínimos exigidos em cada um dos POP’s. Com a elaboração do Manual e dos Procedimentos, torna-se necessária a implementação de registroscom o objetivo de monitorar a eficácia dos processos relacionados à segurança dos alimentos. De acordo com a legislação, os registros devem ser mantidos por período mínimo de 30 (trinta) dias. Para facilitar sua coleta, devem-se desenvolver formulários apropriados contendo campos planejados para o preenchimento dos dados desejados. Todos os formulários devem apresentar, no mínimo, espaço para data e identificação do responsável pelo preenchimento. a. POP.1: A empresa deve desenvolver um programa para a capacitação técnica dos seus manipuladores, o que deve ser descrito no POP.1 – Higiene e Saúde dos Manipuladores, determinando a carga horária, o conteúdo programático e a freqüência de sua realização. b. POP.2: Nos procedimentos referentes ao POP.2 – Higienização de Instalações, Equipamentos e Móveis, devem constar informações quanto à natureza da superfície a ser higienizada, ao método de higienização, ao princípio ativo do sanitizante selecionado e sua concentração, tempo de contato dos agentes químicos e/ou físicos utilizados na operação de higienização, temperatura e outras informações que se fizerem necessárias. As operações de desmonte de equipamentos, sempre que possível, devem constar nos procedimentos de higienização. c. POP.3: A empresa deve descrever as medidas preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e/ou a proliferação de vetores e pragas urbanas no POP.3 - Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas. Quando a empresa utilizar um método de controle químico para pragas, deve manter registros que comprovem a execução do serviço fornecido por empresa especializada, contendo as informações estabelecidas em legislação sanitária específica. d. POP.4: A empresa deve descrever os procedimentos referentes ao POP.4 - Higienização do Reservatório, especificando as informações quanto à natureza da superfície a ser higienizado, o método de higienização, o princípio ativo do sanitizante selecionado e sua concentração, tempo de contato dos agentes químicos utilizados na operação de higienização e outras informações que se fizerem necessárias, mesmo quando realizada por empresa terceirizada. 9.1 Como Devemos Higienizar as Mãos As mãos são nossos principais instrumentos de trabalho, por isso devemos mantê-las sempre muito bem limpas. Conforme exigência da legislação brasileira, as cozinhas e áreas de produção devem dispor de estações para a lavagem das mãos dos manipuladores de alimentos, compostas por pias exclusivas para esse fim, sabão bactericida ou solução anti-séptica, papel toalha ou ar quente e lixeira com pedal. Na fig. 14(abaixo) mostra a maneira correta de se Higienizar as mãos, é uma das ações mais importantes para garantir a segurança dos alimentos. Por isso, devem-se tomar cuidados especiais conforme as ilustrações: Fig. 14 Modo correto de higienização das mãos. E lembre-se: Não enxugue as mãos em aventais ou qualquer pano. Use sempre papel toalha não reciclado ou secador de ar quente; Não permita que falte papel toalha, sabão bactericida ou outro produto anti-séptico; Para ser eficaz, o produto anti-séptico deve ser utilizado sempre após a lavagem das mãos. O sabão bactericida já é um anti-séptico e dispensa a utilização de outros produtos após a lavagem. 10. Destinações dos Resíduos No processo cervejeiro, os resíduos sólidos são gerados principalmente nas etapas de filtragem, envase e tratamento de água e efluentes líquidos (ver item 13.6 - Pág. 59 – Laudo do tratamento de águas). 