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Aula 12 – Intoxicação exógena

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Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
Aula 12 – Intoxicação exógena 
Manifestação clínica do efeito nocivo resultante da interação com uma substância química por absorção, inalação, 
ingestão ou injeção.Possui uma taxa de letalidade baixa e as causa mais freqüentes são intoxicação por 
medicamentos e por produtos de limpeza. 
Causas  Exposição profissional, abuso de drogas, tentativa de suicídio ou homicídio, mistura de medicamentos e 
troca de medicamentos. 
Avaliação da cena 
1º  História 
o O que? 
Procurar por restos alimentares, frascos de medicamentos, garrafas de bebidas alcoólicas, frascos de 
pesticidas e instrumentos para uso de drogas para determinação do produto. 
o Como?  forma de exposição 
o Quando?  horário de exposição 
o Onde? Local 
o Quanto? Determinar dose 
o Porque? Causa 
2º  Exame físico detalhado 
Atento à alteração de nível de consciência, sinais vitais, temperatura e umidade da pele e tamanho das pupilas. 
 
Vias aéreas 
o Procurar por odores ou restos de comprimidos 
o Manter vias aéreas permeáveis 
o “Estado mental alterado e vômitos aumentam risco de obstrução de vias aéreas e broncoaspiração” 
 
Respiração 
o Monitorar FR 
o Procurar por edema agudo de pulmão (respiração ruidosa  ar+sangue) (taquipnéia e taquicardia  
compensação) e hipóxia 
o Respiração adequada  suplementação oxigênio 
o Respiração inadequada  BVM + suplementação oxigênio 
 
Circulação 
o FC + monitoração cardíaca 
 
Déficit neurológico 
Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
o AVDI e exame das pupilas e movimento do olho 
 
 
Toxíndromes 
Achados característicos de uma classe específica de envenenamento. 
 Anticolinérgica 
Sinais/sintomas  responsividade diminuída, taquipnéia, taquicardia, diminuição da temperatura, pupilas 
midriáticas, pele seca com rubor, visão borrada e peristalse diminuída. 
Agentes atropina, difenidramina e escopolaminas 
Antídotos  fisostigmina 
 
 
 Colinérgica 
Sinais/sintomas  estado mental alterado, taquipnéia, broncoespasmo, bradicardia ou taquicardia, aumento de 
temperatura, salivação, poliúria, vômito, evacuação e convulsão. 
Agentes  organosfosforados, carbonatos e cogumelos 
 Podem ter efeito cumulativo. 
Antídoto  atropina 
 
 Opióide 
Sinais/sintomas  estado mental alterado, bradipneia ou apneia, broncoespasmo, bradicardia, hipotensão, miose 
extrema gerando pupilas puntiformes e hipotermia. 
Agentes  codeína, heroína e fentamil 
Antídoto  Naloxona 
 
 Sedativo-hipnótica (mais comum) 
Sinais/sintomas  fala arrastada, confusão, hipotensão, taquicardia, pupilas dilatadas ou contraídas, boca seca, 
depressão respiratória, hipotermia, delírio, alucinação, coma, parestesia e etaxia (marcha alterada) 
Agentes  anticonvulsivantes, barbitúricos e benzoadipinicos 
Antídoto  Flumazenil 
 
A reavaliação freqüente é recomendada 
Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 Simpatomimética 
Sinais/sintomas Agitação, fala e atividade motora excessiva, tremores, taquipneia, taquicardia, hipertensão, 
pupilas dilatadas, febre, convulsão e insônia 
Agentes  salbutamol, anfetamina (ecstasy), cafeína, cocaína, epinefrina e efedrina 
Antídoto  benzoadiazepínico 
 
Métodos de descontaminação 
- Exposição cutânea 
o Retirar as vestes imediatamente 
o Escovação para retirada de resíduos sólidos 
o Lavagem com água corrente (com sabão se a substância for lipossolúvel) 
- Exposição ocular 
o Lavagem de olho com soro fisiológico em uma seringa com pressão intermediária 
o Realizar lavagem no sentido medial para lateral, para não comprometer o outro olho 
o Deve ser colocado tampão no olho para proteção 
o Não colocar anestésico 
- Exposição inalatória 
o Retirada da pessoa do local da exposição e levar para local arejado (uso de epi) 
o Retirar roupas e proceder lavagem corporal, caso houver contato cutâneo 
o Suplementação de oxigênio 
o Caso houver broncoespasmo ou edema pulmonar  tratar 
- Exposição gastrointestinal 
Lavagem gastro-intestinal  Usar de descontaminação apenas quando ocorre a ingestão de doses 
potencialmente letais, e recomendado em caso de ingestão menor que 1h, mas em caso de tricíclicos, carbomezina e 
anticolinérgicos a lavagem pode ser feita após 2/3h depois da ingestão. 
CONTRA-INDICAÇÕES: Glasgow ≤8, ingestão de cáusticos e corrosivos, ingestão de hidrocarbonetos com alta 
volatilidade (podem gerar uma pneumonite química), varizes de esôfago, hematêmese volumosa, cirurgia 
gastrointestinal recente e ingestão de materiais sólidos com pontas ou de pacotes com drogas 
COMPLICAÇÕES: Intubação traqueal inadvertida, traumatismo de vias aéreas, laringoespasmo, pneumonia 
aspirativa, perfuração de esôfago ou estômago, emese excessiva e hemorragia gastrointestinal 
 
Adsorvete  por via oral ou por sonda, ele se liga ao agente tóxico estabilizando-o. carvão ativado 
 COMPLICAÇÕES: obstrução intestinal, desidratação, distúrbios hidroeletrolíticos Na/K e complicações 
respiratórias. 
 CONTRA-INDICAÇÕES: Glasgow ≤ 8, ingestão de caústico e corrosivos, cirurgia recente no trato 
gastrointestinal, obstrução intestinal, íleo adenômico e ingestão de hidrocarbonetos voláteis. 
 SUBSTÂNCIAS NÃO ABSORVIDAS: Fe, cáustico, Li, derivados de petróleo, etanol, metanol e acetona. 
Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
Catárticos manitol e sulfato de Mg via sonda aumentam o trânsito intestinal, são indicados em caso de ingestão 
de substância com alto grau de toxidade e absorção intestinal 
 
Antídotos  inibem ou atenuam a ação dos tóxicos, podem agir como antagonistas, por competição ou por 
inibição. 
 
Protocolos gerais para manejo do intoxicado 
 Uso de EPI 
 ABC + estabilização da coluna 
 História completa + exame físico direcionado 
 Considerar hipoglicemia 
 Monitoração cardíaca e de sinais vitais + acesso venoso 
 Coleta de substância suspeita (para diagnóstico e tratamento) 
 RCP prolongada pode ser justificada em caso de envenenamento 
 
Tóxicos asfixiantes 
CO (monóxido de carbono)  Cefaléia que pode evoluir para coma. Remoção da fonte e administração de oxigênio. 
HCN (cianeto)  Ocorre tontura, alteração do nível de consciência, cefaléia, taquicardia e taquipneia. Deve se fazer 
o transporte rápido e uso de antídoto.

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