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Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. AULA 1 – Suporte básico de vida Marcos da evolução histórica do atendimento pré hospitalar (APH) MUNDO o Séc. VI – Corpo de cavaleiro remoção de feridos; o Séc. XVIII - Jean-Larry: preceitos do cuidado de emergência: rápido acesso, tratamento e estabilização, rápido transporte e cuidados durante o transporte -preceitos usados até hoje o 1859 – Cruz Vermelha em Genebra; o 1956 – Serviço Móvel de Urgência e Reanimação (SMUR) – transporte pacientes inter-hospitalar (epidemia de poliomielite); o 1962 – Abertura de serviço médico urbana; o 1965 – Socorro Móvel de Emergência – MS Francês; o 1969 – Criada a comissão: Serviço Médico de Emergência (Associação Médica Americana); BRASIL o Década 50 – Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência – SAMDU (embrião APH Brasil) – atividade desativada; o Década 60/70 – Serviços privados de atendimento domiciliar; o 1987 – Primeiro serviço APH/SC, criado pelo CB- Blumenau; o 1989 – Cooperação SAMU/Paris X SP para introdução do SAMU; o 1990 – Início do trabalho APH em Florianópolis; o 1996 a 2002 – Início de diversos SAMU no Brasil; o 2003 – Portarias Ministeriais 1863 e 1864 tornam o SAMU-192 um serviço nacional. Sistemas pré-hospitalares Modelo Anglo-americano X Modelo francês-alemão Sem acompanhamento de médico médico coordena o atendimento no local ou à distância Corpo de bombeiros SAMU Atribuições do Médico Regulador o Julgar e decidir sobre a gravidade paciente; o Enviar recursos necessários ao atendimento; o Monitorar e orientar atendimento feito por outro profissional ou leigo que se encontre no local; o Definir e acionar o serviço de destino do paciente, informar condições e previsão de chegada, sugerindo meios necessários ao acolhimento; o Julgar a necessidade ou não do envio de meios móveis de atenção; o Estabelecer protocolos de passos e bases para a decisão do médico regulador; o Definir protocolos de intervenção médica pré-hospitalar; o Monitorar o atendimento pré-hospitalar e as demandas pendentes; Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. o Fazer registros sistemáticos; o Submeter-se a capacitações especificas e formais para o exercício da função de regulação e assistência às emergências e urgências; o Observar a ética e o sigilo profissional; Atribuições Gestoras do Médico Regulador Sobre os meios disponíveis, com delegação direta dos gestores municipais e estaduais para acionar tais meios, conforme seu julgamento: o Decidir qual recurso deverá ser mobilizado o Decidir destino hospitalar ou ambulatorial o Não aceitar a inexistência de leitos vagos como argumento para não direcionar pacientes o Decidir o destino do paciente com base em planilhas de hierarquias pactuadas o Regular as portas de urgência, considerando o acesso aos leitos uma segunda etapa – transferências inter- hospitalares o Acionar planos de atenção e desastres pactuados, diante de situações excepcionais ... o Requisitar recursos públicos/privados em situações excepcionais o Exercer autoridade de regulação pública das urgências sobre o APH privado o Contar com acesso às demais centrais do complexo regulador o Bom relacionamento entre médicos PS e Reguladores (bom atendimento aos pacientes) o Catástrofes: regulação médica pode ser feita no local Tipos de ambulância Ambulância de transporte Transporte de paciente em decúbito dorsal, sem risco de vida, de caráter eletivo. Tripulado por motorista Ambulância de suporte básico de vida (SBV) Transporte inter-hospitalar, paciente com risco de morte desconhecida não classificado como potencial de necessitar de intervenção médica no local ou no transporte. Tripulado por motorista + técnico ou auxiliar de enfermagem. Ambulância de resgate Atendimento de urgências, acidentes em locais de difícil acesso com equipamentos de salvamento. Tripulado com motorista e dois profissionais treinados em salvamento. Ambulância de suporte avançado de vida (SAV) Equipado para atendimento e transportes de pacientes com alto risco ou que necessitem de cuidados médicos intensivos durante transporte inter-hospitalar. Tripulado por motorista acompanhado de médico e Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. enfermeiro. Aeronave de transporte médico Aeronave de asa fixa ou rotativa para transporte inter hospitalar ou aeronave de asa rotativa para operações de resgate. Tripulado por motorista com médico e enfermeiro. Embarcação de transporte médico Com equipamento para transporte marítimo ou fluvial. Pode ser de suporte básico ou avançado. Etapas do APH Acionamento Regulação: Atendimento pelo médico regulador Despacho: médico regulador faz os despachos necessários Atendimento local: Ações necessárias para a estabilização da vítima no local de atendimento. Regulação do hospital de referencia: Após interpretações dos dados passados pela equipe. Verifica-se o melhor recurso e a disponibilidade de vagas e determina encaminhamento. Transporte Entrega: Troca de informações e passagem de plantão do APH para a equipe de emergências (eventos do trauma ajudam no diagnóstico e no tratamento) Recuperação de