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Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 1 Resumo Embriologia – Ingrid C. Santos Embriologia Estudo do desenvolvimento de um organismo, indo da fecundação até o término da organogênese. Período embrionário 1ª à 8ª semana Período fetal 9ª semana até o nascimento Diferenciação sexual Gene SRY presente no cromossomo Y leva a formação dos testículos que produzirão testosterona que fazem o desenvolvimento do sistema wolfiano e o hormônio antimulleriano que fará a regreção do sistema mulleriano. Do desenvolvimento do sistema wolfiano resultarão os órgãos genitais masculinos internos. Já os genitais externos serão formados a partir de 5αDHT que estimularão a formação dos genitais externos. Sem o gene SRY não haverá a formação de testículos, conseqüentemente não haverá a liberação de testosterona e nem hormônio antimulleriano, dessa forma ocorrerá o desenvolvimento do sistema mulleriano e a regreção do sistema wolfiano, resultando assim na formação dos órgãos internos femininos e na ausência de 5αDHT ocorrerá o desenvolvimento dos órgãos externos femininos. Puberdade Ação de gonadotrofinas LH Secreção de testosterona produção de espermatozóides e desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. FSH Crescimento testicular LH Ciclos ovulatórios FSH Crescimento ovariano e secreção de estrógeno, progesterona ( ciclo menstrual, ovulação, gravidez e lactação) e estradiol (desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários) Sistema reprodutor feminino Órgãos internos Vagina: Parte inferior do canal do parto / recebe pênis durante relação sexual / passagem de fluido menstrual. Útero: Formado por perimétrio, miométrio e endométrio. O endométrio possui camadas funcionais, compacta e esponjosa, que descamam durante a menstruação e camada basal que fornece suprimento sanguíneo - não descama-. Órgão onde ocorre o desenvolvimento do bebê. Tubas uterinas: Onde, geralmente, ocorre a fecundação. Ovários: Produção de ovócitos e secreção de progesterona e estrógeno. Órgãos externos Grandes lábios Pequenos lábios Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 2 Resumo Embriologia – Ingrid C. Santos Clitóris Sistema reprodutor masculino Testículos: Formado pelos túbulos seminíferos que produzem espermatozóides Epidídimo: Armazena e amadurece espermatozóides. Ducto deferente Ducto ejaculador Uretra Pênis Glândulas seminais e próstata: secretam líquidos componentes do esperma. Gametogênese Partes do espermatozóide Cabeça Contém ácidos nucleicos + acrossomo com hialuronidase utilizada para penetrar na corona radiata e na zona pelúcida do ovócito. Segmento intermediário Contém mitocondrias que produzem ATP para o batimento da cauda. Cauda Partes do óvulo Zona pelúcida Camada de glicoproteinas e aminoglicanos. Corona radiata Camada de células foliculares Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 3 Resumo Embriologia – Ingrid C. Santos Teca folicular Cápsula de tecido conjuntivo / crescimento de vasos sanguineos / sustentação nutritiva para desenvolvimento folículo. Ciclo reprodutivo FSH age no ovário fazendo o amadurecimento do ovócito e a ação do FSH faz com que o ovário comece a liberar estrogênio que induz a proliferação do endométrio. Ao chegar ao meio do ciclo começa o aumento da secreção de LH que leva a liberação de, geralmente, um ovócito secundário. A “cicatriz” deixada no ovário pelo ovócito liberado é chamado de corpo lúteo e é essa estrutura que libera estrogênio, mantendo o endométrio espesso para o possível embrião. Em caso de gravidez ocorre um pico de hCG, que é o hormônio detectado em testes de gravidez de farmácia. Citrato de clonifeno Induz a ovulação. Endometriose Afecção inflamatória provocada por células do endométrio que em vez de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a se multiplicar e sangrar. Desenvolvimento Embriológico 1ª SEMANA Segmentação e implantação do zigoto. A segmentação começa 30hs depois da fecundação, formando blastômeros que se compactam e dão origem à mórula (3 dias após a fecundação) é nesse estado que o embrião em desenvolvimento alcança o útero. Quatro dias depois da fecundação forma-se o blastocisto, que possui duas partes: o trofoblasto que formará a parte embrionária da placenta e o embrioblasto, uma massa celular interna que dará origem ao embrião. No quinto dia do desenvolvimento embrionário a zona pelúcida se desintegra. Ao se passarem seis dias após a fecundação o blastocisto se adere ao epitélio endometrial e otrofoblasto começa a se proliferar diferenciando em duas partes: citotrofoblasto, parte periférica do trofoblasto e o sinciciotrofoblasto Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 4 Resumo Embriologia – Ingrid C. Santos que é a parte que penetra no endométrio tentando alcançar glândulas e vasos maternos que irão, posteriormente, dar origem a placenta. No sétimo dia surge, com ajuda da enzima proteólise, o hipoblasto. É nesse período que acontecem o aparecimento de síndromes cromossômicas. 