10.1 Principais Resíduos Os principais resíduos gerados são: “grãos usados”: principal tipo de resíduo, em relação à quantidade gerada. São aqueles resíduos oriundos do aproveitamento do conteúdo dos grãos de malte, constituídos de restos de casca e polpa dos grãos, misturados, em suspensão ou dissolvidos no mosto. Embora de origem semelhante, dependendo da etapa onde são retirados do mosto possuem características físicas e composição distinta, e, portanto são separados em três tipos bagaço de malte: resíduo gerado na filtração do mosto após a caldeira de mostura, antes da fervura; rub. grosso: resíduo tirado do whirlpool, na primeira filtração após o cozimento, composto de gordura vegetal e proteínas coaguladas, e ü t rub. fino: resíduo obtido na segunda filtração, composto de gordura vegetal, que sai misturado à terra diatomácea e parcelas de levedo. Tanto o tubo fino como o grosso possuem excelentes características nutricionais, assim como o bagaço de malte, e por esta razão são usados na fabricação de ração animal. Em alguns casos, estes são misturados ao bagaço de malte, e em algumas plantas até se utiliza deste tubo, no preparo de novas bateladas de mosto e excesso de levedura: durante o processo de fermentação as leveduras se reproduzem, obtendo-se ao final do processo mais levedo do que se utilizará na próxima batelada. Como já citado, parte desta levedura é utilizada no preparo de nova batelada, e parte é vendida parta a indústria alimentícia; resíduos do envase: durante a etapa de envase existem dois tipos de resíduos gerados: pasta celulósica: composta dos rótulos removida na lavagem das garrafas retornáveis é vendida a empresas de reciclagem de papel; garrafas quebradas, latas e tampas metálicas amassadas, plástico e papelão originários de embalagens: São segregados e vendidos para as empresas de reciclagem, e terra Diatomácea: usada na clarificação, é retirada, passa por um processo de secagem e posteriormente destinada para aterros como material inerte. Lodo: tanto na Estação de Tratamento de Águas (ETA) como na Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), geram-se quantidades consideráveis de lodo, que deve ser corretamente gerenciado como resíduo; Para uma planta de 170.000 hl cerveja/ mês, tem-se as taxas de geração de resíduos sólidos. 11. ESTATISTICAS Os dados estatísticos nos ajudam a analisar a evolução do consumo de cerveja ao longo do tempo. No Gráf. 1 estão representados os dados de consumo total e consumo per capita de cerveja no Brasil durante duas décadas, obtidos pelo Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja. Observa-se que de 1985 a 1991 há um crescimento praticamente contínuo de consumo, porém em 1992 houve uma diminuição do consumo causada pela queda consecutiva da renda per capita brasileira nos anos de 1990 a 1992 devido a implementação do Plano Collor, que confiscou a poupança de milhares de brasileiros e comprimiu o seu poder de compra. Em 1994 com a criação do Plano Real e o conseqüente aumento do poder de compra da população houve um aumento significativo do consumo de cerveja no Brasil até o ano de 1995. Na década seguinte o consumo se manteve praticamente estagnado. GRAF. 1 Evolução do consumo Nacional de cerveja de 1985-2005. No Gráf. 2 estão os dados referentes à importação e exportação de cerveja entre os anos de 2000 e 2005 obtidos pelo Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja. Observando o gráfico observa-se que a cada ano o Brasil exporta muito mais do que importa, isso significa que a sua produção anual de cerveja é suficiente para suprir o mercado interno e ainda exportar uma grande parte. As importações permaneceram praticamente constantes durante todo o período, enquanto que as exportações diminuíram de uma forma praticamente constante nos anos de 2000 a 2002, houve em seguida um pequeno aumento que permaneceu constante de 2003 para 2004. De 2004 para 2005 dobraram o número de exportações. Gráf. 2 Evolução das exportações e importações ao longo de 2000 a 2005 No Gráf. 3 estão representados os dados de consumode cerveja per capita por país do ano de 2001. Em 2001 o Brasil teve uma média de consumo de 49 litros per capita que é aproximadamente um terço do consumo per capita do primeiro colocado do ranking a República Tcheca. Gráf volução das exportações e importações ao longo de 2000 a 2005 o representados os dados de consumo de cerveja per capita por país do ano de 2001. Em 2001 o Brasil teve uma média de consumo de 49 litros per capita que é aproximadamente um terço do consumo per capita do primeiro colocado do ranking a Gráf. 3 Consumo de cerveja por país no ano de 2001. volução das exportações e importações ao longo de 2000 a 2005. o representados os dados de consumo de cerveja per capita por país do ano de 2001. Em 2001 o Brasil teve uma média de consumo de 49 litros per capita que é aproximadamente um terço do consumo per capita do primeiro colocado do ranking a O Sindicato Nacional da Indústria Cervejeira publicou que no ano de 2007 o Brasil ficou entre os quatro maiores fabricantes de cerveja do mundo, com um volume anual de cerca de 10,34 bilhões de litros. 