materiais e limpeza de viatura Definições APH (atendimento pré hospitalar) Toda e qualquer assistência realizada direta ou indiretamente fora do meio hospitalar visando a manutenção da vida e/ou minimização de seqüelas. Pode ser: Fixa: assistência prestada um primeiro nível de atenção, por meio das unidades básicas de saúde, unidades de programa saúde da família, agentes comunitários da saúde, ambulatórios especializados em serviços de diagnóstico e terapia ou unidades não hospitalares de atendimento de urgência e emergência. Móvel: Atendimento que procura chegar precocemente à vítima após acontecimentos que necessita de socorro ou transporte adequado. Busca estabilizar e manter suporte de vida evitando mortandade por meio de condutas adequadas durante a estabilização e transporte. Emergência > Urgência SBV X SAV Problemas de saúde que necessitam de cuidados e intervenção imediatos para evitar complicações graves ou a morte da vítima Situação que coloca em perigo ou afeta a saúde de uma ou mais pessoas, podendo evoluir para uma emergência. Suporte básico de vida: Estrutura de apoio ao paciente com risco de morte com medidas não invasivas. Suporte avançado de vida: estrutura de apoio com medidas invasivas e maior emprego de técnicas e equipamentos. Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. Sinais X Sintomas Avaliação Inicial - Avaliação neurológica A V D I I Inconsciência A Alerta V Resposta Verbal D Resposta ao estímulo de dor Air way Esta etapa é composta pela manutenção de vias aéreas e pela inspeção da cavidade oral: É feita de forma diferente dependendo se há ou não a suspeita de trauma cervical: Sem evidência de trauma cervical Hiperextensão da cabeça e elevação do ângulo da mandíbula usando se a mão aberta na parte frontal da cabeça e dedos elevando o ângulo da mandíbula. Com evidencia de trauma cervical Imobilizaçãoda coluna cervical com 3º, 4º e 5º dedos e o 2º dedo faz elevação do ângulo da mandíbula. ETAPA A DEVE SER MANTIDA Detalhes que o profissional da saúde fazendo uso de seus sentidos, detecta na vítima. Sensações experimentadas pela vítima e repassadas aos profissionais da saúde. Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. Avaliação da cavidade oral Caso haja corpos estranhos, usar dedos como pinça para remoção, sempre com cuidados para não afundar mais. Breathing Em ausência de ventilação realizar duas ventilações e caso não ocorra expansão torácica deve se verificar etapa A e caso persista a ausência de movimentos ventilatórios proceder com a manobra de Heimlich (feito com a região hipotênar da mão entre a cicatriz umbilical e o apêndice xifóide, sobrepondo as mãos) Circulação Realizar palpação do pulso carotídeo por 10 segundos, na sua ausência iniciar compressões que devem ser feitas com a região hipotênar, mãos sobrepostas, dedos levantados, braços estendidos, força moderada e ritmo constante. OBS: antes da avaliação primária deve ser feita uma inspeção rápida a procura de grandes sangramentos. Avaliação secundária Exame físico completo em sentido céfalo-caudal, com exposição controlada para evitar hipotermia. Cabeça: Apalpar couro cabeludo à procura de lesões corto-contusas e penetrantes Observar sangramento, drenagem de líquor por pavilhão auricular e nariz Verificar outras lesões/fraturas da face Observar sangramento oral, uso de próteses e caracterização do hálito Verificar lesões e sangramentos conjuntivos, lesões conjuntivas, lesões na pálpebra e pupilas (tamanho, simetria e reação à luz) Região cervical Lesões penetrantes, hematomas, hemorragias, enfisema subcutâneo (ar entre tecidos) Centralização e integridade da traquéia e coluna cervical Qualidade do pulso carotídeo Tórax Verificar a expansibilidade torácica Realizar ausculta pulmonar, verificando simetria dos movimentos respiratórios Verificar uso de musculatura acessória que indica dificuldade respiratória Inspeção e palpação da caixa torácica, clavícula e esterno Dilatadas – midriáticas Diminuídas- mióticas Normais ou desiguais (anizocóricas) Verificado com pequena lanterna ou deixando o olho fechado por um tempo e depois abri-lo e usando a luz do sol Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. Abdome Verificar presença de equimoses (pontos arroxeados que indicam lesão de pequenos vasos), eviscerações, sensibilidade Auscultar ruídos hidroaéreos, relacionados ao transito intestinal Palpação em círculos por quadrante, o abdome pode estar endurecido que evidencia derramamento de líquido gástrico na cavidade peritonial ou distendido. Em caso de evisceração (exposição de vísceras), cobri-las com pano limpo e molhado para evitar ressecamento Pelve Compressão bilateral no sentido antero-posterior e laero-lateral Palpação da sínfise púbica Região genital Inspeção à procura de contusão, hematoma, laceração e sangramentos. Extremidades Inspecionar contusões e deformidades, edemas, alteração de coloração Verificar motricidade Verificar presença de pulsos distais (radial e pedioso) e tempo de enchimento capilar (normal menor ou igual a 2 segundos) RESUMO Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores.
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