2ª SEMANA Nesse período o embrioblasto se divide em epiblasto e hipoblasto, que formam o disco embrionário, que darão origem as camadas germinativas do embrião. Células do estroma/células decíduas apresentam-se na forma poliédrica e armazenam glicogênio e lipídeos, servindo de nutrição para o embrião em formação. O citotrofoblasto continua em mitose e suas células migram para o sinciciotrofoblasto, que produz o hormônio gonadotrofina coriônica (hCG), através de lacunas que se abrem no sinciciotrofoblasto e se enchem de sangue, que Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 5 Resumo Embriologia – Ingrid C. Santos mantém o corpo lúteo ativo secretando estrógeno para a manutenção do endométrio. A comunicação entre os vasos uterinos e as lacunas geram a circulação uteroplacentária. Com 10 dias o embrião em formação está dentro do endométrio e a abertura feita pelo embrião é “tampada” por um coágulo. No final da segunda semana de desenvolvimento formam-se as vilosidades coriônicas primárias. O embrião, apesar de estar exposto às células NK e à linfócitos T maternos, não é atacado pelo sistema imune materno pois o MHC-1 torna o reconhecível, aceitando como sendo algo que faça parte do corpo materno. Placa pré cordal Células do hipoblasto em coluna formando uma área circular espessa que no futuro será o local da boca e de regiões da cabeça. 3ª SEMANA Nesse período ocorre a gastrulação onde o disco bilaminar passa a ser trilaminar, ocorre também a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto e o ínicio do desenvolvimento da cabeça. As três lâminas que passam a formar o embrião a partir daqui e o que cada uma vai formar, são: Ectoderma: Epiderme e seus anexos, sistema nervoso central e periférico, epitélio sensorial do olho, orelha e nariz, glândulas mamárias, hipófise, esmaltes dos dentes, etc. Mesoderma: Tecidos conjuntivos, cartilagem, ossos, músculos liso e estriado esquelético, coração, vasos sanguíneos e linfáticos, células sanguíneas e dos órgãos reprodutores e excretores. Endoderma: Fonte de revestimento epitelial de passagem respiratória e trato gastrointestinal incluindo glândulas anexas e células glandulares dos órgãos associados como fígado e pâncreas.*ectoderma substitui o epiblasto / endoderma substitui hipoblasto* Em dois setores o endoderma entra em contato com o ectoderma, na região cefálica (membrana bucofaringea) e na região caudal (membrana cloacal). Na face dorsal se forma o sulco neural e a linha primitiva, e de cada lado do sulco neural existem os somitos (blocos mesodérmicos). A linha primitiva deve desaparecer ao final da quarta semana, caso isso não ocorra forma-se um teratoma sacrococcígeo. Notocorda Cordão maciço estendido entre a lâmina pré cordal e o mesoderma não diferenciado. Ela define o eixo primitivo do embrião e forma o esqueleto axial indicando o futuro local dos corpos vertebrais. Somitômeros Se localizam em ambos os lados da lâmina pré cordal (massas de células mesodérmicas). Gononefrótomos/cordões nefrogênicos Par de cordões longitudinais maciços estendidos ao lado dos somitos. Placa cardiogênica Ocupa região mais cefálica do mesoderma e dará origem ao coração e ao final da terceira semana o sangue já circula e o coração começa a bater a partir do 22º dia. Saco coriônico Compostos por vilosidades coriônicas / sistema circulatório primitivo Alantoide Estrutura ligada à parte posterior do intestino do embrião que armazena excretas e permite trocas gasosas com o meio externo / importante na formação do cordão umbilical. Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 6 Resumo Embriologia – Ingrid C. Santos 4º SEMANA Formação da placenta Local de troca de nutrientes e gases entre a mãe e o feto. A membrana placentária, que separa o sangue materno do sangue fetal, é formada pelo sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, conjuntivo das vilosidades coriônicas e pelo endotélio capilar fetal. Além disso, nesse período também se formam os arcos faríngeos, os brotos dos membros e também o fechamento dos neuropóros. 5ª SEMANA Crescimento maior da cabeça. 6ª SEMANA Respostas reflexas dos membros Desenvolvimento dos membros Saliências auriculares 7ª SEMANA Membros mais definidos Inicio da ossificação dos membros superiores 8ª SEMANA Última semana do desenvolvimento embrionário Definição das estruturas Inicio dos movimentos voluntários dos membros *tabela CNN Relaciona comprimento cabeça-nádega com idade gestacional em semanas. Período embrionário Período fetal Parto Fases do parto 1º estágio Dilatação, demora de 7 a 12hs 2º estágio Cérvix completamente dilatado e expulsão do bebê, demora de 20 a 50min 3º estágio Expulsão da placenta e das membranas fetais, demora, geralmente, 15min 4º estágio Recuperação, contração das artérias endometriais, impedindo sangramento.
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