11.1 Valores Nutritivos A cerveja possui alto valor nutritivo, é fácil e rapidamente assimilada pelo organismo. Seus componentes são vitaminas, minerais, carboidratos e proteínas, além do álcool que, se consumido sem exagero, também é benéfico. Na Tabela 1 é apresentada uma comparação de nutrientes entra algumas bebidas alcoólicas. As cervejas são ricas em vitaminas, principalmente as do complexo B. A vitamina B1 ajuda no funcionamento dos músculos, nervos e cérebro; a B2 contribui para a manutenção dos tecidos; a B5 atua no metabolismo dos carboidratos e gorduras; os minerais, como cálcio e fósforo, são essenciais para a composição dos ossos; e o potássio, junto com o cálcio, assegura o bom funcionamento do coração. As cervejas possuem 400 Kcal/litro que corresponde a 15% das necessidades diárias de um adulto. Os sais minerais incluídos em sua composição-0,4g/litro- correspondem a 10% das necessidades de um ser humano. Tabela 1- Comparação entre nutrientes em bebidas alcoólicas. COMPARAÇÃO DE NUTRIENTES EM BEBIDAS PRODUTOS CERVEJA VINHO DESTILADO Nutrientes Unidades 1 garrafa (356g) 1 copo (103g) 1 dose (42g) Água g 326.588 91.567 26.838 Energia Kcal 145.960 72.100 105.000 Energia Kj 612.320 301.790 439.320 Proteína g 1.068 0.206 0.000 Lipídeo, gordura g 0.000 0.000 0.000 Carboidrato (por diferença) g 13.172 1.442 0.042 Fibras g 0.712 0.000 0.000 Álcool g 12.816 9.579 15.120 Cinza g 0.356 0.206 0.000 Minerais Cálcio (Ca) mg 17.800 8.240 0.000 Ferro (Fe) mg 0.107 0.422 0.017 Magnésio (Mg) mg 21.360 10.300 0.000 Fósforo (P) mg 42.720 14.420 1.680 Potássio (K) mg 89.000 91.670 0.840 Sódio (Na) mg 17.800 8.240 0.420 Zinco (Zn) mg 0.071 0.072 0.017 Cobre (Cu) mg 0.032 0.014 0.008 Manganês (Mn) mg 0.043 0.149 0.006 Selênio (Se) mcg 4.272 0.206 0.000 Vitaminas Vitamina C (total ácido ascórbico) mg 0.000 0.000 0.000 Tiamina (B1) mg 0.021 0.004 0.003 Riboflavin (B2) mg 0.093 0.016 0.002 Niacina mg 1.613 0.076 0.005 Ácido pantotênico mg 0.206 0.029 0.000 Vitamina B6 mg 0.178 0.025 0.000 Folate mcg 21.360 1.030 0.000 Vitamina B12 mcg 0.071 0.010 0.000 Vitamina A (IU) IU 0.000 0.000 0.000 Vitamina A (RE) mcg RE 0.000 0.000 0.000 Vitamina E mg ATE 0.000 0.000 0.000 Lipídeos - 0.000 - 0.000 Aminoácidos (*) Tryptophan g 0.011 - 0.000 Threonine g 0.018 - 0.000 Isoleucine g 0.018 - 0.000 Leucine g 0.021 - 0.000 Lysine g 0.025 - 0.000 Methionine g 0.004 - 0.000 Cystine g 0.011 - 0.000 Phenylalanine g 0.021 - 0.000 Tyrosine g 0.053 - 0.000 Valine g 0.032 - 0.000 Arginine g 0.032 - 0.000 Histidine g 0.018 - 0.000 Alanine g 0.039 - 0.000 Ácido aspártico g 0.043 - 0.000 Ácido glutâmico g 0.110 - 0.000 Glycine g 0.032 - 0.000 Proline g 0.107 - 0.000 Serine g 0.018 - 0.000 Fonte: USDA Database for Standard Reference, Release 14 (julho 2001) (*) Nada consta para vinhos no USDA Na Figura 14 é apresentado um gráfico comparativo entre os valores calóricos de diferentes bebidas, a cerveja possui a menor quantidade calórica com algumas funções nutritivas. Se consumida com moderação a cerveja pode ser muito benéfica a saúde. Entende- se como consumo moderado de cerveja a ingestão diária média de até 1 litro, o que corresponde a, no máximo, 40 g de álcool puro por dia. Fig. 14 Comparação de calorias entre diferentes bebidas. 12. CONCLUSÃO Através deste trabalho podemos observar a complexidade da fabricação de cerveja, desde a escolha da matéria-prima, levedura, até o controle rigoroso dos processos durante a fabricação, principalmente fermentação, além do cuidado para evitar possíveis infecções que possam comprometer a qualidade da cerveja. O domínio da tecnologia cervejeira garante uniformidade e qualidade na produção, características fundamentais para a conquista do mercado consumidor. A cerveja tornou-se hoje uma bebida tão apreciada graças ao melhoramento e a evolução da tecnologia cervejeira, que ajudaram a cerveja, uma bebida tão antiga a sobreviver e evoluir tornando-se uma das bebidas mais populares do mundo. 13. ANEXOS 13.1 FIGURAS Pág. FIG. 1 � MOERDOR DE MALTE ------------------------------------------------------------------ 24 FIG. 2 � CUBRA-FILTRO DA MISTURA -------------------------------------------------------- 25 FIG. 3 � UM MOSTO FERVENDO ---------------------------------------------------------------- 27 FIG. 4 � CALDEIRA DE CERVEJA --------------------------------------------------------------- 27 FIG. 5 � A BOMBA QUE PROVOCA O REDEMOINHO DA CERVEJA ------------------ 29 FIG. 6 � DISPOSITIVO DE TROCA DE CALOR ----------------------------------------------- 30 FIG. 7 � TANQUES DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA QUENTE E FRIA ------------- 30 FIG. 8 � LIMP. DA GARRAFA… ------------------------------------------------------------------ 31 FIG. 9 � ESTAÇÃO DE PREENCHIMENTO DE GARRAFAS ------------------------------- 32 FIG. 10 � MÁQUINA DE FECHAMENTO DE GARRAFAS ---------------------------------- 32 FIG. 11 � LIMPEZA DE GARRAFAS… ---------------------------------------------------------- 33 FIG. 12 � MÁQUINA DE ETIQUETAGEM ------------------------------------------------------ 33 FIG. 13 � IMPRESSORA DE ETIQUETAS ------------------------------------------------------- 24 FIG. 14 � MODO CORRETO DE HIGIÊNIZAÇÃO DAS MÃOS ----------------------------- 37 FIG. 15 � COMPARAÇÃO DE CALORIAS ENTRE DIFERENTES BEBIDAS ------------ 45 13.2 GRÁFICOS GRAF. 1 � EVOLUÇÃO DO CONSUMO NACIONAL DE CERVEJA DE 1985-2005 --- 40 GRAF. 2 � EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES AO LONGO DE 2000 À 2005 ----------------------------------------------------------------------------------------------- 41 GRAF. 3 � CONSUMO DE CERVEJA POR PAIS NO ANO DE 0000 ------------------------ 41 13.3 TABELAS TABELA 1 � COMPARAÇÃO ENTRE VITAMINAS EM BEBIDAS ALCOÓLICAS ---------- 42 13.4 LEGISLAÇÃO As definições relativas à classificação, padronização e produção de cerveja foram feitas através da lei federal 8.919 de 1994, a qual foi regulamentada pelo Decreto 2314 de 1997, cujos principais pontos destacamos aqui. DECRETO No 2.314, DE 4 DE SETEMBRO DE 1997. Regulamenta a Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre apadronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas. TÍTULO II DOS PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE BEBIDAS CAPÍTULO II DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS FERMENTADAS SEÇÃO I Das cervejas Art. 64. Cerveja é a bebida obtida pela fermentação alcoólica do mosto cervejeiro oriundo do malte de cevada e água potável, por ação da levedura, com adição de lúpulo. § 1º O malte de cevada usado na elaboração de cerveja e o lúpulo poderão ser substituídos por seus respectivos extratos. § 2º Parte do malte de cevada poderá ser substituído por cereais maltados ou não, e por carboidratos de origem vegetais transformados ou não, ficando estabelecido que: a) os cereais referidos neste artigo são a cevada, o arroz, o trigo, o centeio, o milho, a aveia e o sorgo, todos integrais, em flocos ou a sua parte amilácea; b) a quantidade de carboidrato (açúcar) empregado na elaboração de cerveja, em relação ao extrato primitivo, não poderá ser superior a quinze por cento na cerveja clara; c) na cerveja escura, a quantidade de carboidrato (açúcar), poderá ser adicionada até cinqüenta por cento, em relação ao extrato primitivo, podendo conferir ao produto acabado as características de adoçante; d) na cerveja extra o teor de carboidrato (açúcar) não poderá exceder a dez por cento do extrato primitivo; e) os cereais ou seus derivados serão usados de acordo com a classificação da cerveja quanto à proporção de malte e cevada, em peso, sobre o extrato primitivo, estabelecido neste Regulamento; f) carboidratos transformados são os derivados da parte amilácea dos cereais obtidos através de transformações enzimáticas; g) os carboidratos (açúcares) de que tratam os itens "b", "c" e "d", deste parágrafo, são a sacarose (açúcar refinado ou cristal), açúcar invertido, glicose, frutose, maltose. § 3º Malte é o produto obtido pela germinação e secagem da cevada, devendo o malte de outros cereais terem a designação acrescida do nome do cereal de sua origem. § 4º Extrato de malte é o resultante da desidratação do mosto de malte até o estado sólido, ou pastoso, devendo, quando reconstituído, apresentar as propriedades do mosto de malte. § 5º Mosto cervejeiro é a solução, em água potável, de carboidratos, proteínas, glicídeos e sais minerais, resultantes da degradação enzimática dos componentes da matéria-prima que compõem o mosto. § 6º Mosto lupulado é o mosto fervido com lúpulo ou seu extrato, e dele apresentando os princípios aromáticos e amargos, ficando estabelecido que: a) lúpulo são cones de "Humulus lupulus", de forma natural ou industrializada, que permite melhor conservação da cerveja e apura o gosto e o aroma característico da bebida; b) extrato de lúpulo é o resultante da extração, por solvente adequado, dos princípios aromáticos e amargos do lúpulo, isomerizados ou não, reduzidos ou não, devendo o produto final estar isento de solvente. § 7º Extrato primitivo ou original é o extrato do mosto de malte de origem da cerveja. Art . 65. Das características de identidade da cerveja deverá ser observado o seguinte: I - a cor da cerveja deverá ser proveniente das substâncias corantes do malte da cevada, sendo que: a) para corrigir ou intensificar a cor da cerveja será permitido o uso de outros corantes naturais previstos na legislação específica; b) na cerveja escura será permitido o uso de corante natural caramelo. II - para fermentação do mosto será usada a levedura cervejeira como coadjuvante de tecnologia. III - a cerveja deverá ser estabilizada biologicamente por processo físico apropriado, podendo ser denominado de Chope a cerveja não pasteurizada no envase. IV - a água potável empregada na elaboração da cerveja poderá ser tratada com substâncias químicas, por processo físico ou outro que lhe assegure as características desejadas para boa qualidade do produto, em conjunto ou separadamente. V - a cerveja deverá apresentar, a vinte graus Celsius, uma pressão mínima de urna atmosfera de gás carbônico proveniente da fermentação, sendo permitida a correção por dióxido de carbono ou nitrogênio, industrialmente puro. Art. 66. As cervejas são classificadas: I - quanto ao extrato primitivo em: a) cerveja leve, a que apresentar extrato primitivo igual ou superior a cinco e inferior a dez e meio por cento, em peso; b) cerveja comum, a que apresentar extrato primitivo igual ou superior a dez e meio e inferior a doze e meio por cento, em peso; c) cerveja extra, a que apresentar extrato primitivo igual ou superior a doze e meio e inferior a quatorze por cento, em peso; d) cerveja forte, a que apresentar extrato primitivo igual ou superior a quatorze por centro, em peso. II - quanto à cor: a) cerveja clara, a que tiver cor correspondente a menos de vinte unidades EBC (European Brewery Convention); b) cerveja escura, a que tiver cor correspondente a vinte ou mais unidades EBC (European Brewery Convention). III - quanto ao teor alcoólico em: a) cerveja sem álcool, quando seu conteúdo em álcool for menor que meio por cento em volume, não sendo obrigatória a declaração no rótulo do conteúdo alcoólico; b) cerveja com álcool, quando seu conteúdo em álcool for igual ou superior a meio por cento em volume, devendo obrigatoriamente constar no rótulo o percentual de álcool em volume; IV - quanto à proporção de malte de cevada em: a) cerveja puro malte, aquela que possuir cem por cento de malte de cevada, em peso, sobre o extrato primitivo, como fonte de açúcares; b) cerveja, aquela que possuir proporção de malte de cevada maior ou igual a cinqüenta por cento, em peso, sobre o extrato primitivo, como fonte de açúcares; c) cerveja com o nome do vegetal predominante, aquela que possuir proporção de malte de cevada maior do que vinte e menor do que cinqüenta por cento, em peso, sobre o extrato primitivo, como fonte de açúcares. V - quanto à fermentação; a) de baixa fermentação; e b) de alta fermentação. Art. 67. De acordo com o seu tipo, a cerveja poderá ser denominada: "Pilsen", "Export", "Lager", "Dortmunder", "München", "Bock", "Malzbier", "Ale", "Stout", "Porter", "Weissbier", "Alt" e outras denominações internacionalmente reconhecidas que vierem a ser criadas, observadas as características do produto original. Art. 68. A cerveja poderá ser adicionada de suco e extrato de vegetal, ou ambos, que poderão ser substituídos, total ou parcialmente, por óleo essencial, essência natural ou destilado vegetal de sua origem. Art. 69. A cerveja que for adicionada de suco de vegetal, deverá ser designada de "cerveja com...", acrescido do nome do vegetal. Art. 70. Quando o suco natural for substituído total ou parcialmente pelo óleo essencial, essência natural ou destilado do vegetal de sua origem, será designada de "cerveja sabor de..." acrescida, do nome do vegetal. Parágrafo único. Fica proibido o uso de aromatizantes, flavorizantes e corantes artificiais na elaboração da cerveja. Art. 71. A complementação dos Padrões de Identidade e Qualidade dos produtos de que trata esta Seção será disciplinada por atos administrativos. TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO II DOS REGISTROS, DA CLASSIFICAÇÃO, DA PADRONIZAÇÃO E DA ROTULAGEM SEÇÃO I Dos Registros de Estabelecimentos e de Bebidas Art. 4º Os estabelecimentos previstos neste Regulamento deverão ser obrigatoriamente registrados no Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Parágrafo único. O registro será válido em todo território nacional e deverá ser renovado a cada dez anos. Art. 5º As bebidas definidas neste Regulamento deverão ser obrigatoriamente registradas no Ministério da Agricultura e do Abastecimento. § 1º As bebidas fabricadas e engarrafadassob concessão, permissão, autorização, ou por empresa filial, poderá utilizar o mesmo número do registro da bebida elaborada pela unidade central concedente, permissiva, autorizados ou matriz, conforme vier a ser disciplinado em ato administrativo. § 2º O registro será válido em todo território nacional e deverá ser renovado a cada dez anos. Art. 6º Os requisitos, os critérios e os procedimentos para o registro de estabelecimento e de bebida serão disciplinados em ato administrativo complementar que definirá a documentação necessária, local e forma de apresentação, prazos e meios para o cumprimento de diligências. SEÇÃO IV Da Rotulagem de Bebidas Art. 18. Rótulo será qualquer identificação afixada ou gravada sobre o recipiente da bebida, de forma unitária ou desmembrada, ou na respectiva parte plana da cápsula ou outro material empregado na vedação do recipiente. Art. 19. O rótulo da bebida deve ser previamente aprovado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, e constar em cada unidade, sem prejuízo de outras disposições de lei, em caracteres visíveis e legíveis, os seguintes dizeres: I - o nome do produtor ou fabricante, do estandardizador ou padronizador, do envasador ou engarrafador do importador; II - o endereço do estabelecimento de industrialização ou de importação; III - o número do registro do produto no Ministério da Agricultura e do Abastecimento ou o número do registro do estabelecimento importador, quando bebida importada; IV - a denominação do produto; V - a marca comercial; VI - os ingredientes; VII - a expressão "Indústria Brasileira", por extenso ou abreviado; VIII - o conteúdo, expresso na unidade correspondente de acordo com normas específicas; IX - a graduação alcoólica, por extenso ou abreviado, expresso em porcentagem de volume alcoólico; X - o grau de concentração e forma de diluição, quando se tratar de produto concentrado; XI - a forma de diluição, quando se tratar de xarope, preparada líquido ou sólido para refresco ou refrigerante; XII - a identificação do lote ou da partida; XIII - o prazo de validade; XIV - frase de advertência, quando bebida alcoólica, conforme estabelecido por Lei específica. § 1º Na declaração dos aditivos deverão ser indicados a sua função principal e seu nome completo ou seu número no INS (Sistema Internacional de Numeração - Codex Alimentarius FAO/OMS). § 2º Excetuada a cápsula de vedação, no rótulo sobre o recipiente da bebida deverão constar os dizeres obrigatórios a que se referem os incisos IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XIV, deste artigo. § 3º Nas embalagens retornáveis litro grafadas fica permitida a indicação dos aditivos na parte plana da cápsula de vedação, e, quando destinadas a uso múltiplo, permitir-se-á, também, a denominação do produto. § 4º Ressalvados a marca e os nomes consagrados pelo domínio público, o rótulo do produto nacional que contiver texto em idioma estrangeiro deverá apresentar a respectiva tradução em português, com idêntica dimensão gráfica. § 5º O rótulo da bebida destinada à exportação poderá ser escrito, no todo ou em parte, no idioma do país de destino, sendo vedada a comercialização dessa bebida, com esse rótulo, no mercado interno. § 6º A declaração superlativa de qualidade do produto deverá observar a classificação prevista no padrão de identidade e qualidade. § 7º O lote ou partida poderá ser informado, de forma legível o visível, em qualquer parte externa do recipiente da bebida. § 7o O lote ou partida e o prazo de validade poderão ser informados, de forma legível e visível, em qualquer parte externa do recipiente da bebida, inclusive na parte plana da cápsula ou outro material empregado na vedação do recipiente, exceto na parte rugosa da cápsula de vedação. (Redação dada pelo Decreto nº 3.510, de 2000) § 8º A marca comercial do produto também poderá constar na parte plana da cápsula de vedação, desde que nesta não constem outros dizeres além dos previstos nos incisos I, II e III, deste artigo. § 9º A inclusão na rotulagem de dizeres não obrigatório, ou ilustrações gráficas alusivas a eventos ou comemorações, só poderá ser efetuada mediante autorização do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, com antecedência mínima de dez dias, da data prevista para início da comercialização do produto com essa rotulagem. § 10. O rótulo de aguardente composta poderá mencionar a expressão "conhaque", acrescida do nome da principal substância de origem vegetal ou animal empregado, de forma visível, e constará no rótulo principal, em caracteres gráficos de mesma dimensão e cor da expressão "conhaque". § 11. Quando o rótulo apresentar a expressão "conhaque", acrescida do nome da principal substância de origem vegetal ou animal empregado, a denominação "aguardente composta" deverá ser declarada em dimensão gráfica não inferior a um terço dessa expressão. § 12. Quando o rótulo apresentar a expressão "Brandy", que não utilize como matéria-prima o vinho deverá acrescentar o nome da fruta empregada e constará no rótulo principal, em caracteres gráficos da mesma cor da expressão "Brandy". § 13. Nos rótulos das bebidas fabricadas e engarrafadas sob concessão, permissão, autorização, ou por empresa filial, poderão constar, além da razão social e o endereço do fabricante e engarrafador, o de suas unidades centrais concedente, permissiva, autorizadora ou matriz, desde que seja identificada, de forma clara, a unidade produtora e envasadora. Art. 20. A bebida que contiver matéria-prima natural e for adicionada de corante e aromatizante artificiais, em conjunto ou separadamente, deverá conter em seu rótulo as expressões “coloridas artificialmente" ou "aromatizada artificialmente", de forma legível e contrastante, com caracteres gráficos em dimensão mínima correspondendo a um terço da maior letra do maior termo gráfico usado para os demais dizeres, excetuando-se a marca. § 1º A dimensão mínima, referida no caput deste artigo, não poderá ser inferior a dois milímetros. § 2º Nos casos previstos neste Regulamento, quando as expressões referidas no caput deste artigo forem impressas na cápsula de vedação, os dizeres deverão apresentar dimensões mínimas de um milímetro. Art. 21. Na rotulagem de bebida dietética, além dos dizeres obrigatórios estabelecidos neste Regulamento, deverá constar a expressão "Bebida Dietética e de Baixa Caloria" em tipos não inferiores a um quinto do tipo de letra de maior tamanho e da mesma cor da marca. Art. 21. Na rotulagem de bebida dietética, deverá constar a expressão "Bebida Dietética" e na rotulagem de bebida de baixa caloria, a expressão "Bebida de Baixa Caloria", em tipos não inferiores a um quinto do tipo de letra de maior tamanho e da mesma cor da marca, além dos dizeres obrigatórios estabelecidos neste Regulamento. (Redação dada pelo Decreto nº 3.510, de 2000) § 1º Deverá constar na rotulagem o nome do edulcorante, por extenso, sua respectiva lasse e quantidade, em miligramas por cem mililitros de produto. § 2º Quando houver adição de aspartame, deverá constar na rotulagem a expressão "Fenilectonúricos: contém fenilalanina". § 2o Quando houver adição de aspartame, deverá constar na rotulagem a expressão "contém fenilalanina". (Redação dada pelo Decreto nº 3.510, de 2000) § 3º Poderá ser utilizado o termo "diet" na rotulagem da bebida dietética. § 4º No rótulo da bebida dietética deve constar a declaração do seu valor calórico por unidade de embalagem. § 5º As informações contidas neste artigo deverão ser expostas ao consumidor quando a bebida dietética for comercializada de forma fracionada. § 6º Outras informações ou denominações específicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde deverão constar da rotulagem da bebida dietética.Art. 22. Deve ser mencionado no rótulo do suco concentrado o percentual de sua concentração e, no rótulo do suco que for adicionado de açúcares, a expressão "suco adoçado", observadas as disposições contidas nos padrões de identidade e qualidade a serem estabelecidos para cada tipo de suco. Art. 23. O refrigerante, o refresco, o xarope e os preparados sólidos ou líquidos para frescos ou para refrigerantes artificiais deverão mencionar nos seus rótulos sua denominação, de forma visível e legível, da mesma cor e dimensão mínima correspondendo à metade da maior letra do maior o gráfico usado para os demais dizeres, excetuando-se a marca, sendo vedada declaração, designação, figura ou desenho que induza a erro de interpretação ou possa provocar dúvida sobre sua origem, natureza ou composição. Art. 24. O disposto nos incisos I, II, III, IV, V, VI, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, e XIV do art. 19, deste Regulamento, aplica-se aos produtos importados, podendo ser atendidos mediante aposição de rótulo complementar, sem prejuízo da visibilidade da informação original. Parágrafo único. Quanto ao disposto nos incisos IV, VI, IX, X, XI e XIII, do art. 19, deverá constar em idioma português, de conformidade com o presente Regulamento. Art. 25. A bebida elaborada, exclusivamente, com matéria-prima importada a granel e engarrafada no território nacional poderá usar a rotulagem do país de origem, desde que, em contra-rótulo afixado em cada unidade da bebida seja mencionada a expressão "cortado e engarrafado no Brasil" ou "elaborado e engarrafado no Brasil", conforme for o caso, e constem os dizeres obrigatórios a que se ferem os arts. 19 e 24, deste Regulamento. Art. 26. O rótulo não poderá conter denominação, símbolo, figura, desenho ou qualquer indicação que induza a erro ou equívoco quanto à origem, natureza ou composição do produto, nem atribuir-lhe qualidade ou característica que não possua, bem como, finalidade terapêutica ou medicamentosa. Art . 27. Na rotulagem do preparado sólido para refresco que contiver associação de açúcares e edulcorantes hipocalóricos e não-calóricos, além dos dizeres obrigatórios estabelecidos neste Regulamento, deverá constar o nome do edulcorante, por extenso, sua respectiva função e quantidade, em miligramas por cem mililitros do produto pronto para o consumo. Parágrafo único. Quando houver adição de aspartame, deverá constar na rotulagem a expressão "Fenilcetonúricos: contém Fenilalanina". Parágrafo único. Quando houver adição de aspartame, deverá constar na rotulagem a expressão "contém fenilalanina". (Redação dada pelo Decreto nº 3.510, de 2000). 13.5 RENDIMENTOS E DESPESAS MENSAIS LUCROS MENSAIS – 150 garrafas/min. X 2 Turnos de 8h X 30 Dias = R$ 4.320.000,00 X 2,00 (valor de Venda) = R$ 8.640.000,00 GASTOS MENSAIS – R$ 886.728,77 – Despesas inclusas (compra de materiais para a fabricação da cerveja, como: Malte, Fermento, Lúpulo, Garrafas, Embalagens, Pagamento de Funcionários e Empresas Terceirizadas). TOTAL LIQUIDO ADQUIRIDO: R$ 7.753.271, 23 (Com os descontos dos Materiais e Pagamentos de Funcionários e Empresas Terceirizadas). 13.6 LAUDO FISICO-QUIMICO DE AGUA
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